A Única Opção - The Originals

By Any0209

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Klaus Mikaelson, o híbrido conhecido pelos seus milhares de inimigos e sua reputação assassina e assustadora... More

Capítulo I - The Proposal
Capítulo II - The Mark of Cain
Capítulo III - Weird dreams
Capítulo IV - Coffee in London
Capítulo V - Rowena
Capítulo VI - The Spell
Capítulo VIII - An Old Friend
Capítulo IX - Welcome Party
Capítulo X - Expressing Feelings
Capítulo XI - Ley Lines
Capítulo XII - Endings and Bourbon
Capítulo XIII - The Plan
Capítulo XIV - The Almost Kiss
Capítulo XV - Hot as Hell
Capítulo XVI - Selfish Bitch
Capítulo XVII - Yo-ho, Somebody Home?
Capítulo XVIII - Let's Fight, Bitches
Capítulo XIX - Red Boots
Capítulo XX - Time to Pay Me, Darling
Capítulo XXI - Pink Drink
Capítulo XXII - My Boss
Capítulo XXIII - Deal With The Devil
Capítulo XIV - Whisky Talk
Capítulo XV - Welcome Back to Mystic Falls
Capítulo XXVI - Hell Problems
Capítulo XXVII - Change of Plans
Capitulo XXVIII - Champagne Bubbles
Capitulo XXIX - Family Business
Capítulo XXX - Too Much Help
Capítulo XXXI - Anger
Capitulo XXXII - Cigarettes
Capitulo XXXIII - Whatever Happens in NY...

Capítulo VII - Hayley's Back

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By Any0209

Hope Mikaelson POV.

Senti algum tipo de vertigem atravessar meu corpo segundos antes de abrir meus olhos e me encontrar em uma espécie de floresta. O lugar era na verdade bastante familiar para mim, era como se eu já tivesse estado aqui antes, até mesmo o cheiro não me era nada estranho.

Deixei de lado a ideia de tentar me lembrar de onde conhecia esse lugar e me foquei em ir a procura da minha mãe, eu tinha uma missão e um timer apertado para isso.

Droga, eu estava tão ansiosa que minhas mãos soavam frio. Esses últimos 2 anos foram tão cheios e cansativos que tudo o que eu quero é um abraço dela. Sentir seus carinhos no meu cabelo e  a voz doce dela me dizendo que tudo vai ficar bem, era tudo o que eu precisava. Entre lutar contra monstros, ser esquecida por todos que eu amo e estar nas profundezas da mente da minha amiga, acho que mereço um dia de folga onde eu apenas me jogue no sofá e me encha de besteiras enquanto assisto  Friends.

O único som a ser ouvido no momento era os dos galhos sendo quebrados sob meus pés a medida que eu avançava, de certa forma algo em mim me indicava a direção a caminhar. Podia ser instinto, sorte ou até mesmo memória muscular mas só sei que depois de algumas horas andando eu comecei a ouvir algo além de galhos sendo quebrados e grilos cantando. Eu comecei a ouvir... risadas?

Sim, com certeza eram risadas. Risadas felizes e contagiantes que eram mais audíveis a cada passo que eu dava. Não demorou muito para que eu começasse a sentir o cheiro de marshmallow sendo assado, de cerveja barata e para que meu campo de visão fosse acalentado por um grupo de várias pessoas, algumas bebiam, outras comiam e bebiam, algumas apenas conversavam enquanto algumas se mexiam no ritmo da música que estava sendo tocada em um violão pelo homem da foto no bar de Nova Orleans. Todos sorriam tão abertamente, estavam todos tão felizes.

Será que eles sabiam que era época de Natal?

No mundo dos vivos, estavam praticamente todos assim. Sorrindo de orelha a orelha enquanto se empanturravam contando histórias vergonhosas sobre a vida alheia. Era a única época do ano onde a família toda se juntava em uma situação diferente de um funeral.

Meus olhos procuraram desesperados pelo rosto familiar e doce daquela que me deu a vida e esteve comigo em todos os momentos, mas eles começaram a marejar quando eu não consegui encontrar de modo algum. O desespero tomou conta do meu corpo e eu senti minha respiração se acelerar de uma forma preocupante.

- Hope?! - Me virei assustada quando ouvi uma voz soar atrás de mim, limpando o rosto para tirar dali qualquer resquício de lágrimas que antes o molhavam por completo. - Deus do céu, Hope. Me diz que você não está morta - E ali estava, aquela voz. A voz preocupada e doce de Hayley Marshall que fez uma felicidade instantânea tomasse conta de mim.

- Mãe?! - Exclamei segundos antes de pular em seus braços em um abraço desesperado e cheio de saudade, Então essa era a sensação de estar em casa. Era tudo tão absurdamente bom, o cheiro de seu cabelo era igual o de antes, até mesmo o jeito com que ela me abraçava era igual, é como se nada tivesse mudado. - Eu vim te trazer de volta, mamãe. - Falei me afastando um pouco do abraço, o tempo do relógio em meu pulso estava acabando e não é como se eu tivesse muitas outras chances.

