Love Or Sex?

By _-Rhay-_

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Naquela em que Vênus Collins não honra seu nome como deusa da paixão e sensualidade e por isso acaba ficando... More

Book trailer
epígrafe
Capítulo 1 - A gata
Capitulo 2 - Sex Education
Capítulo 3 - O Plano
Capítulo 4 - Me chame de Vênus
Capítulo 5 - Seria um prazer
Capítulo 6 - Promessa
Capítulo 7 - Desapego
chapter eight
chapter nine
chapter ten
chapter eleven
chapter twelve
chapter thirteen
chapter fourteen
chapter fifteen
chapter sixteen
chapter seventeen
chapter eighteen
chapter nineteen
chapter twenty
chapter twenty-one
chapter twenty two
chapter twenty tree
chapter twenty four
chapter twenty five
chapter twenty six
chapter twenty seven
chapter twenty eight
chapter twenty nine
chapter thirty
chapter thirty one
capitulo 32 - outlander
Capítulo 33 - Maconha e álcool
Capítulo 34 - Olhos de oceano
Capítulo 35 - Damão e Pítias
Capítulo 36 - Última chance.
XXXVIII. Andrômeda
XXXIVV. Saudação presidencial
XL. Hawaii
XLI. Provocações
XLII. Luau.
XLIII. Senhor Reed.
XLIV. Esqueca, Vênus.
XLV. Marvel ou DC?
XLVI. Em outra vida
XLVII. Red Zone
XLVIII. Conferência
XLIV. Estágiarios
XLV. Cobra Kai
XLVI. Paris
XLVII. Meu Jacobe.
XLVIII. Nirvana
extra. she
extra. spanish

XXXVII. Mulheres

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By _-Rhay-_

A cada 11 minutos uma mulher é estuprada no Brasil, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgados em 2015. 

⚠️. Talvez haja gatilho de abuso e estupro para alguém nessa parte do capitulo, não tem nada explícito mas se você tem gatilho é melhor não ler.
Vou colocar isso aqui (⚠️) quando começar e quando acabar.

