markhyuck !¡ lovesick demon

By jenossauroo

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Onde Lee Donghyuck, um adolescente que não acreditava nem um pouco em céu e inferno, foi desafiado a invocar... More

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final dos infernos

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By jenossauroo

coloquem a música para tocar quando eu avisar durante o capítulo, se conseguirem, procurem a letra antes de ler o resto c:

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

celular do donghyuck
"amigos porém depende"

eu: o jisung vai ter alta hoje?

junnie: sim, mas o senhor Zhong não quer que busquemos ele
quer ficar sozinho com o Jisung pipipi popopo

nono: é hoje que o pedido de namoro sai?

chenle burguês: me deixem em paz??

eu: nossa chenle, seu egoísta
eu tô louco pra fugir daqui, não aguento mais viver no mesmo ambiente que o mark
o clima tá péssimo

junnie: ué, ele voltou a ficar aí?

eu: sim, quer me proteger pra eu não ser atacado de novo

soulmate: e o que ele vai fazer sobre isso?
você não pode correr perigo pra sempre

eu: nossa, quando foi que eu voltei a falar com você?

soulmate: hyuck...

eu: não sei qual o plano dele e nem ligo
só quero ficar livre disso logo
Chenle, avisa quando vocês chegarem em casa
tenho que ir

~~~~~~~~~~~~~~~~~

- A sua mãe ainda compra aquela bolachinha que eu curto? Fiquei com vontade de comer – disse se jogando na cama do mais velho.

- Precisamos conversar, Donghyuck.

- Sabia que você não tinha me chamado aqui para me distrair – revirou os olhos – Cai na armadilha e agora vou levar sermão, acertei?

Renjun revirou os olhos e bufou irritado. Odiava quando o Lee agia daquela forma, era puro sarcasmo e idiotice o tempo todo. Parecia uma criança teimosa.

- Eu estou falando sério com você, Donghyuck. Vai tratar o Jaemin daquele jeito até quando? Vocês tem que conversar, chega disso – começava a gesticular, visivelente irritado – Você sabe que foi culpa do Mark, por que continua afastando quem mais quer seu bem?

O mais novo apenas suspirou e se deitou na cama olhando para o teto. Estava sendo um idiota e já sabia disso, mas a última coisa que queria nesse momento era ter que escutar o chinês jogando essas coisas na sua cara.

- Eu sei, mas... – bateu na cama se irritando ao lembrar do acontecido – Que porra, eu fiquei tão chateado com aquilo. A cena simplesmente não sai da minha cabeça e isso dói demais. Não aguento mais essa situação, Junnie. Eu estou apaixonado pelo Mark, mas ele não só me machucou como também continua constantemente me machucando e trazendo problemas. Não era assim que meu primeiro relacionamento deveria ser, era?

O chinês apenas suspirou se dando por vencido, não conseguia dar uma dura no amigo vendo o quão quebrado ele estava. Se deitou na cama ao seu lado e manteve seus olhos no teto.

- O Jaemin poderia estar ao seu lado, te ajudando com isso. Todos somos seus amigos, Hyuck, e todos estamos aqui por você a qualquer minuto, mas você sabe que o Jaemin é diferente. Ele é seu melhor amigo, ele é seu maior confidente, é como se vocês fossem irmãos e sempre fizeram o possível e o impossível pelo outro – olhou para o Lee – Mas você continua descontando toda sua frustração nele. Você continua machucando ele mesmo sabendo que nada disso é necessário. O otário da história está sendo você, Hyuck.

- Eu sei... – disse com os olhos marejados – O pior é que eu sei.

Sabia que Jaemin não merecia o tratamento que estava recebendo. Ele não tinha feito nada, mas mesmo assim Donghyuck agia como se tudo fosse culpa dele. Nunca foi culpa dele e agora sentia como se pudesse perder seu melhor amigo por agir tanto como um idiota. Era um otário mesmo.

- Conversa com ele, tudo bem? – segurou sua mão com carinho – Ele sente sua falta e eu sei que você sente a dele.

E realmente sentia.

