Antes dos 20 - DEGUSTAÇÃO

By CinthiaFreire7

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SINOPSE " Luana sempre teve uma vida de sonhos, filha única, mimada e rica ela viu seu mundo cor de rosa se d... More

Prólogo
CAPITULO 1
agradecimento
CAPITULO 2
CAPITULO 4
AGRADECIMENTOS
CAPITULO 5
CAPITULO 6
CAPITULO 7
Um Mês Juntos!
CAPITULO 8
CAPITULO 9
CAPITULO 10
SURPRESINHA
CAPITULO 11
CAPITULO 12
COMUNICADO IMPORTANTE
CAPITULO 13
OMG 10 Mil!!!!
CAPITULO 14
CAPITULO 15
CAPITULO 16
CAPITULO 17
CAPITULO 18
CAPITULO 19
CAPITULO 20
CAPITULO 21
CAPITULO 22
Feliz Aniversário para "nós"
CAPITULO 23
CAPITULO ESPECIAL
CAPITULO 25
CAPITULO 26
CAPITULO 27
CAPITULO 28
PROMOÇÃO #EuqueroAD20
CAPITULO 29
Capitulo Extra!!!! 40 mil leituras!!!!
CAPITULO 31
POR FAVOR CAPITULO EXTRA!!!!! RSRSRS
CAPITULO 33
CAPITULO 34
CAPITULO 35
CAPITULO EXTRA 60 MIL!!!!
CAPITULO 37
CAPITULO 38
COMUNICADO URGENTE!
CAPITULO 38
CAPITULOA 39
CAPITULO EXTRA 70 mil
CAPITULO 41
CAPITULO 42
COMUNICADO IMPORTANTE!
CAPITULO EXTRA 80 MIL !!!!!
CAPITULO 44
CAPITULO 45
CAPITULO 46
CAPITULO 47
CAPITULO 48
CAPITULO 49
CAPITULO 50
CAPITULO 51
BIENAL DO LIVRO
CAPITULO 52
CAPITULO 53
CAPITULO 54
CAPITULO 55
SOBRE ANTES DOS VINTE
CAPITULO 56
CAPITULO FINAL
VOTAÇÃO MELHORES DO ANO
Apenas uma garota

CAPITULO 3

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By CinthiaFreire7

O grande dia chegou!

Foram três meses de preparação. Mentira, foram três meses de espera, até todos os documentos estarem liberados e o meu pai conseguir finalmente convencer os pais de Giovana que ficariamos seguras sozinhas em um outro país, Manuela não pode ir conosco, já estava com a cara enfiada nos livros a tanto tempo que eu nem ao menos me lembrava de seu rosto, então Disney para ela seria apenas através dos cartões postais e mimos que prometi trazer.

A preparação já estava finalizada desde aquela noite em que Giovana me induziu a cometer essa loucura, assim que terminei de vomitar a bile junto com o brigadeiro e minha consciência junto.

Era minha primeira viagem internacional sozinha, mais um item da lista a ser riscado. Okay, tecnicamente não estariamos sozinhas, papai havia comprado um pacote em uma agência de viagens que tinha guia turistico bilingue e que só fazia esse tipo de viagens com adolescentes e com grupos pequenos ( ele me prometeu que não haveriam crianças na turma, apenas adolescentes, menos mal) nada daquele mar de turistas amontoados em um ônibus de excursão, não era o que eu queria, mas mesmo assim muito melhor a supervisão de um guia do que a do meus pais.

Giovana é uma excelente amiga, nos conhecemos desde os 2 anos de idade, não me lembro da vida sem ela, e gosto disso, assim como eu ela também não tem irmãos e nos completamos, estamos sempre juntas, quando não estou na minha casa estou na casa dela e sempre foi assim.

Somos as siamesas!

Na escola nunca tivemos problemas com os garotos, e também temos muitas amigas, depois de Giovana a minha melhor amiga é a Manu, a nerds, ou melhor, a Geek como ela prefere ser chamada, porque "ela faz acontecer" palavras dela que leu em uma revista inglesa e achou o máximo. Éramos muito unidas, mas desde que ela decidiu que iria para Harvard ( isso mesmo! Harvard) quase não nos viamos mais.

Tinhamos uma vida bem agitada, eu e Giovana claro! Estávamos nas principais festas e viagens do pessoal, inclusive éramos as melhores em dar festas (outro item da lista que já foi realizado a muito tempo) e mesmo assim ainda eramos excelentes alunas o que foi de muita utilidade na hora de meu pai convercer o pai da Giovana.

