1 mês depois
Um mês tinha se passado desde o meu sequestro, contei todos os detalhes para todos, mas o tal homem misterioso nunca mais deu as caras na cidade. Os dias foram de passando e sem qualquer movimento suspeito, eu fui me esquecendo do que aconteceu e voltando a minha rotina de sempre, apesar disso, ainda ando muito alerta e protegida.
O casamento de Arthur finalmente chegou e as coisas estavam bem corridas, me levantei de cama e fui me arrumar. Depois de muito olhar a guarda roupa, escolhi um vestido com forro branco e com detalhes em dourada, em sua barra haviam detalhes que chamavam atenção ao andar. Me maquiei e por fim vesti meus sapatos e um par de luvas pretas. Eu estava pronta.
Sai do quarto e segui reto pelo corredor, ao passar pela porta do quarto de meu tio vejo o mesmo tendo problemas para escolher seu blazer.
— Escolhe esse, vai ficar lindo. - Entro no quarto apontando com a cabeça para o blazer da direita.
— Se você esta dizendo. - Sorri colocando o blazer de forma desajeitada.
O mesmo vai para frente do espelho arrumad o blazer e eu fico logo atrás observando com um sorriso no rosto e os braços cruzados, enquanto arruamava sua gola ele para e pelo reflexo do espelho me olha por alguns segundos.
— Você me lembra tanto ela. - Sorri sem mostrar os dentes.
— Eu lembro que ela adorava usar luvas. - Me aproximo.
Ele olha para baixo suspirando fundo, me aproximo e coloco minhas mãos em seus ombros.
— Não é hora de chorar tio, ok? Não importa o que aconteceu, ou oque ela se tornou. Eu sempre tento lembrar dela linda, sorrindo. - Balanço seus ombros tentando anima-lo.
— Você tem razão, ela sentiria orgulho de você se estivesse aqui. - Olho para cima se recompondo e sorri pra mim.
Depois de acabar de se arrumar meu tio saiu primeiro de casa e eu fiquei por alguns minutos em meu quarto. Era inevitável me olhar no espelho e não ve-la, lembro-me como se fosse ontem, ela lindissima se arrumando para cantar e eu a admirando de longe. Ela chamava atenção por onde passava e axalava confiança, mas algo fez com que ela se perdesse, alguém tirou o seu brilho.
Sou tirada de meus pensamentos pelo som de alguém batendo na porta, desço as escadas com um pouco de pressa e ao abrir a porta vejo que era Ada.
— Eu estava a caminho quando vi James e ele me disse que você ainda estava em casa, vamos? - Aponta com a cabeça para o carro.
— Eu já estava indo, vamos. - Sorrio e fecho a porta.
Entramos no carro e partimos para a igreja que não era tão longe. Após alguns minutos chegamos em frente a igreja e saímos do carro, todos os convidados já estavam em seus lugares, então eu e Ada entramos e já fomos nos sentar também. Arthur estava mais nervoso que tudo, isso era notável pela forma como ele não parava quieto.
Olhei para frente e do outro lado estavam John, Polly, Thommy e Michael. A marcha nupcial começa e todos se levantam, a noiva logo aparece na porta da igreja e lentamente caminha até o altar. A cerimônia começa e todos com muita atenção prestam atenção, depois daquele discurso todo e dos votos, a grande frase é dita.
— Eu os declaro marido e mulher, pode beijar a noiva! - O padre sorridente diz.
Todos começaram a bater palmas e os noivos se beijaram. Como sempre todas as mulheres correram lá pra fora para pegar o tal desejado buquê, enquanto isso fiquei dentro da igreja conversando com Ada e Polly.
— Você não vai pegar o buquê? - Michael aparece do meu lado.
— Eu não acredito nessas coisas Michael. - Rio balançando a cabeça negativamente.
— Vamos tirar a foto da família! - Polly anuncia.
Todos os Shelby vão para a entrada da igreja e se posicional para a foto, de longe observo tudo com um sorriso no rosto. Derrepente a foto é interrompida por Arthur.
— Espera! Esta faltando uma pessoa. - Grita.
Na mesma hora todos olham pra mim.
— Vem Hana! - Gritam em coro.
Com um sorriso envergonhado me juntei a eles para a foto, Ada coloca seu braço em volta do meu e me puxa para mais perto.
— Não adianta mais querer escapar dessa família Hana, você já virou uma de nós. - Ada fala baixo e ri.
Olhei para a mesma e rio também, somos chamadas a atenção pelo fotógrafo e então olharamos para frente. Depois de tirar a foto todos foram para o local da festa, Tommy fez questão de alugar um salão enorme para a festa do irmão, era como o seu presente de casamento eu diria.
A festa estava animada, claro, era a festa do Arthur, não tinha como ser desanimada. Bebidas passando pra lá e pra cá e muita música. Me separei de Polly e caminhei em direção ao bar, no caminho avistei John e Finn brincando, Finn bagunçou o cabelo de John e antes mesmo do irmão reagir o menor saiu correndo. Ao me ver John se aproximou fumando seu cigarro.
— Você esta linda! - Sorriu.
