Badboyfriend | Imagine Minhyu...

By Meiyeol_

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Ele é um brigão, apronta todas e sempre se safa de tudo por ser filho do presidente do colégio, porém, o pai... More

Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo final

Capítulo 11

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By Meiyeol_

Meus pés estavam cansados, mas por nada eu iria tirar o salto e ficar deselegante como as demais mulheres no local, muito menos andar descalço como uma louca varrida. O pior de tudo, foi ter que ficar aturando ceninhas entre Minhyuk e Nath discutindo sobre a presença do ex namorado dela, não que eu esteja com ciúmes daquele idiota com ela, mas ainda somos um casal na visão dos outros e fica fazendo questão de não seguir com a mentira.

Escorada no veículo do seu amigo roubei a bebida do mesmo e dei um gole, sentindo rasgar pela garganta, muito forte sendo uma marca vagabunda consumida por quem vive nesses arredores. 

— "Obrigada, Changkyun". Ainda se agradece, mesmo no seu mundinho, viu ? — Ignorei sua voz irritante ao lhe devolver a garrafa, assim que seu amiguinho veio se aproximando. — Paga uma bebida pra sua namorada, antes que ela seque a minha.

— Qual o problema ? Você só ingere bebida de alta classe, S/N.

— A água dela deve vir das lojas de grife. — Citou Nath, rindo com os dois rapazes e mesmo sendo amigável, aborreceu a mim que propositalmente passei por ela pisando em seu pé com o salto. — Presta atenção, patricinha.

— Opa! Nem vi seu pezinho de pedreiro. 

Peguei uma certa direção me aproximando da barra de proteção feita por pessoas, separando a rua da calçada. Uns cinco carros estavam prestes a dar largada, uma garota trajando roupas minúsculas estava à frente deles segurando a placa em mãos, esperando os segundos para anunciar a partida, como nos filmes.

Fiquei entediada observando aquela cena, analisando cada carro, até perceber que um entre eles era do ex namorado daquela oferecida, enquanto em outro veículo estava Jooheon. 

— Torce pra quem ? — A garota ao meu lado perguntou, olhei ela dos pés a cabeça com desdém ridicularizando suas vestes.

— Pra ninguém. 

Então, os veículos largaram e logo eu senti uma mão em meu braço virando-me bruscamente com tudo escondendo meu rosto entre seu peitoral, pelo aroma do perfume foi fácil identificar, antes de surtar com medo que fosse algum louco pretendendo me sequestrar.

— A fumaça dos nitros tem um péssimo cheiro. 

Explicou-se pela atitude após ter afastado-me do seu corpo um pouco, ficando a olhar para qualquer canto como se estivesse envergonhado pela preocupação, enquanto a mim não desviava a atenção do seu rosto visivelmente vermelho. Mil coisas estava se passando por minha cabeça, uma entre elas era como Minhyuk consegue me fazer odiar ele tanto assim, por ser bom nas minoria das vezes e nas outras, um péssimo namorado falso.

Quando seu olhar desceu fisgando o meu, usou imediatamente uma das mãos para coçar a nuca e logo retornou os passos feitos até aqui, guiando a direção onde ficou Nath e os demais. Toquei meu rosto ao sentir ele quente, virando rapidamente na direção contrária percebendo que o carro de Jooheon não havia saído do local, motivos desconhecidos.

— Droga! — Esbravejou o mesmo, chutando a lataria.

(...)

— Sobre minutos atrás, apenas fiz aquilo porquê sei o quanto é fresca e sabia que o fedor do nitro iria te irritar. Não tenho saco pra aturar teus draminhas. — Outra vez estava se explicando, assim que chegamos em frente de casa na carona dado por seu amigo e de presente, Nath junto.

— E daí ? Eu não ligo. 

— Acho bom, não vamos confundir as coisas. 

Comecei a rir não acreditando no que acabo de escutar, piada bem ridícula diante da situação que estamos vivendo, ele basicamente deixou bem claro não gostar de mim em nenhum dos sentidos e justamente na frente dos amigos, como se eu estivesse caidinha por um garoto problemático do típico dele que vive uma vida de marginal fazendo o que bem entende.