" as garotas são ótimas, tiram as melhores notas da escola, merecem um voto de confiança"

Agora estamos aqui, na sala de embarque do aeroporto internacional de Guarulhos, Giovana andando de um lado para o outro cantarolando uma musica qualquer que está ouvindo e chamando a atenção de um grupo de meninos do outro lado da sala.

Ela é bonita, muito bonita, alias Giovana Kimoto é a japonesa mais linda que já vi, esqueça essas japonesas de televisão, artificiais e rebocadas, Giovana é linda de verdade, ela tem um rostinho de mangá com olhos rasgados e nariz pequeno, sua pele é de dar inveja e seus cabelos negros e pesados caem até a altura da cintura, mas é seu corpo que mais chama a atenção, Giovana tem rosto de oriental e corpo de brasileira resultado da união de seu pai Marcio Kimoto e sua mãe Claudia dos Santos Kimoto, um dos milhares de casais que deram a luz uma criança mestiça, e o resultado foi a garota mais popular da escola.

Eu... Bom eu sou uma garota bonita, mas se levar em conta a minha falta de modestia, a minha obsessão por roupas da moda e minha maleta de maquiagem, eu sou uma garota linda!

Meus cabelos sempre foram claros, mas com a ajuda das luzes que tinha acabado de retocar eu me tornava uma loira quase europeia, por sorte herdei as lindas pernas de bailarina da minha mãe e os olhos hipnotizantes de meu pai, mas terminava por ai, eu tinha certeza que meu sucesso era mais pela companhia constante da Giovana do que por mim mesma.

Faltavam 30 minutos para embarcarmos e um casal com a camisa da empresa já havia se apresentado como os nossos guias e dado todas as instruções, éramos um grupo de 12 pessoas, a maioria garotas que assim como a Giovana estavam saltitando igual pipoca na panela.

E porque eu não estava tão ansiosa?

Porque eu não estava feliz por finalmente ter a minha tão sonhada viagem?

Porque eu sabia o preço que iria pagar por essa viagem quando chegasse em casa, e não seria barato.

Eu não sei onde eu estava com a minha cabeça quando aceitei isso, deve ter sido o brigadeiro, só pode ser, ele e o chororo de Giovana que me coagiu a aceitar aquilo.

Por via das dúvidas eu prometi a mim mesma que eu nunca mais comeria brigadeiro, aquilo fazia mal para o cérebro.

Eu estava sentada na ponta da cadeira encarando o fundo da sala me preparando para mais de 8 horas dentro de um avião enquanto mascava o quinto chiclete em meia hora.

Já viajei de avião antes, aliás quando eu tinha uma familia de propaganda de margarina, viajávamos duas vezes por ano, as vezes três, fomos para diversos lugares e pra dizer a verdade já fui a Disney uma vez aos cinco anos de idade, mas como não me lembro de absolutamente nada então para mim não conta, aliás não entendo porque levar uma criança de 5 anos a Disney.

Fora isso meu pai sempre dizia que primeiro tinhamos que conhecer o nosso país para depois conhecer os outros, as viagens internacionais eram apenas ele e a mamãe eu ficava na casa da vovó ou na casa da Giovana, o que para mim era ainda melhor que viajar.

- Luana?

Ergui a cabeça saindo dos meus pensamentos e encontrando Giovana e dois garotos parados na minha frente.

- Oi.

- Lu esses aqui são o Pedro e o Alex, eles vão viajar com a gente.

Ergui a sobrancelhas impressionada com a agilidade da minha amiga em encontrar algo interessante para fazer em qualquer lugar que ela estivesse.

Um dia estávamos no Poupatempo mais perdidas que cachorro em mudança tentando renovar nossos RG's, que ainda tinha nossas fotos do jardim da infância, e quando procurei por minha amiga ela estava conversando com um rapaz, passaram o resto da tarde ( sim passamos uma tarde inteira naquele lugar!) conversando, depois trocaram telefones e se encontraram algumas vezes, aliás ele veio se despedir dela, coitadinho mal sabe ele que não tem mais nenhuma chance.

- Ah oi sou Luana!

Cumprimentei os meninos enquanto Giovana sinalizava nas costas deles que o Pedro já era dela, como se o rapaz fosse uma mercadoria ou se ficar com ela era algo que não tinha negociação, era um fato. Sorri levemente, para os rapazes e para a tarada que estava cobiçando o traseiro do tal do Pedro enquanto ele me cumprimentava.

