(P.O.V JOHN)
Abro meus olhos lentamente despertando do sono, olho para o lado e vejo que Hana ainda estava ao meu lado, dormindo profundamente abraçada em meu corpo. Passo alguns segundos ali a observando, olha-la me trazia paz, a paz que era tão rara em minha vida. Com cuidado me levanto sem acorda-la e visto somente minha calça.
Me sento sobre a pequena escrivaninha e pego caneta e papel, desde de os 14 anos, eu e Hana temos uma mania de escrever cartas, dizendo coisas que queríamos dizer um ao outro, ou apenas desabafando sobre algo. As cartas são desabafos, são os nossos pensamentos, então ela não precisam ser lidas, essa parte foi a Hana que invetou, depois de escrevemos as cartas nós podemos fazer o que quisermos com elas, rasgar, jogar no rio e etc. Com a cadeira um pouco virada em direção a cama, a observo dormi e então começo a escrever.
{ Carta }
Eu observo os seus olhos pertubados enquanto você descansa, e eu me apaixono com cada respiração. Me pergunto se aqueles olhos estão realmente fechados, e se eu sou aquele com quem você sonha. Porque por debaixo da escuridão, há uma luz tentando tanto ser vista. E eu disso disso, pois percebi um pouco de luz brilhando através das costuras. E se isso for o necessário, então deixe-me ser aquele que aguentará a dor, se isso for o necessário, eu estarei quebrando todas essas paredes no nosso caminho.Você continua me dizendo que estou desperdiçando tempo, mas chamar isso de desperdício de tempo é um crime. E você pensa que tudo o que tento fazer é loucura, bem amor, eu sou louco por você. Porque se você ainda não entende, então eu nunca te deixarei esquecer, que você não precisa fazer isso sozinha, eu serei seu ombro para você se apoiar, eu serei o seu certo quando você se sentir errada. Então venha, pegue minha mão, estamos seguindo em frente...
Dobrei a carta e a coloquei dentro da gaveta, depois eu decidiria qual seria o fim dela. Olhei para a cama e Hana estava sentada mexendo no cabelos, ela sempre fazia isso quando acordava, mexia nos cabelos parecendo que estava os bagunçando mais.
— Que horas são? - Pergunta.
— Ainde é de manhã. - Falo olhando pela brecha da cortina, observando a rua.
— Por que seu travesseiro é tão macio? Vou roubar pra mim. - Se joga novamente na cama.
— Você pode dormi com ele todos os dias... Se vier dormi comigo. - Falo com um sorriso malicioso no rosto.
— Isso vai depender de como você se comporta. - Se levanta e vem até mim, logo me dando um selinho.
Me levanto e então começamos a nos trocar, já prontos procuro minha boina, enquanto Hana terminar de se arrumar em frente ao espelho, saímos do quarto e descemos as escadas.
— Parece que o Billy gostou muito do seu trabalho com os cavalos. - Arrumo minha boina.
— Ele seria um idiota se não gostasse, os treinadores dele são todos uns frescos e arrogantes, aprenderam sobre cavalos lendo livros, eu aprendi na prática. - Dá risada e para em frente a porta.
— Não vai nem se despedir direito? - A puxo com rapidez e seguro em sua cintura.
— Até mais tarde John. - Coloca a mão em meu rosto e me dá um beijo demorado.
Hana abre a porta e então vai embora, caminho até a cozinha e bebo um pouco do café que estava sobre a mesa, como algumas coisas e logo vou para o escritório. Ao entrar no escritório vou direto até mesa de Thommy, que ao perceber minha presença olha para mim.
— Olha só quem apareceu, você não foi pro pub como disse que iria ontem. - Senta em sua cadeira.
— Tive um compromisso melhor. - solto uma risada olhando para baixo, logo levantando meu olhar.
— Acho que sei que compromisso foi esse. - Ri.
— Posso saber que compromisso é esse que vocês tanto falam? - Michael se aproxima.
— Um compromisso que você nunca vai ter, não precisa ficar tão curioso Michael. - Aponto para o mesmo com a garrafa que estava em minha mão e saio dali com um sorriso debochado.
— John avisa pra Hana que eu quero conversar com ela. - Tommy fala alto para que eu possa ouvir.
— Pode deixar. - Levanto uma das mãos sem olhar para trás sinalizando que tinha entendido.
(P.O.V HANA)
Entro no pub e vou para trás do balcão, passo pelo meu tio batendo em suas costas e ele sorri dando uma pequena olhada de canto. Vou para os fundos e como de costume meu tio sempre trazia algo para comer de manhã, com uma faca corto um pedaço da torta e começo a comer, com os olhos fechados saboreio a mesma.
Meu tio entra na pequena cozinha dos fundos bufando, termino de martigar e digo.
— O que foi? - Lavo minhas mãos.
— Inspetor Campbell acabou de entrar. - Pego alguns copos na pia.
— De novo? O que ele tanto procura? - Arqueei a sobrancelha e desliguei a torneira.
— Ele esta na nossa cola desde que chegou em Birmingham, Thomas disse para termos cautela com ele. - Meu tio responde falando baixo.
— Deixa que eu cuido dele. - Passo pelo tio batendo em seu ombro.
Seco minha mão em um pano e volto para o salão do pub, Chester Campbell estava sentado no balcão, acompanhado de um policial. Coloquei o sorriso mais forçado que pude no rosto e me aproximei:
— O que vai beber Inspetor Campbell? - Peguei um copo.
— Não costumo beber tão cedo, senhorita Hana. - Sorri balançando a cabeça negativamente.