— Quem deveria estar dizendo isso sou eu, olha pra você e pra mim. Nada a ver, nem meu tipo você é, garoto. — Abri a porta me retirando no mesmo instante, não deixando de rir disfarçando a vontade incontestável de amassar a cabeça dele naquela lataria.

— Você muito menos o meu! 

Escutei ele berrar, e fiquei indignada já que faço o tipo de muito macho por aí.

Entrando em casa e ficando atrás da porta escorada na mesma, me desfiz dos saltos sentindo um imenso alívio. Minhas mãos estavam trêmulas e o queixo também, no fundo da garganta uma vontade confusa e estranha de chorar. 

Mas, não iria fazer o papel da suicida de chorar e mais tarde chegar no colégio com o rosto inchado e olheiras como muitas garotas comuns. Fui de imediato tomar um banho quente e em seguida dormir, quer dizer, tentar já que estava irritada com algo que eu nem deveria.

(...)

Estava na cantina do colégio devido ter perdido a primeira aula, o cansaço da vida tomava conta de mim, ainda tive que presenciar cenas de Wonho e sua namorada na entrada assim que cheguei, entre isso mil piadinhas sobre como sou patética e estou vivendo o que plantei, assim como tratada da forma que os tratei como lixo quando a coroa era minha, e sobre como nem mesmo Minhyuk se importa comigo não aparentando ser meu namorado. Situações que hoje eu não consegui rebater, abaixei a cabeça e fui morfar no banheiro até perder o horário, agora estou aqui encarando a vitamina na minha frente sem ao menos ter tocado, lembrando da quantidade de calorias que consumi ontem e nem fiz esforço para perder.

— Se quer mover a bandeja, use as mãos assim. 

Disse uma voz despertando-me daquele transe intenso e solitário, erguendo a casa percebi se tratar de uma garota de vestes escuras e o cabelo ruivo, perfil de alguém que com certeza eu tiraria sarro se fosse no passado. 

— Não quero mover.

— Está falando com quem ? — Olhei para o lado, era Sorah confusa por algum motivo.

— Com essa garot… — Apontei no mesmo segundo que levei minha visão pra frente, me perguntando mentalmente como aquela garota havia sumido tão rápido. — Tinha uma ruiva agora a pouco aqui.

— Precisa de um psicólogo, S/N. Cada vez mais paranóica. 

Gargalhou com suas amigas e seguiu caminho, enquanto a mim fiquei sem entender o que teria acontecido ou se eu havia enlouquecido de vez, passando a criar amizades imaginárias na minha cabeça por viver sempre tão sozinha. 

Não esperei muito pra pegar minha bolsa e sair daquele local, logo a segunda aula iria iniciar mesmo e o que menos quero perder é a de física, quero estar presente quando o professor entregar as provas e ter que me dar parabéns pela incrível nota que com certeza eu peguei. 

Ao pensar passar pela porta, fiquei presa na mesma junto a outra pessoa que teve a mesma idéia. Era Minhyuk, olhou a mim e se chacoalhou tentando sair já que mais alunos estavam chegando, também querendo entrar na sala.

— Se move aí, amor. — Pediu ele, foi então que voltei a realidade.

— Na próxima vez presta atenção, imbecil! Enxerga não ? — Lembrando de ontem, por algum motivo me irritei ao ponto de mexer meu corpo bruscamente causando a minha queda para frente caindo de joelhos naquele chão gelado. Como doeu, mas não quanto a risada de todos dizendo que o chão é o meu lugar.

— Está doendo ? 

Escutei a voz de Minhyuk assim como senti seus braços me envolvendo, tentando me ajudar a levantar e, como eu estava furiosa por ter sido culpa dele, neguei sua ajuda levantando sozinha indo em busca da minha carteira. Logo todos ocuparam seus lugares sem deixar a risadinha de lado, aquilo estava incomodando a um ponto que passei arrancar fios do meu cabelo da parte da nuca, puxando de pouco a pouco. Parando somente com a chegada do professor, junto ao diretor por algum motivo.