Capítulo dedicado a nn_goncalves

~~~~~~~

No carro a caminho da minha casa, Lady Driver's não estava funcionando, não sei por quê, sempre funcionava em NY, por isso peguei um Uber que insistia em falar comigo, eu lhe dava respostas secas mas nada que fosse capaz de fazer ele perder o interesse em conversar. Ele deveria ter o dobro da minha idade e por mais que eu brincasse as vezes falando que queria um sugar daddy, sempre que alguém mais velho vinha falar comigo eu já ficava desesperada, o que eu posso fazer?

Quando eu falo que quero um sugar daddy eu estou falando tipo, do Henry Cavill ou do Michael B. Jordan.

Meu celular vibrou quando eu já estava perto de casa, Leslie havia me colocado em um grupo junto com muitas outras pessoas e abrindo as fotos de algumas eu reconheci elas do meu ensino médio fracassado.

⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️

- Você costuma sair linda assim para os lugares? Muitos homens devem mexer com você e com razão. Está tão gostosa. - O motorista idiota falou e eu abri a boca chocada olhando para ele pelo o retrovisor. - Você com essa boquinha aberta, está querendo alguma coisa, safadinha? - Ele tentou pegar na minha perna por trás do banco e eu me afastei.

- Meu Deus, para o carro.

- O que? Por que?

- Quanto deu a corrida?

Ele falou o preço e eu coloquei o dinheiro sobre o banco.

Sai do carro e estava quase chegando a esquina da minha casa.

- Não sabe receber um elogio não se veste igual uma puta. Capaz de alguém te confundir e perguntar quanto está o programa.

Senti meus olhos marejarem e olhei para o lado, avistei uma menina que parecia estar gravando a cena.

- Você está gravando? - Eu perguntei e ela assentiu.

Me virei para o cara que parecia estar aceitando outra corrida.

- Ei, senhor. - Eu chamei e ele olhou. - Em alguns dias vai chegar uma intimação na sua casa, se eu fosse você eu procurava um advogado. - Me virei para falar com a menina mas logo lembrei de algo a mais. - Ah, e também um novo emprego.

Ele me olhou perplexo e estava prestes a descer do carro, meu corpo tremia, o medo estava em cada célula minha e eu tive medo por mim, pela a garota que estava filmando, eu tive medo pela a minha mãe que foi estuprada a anos atrás, eu tive medo por todas as mulheres. Mas isso não fez que eu abaixasse a cabeça, assim como todas as mulheres que lutaram para que eu tivesse voz hoje também não abaixaram a cabeça.

Eu tentei lembrar na minha mente, alguns movimentos que minha mãe tinha me ensinado para afastar um homem do dobro do meu tamanho e o que parecia mais facil de ser usado agora era um soco forte na garganta, logo depois uma joelhada no pênis, e correr até minha casa com a garota do celular.

Ele caminhou até perto de mim, e eu senti meu estomago afunda, minhas pernas fraquejaram.

- Escuta aqui sua vagabunda.

- Quem você está chamando de vagabunda? - Eu perguntei levantando o tom de voz. - Eu exijo respeito.

- Você tem sorte de eu não estar com vontade de quebrar esse seu rostinho lindo - Meu Deus, eu estava com tanto medo. Ele passou a mão na minha bochecha e senti vontade de vomitar.

- Não me toca. - Eu gritei alto desesperada me afastando. Estava quase chorando.

- Vai chorar? Que tal eu te levar para chorar em outro lugar?

- Vênus? Está tudo bem aqui? - Ouvi uma voz conhecida e percebi que era Ed, olhei para trás e o vi com algumas sacolas.

- Não, não está. - Eu respondi e ele veio até mim prontamente, o cara que antes parecia enorme, agora estava quase perto do seu carro, olhei para o lado e me certifiquei que a menina ainda estava filmando.

No calor do momento fui atrás dele.

- Você é um lixo. Um lixo! - Eu gritei, ele entrou no carro e fechou o vidro. - Somos mulheres, merecemos respeito, merecemos viver sem medo e merecemos ser livres e não julgadas pela as roupas que vestimos. - Eu bati fortemente no vidro e o homem ligou o carro, saindo logo depois rapidamente.
Me sentei na calçada, minha respiração estava pesada, meu sangue quente, assim como meu rosto, lágrimas queriam descer. O desespero, o medo, o ódio, a raiva, eram tantos sentimentos.

- Vênus, respira, calma. - Ed perguntou se agachando a minha frente e respirei fundo.

- Eu filmei tudo. - A menina chegou falando mas tudo parecia um borrão a minha frente, isso nunca tinha acontecido comigo, eu me sentia tão mal.

- Você pode me mandar isso? - Meu padrasto falou e foi para perto da menina.

Uma pergunta rondava minha mente.

"Porque eu enfrentei ele? Por que não fui embora e deixei tudo para lá?"
"Por que?"

Você sabe por quê.

Minha mente me respondeu e eu suspirei.

E eu sabia.

Eu tive força e coragem de enfrentar ele, e eu precisava usar isso, por que sei que tem mulheres que não tem, e eu preciso falar e lutar por elas.

Preciso lutar pela a minha mãe.
Pela a minha irmã.
Por mim.

E eu vou lutar.

Peguei meu celular e abri o aplicativo do Uber, o nome do cara estava lá e eu tirei um print, logo depois denunciando ele por assédio no próprio aplicativo.

- Meus advogados vão cuidar de tudo, Vee. - Ed falou e eu assenti, me levantando e engolindo as lagrimas que queriam sair, eu estava péssima por dentro, a vontade de chorar, me deitar e me esconder do mundo ainda estava ali.

- Obrigada, sem você eu não teria tido coragem de enfrentar ele. - Agradeci a menina que filmou tudo e ela deu um sorriso confortante, parecia não ter mais que 16.

- Imagina, eu não fiz nada, a heroína aqui é você.

Alguns minutos depois de eu contar para Ed tudo que aconteceu comigo, nós começamos a caminhar até em casa.

- Você pode não contar para a minha mãe?

- Tem certeza?

- Sim, isso traria lembranças que eu não quero que ela tenha. - Ele assentiu e eu sorri.

- Obrigada, nem sei o que faria se você não tivesse chegado.

- Você parecia estar se virando bem sozinha.

Eu sorri querendo parecer forte, mas a verdade era que tudo em mim ainda pensava no ocorrido, eu sentia vontade de chorar.

Por mim.
Pela a minha mãe.
Por todas as mulheres que haviam sido abusadas e todas que infelizmente ainda seriam.

Era revoltante, é um absurdo.

- Você está bem mesmo? - Ele perguntou e eu quis rir.

Não.

- Sim. Vamos entrar.

⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️