~~~~~~~~~~~~~~~~~

- Sunggie? – o esverdeado chamou assim que o carro deu partida – Eu estou muito feliz que você está bem – sorriu ladino.

- Eu também estou, acho que nunca senti tanto medo na minha vida – fez uma careta arrancando uma risada do chinês – Mas valeu a pena passar esses dias com você, bom saber que se preocupa tanto assim comigo.

Os mais novos estavam sentados no banco traseiro enquanto o motorista da família Zhong dirigia até a casa do mais novo. Nos últimos dias em que Jisung esteve no hospital, os garotos se tornaram mais próximos do que nunca. Chenle sempre estava lá, ao seu lado, sem o abandonar em momento algum.

- Claro que eu me preocupo, como não iria? – segurou a mão alheia começando um leve carinho.

Não podia negar que estava levemente nervoso. Os últimos dias em que se reaproximou do amigo o fez perceber que o que sentia por si era muito mais do que apenas amizade. Não sabia quando aquilo havia começado e nem quando começara a olhar pro mais alto com algo a mais, mas quase o perder fez Chenle notar que estava perdendo tempo. Seja lá o que for, não queria mais esperar.

- Lembra o que você me disse aquela dia no hospital?

- Sobre o que?

- Sobre... ser apaixonado por mim – disse baixinho pela vergonha que tomou conta de si.

- Sim, eu sou, e muito. Mas eu já te falei que não precisa me dar uma resposta sobre isso, eu não quero te forçar a nada.

- Bom, é que... – não tinha certeza se estava pronto, mas essa era a hora de falar.

- É que...? Estou começando a ficar curioso, Lele.

- Eu estou sentindo umas coisas nos últimos tempos e andei percebendo que... – suspirou fechando os olhos – Acho que gosto de você.

- Espera, é sério? Tipo, sério mesmo? Você não 'tá falando sério né? – se exaltou surpreso, parecia brincadeira.

- É sério, Sung, juro que é sério. Eu fiquei pensando naquele beijo, sabe? Quando aconteceu eu não estava me sentindo da mesma forma que eu me sinto agora quando lembro dele. E também, ultimamente meu coração acelera e eu fico nervoso perto de você. Isso não é normal sabia?

E o silêncio reinou. Jisung estava completamente em choque, mas ainda com um pequeno sorriso no rosto, enquanto Chenle continuava cabisbaixo, cheio de vergonha pelo o que havia dito. Não era mentira, o chinês estava sendo cem porcento sincero com o outro. Não podia simplesmente virar e falar que tudo o que o Park sentia por si era recíproco, porque não era. Porém, só o fato de estar sentindo algo a mais pelo o mais novo, parecia ser o suficiente.

- Lele? – alargou o seu sorriso enquanto seus olhos brilhavam tanto que pareciam acomodar milhões de estrelas – Eu posso te beijar?

A resposta era tão óbvia, que a pergunta chegava a ser besta. O Zhong soltou uma leve risadinha e segurou o rosto do mais novo com as duas mãos se aproximando levemente.

- Pode.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~

- Vai parar de me ignorar quando em? – Mark soltou indo atrás do outro na cozinha, porém continuou sem resposta – O que eu te fiz, Haechan?

- Não me chama assim – disse com raiva.

- Eu não fiz nada de ruim, eu só estava tentando te proteger.

- Você beijou o meu melhor amigo, e não venha me falar que isso foi pra me proteger, Mark – lhe lançou um olhar raivoso – Você poderia ter me dito "Donghyuck, você está em perigo, temos que nos afastar", eu iria entender. Mas você foi lá e quis me afastar a força, beijando ele e me tratando igual lixo. Eu não vou te perdoar, não mesmo.

- Eu achei que seria o melhor, Haechan, achei que isso iria nos afastar de vez. Jurava que se eu estivesse longe, ele não viria atrás de ti.

- Mas veio, e quer me matar. Você tem noção de que o DIABO quer ME MATAR?

