CAPÍTULO DEZESSETE
Boa leitura!
Aidan Gallagher P.O.V.
Call On
[...]
— PORRA! Como assim?! — Gritei ao escutar um de meus aliados falar uma grande merda do outro lado da linha.
— Eu sei, cara, eu sei. Mas por favor, vem pra cá agora. — O garoto pediu tentando manter a calma.
— Já estou indo. — Falo e finalizo a ligação.
Call Off
"Puta que pariu!", é só o que consigo pensar. Diego, o filho da puta que ia nos entregar os muitos quilos de cocaína que havíamos encomendado, simplesmente fraudou a entrega. Sem problemas, já lidei com isso antes. Mas nada me impede de ficar puto da cara!
Peguei um de meus carros e saí de meu apartamento arrancando atrás de Caleb, já que o mesmo simplesmente não atendia o celular. Timothée já estava no casarão que íamos nos reunir, enquanto Caleb devia estar no Avenues fazendo alguma de suas trocas ilegais ou falando com alguém que o mesmo havia comentado comigo em outro momento - alguém que eu acabei esquecendo por ser insignificante.
Chego lá em instantes, estacionando meu carro na mesma rua da escola. Assim que saio do automóvel, avisto Caleb conversando com uns rapazes e logo vou até ele.
— Caleb. — Chamo sua atenção sem nem ligar para os imbecis que ali estavam com ele.
— Aidan. E aí, cara? — Ele diz se virando pra mim, sem noção alguma do que tinha acabado de acontecer com a The Voids.
— Vamos embora, te explico no caminho. — Digo.
— Porra, cara, agora não dá... — Caleb fala apontando com a cabeça para os garotos com quem estava conversando segundos atrás.
— Foda-se, Caleb, você não tá entenden... — Me perco em minhas próprias palavras assim que vejo, mais afastados, Cameron e S/n se beijando. Aquele broxa do caralho tava quase engolindo ela. Travo meu maxilar por impulso.
— Eu não tô...? — Caleb pergunta.
— Entendendo. — Digo olhando fixo para os dois pombinhos desgraçados que estavam no estacionamento aberto do colégio. Por algum motivo aquilo estava me incomodando... E eu sabia o porquê: eu odiava Cameron, com certeza era por isso.
— Não tô entendendo o quê, Aidan? — Caleb pergunta e percebo que ele logo se vira para onde eu estava olhando, a fim de descobrir o que estava me mantendo tão concentrado. Ouço ele rir. — Sério isso, cara? Tira foto pra bater uma bronha depois que é melhor. — Ele fala rindo. — E eu nem tive a chance de pegar ela ainda... Que miséria. Eu disse que ia há um tempo atrás mas nem me mexi. Enfim, a hipocrisia. — Ele diz rindo e eu o olho com raiva. Esse garoto não leva nada a sério.
— Para de falar merda. — Digo curto e grosso.
— Ok, ok... — Ele levanta as mãos em rendição. — Não está mais aqui quem falou.
— Que porra. — Murmuro baixo. — Vamos logo. — Falo seco, agora em alto e bom som.
— Me explica que merda aconteceu antes, cara. — Caleb pede antes que eu pudesse sair do lugar. — Não posso simplesmente sair daqui. — Ele diz se referindo aos moleques drogados com quem estava falando.
— Não dá pra falar sobre isso aqui, porra. — Digo com raiva enquanto tentava não olhar para S/n agarrando aquele merda do Cameron. — Vamos agora. — Falo pausadamente.
— Ok... — Caleb diz desistindo. Vejo ele ir até os garotos que estavam ali e falar alguma coisa que eu não entendi. Logo ele volta até mim.
Cuspo no chão por força do hábito de quando algo me incomoda, e vou até meu carro junto a Caleb. Ligo o automóvel e saio de lá, dirigindo até o casarão que muitos caras de minha gangue estavam.
[...]
Narradora P.O.V.
[...]
— Cara, vocês não têm noção do quão gostosa ela é na cama! — Timothée diz com entusiasmo. Ele, Aidan e Caleb estavam saindo de uma casa noturna, pela manhã de sexta-feira. Passaram a noite lá e podem dizer que, sem sombra de dúvidas, haviam tido uma madrugada bem agitada.
— Isso porque tu não provou daquela Camila, cara... — Caleb morde os lábios ao lembrar do sexo que teve com uma das garotas da festa.
— Eu já provei e concordo que ela é boa, mas não é tudo isso. Tu que é muito emocionado, Caleb. — Aidan diz com um tom superior - até porque, de longe, ele era a autoridade entre todos ali. Timothée ri ao escutar o de olhos verdes.
— Ah, vai se ferrar. — Caleb diz dando um empurrão não muito forte no amigo. Aidan ri. — Garanto que ontem eu transei mais vezes do que vocês dois juntos. — Aidan é obrigado a rir mais uma vez, assim como Timothée.
— E aí tu acordou. — Timothée fala rindo, querendo dizer que o amigo devia estar sonhando ao falar uma coisa daquelas.
[...]
A casa noturna ficava a poucos metros do prédio em que os meninos moram, portanto, não demoraram muito para chegar em casa. Assim que adentraram a residência, cada um foi para seu quarto descansar. Tiveram uma tarde longa no dia anterior, a fim de fazer o que fosse preciso para nada dar errado em seus planos ilegais. Aidan, o líder, conseguiu com facilidade resolver o problema que havia bagunçado por completo os esquemas de sua gangue: Diego, o traficante da vez.
