⚠️Talvez você tome algum spoiler de Relíquias da Morte parte 2 ⚠️
(S/n)
- Hermione, cadê o Harry? - Indago me correndo atrás dela e de Rony.
- Eu achava que ele estava com você - Ela diz com um tom preocupado.
- Ele não pode...
- Harry não foi para a floresta, não é burro nem bobo - Rony se vira para trás e coloca a mão no meu ombro - Ele já vai aparecer.
Concordo com a cabeça por mais que não acreditasse nisso. Harry e seu senso heróico.
"Um dos dois deverá morrer na mão do outro, pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver"
Essa era a profecia, era inevitável. Mas, por Merlin, que não fosso Harry o morto.
Ando por todo o castelo a procura de Harry, pergunto a todos que encontro no caminho, mas ninguém sabia onde ele estava.
O aperto no meu coração e a angústia faziam meu peito arder como se estivesse pegando fogo. As lágrimas de medo, eram inevitáveis.
Até que avistamos o exército de Comensais, liderado por Voldemort, marcharem em direção ao castelo.
Trombo em algumas pessoas, ando rápido para ir a frente.
Neville e Gina estavam do meu lado, acompanhados de Hermione e Rony mais atrás
- Quem é aquele? Me diz, quem é ele? - Indago a Gina assim que vejo Hagrid caminhando com alguém nos braços.
- HARRY POTTER ESTÁ MORTO! - Voldemort grita e abre os braços
- NÃO! HARRY, NÃOOOO - grito ainda mais alto, tentando correr em direção a ele mas sou impedida por Gina e Neville.
- Silêncio! Garota estúpida - Só conseguia chorar, não fazia barulho algum graças ao feitiço silencioso que Voldemort lançou. - Deste dia em diante, depositarão sua fé em mim.
Todos estavam desolados, Hermione e Rony choravam, Gina também. Ele não podia, não podia ter me abandonado.
- Harry Potter está morto! - Ele diz com uma risadinha e todos os outros Comensais riem também. - E agora chegou a hora para que se declarem. Venham e juntem- se a nós, ou morrerão!
Neville começa a caminhar, mancando, mais a frente.
- Ah, devo admitir que esperava mais. E quem é você, meu jovem - Voldemort indaga a Neville. Todos os olhares se voltavam para ambos.
- Neville Longbottom - todos os do lado do lord das trevas dão risadas maliciosas e maldosas.
- Bem, rapaz, tenho certeza que acharemos um lugar para você em nossa equipe - Voldemort se pronuncia.
- Queria falar uma coisa - Voldemort se segura para não fazer nada e o deixa prosseguir - Não importa que Harry tenha morrido, pessoas morrem todos os dias.
- Está ficando louco, Longbottom? - Me viro indignada para ele, com a visão turva graças as lágrimas.
- Mas ele está conosco, aqui dentro - Neville diz apontando para o próprio peito. Aquilo só estava me trazendo mais lembranças de Harry - Também Fred, Remus, Tonks...todos eles. Eles não morreram em vão!
As palavras de Neville havia comovido todos os do lado certo; Todos ali haviam perdido alguém que amava graças a Voldemort.
- Mas é o seu fim, porque está errado! - Voldemort dava uma risada debochada, andando de um lado para o outro do pátio, onde um dia, tinha corrido tanto - O coração de Harry batia por nós, por todos nós! - Neville pega a espada de Gryffindor e impunha nas mãos - Isso ainda não acabou!
Quando Voldemort estava prestes a falar algo, Harry cai dos braços de Hagrid. Como aquilo era possível?
- Harry! - Minhas lágrimas agora eram de alívio e felicidade.
Harry
Me levanto rápido e pego minha varinha. Lanço um feitiço de fogo na cobra, tentando mata-la.
Nada me satisfaria mais do que ver a cara de Voldemort nesse momento.
Saio correndo, em um momento de distração de Tom. Diversos Comensais estavam fugindo e desaparecendo na sua fumaça preta.
Voldemort vai destruindo todo o caminho que eu estava fazendo, tentando me acertar. Corro em direção do castelo.
- Vou atrai- lo para dentro do castelo. Temos que matar a cobra - Digo quando vejo Hermione, Rony, Gina, Neville e (S/n).
- Vai precisar disso - Hermione tenta me entregar algo mas somos impedidos por Voldemort. Neville vai mais a frente com a espada, mas Voldemort lhe lança um Feitiço Estuporante, o fazendo voar longe.
Voldemort e Nagini desaparatam. Começo a correr segurando na mão de (S/n), enquanto alguns dos poucos Comensais nos atacavam.
Desaparatamos dali também e acabamos parando em um dos corredores escondidos da escola.
(S/n) segura meu rosto e me beija, retribuo sem pensar duas vezes. Pensava que nunca mais sentiria o gosto da boca dela.
- Você está bem? Está machucada - o braço e o rosto estavam sangrando bastante.