Os garotos eram ótimos, engatamos uma conversa agradável, descobrimos algumas coisas em comum, e acabei me distraindo um pouco, até a hora que nosso vôo foi chamado pelo alto falante e meu estômago se revirou.

Odeio viajar de avião!

Posso passar minha vida inteira viajando que mesmo assim ainda vou odiar, odeio o frio na barriga que sinto quando o avião decola e odeio a sensação de estar pairando no ar, mesmo estando a uma velocidade assustadora, odeio me sentir pequenina e desprotegida e odeio saber que se eu precisar sair pra tomar um ar, não vou poder, estou presa dentro daquela lata de sardinha tamanho familia com um monte de gente que nunca vi na minha vida e isso me apavora.

Giovana já sabe disso, já viajou comigo algumas vezes e já teve sua mão esmagada por mim em todas elas.

- Vamos logo Lu, a Cinderela me espera!

Giovana era a primeira da fila, deixando os meninos para trás e arrastando a sua mala vermelha de bolinhas brancas que ela comprou porque lembrava a Minnie.

Os meninos sorriram enquanto se olhavam, imaginei que estavam achando a Giovana gostosa e boba, que garota de 17 anos sonha em conhecer a Cinderela? A Giovana claro! Mas pelo jeito que eles olharam para ela pouco importava quem ela queria conhecer contanto que pelo menos um deles conhecesse o gosto do beijo da minha amiga.

Eu estava ficando irritada, minhas mãos já estavam suando e assim que me sentei na poltrona que estava no ticket a sensação de claustrofobia começou , eu mal tinha sentado e já estava com vontade de sair pra tomar um ar.

Minha amiga volúvel trocou de lugar com o Alex para poder sentar junto com o Pedro sem nem ao menos me perguntar se podia, claro que ela sabia que a resposta seria não e por isso não me perguntou.

- Acho que não é uma boa idéia Giovana. Você já se esqueceu da regra? - Falei baixinho para não chamar muita atenção.

A regra? Ah claro a regra.

Eu era uma cinéfila, assistia tudo o que saia nos cinemas, tinha um blog sobre filmes e uma estante enorme lotada de filmes que assim como meu guarda roupas eram extremamente organizados, por ordem alfabética, cada um com as estrelinhas que podiam ir de zero a cinco, dependendo do quanto eu havia gostado, e desde que assistimos A Premonição combinamos de nunca trocarmos nossos asentos em aviões.

Giovana revirou os olhos irritada.

- Relaxa Lu, eu prometo que não vou morrer, não antes de conhecer a Cinderela!

Deus do céu, porque eu tive que escolher a Giovana como minha melhor amiga?

Já que não havia escolha retirei minha bolsa do assento retribuindo o sorriso que o garoto me deu. Ele se sentou ao meu lado e por impulso tentei abrir a janelinha maldita já que o ar estava ficando escasso ali dentro.

- acho que essa ai não abre. - ele falou em um tom de piada sem graça. Revirei os olhos e sorri mais sem graça ainda.

- eu só tava testando pra ver se tava bem fechada, outro dia um avião não decolou porque a janela estava aberta. - menti e me senti ridícula quando ele ergueu as sobrancelhas com meu comentário.

- não diga...

- pois é.

Olhei fixamente para o encosto do banco da frente evitando conversar com ele, o rapaz era legal, não era alto, 1, 70 eu acho, talvez um pouco mais, era magro, bem magro, mas bonitinho, cabelos negros muito bem arrumados, estava impecavelmente bem vestido e absurdamente cheiroso, tinha um ar de confiança que o tornava atraente, um estilo James Dean e um sorriso legal, acho que se não estivéssemos em um avião eu provavelmente estaria bem disposta a beija-lo.

As portas se fecharam as aeromoças começaram com aquele procedimento padrão e um sorriso nos lábios como se fosse a coisa mais simples do mundo. A festa ia começar!

" em caso de despressurização as máscaras cairão automaticamente"

O que pode causar despressurização? Com certeza algo muito grave não é?

" Lembramos que o assento da sua poltrona é flutuante..."

Por Deus! É melhor nem falar uma coisa dessa, porque em que situação eu utilizaria meu assento como um barco, a deriva no meio do oceano Atlântico?

E os cartões de instruções? Eu já havia decorado todos eles, tinha um na minha bolsa que peguei em uma das piores viagens da minha vida quando achei que ia morrer depois de três horas de turbulência, mas mesmo assim não conseguia me sentir nem um pouco mais a vontade por isso.