Mas eu me surpreendi quando senti o impacto do peteleco que minha amada mãe deu na minha testa, me fazendo franzir o cenho confusa enquanto passava a mão que não segurava a garrafa com aquele líquido nojento que ainda me causava enjôo.

- Qual Foi, mãe? - Perguntei confusa assim que parei de passar a mão pelo lugar que ainda doía, pelo visto minha mãe ainda tinha a força de vampiro.

- Hope Andrea Mikaelson, o que eu te falei a vida toda sobre mexer com Magia Negra? - Esbravejou colocando as mãos na cintura enquanto me olhava incrédula, era uma cena engraçada.

- Não é magia negra, eu juro. Mas eu não tenho tempo pra explicar, bebe isso! - Entreguei a garrafa para ela que analisou o conteúdo com uma cara enojada, a aparência era tão ruim quanto o cheiro e o gosto, mas se for trazê-la de volta, eu não me importo muito - Eu sei, parece ser horrível e acredite em mim, é! Mas tem esse cara que tá tentando me matar e ele é mais poderoso que o Marcel e a gente precisa de você pra um feitiço estranho pra me tornar imune ou sei lá, eu não entendi muito bem - Minha voz soou rápida e confusa, nem eu entendia direito o que estava acontecendo e só percebi isso quando tentei explicar pra ela - E além do mais, a gente precisa de você. O pai, a tia Rebekah, o Elijah... Eu! Por favor - O medo tomava conta do meu corpo a cada segundo, medo de que ela não aceitasse, medo de que eu voltasse sem ela e medo de encarar a decepção na cara da minha família ao perceber que eu falhei em traze-la de volta.

Eu a encarava apreensiva, observando cada micro expressão que seu rosto exibia. Vi ele mudar de confuso para hesitante, de hesitante para cansado e de cansado para  levemente irritado. Esse último me deixou meio confusa, mas tudo ficou mais claro quando ela voltou a falar.

- Tá bom, mas eu juro por Deus, Hope, se tiver qualquer resquício de magia negra nessa droga eu te deixo de castigo por 5 anos - Ela ameaçou me fazendo sorrir, eu sentia falta dessa montanha russa de emoções que costumava acompanhar todos os nossos diálogos.

A vi respirar fundo antes de abrir  a garrafa plástica e virar todo o líquido que tinha ali de uma única vez, sinceramente eu senti vontade de vomitar por ela. É bem provável de que o gosto dessa droga vai ficar na minha garganta por meses.

- Céus, isso é horrível - Ela murmurou fazendo uma careta - Certo, eu só preciso me despedir deles - Disse já passando por mim para ir até lá, mas eu segurei seu braço a impedindo de avançar e a fazendo me olhar com uma expressão confusa.

- Não vai fazer diferença, quando a gente sair eles não vão se lembrar que você esteve aqui, e nem mesmo a senhora. É melhor poupa-los de sofrimento antecipado - Não sei exatamente qual parte da minha declaração fez seus olhos marejarem, mas eu sei que alguma parte fez. Observei enquanto ela engolia o choro e balançava a cabeça, a conhecendo como conheço provavelmente para se livrar dos pensamentos torturantes que provavelmente a rodeavam.

- Okay... o que fazemos agora? - Parte de mim estava se odiando agora por não deixá-la se despedir, e me odiava ainda mais por mentir, mas não tínhamos tempo para despedidas e lágrimas.

- Me da sua mão - Respondi fungando e estendi a mão para que ela colocasse a dela sobre a minha, e foi o que ela fez depois de alguns segundos de hesitação. Era óbvio que ela ainda tinha suas dúvidas sobre o tipo de magia que estávamos usando, mas eu também tinha e segui em frente - et luna in sanguinem, mundo valedixit nobis et mortuorum et vivorum hoc mundo reditus - Agradeci aos céus por eu me lembrar detalhadamente do Feitiço que Clarissa havia me ensinado a algumas horas, eram palavras bastante memoráveis.

Repeti o cântico algumas vezes antes do ambiente ao nosso redor ser tomado por tanto vento que trazia até nós as folhas mais fracas que se soltaram das árvores que nos rodeavam, e continuei repetindo até o ambiente onde estávamos ir se  desmaterializando e ser substituído pelo ambiente ainda mais familiar da sala da mansão Mikaelson, senti o cheiro de terra molhada e árvores ser substituído pelo cheiro de casa e as árvores serem substituídos pelos membros da minha família.

Demorei alguns segundos para criar coragem e abrir os olhos.

Meu corpo foi tomado pelo medo e a ansiedade de saber se havia dado certo, tudo dentro de mim queria continuar nesses 5 segundos para sempre. A incerteza era reconfortante, era uma sensação de acomodação que me fazia querer morar ali. Morar onde não existe nada além do vazio gigante da incompreensão humana e da incerteza torturante.