- E eu tenho um plano.

- Qual?

Os dois Lee's estavam parados um em cada canto da cozinha, bem longe um do outro. Enquanto Mark exalava desespero, só querendo se aproximar e ter o perdão daquele que gostava tanto, Donghyuck fazia questão de ficar o mais longe possível.

O acizentado havia passado o dia todo fora. Queria realmente se manter longe de Mark, e por isso sumiu sem nem ao menos avisar, deixando um demônio frustrado para trás. Estava bravo, sabia que no fundo ele só queria o meu bem, mas o seu coração estava tão machucado e confuso que não conseguia evitar tratá-lo assim.

- Eu vou fazer ele vir até nós.

- Nossa, belo plano. Pra morrer mais rápido? – disse sarcástico.

- Não, vou fazer uma proposta. Eu andei sumido esses dias porque fui atrás de uma coisa, uma coisa que é muito importante pra ele. E em troca dessa coisa, eu vou pedir a nossa liberdade.

- E que coisa é essa? – arqueou a sobrancelha curioso.

- Uma espada, quer ver? – se animou já se preparando pra subir.

Obtendo a afirmação do mais novo, Mark logo se apressou e foi até o quarto de Donghyuck para pegar o objeto.

- Desde quando isso está aí? – perguntou indignado em não perceber algo que estava em seu quarto.

- Desde o dia em que eu voltei. Essa espada é a arma mais forte que o meu chefe já teve, ela foi usada em tantas ocasiões sobrenaturais que você não tem nem noção. É tão poderosa que consegue matar anjos em um só movimento, humanos então... – suspirou maravilhado com cada detalhe do objeto – Ele havia perdido há séculos e eu me esforcei muito para encontrá-la, acho que com isso ele nos deixa em paz.

- Você vai dar mais poder para o diabo só pra liberar a gente? Quantas pessoas podem morrer por isso? – questionava indignado – Aliás, quantos podem morrer por isso?

- É a única maneira, Haechannie, e pode ter certeza que para te manter vivo e bem, eu faria qualquer coisa. Independente do que for – se aproximou do mais novo segurando suas mãos.

Hyuck ficou em silêncio, simplesmente não conseguia acreditar no que Mark era capaz apenas para o manter bem.

Estar naquela proximidade com o mais velho quebrava as suas próprias regras, regras que foram criadas para evitar que se machucasse mais. O único problema era que ele não conseguia se afastar, estava perdidamente apaixonado por Mark Lee e nem ao menos conseguia disfarçar. Estar ali, segurando as mãos dele e olhando cada detalhe de seu rosto mexia consigo mais do que podia imaginar. Não conseguia e nem queria ficar longe.

A única coisa que Donghyuck queria era beijar e abraçar o demônio que tanto gostava.

- O que você está fazendo? – disse baixinho percebendo a aproximação alheia.

- Deixa eu te beijar... – acariciou suas bochechas – Por favor...

- Mark, para – disse sem se afastar – Não faz isso comigo.

- Você também sente saudades, não sente? Eu sei que você quer isso tanto quanto eu, Haechannie, deixa eu te beijar.

A essa altura, os seus lábios já estavam encostando levemente um no outro. Faltava apenas um impulso para eles se beijarem, e isso aconteceria se Donghyuck não tivesse se afastado, empurrando levemente o corpo alheio.

- Para, Mark. Não faz isso com você mesmo, beleza? Eu não quero mais nada contigo, eu já te falei isso. Só quero que você mantenha distância – suspirou – Espero que esse seu plano dê certo e seja logo, não quero passar muito mais tempo perto de você.

Não esperou nem mais um segundo, sabia que podia vacilar a qualquer momento se ficasse, então logo saiu do quarto com os olhos marejados.

Donghyuck estava confuso, por que as coisas não poderiam ser mais fáceis para si? Por que tinha que ter se apaixonado por um demônio? Agora ele literalmente corria risco de morte e sabia que as chances daquele plano dar certo eram mínimas. Ele e Mark nunca ficariam juntos.