- acho que se você apertar mais um pouco vai cortar a circulação de sangue para a parte inferior do seu corpo.

Olhei assustada para o garoto que sorria tranquilamente para mim.

- eu gosto de cinto apertado, me sinto confortável assim.

Ele estava tão a vontade naquela poltrona, seu cinto levemente frouxo em seu colo, aquele sorriso galanteador e a voz era tão calma que me senti ridicula, droga! Que bela maneira de conhecer um garoto! Estava inclinada a pedir que ele esperasse o avião pousar para conversarmos direito, nada de bom sairia da minha boca naquele avião e ele ficaria com uma péssima impressão sobre mim. Começei a encarar a poltrona da frente novamente enquanto a aeromoça dava as últimas instruções e quando o avião começou a taxiar fechei meus olhos sentindo aquela sensação horrivel enquanto ele se movia lentamente, percebi pelo canto do olho quando o garoto se aproximou.

- Pode segurar minha mão se quiser. - sua voz saiu tão baixa que senti os pelos da minha nuca se arrepiarem.

Pensei em recusar, mas assim que senti meu corpo se impulcionado para tras agarrei a sua mão forte e quente e voltei a fechar meus olhos. Era sempre assim, aqueles poucos segundos em que o avião decolava eram os piores da minha vida, eu tinha a sensação que minha alma estava se desprendendo do meu corpo, permanecendo em terra firme onde aguardaria por mim quando eu chegasse. Se eu chegasse.

- Acho que voce precisa comer mais feijão com arroz.

Olhei para nossas mãos, eu praticamente tinha esmagado a mão do pobre rapaz, seus dedos estavam levemente aroxeados e soltei minha mão rapidamente envergonhada. Ele a seguro novamente, agora com as duas mãos , seus dedos estavam avermelhados pela pressão sofrida.

- Ei, não precisa ficar envergonhada, muita gente tem medo de avião, é muito comum.

Sorri em agradecimento.

- Então você também está indo para a Disney realizar um sonho de infância? - Ele tentou engatar um papo comigo na tentava vã de me acalmar, pobre rapaz!

- Não, na verdade já fui a Disney quando era criança, estou indo agora pelos parques, e também porque esta na minha lista de coisas a fazer antes dos 20 anos.

Ele se mexeu na poltrona soltando seu cinto, nitidamente interessado no que eu disse.

- Como é? Lista de coisas a fazer? Me explique isso.

- Ponha o cinto de volta, por favor. - Pedi com a voz um pouco desesperada.

- Você quer que eu passe a viagem inteira com esse cinto?

Confirmei e enquanto ele balancava a cabeça inconformado com minha condição e afivelava o cinto novamente ao seu corpo comecei a falar, eu não imaginava o porque estava falando sobre a minha lista com um completo desconhecido, ninguém sabia da existência dela, só minha mãe a Giovana e a Manuela.

A história da lista também está relacionada com um filme, 16 desejos que conta a história de uma garota que fez uma lista de desejos que deveriam se relizar antes dela completar 16 anos, mas no filme da tudo errado e ela ve que a lista é uma furada, assisti esse filme fiz a lista que Giovana me fez registrar em cartório, tudo para que eu não a modificasse, alguns dos itens já realizei como ter uma festa de 15 anos e dançar com o Kleber Toledo ( siiimmm eu dancei com o Kleber Toledo tá! Tenho 127 fotos com ele e um pôster autografado) já fui a um show, ao Rock in Rio para ser precisa e outros desisti como tocar violão, simplesmente não nasci para isso. Outros estavam intactos, nessa viagem eu iria matar dois coelhos com uma cajadada só.

Item numero 9 ir a Disney com minhas amigas.

Item numero 10 beijar um americano.

E quem sabe... Se eu conseguisse um americano bem lindo, alto forte, com aquele inglês perfeito eu talvez poderia até riscar mais um item

Item 18 perder a virgindade.

Tudo bem era um item muito complicado e talvez eu teria que realizar mais um item para chegar até o 18.

Item 12 encher a cara.

Embora eu já tenha realizado esse item antes. Mas como eu estarei a milhares de quilometros de distãncia em um pais que é proibido beber antes dos 21 anos provavelmente eu voltaria pra casa como o item 18 intacto já que não terei coragem suficiente para leva-lo até o fim, a não ser que o tal americano seja muito, muito bom mesmo.

- E ai? Desistiu de falar? - Alex me trouxe de volta a minha dura e sufocante realidade.

