Olívia chegou em casa já era mais de meia noite. Deixou a chave sobre o aparador e subiu as escadas para o segundo andar, pé ante pé, para não acordar Joyce, caso estivesse dormindo. Testou a fechadura da porta e enxergou a esposa deitada, aparentemente em sono profundo. Seguiu para o closet e colocou o pijama. Em pouco tempo se juntava a ela na cama.
Joyce se mexeu devagar ao sentir o corpo da esposa colar no seu. Fingia que dormia apenas para evitar uma briga. Queria dar o tempo certo para um pedido de desculpas, que não fosse mal interpretado por Olívia. Quando a mão passou por sua cintura, se mexeu mais um pouco, grudando os corpos embaixo do edredom. Não conseguiu mais manter o teatro do sono ao sentir a boca grudando em sua pele, em delicados beijos.
- Oi amor – disse com a voz sonolenta. – Chegou agora?
- Sim, estava no escritório vendo algumas coisas. Está mais calma?
- Sim, mas não quero falar sobre isso agora. Sinto sua falta, amor! Tanto tempo que não passamos mais uma noite gostosa nós duas! Sempre trabalhando até tarde!
- Me desculpe – pediu Olívia ao virar Joyce para se acomodar, parcialmente, sobre seu corpo. – Eu sei que tenho trabalhado demais, eu vou me policiar com isso.
- Talvez isso tenha até desencadeado nossa discussão mais cedo. Eu não tenho você aqui e está até arrumando outra mulher para morar aqui.
- Não é nesse sentido, amor – sorriu Olívia ao beijar seus lábios. – É só uma menina, com idade para ser minha filha, que estou ajudando.
- Não vamos falar sobre isso agora – Joyce desceu as mãos pelo corpo de Olívia e subiu com o pé para sua perna, dando um encaixe perfeito no quadril. – Quero aproveitar que chegou assim, toda cheia de atenção...
Olívia buscou a boca da esposa em um beijo demorado, enquanto se dedicava a tirar suas roupas. Sentiu-se sendo virada e Joyce escalou seu corpo, deixando o sexo sobre seu rosto. Deu um sorrisinho, se esquecendo de tudo o que tinha acontecido anteriormente.
No dia seguinte seguiu para o escritório e pediu que Thaíssa acompanhasse de perto o que estava sendo feito para a transferência de Mirtes. Eram três horas da tarde quando ela lhe passou um horário de chegada da mãe de Yanka.
- Oi Monique – cumprimentou assim que a fotografa atendeu. – Já tenho o horário da transferência da Mirtes. Será às dez da noite, horário marcado para chegar no hospital daqui é às três da manhã.
- Você vai receber Yanka, não vai?
- Vou sim. Você vem?
- Vou. Vou pegar um voo agora a tarde, assim que terminar a sessão que estou fazendo.
- Eu vou te passar o endereço de casa, vai pra lá e vamos juntas.
Olívia passou os dados para Monique e ainda explicou pra ela um pouco do processo que o médico tinha lhe explicado. Desligou o telefone e suspirou fundo. Ainda tinha que esperar um longo tempo até que Yanka desembarcasse.
Monique guardou o celular no bolso da calça e voltou a pegar a câmera, voltando para a sessão de fotos que estava fazendo para uma marca de cosméticos. Assim que fizeram a última pausa, para as modelos trocarem de batom, chamou Alexandre para mais perto.
- O que manda, chefia?
- Eu vou para São Paulo depois que terminarmos a sessão. Você cuida da desmontagem e começo de edição pra mim?
YOU ARE READING
Paraíso Tropical
RomanceYanka é uma jovem com espirito livre que vive com sua mãe e a ajuda a tomar conta de um quiosque em Arraial d'Ajuda. Olívia é uma executiva em uma viagem romantica com a esposa. Monique é uma conquistadora que não sabe ouvir não. O encontro dessas t...