Já o demônio achava que o mais novo apenas o odiava, que não sentia mais nada por si. Por que ele achou que depois de tudo isso ele ainda gostaria afinal? Mark era só um demônio idiota que botava as pessoas que amava em perigo, ele era só um estupido.

Donghyuck o odiava, e isso lhe corroía por dentro.

Estava quase decidido a ir atrás do mesmo se não fosse seu celular vibrando freneticamente em seu bolso. Pegou irritado, mas logo relaxou ao ver de quem se tratava.

- E aí? conseguiu?

- Oi pra você também, Mark.

- Oi homem mais lindo do mundo – disse de forma irônica – Fala logo, Taeil. Conseguiu?

- Eu realmente não sou pago pra isso – revirou os olhos – Sim, eu falei pra ele que te vi com a espada e agora ele está tão irritado que até eu estou com medo.

- Quando?

- Hoje. Nessa madrugada.

- Hoje?

- Sim, se prepara. Ele está cheio de ódio por você ser tão insuportável, palavras dele, e provavelmente vai com toda a disposição para matar o seu humano.

- Eu estou muito fodido.

- Extremamente fodido meu caro.

A casa se encontrava em completo silêncio. Donghyuck estava trancado no quarto enquanto conversava com seus amigos e evitava Mark. Os dois não haviam conversado desde a discussão que tiveram há algumas horas e a casa não poderia estar em um clima pior.

Já Mark... Mark estava desesperado. Sabia que tinha um plano e realmente esperava que desse certo, mas seu chefe era perverso, ele tinha medo de que seu Haechan acabasse machucado.

Queria fazer de tudo para evitar isso e prometera que iria, mas o que um simples demônio era perto do ser mais poderoso do submundo? Nem ao menos sabia como poderia lutar contra isso.

Estava sentado no sofá encarando fixamente a espada e perdido em pensamentos. Isso até escutar um grito vindo do andar de cima e não esperou nem mais um segundo antes de ir verificar o que havia acontecido.

- Haechan? Abre a porta, você está bem? – batia na porta desesperadamente.

- Ora ora ora – escutou a voz vinda de dentro do quarto e logo a porta se abriu sozinha dando visão para o local – Olha só quem resolveu aparecer.

A primeira coisa em que seus olhos focaram foi em Haechan sendo jogado na parede. Logo notou a presença de mais quatro pessoas: Taeil, Yuta, Johnny e o próprio diabo.

Taeyong tinha fios vermelhos que combinavam com a áurea que exalava de seus olhos. Suas roupas eram quase sociais, com a camisa de botões branca entreaberta e dobrada nos braços e sua calça preta de couro que era extremamente colada o seu corpo, o diabo estava mais lindo do que um anjo. Era como um mafioso sexy ou um stripper bem pago de boate.

Ele realmente se arrumava para matar.

- Taeyong – bufou – Sabia que uma hora ou outra você iria vir – se aproximou rapidamente de Haechan o ajudando a levantar e se posicionou em sua frente.

- Perdeu completamente o respeito se pensa que pode me chamar pelo nome não é mesmo? – sorriu de modo sarcástico.

Ele adorava provocar e ver até onde a paciência do oponente ia. Era sua especialidade.

- Que respeito? Eu nunca tive isso por você.

- Você sempre foi um dos meus capachos mais rebeldes não é, Minhyung? Um tolo.

- Nós dois sabemos do porque você estar aqui.

- Sim, eu vim acabar com essa palhaçada sua. Cansei de perder tempo com você – disse sem paciência – Acho que você tem algo que me pertence não é?

Era agora ou nunca, Mark.

- Eu tenho uma proposta para você – tentava manter sua confiança, não podia demonstrar medo.

- Você perdeu sua oportunidade de fazer acordos comigo.

- Então eu sinto muito, você nunca mais irá encontrar a sua querida espada – sorriu de forma debochada.