~~~~~~~~~

Saturno estava no meu colo, assistiamos um desenho aleatório e eu insistia em fazer ela me dar um beijinho na bochecha toda hora.

Eu me sentia completa, feliz e parecia que nada tinha acontecido comigo, mas eu sabia que era só por que o centro do meu universo estava ali comigo.

- Essa Peppa é chata e invejosa, Sasa, se você ficar igual ela eu te deserdo.- Eu brinquei com ela.

- Peppa chata.

Eu ri alto.

- Fala Peppa cara de bunda. - Eu a virei para mim.

- Peppa 'cala de bunda. - Ela falou tudo errado e eu ri alto de novo.

- Sua mãe vai brigar comigo, vou tirar da Peppa. - Minha irmã reclamou e eu ignorei, mudando de canal e achando o melhor desenho possível passando.

- LadyBug. - Eu dancei feliz e Saturno dançou junto. Por sorte estava passando a abertura, e nós cantamos juntos, aquilo sim era felicidade.
São em momentos como esse que somos felizes e nem percebemos.

No final da música dei um beijinho em seu nariz.

- Sa, esse episódio é bom, eles trocam de lugar e virão LadyNoir e MisterBug.

Ficamos ali assistindo, meu celular vibrou e eu vi o grupo, meu Deus.

Eu precisava de uma fantasia.

- Quer sair, Sasa?

Ela me olhou assentindo rapidamente e eu desliguei a TV, indo até a cozinha, minhas pernas ainda estavam tensas, tipo quando você fuma maconha demais.

- Mãe, posso sair com a Saturno? Volto antes de escurer.

- Falta pouco para escurecer, Vênus. - Minha bela mãe falou enquanto fazia comida e eu suspirei. Nada a ver.

- Por favor, eu vou com seu carro, eu vou correndo e volto voando. - Me sentia uma adolescente.

- Nada de correr com a sua irmã. - Ela falou alto e eu assenti rapidamente.

- Então eu posso?

- Peppa cala' de bunda. - Saturno falou do nada e eu arregalei os olhos.

- Caralho, Saturno, na frente da mamãe não.

- Saturno! Vênus! Pelo amor de Deus, vocês duas me deixam louca. - Ela foi até a pequena e a pegou no colo. - Não pode falar isso mocinha. - Minha irmã riu achando graça. - E você, moça, nada de palavrões perto da sua irmã, ela é um papagaio e nada de voltar tarde.

- Uhum. Vamos sair, Sasa. Vou te levar para tomar uma cachaça.

- Cachaça. - Minha irmã imitou e eu ri alto, levando um tapa da minha mãe no braço.

- Ai, eu só tô bricando. - Eu dei um beijo na minha mãe e peguei Saturno do seu colo. - Vamos testuda.

- Leva ela com a cadeirinha.

- Sim, senhora.

Uma hora depois estavam eu e Saturno no carro, ela toda melada de sorvete e eu com um belo e lindo Subway de 15cm ao meu lado.