— S/N, poderia me acompanhar ? 

— Algum problema ? Eu não fiz nada ultimamente, juro. 

— Apenas me acompanhe e, traga suas coisas. — Ordenou ele, seriamente.

Assim fiz, confusa do que estaria acontecendo, mas antes de sair da sala ainda busquei Minhyuk com meu olhar e o mesmo continha uma expressão perdida. Entre isso, alguns comentários.

Será que ela vai ser expulsa ? 

Espero que sim.

Ainda bem que vão expulsar esse lixo do nosso colégio. 

Já na sala da direção, sentada de frente para o diretor e o professor ao meu lado, tentei entender o que estaria acontecendo para assim buscar uma forma de me defender.

— Como pôde roubar o gabarito da prova de física, S/N ? — Meus olhos esbugalharam com tamanha pergunta, foi um baque que quase me fez cair pra trás.

— Não roubei.

— Então, explique essa nota ? 

— Caraca! Eu tirei nota máxima! Certo, não é como se fosse surpresa pra mim, sou muito inteligente e…

— Você, inteligente ? Desde de quando ? É uma das piores alunas em questão principalmente de nota. — Disse o professor, incrédulo como se fosse teatro meu.

— Ser burra é tática minha. Ninguém popular deve tirar boas notas, ou não seria popular e…

— Olha o absurdo que está dizendo, menina. 

Cortou-me o diretor.

— Mas, eu sou inteligente. 

— Ah, do nada decidiu ser inteligente e gabaritar a prova de física ? — Questionou ele, não acreditando em mim. — Essa prova vai ser anulada e você pegará suspensão de uma semana. 

— Isso é ridículo! Eu não roubei gabarito algum! — Levantei indignada, gritando ao protestar a injustiça. — Vocês sabem de quem sou filha ? 

— Já entramos em contato com o seu pai. Agora se retire da minha sala, a partir de hoje começa sua suspensão. — Foi suas últimas palavras antes de me colocar prova, comprovando que nem vida eu tenho mais não passando de um ser desprezível odiado por todos, até mesmo pelos funcionários do colégio.

Com a expressão perplexa pelo dia de hoje, passei pelos corredores do colégio ignorando os comentários sobre mim e agora o mais novo, ladrona de gabarito. Tentei suportar todos, mas ao passar por quem um dia foi minha amiga, mordi os lábios segurando o choro quando a vi dar as costas para mim já que um míseros segundos acreditei que ela fosse parar com essa disputa e ser o que um dia foi, minha amiga. 

— Acho que depois desse degrau, não existe mais nível pra você descer, S/N. — Foi o que ela disse, de costas para mim.

— Até quando ? 

— Até não restar nada de você. Acho que não falta muito, não é mesmo ? — Se virou, olhando minha aparência cansada sem deixar de sorrir vitoriosa. — Já lhe tirei o Wonho, sua popularidade e o título de filha favorita veio de brinde. O que mais me falta, será ? 

— Título de filha ? Se me conhecesse de verdade, saberia como é a minha real vida com meus pais, amiga. — Um pouco de dignidade me restava para confrontar ela, erguendo meu queixo junto ao sorriso desenhado em meus lábios ao lembrar de um pequeno detalhe. — Percebeu algo ? 

— O quê ? 

— Sou a nora do presidente deste lugar, ainda não fui derrotada. — Com isso dito, dei as costas seguindo caminho a saída do colégio deixando o choro pra ser expressado bem longe daquele lugar. 

Cansei desse joguinho, a partir de amanhã ninguém mais ousarar pensar que pode pisar em mim, está na hora desse título de namorada do Minhyuk ter os seus privilégios e colocar em ação. Não preciso mais reconquistar Wonho e nunca precisei, única pessoa a qual preciso bajular é o presidente garantindo a melhor imagem que jamais sonhei em alcançar. 

Dona desse lugar.

O que me faz cair cada vez mais, me faz persistir no degrau mais alto. 

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