Mark sabia que estava brincando com o diabo, literalmente. Porém também sabia que só estava agindo assim por ele. Ele era a única pessoa que importava no momento. Haechan segurava sua mão com força, parecia estar com muito medo, muito mesmo, e o mais velho conseguia sentir.

- Qual o acordo? – mesmo que seu tom fosse de deboche, havia se dado por vencido.

- A espada em troca de deixar nós dois livres – disse com firmeza – Para sempre.

- Aquela espada é muito poderosa, sério que vai pedir só isso?

- Vamos ficar livres?

- Claro, vocês não tem importância nenhuma para mim, já aquela arma... – sorriu de lado se aproximando do demônio – Onde ela está?

- O acordo está feito? – perguntou mais uma vez, tentando ter alguma confirmação.

- Sim, agora vamos, me diga onde está a maldita espada – esticou a mão, fazendo o Lee se sentir ansioso.

Não acreditava que aquilo realmente estava dando certo. Fez um movimento de modo que a espada aparecesse em suas mãos. Pode ver o quanto Taeyong ansiava por isso, seus olhos brilharam ao ver aquela espada e assim que ela lhe foi estendida, ele não esperou por nem mais um segundo antes de pegá-la.

O silêncio era torturante. Mark esperava uma resposta do avermelhado enquanto o mesmo analisava o objeto com toda a atenção possível.

Donghyuck se mantinha atrás do demônio, sendo como um observador da cena. Nunca sentira tanto medo na vida, ele estava de frente com o próprio diabo com grandes chances de morrer. Ele não queria morrer. Ainda tinha tanto pelo o que viver. Precisava sair com seus amigos mais uma vez, precisava abraçar Jaemin mais uma vez, precisava encontrar seu irmão, precisava se formar, precisava sair da casa de seus pais, precisava beijar Mark uma última vez... Precisava viver.

E não tinha ideia se iria.

Continuava a segurar a mão de Mark. Apertava como se sua vida dependesse disso e o outro não estava diferente. Tudo dependia daquele momento.

N/A: coloquem a música

- Bom, vejo que essa é realmente a verdadeira espada. Acho que temos um acordo – deu as costas sendo seguido pelos outros que lhe acompanhavam. Mark quase suspirou aliviado, mas o outro parou de andar imediatamente – Opa, eu acabei de lembrar de algo – virou com uma feição cínica estampada em seu rosto – Eu não cumpro acordos – sorriu de forma maldosa.

Nenhum dos dois Lee's tiveram tempo de pensar. Em menos de um segundo, Yuta e Johnny já seguravam Mark enquanto Taeyong tinha Donghyuck pressionado contra si.

- É só eu fazer um movimento que o pescoço dele quebra – segurava o maxilar do mais novo com um sorriso completamente perverso no rosto – E aí, Minhyung, como você se sente sabendo que eu vou matar outro namoradinho seu em? Como se sente sabendo que vai continuar a me servir por toda eternidade?

- Por favor, não machuca ele – implorava desesperado enquanto tentava se soltar – Não faça nada, ele não tem culpa.

Taeil continuava a observar a cena aflito. Se sentia um inútil, mas não podia contrariar seu chefe. Nunca poderia fazer isso.

- Ele não precisa ter culpa, querido, mas você tem, e se isso vai te machucar, eu farei com todo prazer – sorria com desdém.

Donghyuck mantinha seus olhos arregalados, enquanto lágrimas saiam de seus olhos. Ele estava visivelmente assustado e tentava nem ao menos se mover.

- Me mata – Mark soltou, decidido.

- O que? Mark, não – Hyuck se pronunciou pela primeira vez.

- Haechan, ele tem que me matar – afirmou – Taeyong, você mais do que ninguém sabe que o sofrimento e o medo dele vão te fortalecer muito mais do que o mais do que matar ele e me fazer de seu escravo. Me matar vai acabar com ele, você sabe disso.

- Ele tem razão, chefe – Taeil disse baixinho.