— Então o que faz tão cedo aqui, se não é pra beber. - Deixo o copo sobre o balcão e começo a o limpar um pouco, sem tirar a atenção de Chester.
— Apenas pensei em dá uma passada, aonde esta Thomas Shelby? - Apoiou os cotovelos no balcão.
— Não vou poder responder a sua pergunta Inspetor, eu também não sei. - Olho para o mesmo reforçando o sorriso falso.
Sem dizer nada Chester se levanta e caminha até a porta juntamente com o policial, me viro de costas e começo a arrumar as garrafas de bebidas da prateleira, de canto consigo ver o reflexo de Chester no pequeno espelho ao meu lado. O mesmo para por alguns segundos em frente a porta e então dá meia volta, voltando a se aproximar balcão.
— Sabe Hana, eu andei escutando algumas coisas ao seu respeito, e eu não acho que você deveria estar envolvida com os Shelby. - Fala em um tom provocativo.
— O senhor poderia ser mais claro? Não dê tanta importância para as fofocas Inspetor, em Birmingham existem muitos boatos exagerados do povo. - Respirei fundo e disse em tom de ironia.
— Eu não diria que minhas fontes estão mentindo, não são apenas boatos. - Solta uma risada provocativa e sai.
— Velho nojento! - Falo pra mim mesma.
[...]
Ajudei meu tio por algumas horas no pub e depois decidi ir ao escritório, tiro o meu avental e sem demoro saio para a rua. Enquanto caminho pela rua em direção ao escritório sinto uma sensação estranha em meu coração, como um pressentimento ruim, paro de andar e fico parada no meio da rua com a mão no coração. Começo a respirar e inspirar até que a sensação se amenizasse, feito isso volto a andar e chego no escritório.
Entro no escritório e vejo que estava cheio, Tommy estava em pé proximo a sua mesa, Ada estava lendo um livro no sofá perto da porta que dava para a casa dos Shelby, Arthur estava bebendo com John e Polly estava na mesa conversando com Michael.
— Cheguei cheguei. - Anunciei minha chegada.
— Parabéns Hana o Billy adorou seu trabalho com os cavalos. - Tommy sorri pra mim.
— John me disse, ainda bem, não estava aguentando mais aquele homem insuportável. - Sorri par Tommy.
Caminhei até John e sem dizer nada peguei o copo de sua mão e apoiei minha mão em seu ombro, logo dando um gole em sua bebida e lhe devolvendo o copo. John ri de canto e me acompanha com o olhar, me encosto na parede. Polly que observava tudo abriu um sorriso e olho para nós dois.
— Parece que alguém aqui já fez as pazes. - Riu olhando para nós dois.
Olhei para Polly que me olhava com aquele olhar malicioso e não consegui segurar a risada, logo olhando para John. O mesmo solta a fumaça do cigarro e diz sorrindo.
— É o que parece. - Sorri olhando para mim.
Passo meu olhar por Michael enquanto sorrio e o mesmo estava sério olhando fixamente para mim, fumando seu cigarro.
Enquanto isso Tommy sorria igual Polly. passando seu olhar por mim e John.
Ficamos ali no escritório por alguns minutos e depois Tommy, John e Arthur sairam, Michael fez o mesmo depois e Polly foi com ele, então eu decidi voltar para o Pub já que não tinha nada pra fazer.
Entro no pub e vou para trás do balcão, enquanto pego meu avental, meu tio vem até mim e me entrega uma carta.
— Deixaram isso aqui pra você. - Me entrega a carta.
Ao pegar a carta sinto meu coração parar, eu já esperava que meu pai mandaria a carta dizendo quando eu iria embora, mas eu não esperava que fosse tão rápido. Sem dizer nada soltei o avental no chão e com passos largos fui para os fundos, já abrindo a carta....
(P.O.V JOHN)
[...]
Passamos a tarde toda monitorando o carregamento de armas, e quando o sol já estava quase se pondo, voltamos para o escritório. Entrando no mesmo vou direto para a mesa de bebidas e encho a metade de um copo, logo dando um belo de um gole e servindo Arthur e Tommy, era merecido.
Derrepente a porta é aberta com força e Finn entra correndo, vindo em nossa direção.
— A HANA TA INDO EMBORA! - Fala ofegante.
— O que? - Arthur pergunta confuso.
— Explica direito Finn. - Thomas olha com atenção para o garoto.
Finn começa a respirar fundo por alguns segundos, tentando se acalmar, ele parecia ter corrido como louco. Me levanto e deixo o copo sobre a mesa:
— Fala moleque!! - Falo alto já sem paciência.
— Eu estava andando quando a vi colocando uma mala dentro de um carro, ele estava parado atrás do pub. Quando eu corri até ela, ela estava com cara de choro e disse que não iria demorar para voltar, que não iria ficar muito tempo longe e quando pudesse explicaria tudo. - Falou rápido em um tom de desespero.
Sem dizer nada sai do escritório e comecei a correr feito louco para o pub, chegando lá consegui ver o carro já a uma boa distância de mim, ofegante gritei por ela.
— HANA!!! - Gritei desesperado.
Nervoso e sem saber o que fazer olhei para o lado e James estava lá, com a cabeça baixa encostado em um barril. Joguei a boina que eu segurava no chão com força e naquele momento me vi em desespero....
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Agora começará a série de cartas dos nosso casal amado, as cartas sempre serão inspiradas em músicas, aproveitem para atualizar a playlist de vocês!😉❤️💌