L.A
13:30
Value high school
Eu fechei meu armário, e Harvey suspirou. Ele estava ao meu lado casualmente encostado contra o seu armário.
- Qual é o seu lance com a Moranguinho? - Ele perguntou, olhando um ponto fixo a sua frente, eu segui seu olhar. Ele encarava Any, que ria com Lamar e Josh de algo.
- Não é um lance, é, tipo, sabe? É muito difícil de explicar. - eu soltei as palavras desconexas, que até aos meus ouvidos pareciam sem sentido.
Hrvy não estava naquele dia na festa em que ela me desafiou, e ele não era muito envolvido nas merdas que eu e os garotos fazíamos.
Então, ele não sabia que eu e ela havíamos transformado a escola em um estranho campo de batalha.
- Ela tem algo contra você? Tipo, ela te odeia ou algo assim? - Ele perguntou. Aonde ele queria chegar com isso?
- Acho que não, mas porquê isso faz diferença? - Eu perguntei me encostando contra o armário e cruzando os braços.
- Então, se eu convidasse uma amiga dela para sair, ela não impediria sua amiga, certo? Tipo "não saia com ele, ele é um amigo babaca do Noah, só vai te fazer mal, etc e tals" - Ele perguntou, eu gargalhei, e ele arrumou sua postura.
- Ela vai deixar a Sina sair com você, camarada, não fica tenso não - eu o acalmei, e ele confirmou com a cabeça se afastando, provavelmente para ir falar com a Sina.
Moranguinho passou ao meu lado, e nem olhou para mim, seguindo em frente com um sorriso arrogante em seus lábios.
O que você está tramando, Any Gabrielly?
Ela entrou na sala de aula, e eu após alguns segundos também entrei. Eu me sentei na penúltima carteira, da última fileira, e ela fez questão de sentar-se o mais longe possível de mim.
A professora entrou em sala, e sentou em sua cadeira, ela abriu um caderno conferiu algo, abriu sua bolsa e pegou um canetão, ela se levantou e quando virou-se em direção ao quadro, ficando de costas para sala. A classe inrrompeu em gargalhadas desesperadas.
A saia da professora estava simplesmente coberta de cola.
Ela virou-se para conferir o porquê de tanta algazarra, e quando viu alguns alunos cochichando, conferiu ela mesma. Ela fez uma careta horrorizada quando viu sua saia, e foi enfurecida conferir sua cadeira, ela abaixou-se para pegar algo no chão.
- Eu não acredito nisso, Noah Urrea - Disse a professora me encarando de forma assustadora. O sorriso sumiu de meus lábios.
- Acredita no que? Eu não tenho nada a ver com isso não - Eu garanti, eu lancei um olhar de soslaio para Moranguinho que assistia tudo com um brilho de diversão nos olhos.
- Então o que o seu colarzinho de play boy infantil estava fazendo no chão embaixo da minha cadeira que por acaso se encontra cheia de cola? - Ela questionou. Play boy? Infantil? Co-lar-zi-nho? Ah, fala sério.
Meus dedos passearam por meu pescoço, tentando lembrar como o meu cordão foi parar ali.
Pense, Noah. Pense!
Eu estava com o cordão quando fui beijar a Moranguinho, e quando saí não estava mais.
Eu odiava que ela jogasse tão bem.
- Eu também gostaria de saber - eu falei óbvio.
- Já chega, Sr.Urrea. Eu não sou paga para aturar suas merdas, vá para sala do diretor - Ela berrou, me fazendo fazer uma careta.
- Eu não vou não! Não fui eu que fiz isso - Cruzei os braços, como uma criança mimada.
- Ah é? Então quem foi? - Por um momento cogitei falar: "fulano. O fulano pegou pão na casa do jooooãão"
Porém achei que não ajudaria minha situação atual
- Foi a Any Gabrielly - Eu declarei. Eu não ia ganhar suspensão pelas merdas dela não.
- A Any? O que ela tem a ver com isso? - Ela perguntou incrédula. Moranguinho olhava tudo como se fosse um choque eu acusa-la de repente.
- Ela fez isso. Fez isso para se vingar. - Eu disse impulsivamente. A professora ergueu a sombrancelha levemente interessada.
O que você está fazendo aqui ainda, afinal? Vai lavar sua saia, mulher.
- Se vingar de quê exatamente? - Ela cruzou os braços.
De eu ter feito ela perder a prova é claro.
Essa era a verdade.
Eu iria admitir isso?
Há, sem chances.
- Eu não sei, essa garota é maluca - Todos repitam comigo. Uau que desculpa de bosta hein Noah!
Sr. Lane encarou a Moranguinho.
- Tem algo dizer?
- Eu realmente não sei o que dizer. Eu nunca pensei que o Noah me odiasse, eu achei . . . Eu pensei que. . .
Os olhos dela estavam lacrimejando?
- Termine a frase Srt.Gabrielly.
- Eu achei que poderíamos ser amigos, mesmo depois do fora que eu te dei. Eu só não queria te beijar, poxa, Noah. - ela olhou em minha direção. Beijar? Que? - Eu estava enganada, mas não pensei que você me odiasse o bastante para simplesmente me acusar de repente de algo.
Lágrimas começaram a rolar. E devo admitir se eu não soubesse toda a verdade, eu também acreditaria nela.
A garota era boa, droga.
- Eu sinto muito, Noah, eu sinto tanto, tanto - Ela disse, ver meu nome sair de seus lábios duas vezes seguidas sem nenhuma sombra de sarcasmo foi estranho.
Ela começou a limpar as lágrimas descontroladas, falsas e se me permitem acrescentar desnecessárias, se levantou e correu para fora da sala.
- Bom, Sr.Urrea, que coisa horrorosa! Pobre garota, ela só não queria beijar você, Noah, o que há de errado nisso? - Disse a professora, defendendo Any. Ah, se ela soubesse. - Vá para sala do diretor, já!
Ela ordenou sem esperar resposta, eu suspirei e me levantei, e saí da sala sentindo todos os olhares da turma em mim, eu bati a porta furioso.
A moranguinho estava apoiada na batente com os braços cruzados e chupando pirulito. Não havia nem um sinal de choro em seu rosto.
- Por que parece tão nervoso, Americano? - Ela perguntou, pegando seu pirulito e sorrindo travessa.
- Eu te odeio, Gabrielly - Disse começando a caminhar pelo corredor, ela me seguiu. Droga de garota irritante.
- Ah mas porque? Você parecia tão bem, tão calmo semana passada, quando você me fez perder a prova de Espanhol - sua voz Sarcástica me irritava, me virei de repente num súbito ataque de raiva, ela me encarou sem mover um músculo.
- Só. Cala. A. Boca.
- Mas cê tá brava? - Ela sorria ainda. Eu passei minha vida jogando, era tudo sempre assim, se alguém fazia algo eu revidava, soltava frases com duplo sentido à todo tempo, eu manipulava as frases das pessoas, e não me importava com o quê as pessoas diziam sobre minha índole.
Isso me fez ser um bom jogador.
Mas ela? Ela não era boa, ela era incrível, parecia ter nascido para aquilo, ela nunca baixava a guarda, nunca saía do controle.
Ela era a melhor jogadora que eu já conheci.
E eu simplesmente odiava isso.
Odiava que ela mexesse tanto comigo, mas era inevitável.
Ah, Moranguinho o que você está fazendo com minha cabeça?
A Any é muito foda nessa fic, sério eu idolatro ela!
E o Noah todo cadelinha kkkk
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Beijos Gaby 🌼