Taeyong deu o sorriso mais maldoso que ele poderia dar. Em um piscar de olhos, Donghyuck foi jogado contra a parede, ficando pendurado e imóvel. Se aproximou lentamente de Mark com a espada reluzente em mãos. Yuta e Johnny estavam segurando o demônio pelos braços o deixando de joelhos no chão. Donghyuck continuava a gritar e tentava sair para ajudar o mais velho, porém continuava imóvel.

- Foi um desprazer te conhecer, Minhyung – Taeyong disse antes de fincar a espada no abdômen de Mark.

Por um momento, tudo parou. Donghyuck ficou estático, sentia as lágrimas descerem enquanto via Mark caindo no chão todo ensanguentado. Taeyong se afastou juntamente com Johnny e Yuta. Taeil os acompanhou até a porta, tentando não se envolver na situação.

- Uma dica, Donghyuck: tente nunca mais se envolver com demônios. Eu não vou aliviar se isso acontecer novamente – disse antes de sumir, restando apenas os dois no quarto.

Assim que o diabo saiu, Donghyuck caiu no chão, visto que nada o segurava mais. Imediatamente correu até Mark chorando desesperadamente.

-Minhyung, por favor, fica comigo – acariciava o rosto dele – Por que você está sangrando? Você não pode morrer só com uma ferida de espada né?

- Lembra que eu te falei que a espada é poderosa? – deu um sorriso fraco, porém sem graça nenhuma – Ela mata qualquer ser... não importa se seja divino, sobrenatural ou humano... e eu por estar na minha forma humana, vou sangrar até mo... morrer – explicava com certa dificuldade já que sangue escorria de sua boca.

- Não, não, não, você não pode morrer! Por favor, não me deixe – acariciava o rosto de Mark – Eu preciso de você, meu amor, por favor me desculpe, eu fui um idiota.

- Haechannie... está tudo bem – continuava com um pequeno sorriso estampado no rosto enquanto lágrimas escorriam de seus olhos – Você vai ficar melhor sem mim.

- Não, eu não vou. Eu não sou forte, eu queria tanto desistir até te conhecer. Você me mantém firme, Markkie, por favor, não me deixe – dizia em meio aos soluços – Eu posso te levar para um hospital, lá você pode ser curado e aí podemos ficar juntos, eu vou consertar tudo só me deix...

- Haechan, me escuta ok? – suspirou e prosseguiu com a voz fraca – Você tem uma vida inteira pela frente, você ainda vai conquistar muita coisa, mas para isso, você precisa me deixar ir – sorriu fraco – Fiz uma carta para você. Está dentro do bolso daquela jaqueta que você usou da primeira vez que nos beijamos... Você estava lindo naquele dia – tossiu se engasgando com o próprio sangue, ele continuava com a mão na ferida enquanto o mais novo tentava dedicadamente pressioná-la para estancar o sangue – Eu te amo, Lee Donghyuck. Eu te amo com todo o meu coração. Para sempre – disse em um fio de voz.

E assim seus olhos se fecharam. Seu corpo se tornou pesado e imóvel e o único som possível de se escutar no local era dos soluços do acizentado, que chorava em cima do corpo alheio.

- Eu ainda quero você – sussurrava - Eu preciso de você, volta pra mim... Eu juro te amar por toda minha vida, Minhyung – e selou seus lábios pela última vez.

Após alguns segundos, resolveu se afastar do corpo. Suas mãos estavam cobertas de sangue e se sentia tão desolado que por minutos ficou encostado na parede de seu quarto, apenas olhando para Mark e sentindo as lágrimas escorrerem por suas bochechas.

Não sabia que horas eram, não sabia o que fazer. Só estava parado, com a cabeça vazia, imóvel.

Lembrou-se da carta e preferiu ir atrás da mesma logo, já que não sabia como prosseguir.

" Oi Haechan (eu amo te chamar dessa maneira), se você está lendo essa carta é porque... bom, algo grave aconteceu comigo. Sei que você está irritado e não quer saber de mim, e eu te dou toda razão porque eu errei muito contigo. Não sei o que pode acontecer nessa minha tentativa de nos salvar, mas espero que você fique a salvo. Eu prometi que te deixaria a salvo.