- Nao... Eu só estava esperando você estar devidamente seguro, não quero ninguém morto ao meu lado.

- Ah claro, obrigado por se preocupar. - ele sorriu e não é que ele tinha um sorriso bem bonitinho?

- Tudo bem, eu sou assim mesmo. - me gabei pra fazer charme.

- E a lista?

- Ah sim. A lista...

Contei para ele como tudo aconteceu, ele ouviu com um sorriso nos lábios, a cada segundo eu começava a me sentir mais e mais atraida por ele, não contei todos os 20 itens da minha lista, apenas os mais superficiais e logo nossa conversa passou para filmes preferidos, música, comida, lugares que já fomos e os que iremos, a escola a faculdade, os ex ( contei só sobre os interessantes...) falei sobre a Giovana e ele sobre o Pedro, quando cansamos de conversar escolhemos um filme e assistimos, juntos, percebi que ele inclinou um pouco a cabeça para ficar mais próximo, na metade do filme ele adormeceu, seus cabelos começaram a se desmanchar e sorri achando que ele estava ainda mais bonitinho dormindo.

Terminei de assistir o filme e comecei a ler meu livro preferido, ele já estava bem gasto, com minhas passagens preferidas marcadas com marca texto e a capa amassada e manchada, é claro que sendo o meu livro preferido ele ia comigo pra todos os lugares e é claro que sendo meu livro preferido eu tinha um exemplar ainda embalado guardado na minha prateleira.

Olhei pra tras em busca da minha amiga e não me surpreendi quando vi Giovana e Pedro se agarrando, com certeza se eu não estivesse tão nervosa eu também estaria fazendo a mesma coisa com o James Dean adormecido ao meu lado, parei a leitura para observar ele dormindo, seu nariz longo e reto dava um charme especial a ele, e sua camisa branca estava com dois botões abertos que me deram uma ideia do quanto ele era interessante por baixo dela.

Ah vai! Não é errado olhar o peito do garoto adormecido ao meu lado é? Eu precisava muito me distrair e ele se mostrou uma distração e tanto.

Talvez em terra firme ele poderia ter uma chance comigo, isso se uma americana linda, loira e peituda não chegasse primeiro, ou se eu não trombasse com o meu americano na sala de bagagens... pensando bem acho que não ia dar mole para ele assim tão rápido.

Fechei meus olhos tentando me acalmar, eu já estava morrendo de fome e ainda faltava muito para o jantar eu não queria começar a comer igual uma louca na frente do rapaz, ainda teriamos algumas horas de voo e achei melhor descansar, uma semana agitada me aguardava lá em baixo

Não percebi quando adormeci, Alex era uma excelente companhia até mesmo dormindo e me fez relaxar, dormi o restante da viagem com a cabeca apoiada em seu ombro.

- dorminhoca. - ele me balançou um pouco. - vamos pousar.

Acordei assustada e o medo voltou, a mão sua já estava estendida para mim e aceitei sem cerimonias dessa vez, assim que o frio comecou na minha barriga escondi meu rosto na curva de seu pescoco e senti a vibração da sua risada enquanto eu me encolhia cada vez mais tentando desaparecer.

- Meu Deus garota como você é medrosa!

Dessa vez não foi tão ruim, talvez o piloto fosse excelente ou a mão de Alex me ajudou, se bem que confesso que seu pescoço era ainda melhor.

Quando o avião finalmente pousou e minha alma voltou para meu corpo senti a alegria de estar viva.

- Pronto, sã e salva!

- Obrigada Alex de verdade. - senti a vergonha chegar junto com minha alma e minhas bochechas corarem.

- As ordens!

Ficamos alguns segundos nos olhando, seus olhos negros me encarando e me amolecendo, eu definitivamente iria ficar com ele. Isso era um fato!

- Acho que vou te contratar como meu protetor particular de voo. - joguei um charminho para ele que sorriu.

- Acho que é uma excelente profissão.

Esse estava no papo!

Giovana e Pedro surgiram ao nosso lado, de mãos dadas como se fossem antigos namorados.

- Vamos gente, temos muito o que fazer e a Cinderela está ansiosa pra me conhecer.

Retiro o que disse, eu tinha escolhido a minha amiga a dedo e não poderia ter uma melhor que ela.

Alex se levantou estendendo a mão para mim, guardei meu livro amassado e coloquei minha mochila em minhas costas aceitando a mão que me protegeu.

- Vamos a Disney nos espera.

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