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Uma semana se passou depois de eu ter tentado se suicidar. Jake, nem tocou mais no assunto. Matt, sumiu. Acho que agora ele está convencido que sai de suas vidas. Minha família está de luto. John me deu um trabalho fixo na lanchonete. Eu, bom... tento fingir que nada de ruim aconteceu para tentar viver algo novo, e agora que tenho um trabalho estou a procurar uma casinha simples para alugar, e sai da casa de Jake, eu me sentia um encosto para eles.
-Em que esta pensando? -perguntou Jake sorrindo e enxugando as louças da cozinha da lanchonete que ja estava fechando.
- Em como minha vida esta melhorando. -Sorri.
Era isso mesmo que eu estava pensando, durante essa semana nada especial aconteceu, por isso foi os melhores dias de minha vida, eu não aguentava mais tanta surpresa ruim em minha vida. Bom, agora eu acredito que não sou Amélia, Jake sabe muito bem quem é, e eu o entendo por não me contar, apenas quer nos salvar.
Jake abriu um sorriso largo sem me olhar e eu automaticamente sorri.
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Quando acabou o espediente, eu e Jake terminamos de arrumar a cozinha e senhor John foi embora, pois estava em exausto. E eu e Jake tinha muita louça para lavar.
- O que acha de fazermos nosso jantar? -Falou Jake todo animado e eu soltei um riso engraçado.
- Agora que estamos terminando as louças? -sorri sarcástica.
- Sim Ué! Você não está achando isso tudo divertido? -sorriu incrédulo e eu assenti negativamente.
- Poxa vida -murmurou.
Arctic Monkeys - Crying Lighting (ON) (midia)
-E agora? - Perguntou Jake depois de ligar o rádio e colocar um CD player.
Olhei para ele e dei um sorriso e dei um sorriso estreito. Ele chegou perto de mim arrancando a louça de minha mão e colocando na pia segurando minhas mãos e me puxando para dançar. Dançamos conforme o ritmo da música, ele não tirava seus olhos do meu, era uma dança agitada, mas meu mundo estava em câmera lenta. Tudo aquilo estava sendo muito divertido.
- Gosta disso? -Falou Jake em seguida me carregando pela cintura e me colocando no alto. Abri um sorriso largo e pude senti minhas bochechas arderem. -Não precisa responder, a resposta esta em seus olhos . -Disse todo convencido com um sorriso encantador. Eu ainda estava no alto quando ele começou a rodar lentamente me abaixando.
Arctic Monkeys OFF and Sleeping With Sirens -Iris #acústico (On)!
Senti meus pés relarem no chão lentamente quando uma música lenta começou. Ficamos em silêncio até que ele colou nossos corpos dançando lentamente, nossos olhos estavam fixos um ao outro. Eu queria que aquele momento nunca acabasse. Eu só queria que essa música nunca acabasse, nunca.
E eu não quero ir para casa agora
E tudo que posso sentir é este momento
E tudo que posso respirar é a sua vida
E mais cedo ou mais tarde se acaba
Eu só não quero ficar sem você essa noite
Eu sentia sua respiração ofegando com a minha, eu não queria que a musica acabasse, queria viver a eternidade.
"Você é o mais próximo do paraíso que já estarei"
- Eu não quero que a música acabe. -falei baixo e ele sorriu de canto.
- Nem eu. -murmurou.
Eu fechei os olhos. E vivemos aquele momento dançando a cada música que passava, como se a música íris Nunca tivesse acabado.
Quando se demos por conta, ja estava tocando outra musica agitada. E afastamos um do outro envergonhados por nossas reações, principalmente eu, que agi feito uma completa idiota.
-Você está linda. -Falou me olhando fixamente e soltei um riso baixo. -O que foi? -falou sem entender.
-Estou desarrumada, de avental, cabelo preso, e completamente, e estou linda? -Falei sorrindo.
Ele abaixou os olhos.
- O que foi? -Falei quando percebi que sua expressão mudou.
-Eu ja tive uma namorada. -ele falou com rapidez. -Anne.
Eu torci os lábios desconfortável.
-E.. o que houve com ela? -Perguntei sem saber o que dizer. -Ow desculpe.
-Pelo que?
-Intrometida demais. -respondi.