Até porque, para Aidan, além de dinheiro, drogas, armas e mulheres, nada mais importava. Portanto, matar ou torturar alguém insignificante (vulgo Diego) não era problema para o capitão quando suas ambições estavam em jogo - e foi desse jeito que conseguiu o que queria. Em comemoração, ele e os amigos foram (logo depois de terem solucionado o problema) em uma das mais caras casas noturnas de Los Angeles - essa citada segundos atrás -, a fim de aliviar a tensão.
Enquanto isso, Cameron se encontrava nos corredores do colégio em que estuda, procurando impacientemente por Luke.
— Porra... — Ele diz em um sussurro assim que se depara com a cena de Luke praticamente fodendo Olívia, a garota tímida (até então) e a principal cúmplice das mais imprudentes aventuras de sua melhor amiga: Hannah McCloud. Cameron tosse forçado, a fim de chamar atenção.
— Ah, cara, sai daqui. — Luke diz assim que percebe a presença de Cameron, e logo retorna a beijar a boca de Olívia, a qual já se encontrava um pouco envergonhada pela situação.
Corredores vazios: era isso que aquele imenso colégio mais possuía quando o sinal tocava anunciando o intervalo - ótimo lugar e momento para atos ilícitos. Câmeras? Haviam, e muitas - exceto dentro das salas de aula. E isso era problema? De jeito algum! Ainda mais para pessoas totalmente despreocupadas e desenfreadas como Luke - que no final, sempre davam um jeito, se posicionando em pontos estratégicos onde as lentes de segurança não alcançavam.
A única menina presente naquele instante se encontrava sem camiseta, ainda com suas peças de baixo como sua saia, e de sutiã rendado. Luke já sem camiseta, mas ainda com sua calça. E Cameron... Bom, apenas puto da cara.
— Luke. — Cameron se pronuncia em um tom nada amigável. O garoto que teve seu nome chamado apenas bufa em meio à situação.
— O que foi, cara? — Luke pergunta impaciente.
— Precisamos conversar. — Cameron diz enquanto tentava olhar o menos possível para a garota praticamente seminua a sua frente. Luke solta um riso sacana.
— Por acaso quer participar? — Luke pergunta enquanto começava a massagear um dos seios de Olívia. — Olha como ela é gostosa, mano... — A menina ri fraco e geme baixo.
— Caralho, Luke! Para com essa merda, tô falando sério! — Cameron diz aumentando o tom de voz.
— Fala logo o que quer, então, porra. — Luke diz olhando para Cameron. Olívia apenas observava os dois.
— Primeiro se veste, aqui não é lugar. — Por mais inconsequente que Cameron pudesse ser às vezes, pode-se afirmar tranquilamente que o mesmo possuí, sem dúvidas, mais neurônios que o amigo.
— Fala logo. — Luke repete pausadamente, estava a um passo de partir pra cima de Cameron, o qual apenas respira fundo.
— Não quero que chegue perto da S/n, nunca mais. — Cameron fala sem mais, nem menos. Olívia olha para Luke com uma expressão confusa.
— Então quer dizer que a putinha te contou o que aconteceu? — Luke diz rindo enquanto pegava a própria camiseta que estava jogada no chão e a vestia. Olívia, ao ver aquilo, não tardou em pegar sua peça de roupa e a vesti-la também.
— Não fala assim dela. — Cameron diz com o maxilar travado.
— Ué? — Luke ri. — Não é isso que ela é? Uma dada do caralho, uma putinha? — A essa altura do campeonato, Olívia já havia ido embora dali. A mesma saiu correndo antes que pudesse presenciar algo pior. Cameron, por sua vez, em questão de segundos avançou em Luke, agarrando com as duas mãos a gola da camiseta do afetado e o prensando contra a parede do corredor em que estavam. — Tá mais fortinho, hein? — Diz sarcástico.
— Cala a merda dessa tua boca. — Cameron fala cuspindo as palavras. — Se eu ficar sabendo de mais uma dessas tuas gracinhas, eu acabo com a porra da tua vida.
— Calma, mano... — Luke diz enquanto tentava se soltar. No mesmo instante, ouve-se o sinal tocando, informando o término do intervalo. Cameron solta a camiseta de Luke bruscamente, fazendo o garoto fraquejar e quase cair no chão. — Porra... — Diz baixo. — O que deu em você? — Cameron apenas bagunça os próprios cabelos. — A gente não tem tempo pra isso, caralho, tu sabe. E agora vem com essa história de se apaixonar.
— Eu não tô apaixonado.
— Ah, imagina se estivesse. — Luke diz com ironia.
— Só não chega mais perto dela. — Cameron diz simples e com grosseria. Luke revira os olhos e sai dali. — Merda... — Cameron murmura baixo e se vira para os armários que ali haviam, logo dando um soco em um deles - o que fez muitos alunos que estavam passando por perto o olharem com expressões assustadas. O loiro simplesmente não se importou e saiu dali também.
[...]
NOTAS DA AUTORA
Primeiramente: vim aqui agradecer pelos 500 votos! ISSO É SURREAL!
Comecei a escrever há pouco tempo e o apoio que vocês têm me dado simplesmente não tem preço ❤️ Obrigada por tudo, vocês são demais!
E segundo: venho dizer que os capítulos vão sim ficar mais longuinhos e, agora que finalmente vou entrar em férias do meu colégio, vou ter mais tempo para escrever :)
Espero do fundo do core que vocês estejam gostando da história! A fic vai ser bem extensa mesmo porque gosto da ideia das coisas irem acontecendo com calma.
É isso! E obrigada mais uma vez 💖
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Desculpem qualquer erro e eu espero que tenham gostado!
Não se esqueçam de votar e comentar, isso é muito importante pra mim ❤️
Beijinhos e até o próximo capítulo!