Algumas coisas ainda rodavam minha mente sobre o ocorrido de mais cedo, mas eu tentava ao máximo não pensar sobre isso, quando sai da casa da minha mãe, Ed me puxou de canto e contou que já tinha informado seus advogados sobre tudo e eles cuidariam para o homem estivesse fudido.
Eu sabia que tinha risco do homem sair imune, de a culpada ainda ser eu mas precisava tentar.

Mas por hora eu só estava ali, com a minha irmã, ela tinha uma playlist no meu celular com músicas que ela gostava.
Já tinha tocado algumas da One Direction.
Blinding lights.
E agora estava tocando Edge of great.

O que posso fazer? Ela puxou o bom gosto da irmã.

Eu cantava a primeira parte e ela sempre falava a última palavras, toda embolada até porquê era outro idioma.

Meu celular também me guiava para a loja de fantasia e estávamos a apenas 3 minutos de lá, o sol ainda estava lá em cima e esse era o bom da Noruega, o sol sempre se põe tarde.

- What is lost can be found, it's obvious . - A gente cantou a última parte e eu a olhei pelo o retrovisor, minha mãe me faria dar um banho nela com toda certeza.

- Você quer uma fantasia também, minha princesa?

- Sim, quelo' de LadyBug.

Era isso, Saturno era uma gênia.

- Isso, Sasa, a irmã também vai comprar de LadyBug.

Ela nunca me chamou de Vênus, apenas de irmã e isso me deixava feliz para caralho.

A loja de fantasia era enorme, eu quis justamente vir na maior loja por que teria mais opções.

Entramos e eu já avisei para a Saturno que se ela ficasse com show eu fingiria que nem a conhecia.

Caminhei até uma moça extremamente bonita que estava com o uniforme da loja, seu cabelo black power era perfeito, ela usava um macacão jeans por cima da roupa azul que era obrigatória, sua pele retinta só a deixava mais bonita, ela exalava poder e eu gostei disso.

- Pode me ajudar? - Eu perguntei me aproximando e ela me olhou com um sorriso. - A senhorita trabalha aqui?

- Sim. O que deseja?

- Fantasias de LadyBug. - Eu disse e ela assentiu, começando a andar.

- Para a senhorita ou para a pequena?

- Bem, para as duas se tiver.

- Infelizmente não vamos ter do meu tamanho, creio eu, mas eu tenho uma que acho que ficaria ótima no seu corpo e é da animação que deseja.

- Pode ser, vamos vê.

Caminhamos até serem visto várias fantasias da LadyBug do tamanho pequeno.

Olhei o tamanho da roupa que Saturno estava vestida e peguei uma fantasia do mesmo tamanho.

- Agora vamos para a sua. - Nós começamos a andar novamente e Saturno estava agitada que nem uma louca. - Ela foi feita em medida para a uma menina que nunca veio buscar,ela tem o seu corpo, eu me lembro. Entrem aqui.

Entramos no que parecia ser o estoque da loja e começamos a caminhar.

- Seu cabelo é lindo. - Eu falei apenas por falar, eu senti vontade.

- Obrigada. - Ela deu um sorriso feliz. - Seus olhos são fascinantes.

Eu ri sem jeito.

Chegamos em frente a um armário com vários cabides e ela pegou uma dentro daquelas sacolas chiques em que vinham o vestido das meninas de Gossip Girl.

Ela abriu e eu abri os olhos chocada.

- Esse aqui é daquele episódio.

- Em que eles trocam de lugar.
- Em que eles trocam de lugar.

Nós falamos juntas e ela assentiu sorrindo.

- Uns dos melhores, confesso. - Ela fechou e entregou para mim. - Vai levar, senhorita ....?

- Vênus. Ou Vee, se você quiser.

- Vee, meu nome é Kaylane Jay, alguns me chama de Jay, outros de Kay.