Mas eu sabia que tinha que abrir os olhos, e assim que reuni coragem o bastante eu o fiz, meus olhos foram agraciados pela visão da minha tão amada mãe se levantando assustada. As roupas que antes estavam apenas jogadas no círculo agora foram preenchidas pelo corpo magro e perfeito da mulher que respirava ofegante e tinha um olhar tão confuso quanto seu rosto.

Eu não sei bem como descrever o que aconteceu a seguir, foram momentos rápidos e felizes que se basearam em abraços e toda forma de matar a saudade que antes esmagava meu peito de forma insuportável. Pra falar a verdade, esse momento vai para meu top 10 de melhores momentos de toda a minha vida.

Clarissa POV

Retornar ao mundo dos vivos me trouxe uma sensação de alívio tão grande que tudo o que eu queria era me deitar e agradecer aos céus. Mesmo sabendo que tudo não passou de um episódio que aconteceu apenas na minha mente, eu não pude deixar de apreciar pelo maior tempo possível o fato de que eu não precisava mais bloquear o instinto natural de puxar o ar para que meu pulmão não se enchesse de água, embora depois de algum tempo essa me parecesse ser a melhor opção.

De certo modo era bom saber que eu realmente não tinha algas se grudando em meu corpo ou mãos agarrando minhas pernas e me puxando cada vez mais para o fundo de um rio que parecia não ter fim. A cada segundo o instinto de sobrevivência que me fazia lutar com todas as minhas forças para voltar a superfície ia embora junto com o oxigênio que mantia meu cérebro funcionando.

Depois de um tempo, tudo o que me restou foi esperar para que meu corpo cedesse ao reflexo de respirar e enchesse meus pulmões com água e com isso também me trazer a paz que apenas a morte poderia me trazer, mas esse momento nunca chegou.

Essa era definitivamente a pior sensação que eu já havia sentido, o fato de eu não conseguir respirar e por mais que eu tentasse a cada segundo puxar a água suja e nojenta para dentro de mim para que todos os séculos de sofrimento fossem embora em alguns poucos segundos, mas eu simplesmente não conseguia.

Eu gritava, esperneava, chorava e pedia a qualquer força superior para que isso acabasse de uma vez, mas ninguém me ouvia, era como se eu estivesse em um globo de neve e alguém maior e mais forte brincava com a minha vida enquanto tudo o que eu realmente queria era que ela acabasse.

Eu não faço ideia de quanto tempo fiquei lá, mas sei que pareceram como séculos, séculos que passaram se arrastando lentamente. E também sei que eu senti uma vontade enorme de beijar Hope só pelo fato de ela finalmente me tirar de lá. Eu puxava todo o ar que podia sem o menor espaço de tempo entre. Meu cérebro no momento pensava em como seria meu vestido de casamento com o senhor oxigênio, acredite, eu planejei toda uma história de amor.

Em compensação, o alívio de finalmente respirar acabou quando eu senti toda a força que ainda existia em mim ir embora de uma única vez, fazendo meu corpo ceder a gravidade e tombar para o lado me causando uma dor fina ao sentir meu cotovelo ser batido sem a menor delicadeza contra o chão frio, e embora isso possa parecer meio controverso, eu agradeci aos céus por todos estarem tão ocupados abraçando e paparicando Hayley que não chegaram a notar meu tombo desastroso e feio.

Forcei meu corpo a se levantar do chão gelado e sujo e praticamente precisei falar em voz alta o que meu corpo deveria fazer já que minhas pernas não seguiam mais as ordens diretas do meu cérebro, e confesso que nunca odiei tanto aquelas escadas como odeio nesse momento.

Olhar para aqueles degraus longos e altos me fez querer chorar desesperadamente feito uma criança mimada que não ganhou o que quis de natal, e juro pela minha casa em Madrid que eu tive que lutar contra todos os meus instintos para não me sentar ali mesmo e chorar enquanto abraçava meus joelhos.

Mas como era óbvio que eu não poderia, me apoiei no corrimão ao meu lado usando as duas mãos e me esforçei ao máximo para Conseguir levantar minhas pernas e passar de degrau para degrau, e deu certo... por um tempo.

Eu não sei exatamente quantos degraus eu subi antes que minha visão perdesse o foco e começassem a escurecer lentamente, minhas pernas perderam o restante de sua força e deixou meu corpo 10x mais pesado, tornando impossível eu continuar em pé.

Desisti quase que de imediato  continuar em pé e prosseguir como uma Feiticeira foda que não se abala por nada e deixei que a gravidade me levasse mais uma vez, senti partes diversas do meu corpo se baterem contra os degraus que eu já havia subido antes de meu corpo finalmente atingir o chão nivelado e sentir o gosto metálico do meu próprio sangue atingir minha boca quando a pressão arterial se tornou muita para que ele se limitasse a circular apenas em minhas veias.

Ouvi passos acelerados vindo em minha direção e vi algumas feições que não consegui indentificar de quem chegarem até mim antes que a escuridão tomasse conta do meu campo de visão e tudo apenas... se apagasse.

Continua...

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