-Eu sei tudo sobre sua vida, e você nada sobre a minha.
-Claro que sei -falei sem entender.
-Sabe o que? Que sou filho de John, que ele tem uma lanchonete e que minha mãe foi embora? -riu de canto desanimado -isso não é tudo. -Falou deslizando sua costa na parede e se sentando no chão.
Caminhei até ele e se sentei ao seu lado acariciando seus cabelos.
-Pode desabafar comigo se quiser. -falei tentando anima-lo
-Anne era linda, ou é não sei. -foi o que ele disse com sorrisos irônicos.
-C-como assim? -gaguejei ao perceber que ele disse "era"
-Eu não sei se ela está viva, mas eu a abandonei, quando ela mais precisou de mim, sabe porque?-perguntou - porque sou um covarde -respondeu.
-Não to entendendo.
-Anne tinha os cabelos castanho claro... pele tão clara, parecia não ter nenhum defeito, parecia ter sido desenhada, seus lábios eram finos, seus olhos verdes, ela era muito linda para ser real. -pausou -queriamos casar, olha que eu tinha apenas 14 anos, e ela também... se conhecemos no colégio.
-Então já faz dois anos... -murmurei.
-Ficamos juntos cinco meses, mas parecia anos. -sorriu -até que ela ficou doente -falou tapando o rosto e começando a chorar.
-M-mas o que houve com ela?-Falei entristecendo.
-Ela veio me contar que ia começar seu tratamento de quimioterapia. -pausou - eu disse a ela que estaria ao lado dela para sempre, na saúde e na doença.
Ele estava inconsolável, será que ela morreu?
pov. Jake
-Ela veio me contar que ia começar seu tratamento de quimioterapia. Eu disse a ela que estaria ao lado dela para sempre, na saúde e na doença. -Falei com as imagens multuas em minhas lembranças afogadas.
FLASHBACK ON
-Tudo o que eu mais queria agora é ter Anne Smith aos meus braços. -Falei jogado em minha cama enquanto Louis jogava meu Video Game.
Louis é meu amigo de infância, eu e ele sempre fomos muito próximos. Meu pai me deu de natal esse novo VideoGame, adiantado na verdade.Hoje é dia 23 de dezembro, combinei de passar a véspera de natal com a garota mais linda do mundo, Anne minha namorada.
-Credo J -disse Louis, era assim que ele me chamava. -Ta muito melosinho.
-Sei lá, ela que me deixou assim. -Falei me sentando na cama.
....
dia seguinte.
-Jay, Jay acorda! -Disse minha mãe batendo na porta e eu me virei na cama para o outro lado tentando dormir novamente -Vai anda, Anne já chegou. -Disse minha mãe e eu arregalei os olhos.
Era ainda dez da manhã e Anne ja chegou, levantei com pressa indo ao banheiro lavando o rosto e escovando meus dentes. Será que aconteceu algo?
-Jay... -Falou aquela voz que eu mais queria ouvir- onde você está?
Anne é a garota mais perfeita que tenho em minha vida, eu não sei se a mereço, ela tem cabelos lisos, castanho claro, seus olhos perfeitos verdes, sua pele delicada e branquinha, seus lábios finos e encantadores formando um belo sorriso cada vez que me vê, aquele sorriso meigo e tímido, aquele sorriso que trás de volta ao meu. Anne é carinhosa, tão carinhosa, boa, educada... um jeitinho lindo é simples de ser, mas é incrível o jeito que ela faz tudo parecer perfeito. De um dia qualquer, um dia único. De um dia nublado e frio, um dia para divertido. De uma música calma, um momento romântico. Posso parecer maluco, mas adoro aquele jeitinho que Anne enruga o nariz quando está com vergonha. Posso parecer meloso demais, mas eu era uma pessoa fria até conhecer Anne, por ela eu faço qualquer coisa. Busco pela vida eterna, busco pelas estrelas para dar embrulhada em um papel. Com ela é que eu quero viver minha vida toda, que sei que nunca vai se tornar algo cansativo.
Enxuguei meu rosto saindo do banheiro e indo para o quarto a encontrando em pé em frente de minha cama com um sorriso de canto mexendo em sua saia rodada branca. Aquele sorriso desajeitado que ela sempre dava quando me via pela primeira vez no dia.