- Gosto de Kay Jay. - Dei a mão e puxei Saturno para perto de mim, ela já estava indo mexer em outras coisas. - Eu vou levar, com certeza.

- Vai para uma festa, Vee?

- Sim, uma despedida de solteiro.

Ela arregalou os olhos e eu ri.

- Não é isso que você está pensando, é uma festa a fantasia. - Começamos a andar.

- Se não caber, vem trocar, é couro então é difícil de vestir, vai precisar de ajuda.

- Obrigada, Jay. Pode aparecer na festa se quiser, adoraria te vê lá.

- Quer me mandar o endereço por mensagem? - Ela pegou o celular e me entregou olhando ao redor, coloquei meu número e salvei como gatinha da loja.

- Espero te vê lá, Jay.

~~~~~~~~~~

Cheguei em casa literalmente quando o sol estava se pondo, o grupo do Whatsapp estava bombando e eu tinha acabado de perguntar para Leslie onde seria a festa e assim que ela me mandou o endereço eu aproveitei para mandar para a moça que por acaso já tinha me chamado.

Por mais que eu quisesse aproveitar meu tempo ali com Saturno e minha mãe, meu psicológico insistia em me lembrar do ocorrido de mais cedo, meu coração ainda estava estranho e eu sentia receio quando algum homem passava perto de mim na rua.

Entramos e logo senti o cheirinho da comida, minha mãe cozinhava tão bem, eu senti falta disso.

- Meu Deus, o que você fez com a minha filha? - Minha mãe falou assim que nos viu, Sasa estava toda melada de sorvete.

Eu ri e a peguei no colo.

- Essa aqui se divertiu hoje.

- Vão tomar um banho, para comer.

- O que tem de comida?

- Bem, é uma surpresa mas fiz pensando em você.

Fiquei feliz por aquilo, nunca pensei que a separação dos meus pais e chegada de uma irmã iria unir tanto eu e minha mãe.

- Mãe, tudo que você faz é bom. - Ela se gabou com os ombros e eu subi as escadas.

- É Sasa, sobrou para a irmã te dar banho.

Alguns minutos depois eu e Saturno estávamos de banho tomado, eu estava dando banho nela mas sai toda molhada, então desisti e aproveitei para tomar banho no chuveiro que tinha ali ao lado, mas nunca sem tirar o olho dela na sua pequena banheira.

Ainda não tinha nenhuma notícia de Nicholas então desci as escadas procurando no grupo se ele tinha mandado alguma mensagem.

Nada.

Foi aí que recebi uma mensagem de uma pessoa que eu tinha esquecido totalmente da existência.

Mathew. Droga, ele chegava hoje a noite.

Matt: Dentro do avião, indo até seu destino.

Ele mandou uma foto mandando beijinho junto e eu ri.

Mandei uma foto jogando beijinho para ele também.

Você: Indo para uma festa, te esperando lá. Xx.

Matt: Festa?

Você: Festa, vou te mandar o endereço.

Mandei o endereço e guardei o celular, indo até a cozinha e vendo todo mundo sentado. As comidas estavam tampadas.

- Apareceu margarida.

- Mãe, faz muito tempo que não tomo um banho quentinho e relaxante.

- Não tem água quente lá?

- Se você chega cedo sim, se você chega tarde, a água é fria e triste.

Todos riram e eu me sentei.

- Então, eu queria dizer, filha. - Margot me deu a mão. - Eu estou muito feliz em te ter aqui e não tem um dia que eu não senti sua falta, você é uma bença na minha vida e eu te amo muito. - Ela parecia prestes a chorar. - É ruim te vê longe da gente, queria tanto você aqui, sinto sua falta mas estou tão orgulhosa de agora você ser uma mulher universitária.

Meu coração estava quente, toda ferida que tinha ali pareceu ter sumido e se curado, me levantei e abracei minha mãe, o mais forte que podia, eu a amava mais que tudo no mundo.

