1896, Aspen - Parte II

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"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."
— Clarice Lispector
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Carlisle ouviu a garota explicar-se pacientemente, com todos os pormenores. Mia fez questão de expor todos os fatos de uma só vez, por mais tenebrosos e enigmáticos que fossem. Ela sempre achou uma idiotice quando os personagens escolhiam esconder os detalhes importantes da história. Por que não falar logo a verdade e evitar as desventuras de forma mais prática? Além disso, precisava de respostas e tinha certeza de que não conseguiria obtê-las sem a ajuda de Carlisle.

Mas não era fácil. É claro que Carlisle acharia aquilo uma grande insanidade.

— Amélia, o que está me dizendo é uma loucura sem tamanho. Quer dizer... um livro? Isso é impossível! — ele tentava compreendê-la, mas aquela informação era demais para qualquer pessoa. Ainda mais para alguém de uma época tão distante.

Enquanto isso, Mia andava de um lado para o outro no centro da grande sala redonda. Passava a mão agitada pelos cabelos já quase sem cachos; estavam se desmanchando de tanto que se mexia. Seu nervosismo era quase palpável.

— Eu sei que é difícil acreditar, mas olhe bem para as minhas roupas; perceba o meu linguajar e o meu modo de agir. Você disse me viu cair do céu. Acha mesmo que eu pareço a droga de uma dama do século XIX? — questionou a garota já gritando em desespero.

Assim que percebeu seu tom de voz, recuperou a postura, mesmo que ainda extremamente irritada com toda aquela situação, e continuou a argumentar: — Estou lhe dizendo, Carlisle. Sei de muitas coisas sobre você que não poderia saber de outra forma. Sei sobre sua transformação em Londres, sobre suas inúmeras tentativas de suicídio, sobre sua longa estadia na guarda Volturi e o principal: sei do seu futuro. Como eu poderia saber disso tudo se acabei de me transformar? — levou as mãos às têmporas e fechou os olhos por alguns segundos antes de continuar. — Tem que acreditar em mim. Não sei como ou porque vim parar aqui, muito menos sabia que algo assim era possível. Mas o que estou lhe dizendo não é nada menos do que a verdade.

— Certo. Então acha que o mundo em que vivo não passa de uma realidade criada por uma escritora? — provavelmente, aquela era a teoria mais difícil de se compreender que Carlisle já analisou.

❛CHOICES ── Crepúsculo ❥ [Seth C.]Where stories live. Discover now