-Cheguei muito cedo? -Falou enrugando a testa.
-Não claro que não - menti e ela sorriu.
-Eu pensei que se viesse cedo, podiamos aproveitar mais a véspera antes de ir a lanchonete de seu pai. -falou sem me olhar. Ela estava estranha, parecia abatida e triste, mas sem tirar aquele olhar meigo e seu jeito doce de ser.
-Aconteceu alguma coisa? -Desviei o assunto.
-Nada -falou disfarçando com um sorriso. -Podemos andar de bicicleta o que acha? -Falou sorrindo e me encolhi. -O que foi?
-É que... -pausei sem jeito -não sei andar de bicicleta -murmurei e ela soltou um riso engraçado.
-Estranho para um menino da sua idade. -Falou debochando e eu ri de seu carismas.
Anne é assim, ela costuma ser muito sincera, isso é uma das coisas que mais me encanta nela, pois sei que a mim ela nunca mentirá.
- É que ninguém me ensinou. - dei um sorriso tímido. Pois sei que para um homem não saber andar de bicicleta é meio louco.
- Eu te ensino. - falou com rapidez e eu arregalei os olhos.
- Me sinto envergonhado. - admiti. - eu que devia fazer isso um dia.
Ela soltou sua saia e chegou mais perto de mim colocando sua mão direita em meu ombro levantando minha cabeça.
-Tem razão -falou -Você deve fazer isso um dia, mas antes tem que aprender. - Sorriu dando uma piscadela -que tal ensinar alguém no futuro? -murmurou.
Eu assenti e respondi sua pergunta com um sorriso estreito.
- Se arrume, te espero la embaixo -falou virando-se de costas e indo até a porta. Logo em seguida ela se virou rapidamente de volta para mim, lançando um beijo, com sua mão e assoprando.
Ergui minha mão, e depois fechei como se tivesse pegado seu beijo. Ela deu um sorriso estreito sem mostrar os dentes se virando, sua saia rodava... ela parecia uma perfeita princesa. Logo sumiu.
Fui até meu guarda roupa e peguei algumas roupas. Uma bermuda jeans, e uma camiseta cinza simples sem desenhos, me enfiei no banheiro e me despi, fiquei olhando minha imagem no espelho grande que ficava atrás da porta do banheiro. Será que quando eu e Anne ter nossa primeira relação, ela vai achar muito... bom, odeio ser ridículo, mas muito "pequeno" ? Oras eu uma hora dessas pensando em relações com a garota mais perfeita desse mundo. Quando for nossa primeira vez, quero que tudo seja muito perfeito, quero que tenha vista a praia, e nada de cheiro de incenso, e sim rosas, quero que tenha um lençol de ceda branco pratiado, a luz de velas. OK, chega desses pensamentos. Parei de pensar e entrei no banho. Tomei um banho bem rápido, pentiei meu cabelo como eu sempre penteava. Que nem um "mauricinho nerd", não sei que diachos não mudo esse visual. Passei um perfume fraco, tão fraco que dei uns 10 espirros em meu pescoço, eu sempre era muito vaidoso pra sair com Anne.
Vesti meus sapatos, peguei minha carteira e desci encontrar Anne, ela estava na cozinha com minha mãe conversando, elas pareciam sérias, eu queria ouvir muito a conversa delas, mas acho errado, e por fim eu ficaria me sentindo um traidor e constrangido, então cheguei fazendo barulho para que vissem que cheguei e pararem de conversar "secretamente".
- Bom Anne, podemos ir. -sorri indo segurar sua mão.
-Onde vocês vão? -perguntou minha mãe.
-Vou ensinar seu bebê -disse Anne com voz de bebê apertando minha bochecha -a andar de bicicleta -continuou.
- Há... missão difícil -zombou minha mãe.
- Há, podemos ir? -falei incomodado e Anne sorriu.
- Tchau Senhora Thompson -disse Anne me puxando para fora da cozinha.
- Que clima tenso era aquele entre vocês duas antes de eu chegar? -acabei perguntando.
- Clima tenso? -falou sem entender
- É -falei arcando as sombrancelhas.
- Não tinha clima tenso nenhum -sorriu.
Continua flashback...