- Eu te amo mais que tudo mãe, eu amo vocês, sinto falta de tudo daqui a cada segundo, obrigada por tudo que já fez por mim.

Era isso, aquele era meu lar, era ali que eu queria está, parecia que ali ninguém poderia me fazer mal, que ali meu coração nunca seria quebrado e que ficaria bem para sempre.
Naquele abraço.
No abraço da minha mãe.

- Chega de choro. - Ela falou se separando e secando suas lágrimas. - Eu fiz sua comida favorita.

Margot fez um mistério e Ed bateu as mãos nas mesa para dar um ar mais mistérioso.

- Arroz, feijão, bife e... - Meu Deus eu estava no paraíso. - Batata frita.

- Nossa mãe, eu te amo. - Brinquei alegre abrindo as panelas e pegando meu prato.

Felicidade.
Era disso que eu sempre falava.

Bem, eu não podia falar que tinha me arrependido de ter comido tanto mas talvez eu estivesse um pouco. Eu nunca fui do tipo barriga chapada, sempre tive um buchinho e sempre fiz questão de deixar ele bem cheio.

Mas agora?

Parecia que iria explodir.

- Como vou pôr essa roupa? - Eu me perguntei e suspirei, era de couro, apertada e justa. - Vou arrumar o cabelo e a maquiagem, depois coloco a roupa.

Isso, sou uma gênia.

Resolvi passar um creme no cabelo e apenas o deixar atrás da orelha, já que iria por as orelhas de gatinhos.

Passei tudo que tinha direito na cara, reboquei mesmo, base, pó, corretivo, delineador, rímel, blush, iluminador, arrumei a sombracelha porque a minha era falhada, eu não curtia sombra mas passei uma verde para combinar com a roupa.

Faltava 30 minutos para Leslie chegar quando tomei coragem de vestir a roupa.

Ela era preta com linhas verdes nas orelhas, pescoço, cotovelos e cintura e joelhos. Linhas finas, únicas e delicadas.

Eu iria ficar gostosa para caralho nela.

Coloquei as pernas morrendo, era muita sorte a menina ter o meu exato tamanho.

Quando estava quase terminando de colocar quando lembrei que estava com calcinha, iria marcar demais, que droga.

Tirei novamente quase chorando, percebi que eu chorava demais por tudo, comentário de um leitora do meu livro na plataforma que eu posto.

Tirei a calcinha e o sutiã, ficando pelada e então colocando a roupa novamente, quando chegou na metade do corpo eu chamei minha mãe.

- Me ajuda aqui, pelo amor de Deus.

- Que roupa colada filha. - Ela me ajudou a colocar a roupa na cintura e eu murchei a barriga para entrar e poder deixar nos peitos, eles ficaram em pé e apertados, coloquei os braços e dei graças a Deus quando minha mãe puxou o zíper do pescoço.

- Você está linda. - Ela comentou quando eu dei uma voltinha. - Maravilhosa, o Nicholas vai amar.

- Mãe, eu estou pouco me fodendo pro Nicholas.

- Sei. Leslie está lá em baixo com uma limusine.

- O que? Mas Já?

- Ela falou que vocês tinham combinado agora.

Peguei meu celular e olhei o relógio, meu Deus, estava na hora mesmo.

Coloquei a orelha de gatinho e a máscara estava na mão, não sei se iria pôr, esconderia toda a maquiagem.

Antes de descer, fui até o banheiro e passei um batom vermelho.

Desci as escadas e Leslie assobiou quando me viu.

- Vênus, você está espetacular. - Leslie falou, ela estava vestida de Chuck.

- Leslie, você está demais.

Olhei para a Nat e logo reconheci.

- Oi noiva do Chuck.

Natália me olhou e jogou o cabelo para trás.

- Barbie, morra de inveja.

~~~~~~~~~~

Aqui estou mais um dia, sobre o olhar sanguinário dos meus leitores.
Amo vocês. Beijos de girassol.
Votem e comentem, se quiserem.

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