— Obrigada John. - Sorri parando em frente a ele.
— Gostou do vestido da Linda? - Se apoiou na pequena cômoda ao lado..
— Sim.. É bem bonito até. - Respondi pensativa tentando lembrar como era o vestido.
— O seu vai ser três vezes mais bonito. - Sorri enquanto faz movimento com a mão afirmando.
— E como você pode ter tanta certeza disso? - Rio e cruzo os braços.
— Por que eu vou ser a pessoa que vai estar te esperando no altar. - Se aproxima mais.
— E eu sou louca de me casar com você John? - Falo em um tom irônico e passo ao seu lado dando dois tapinhas em seu ombro.
— Nós dois sabemos que você é. - Segura minha mão e dá uma piscada.
Revirei os olhos em meio a risada e segui meu caminho indo até o bar, pedi uma taça de gin e me encostei no balcão.
[...]
Uma música bem animada começou, era uma música clássica em que as mulheres ganhavam um destaque e arrasam. Olhei para a pista de dança e vejo Ada e Polly me chamando animadas, sem demora deixo minha taça sobre o balcão e vou correndo me juntar as duas.
Entrei no ritmo da música e comecei a dançar junto com as duas, a dança nós deixava muito animadas e não parávamos de sorrir nem sequer por um segundos.
Enquanto dançava percebi que John me olhava ali encostado na pilastra, sem demorar muito ele se aproximou e me começamos a dançar juntos. Desde pequenos sempre amamos dançar, nós sempre éramos o centro das atenções quando dançávamos na escola, nós nos divertíamos dançando.
Somos interrompidos por Michael que se aproximou com a mão estendida me pedindo pra dançar, a dança dessa música clássica por ser muito animada, tinha costume de enquanto dançavam os casais iam trocando de par. Passei meu olhar rapidamente por John que encarava Michael sério e antes mesmo de dizer algo Michael me puxou já no ritmo da música.
— Eu não sabia que você dançava. - Falei em meio a dançar rindo.
— Eu não sou muito de dançar, mas hoje estou animado. - Sorriu de canto me olhando fixamente.
Sem dizer nada apenas sorri pro mesmo e continuei a dançar. Depois de um tempo a música acabou e nos separamos.
[...]
( P.O.V JOHN )
A festa já estava no final e poucas pessoas estavam no salão, já um pouco bêbados eu e Arthur estávamos no jardim "brincando", então Michael se juntou a nós. Olhei para o mesmo sério o encarando e ele fez o mesmo me olhando com aquela expressão de superioridade que eu odiava.
— A dança foi boa Michael? - O provoquei me aproximando.
— Foi ótima, eu poderia ficar horas e horas dançando com a Hana. - Respondeu sem demora.
— Que bom que você aproveitou esse breve momento, por que é a única coisa que você vai ter com ela, uma dança. - Fiquei de frente pro mesmo e sussurrei em seu ouvido.
— Cala a boca. - Trincou o maxilar.
— Eu sei como é bom dançar com ela, ficar tão pertinho dela, eu estou perto dela desde os 9 anos. E isso nunca vai mudar, ouviu?! - Trinco o maxilar.
Michael tira uma arma da cintura e a aponta para minha testa, sem sequer tremer permaneço em sua frente com a mesma expressão. Eu podia ver o ódio em seus olhos, ele a queria e não suportava saber que estava em seu caminho.
( P.O.V HANA )
A festa tinha acabado e só faltamos nós irmos embora, Linda estava louca atrás de Arthur que tinha sumido junto com John e Michael. Sai do salão para procurar o mesmo e andei pelo jardim, até que avistei Michael aponstando uma arma para John, na mesma corri até eles.
— QUE MERDA É ESSA? - Gritei.
Os dois permaneceram calados e seus olhares estavam fixos um no outro, o clima estaca tão pesado que eu juraria que se eu não impedisse, aquela arma dispararia a qualquer momento.
— Michael abaixa a arma! - Me aproximei mais de Michael. - Parem com isso vocês dois!
Michael fechou os olhos e suspirou fundo abaixando a arma, sem dizer nada ele guardou a arma e olhou pra mim por breves segundos antes de ir embora. Encontrei Arthur bêbado ali perto e com a ajuda de John o levei de volta para o salão.
Todos entraram em seus carros para ir embora e antes de entrar no carro de Ada, parei em frente a John e disse.
— Não vai me dizer o que foi aquilo? - Olhei fixamente em seus olhos.
— Não foi nada, é coisa nossa. - Colocou suas mãos em meus ombros.
Entrei no carro com Ada e então fomos embora, a mesma me deixou em frente a minha casa e eu entrei. Meu tinha seria deixado em casa por Thomas, então deixei a luz da sala acesa e subi as escadas, enquanto subia as escadas o telefone toca e eu dou meia volta descendo de novo.
— Alo? - Pego o telefone.
— Hana. - Uma voz masculina diz.
Ao ouvir a voz meu coração parou, milhões de coisas se passaram em minha mente, lembranças. Eu só poderia estar ficando louca, não poderia ser aquela mesma voz, seria a pior coisa da minha vida!
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