Sabe? Você tem tudo para ter uma vida incrível. Tem ótimos amigos, é inteligente, determinado, forte e tem um sonho que sem dúvidas você vai conseguir alcançar. E eu não quero interferir nisso, apenas quero ajudar. Nesses dias em que eu sumi, eu não estava apenas atrás da espada (que eu espero que já tenha te explicado para o que serve), eu também saí em busca do seu irmão. Agora, mais do que nunca, você vai precisar de pessoas que te amam ao seu lado, e após conhecê-lo eu percebi o quão bem ele vai te fazer.

O número e o endereço estão no verso da folha. Espero que você consiga.

Viva sua vida, Haechan. Aproveite ela todos os dias, aproveite todos os momentos. Você é jovem e um dia, tudo vai estar bem. Eu te prometo que vai. Faça tudo o que nós dois não pudemos fazer e por favor, coma muitos daqueles sorvetes deliciosos que você me apresentou, é uma das melhores coisas que existem. Vá à praia e veja o por do sol. Assista aqueles filmes de terror toscos que retratam demônios como monstros possuidores de almas e dê muita risada por mim. Vá à festas e dance, dance como se fosse a última vez.

Eu espero que você sempre lembre de nós dessa maneira: felizes e nos divertindo. Eu espero que você aproveite seus dias desse mesmo jeito, porque uma parte de mim sempre estará em você, Haechan, e eu quero que você seja feliz.

Eu te amo e para sempre te amarei, independente da onde eu estiver.

Com amor, seu Minhyung."

Seus olhos já estavam inchados e a folha se encontrava encharcada. Não sabia o que fazer. Não sabia como seguir.

Estava tão arrependido por não ter aproveitado mais com ele, queria tanto ter mais tempo, ter mais histórias, mais momentos. E infelizmente, não pode ter isso.

Precisava de alguém consigo nesse momento, não conseguiria passar por isso sozinho e assim pegou o celular sabendo exatamente para quem ligar.

- Alô?

- Nana... – dizia com a voz trêmula e baixa – Eu preciso de você... por favor...

- Chego em dez minutos.

Pipipi. A ligação finalizou. Jaemin estava a caminho. Tudo ficaria bem, não é?

Haechan se levantou com certa lentidão. Suas mãos ainda estavam ensangüentadas, assim como seu celular e a carta que havia acabado de ler.

Seus olhos estavam sem foco, sem brilho, sem vida. Se sentia perdido e sem rumo.

Nem ousou olhar para Mark mais uma vez. Sentia que podia desabar a qualquer momento novamente e estava lutando fortemente para deixar suas pernas firmes.

Desceu as escadas com cuidado e saiu de dentro da casa, sem parar nem um segundo, sem pensar.

Assim que alcançou a calçada, abriu a carta novamente. Passou os olhos por todas as palavras escritas pelo demônio.

"Eu prometi que te deixaria a salvo".

"Faça tudo o que nós não pudemos fazer juntos".

"Tudo vai estar bem".

"Espero que se lembre de nós dessa maneira".

"Uma parte de mim sempre estará em você, Haechan".

"Eu te amo e para sempre te amarei".

"Com amor, seu Minhyung".

Seu Minhyung...

Quando notou, seus joelhos já haviam se chocado contra o asfalto e as lágrimas caiam novamente por suas bochechas.

Não fazia ideia de quanto tempo ficara naquela posição, mas quando sentiu braços lhe rodeando sabia que não estava sozinho. Nunca estaria sozinho, porque além de seus amigos, tinha Mark. E Mark sempre estaria vivo dentro de si.

~~~~~~~~~~~~~

OI GENTE ADIVINHA QUEM VOLTOU

postei uma oneshot markhyuck lá no meu perfil, me mimem por favor KKKKKKK

e aí, o que acharam do final original?

bônus (final pt.2) até o dia 10/12
final alternativo até o dia 13/12

STREAM RESONANCE

até a próxima :)

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