- Estou bem - ela diz com um sorriso e lágrimas no rosto. - Pensei que tinha morrido...eu - a abraço firme enquanto ela chorava.
- Eu estou aqui agora, isso que importa - digo segurando seu rosto - Não importa onde esteja ou o que esteja fazendo, ou o que nos acontecer. Eu vou sempre, com toda força, completamente, verdadeiramente amar você, (S/n)
- Não é justo, deveríamos dizer isso em um momento menos conturbado - ela diz chorando e dou um sorriso.
- Me desculpe por não poder cumprir minha promessa de te dar os melhores anos de sua vida. Não é justo que não podemos viver nosso amor, não é justo que... - lágrimas escorriam pelos meus olhos.
- Você já me deu eles - ela diz limpando minhas lágrimas - Me fez mais feliz do que eu já pude ser. Eu te amo, Harry Potter.
Ficamos com as testas coladas, enquanto o mundo lá fora pegava fogo, apenas vivendo aquilo.
Lembranças de quando aquela lufana/sonserina/corvina/Grifinória tímida se sentou do meu lado pela primeira vez na aula de transfiguração e transformou Edwiges em um rato.
Do nosso primeiro beijo, da nossa primeira vez. De quando quase fomos pegos pelo Snape na sala dele.
Das vezes que eu a fiz chorar de rir, ou das vezes que ela me acalmou e disse que tudo acabariam bem.
Da festa surpresa que ela, Rony e Hermione prepararam para mim ano passado, na Toca. Dos últimos 7 natais que eu passei com ela.
- Eu vou voltar para você, minha lufana/sonserina/corvina/grifinoria - digo segurando suas bochechas e a beijando novamente - Eu prometo.
Saio andando com o coração apertado, não olhando para trás e ouvindo seu choro me chamando.
- Harry, por favor - ela diz soluçando, mas eu precisava acabar com aquilo.
(S/n)
- Lumus Solem! - Hermione lança o feitiço que deixa o ambiente em um clarão, contra o Comensal atrás de mim.
Pega minha mão e saímos dali. Rony se junta a nós; Hermione larga a minha mão e pega a dele.
- Temos que matar a cobra - ele diz e corremos subindo as escadas.
Chamo a atenção da cobra que vem em minha direção. Hermione tenta mata-la mas deixa cair a presa de Basilisco.
Rony tenta também, mas Nagini parte pra cima dele, fazendo ele quase cair da escada.
Hermione e Rony descem as escadas correndo na frente, eu fico mais atrás tentando atrasar Nagini.
Até que chegamos no fim dela e não havia mais saída. Rony cobre Hermione com os braços e eu fecho meus olhos, só desejando que fosse rápido e indolor.
- Ahhhhh - ouvimos Neville gritar e cortar a cabeça da cobra com a espada de Gryffindor.
- Neville! - Digo sorrindo e vou abraca-lo - Você foi brilhante, salvou nossas vidas
Ele da um sorrisinho tímido e todos voltamos para dentro do castelo.
Meu corpo estava no hall de entrada da escola onde havia passado os últimos sete anos de minha vida. Mas minha cabeça estava em outro lugar, ou melhor, em outra pessoa.
Fomos até Pomfrey, que junto com seus outros colegas, estavam cuidando dos ferimentos de todos.
- Sabe onde está o Harry? - ela me pergunta.
- N-nao - minha voz falha um pouco.
Ela estava tentando cuidar dos meus ferimentos, que doíam, mas estava longe de ser uma de minhas preocupações.
Estava cansada e distraída. Madame Pomfrey havia me dado uma poção acalmante, o que havia ajudado bem pouco.
Levanto meu olhar e vejo Harry, sujo, mancando um pouco e com alguns cortes. Com um sorriso no rosto, no começo do grande corredor.
- Harry! - corro até ele, com todo meu corpo doendo. O abraço forte, ele afunda sua cabeça no meu ombro e posso sentir sua respiração. Ele segura minha cintura e me gira no ar.
- Eu disse que voltaria, (S/a) - ele da um sorriso e o beijo. Nada me tiraria o sorriso e o alívio por o ver bem.
Caminhamos com dificuldade até madame Pomfrey, que sorria.
- É muito bom vê-lo novamente Sr. Potter - ela diz e ele concorda com a cabeça.
A enfermeira cuida de todos os nossos ferimentos e eu me sento entre as pernas de Potter, apoiando minha cabeça no peito dele.
- O que acha de dividirmos um apartamento? - ele indaga e olho para ele
- Me peça em casamento primeiro - respondo sorrindo.
- (S/c)...
- Não, não aqui - ele sorri e beija minha testa
Saímos dali e nos sentamos no campo, onde tantas vezes nos juntamos para estudar. Se pegar também.
Ele me abraça e ficamos ali, apenas sentindo a brisa de fim de tarde e olhando para as montanhas, onde o sol se põe.
No fim tudo acabou bem.
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Se cuidem...