White - D. Salvatore 1 (✔)

By PendragonReal

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O caminho estava escuro e frio como de costume, então a luz apareceu e tudo ficou branco e aquecido. - Eu am... More

CAST
EPÍGRAFE
PRÓLOGO
CHÁ CURA TUDO
PRIMEIRO DIA DE AULA
MYSTIC GRILL
ÁLBUM
ATAQUE ANIMAL
OLHOS AZUIS
PONTO FRACO
IMPERADOR ANGELICAL
KANG TAEYANG
DESAPARECIDA
VERDADEIRA FACE
FLOR DE CEREJEIRA
HELLO
BOURBON NO CEMITÉRIO
SR. BLUE
O FIO QUE NOS CONECTA
AMIGA VIDENTE
FESTA DOS FUNDADORES
EGOÍSMO
A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM
SABOR DO HALLOWEEN
APAIXONADA?
POR QUÊ?
A DOR ESQUECIDA
TUDO VOLTA...
...AO SEU LUGAR
REBELDIA DESASTROSA
RESGATE (bônus)
UMA DOCE FUGA
HAPPY HOUR VAMPIRICO
LOUCAMENTE APAIXONADA
TODOS OS OLHOS EM MIM
POSSO?
POR CINCO DIAS
ME AQUECER COM VOCÊ
AINDA NÃO SABE MEU NOME
FLIPERAMA
TEMPOS ESTRANHOS
HUMANA
COLISÃO
NUNCA NÃO
FUGITIVA
TUDO POR NÓS
DECEPCIONAR
PERDIDA
FERIDA
POEIRA LUNAR

DAMON

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By PendragonReal

Mystic Falls, Pensão Salvatore, 1994

A menininha de apenas dois anos corria toda atrapalhada de lá pra cá pela pensão, balançando seus pequenos rabos de maria-chiquinha e com sua saia de tutu cor de rosa encantando todos os hóspedes. Sua figura mais próxima de um pai, Stefan Salvatore, estava sempre atrás dela como um gavião com medo que a mesma pudesse se machucar de alguma forma.

Eles haviam se mudado para a pensão há apenas alguns dias, o Salvatore achava que ela precisava de um lugar maior e mais tranquilo para crescer, e até pensou que nos primeiros dias a bebê poderia estranhar, contudo não foi isso que aconteceu. Já no segundo dia de estadia ali sua gargalhada infantil já repercutia por todo o lugar enquanto ela corria sem se preocupar em quê ou quem estaria trombando a cada cinco segundos.

A loirinha corria em direção a escada fazendo Stefan se adiantar e pegá-la no colo.

— Nem pensar, ali é perigoso. — Comentou cutucando uma das covinhas da bochechinha rechonchuda. A bebê abriu a boquinha tentando morder o dedo de seu pai com os poucos dentinhos que tinha o fazendo rir enquanto desviava. — Estressadinha.

— Ela é tão lindinha. — Comentou uma das hóspedes que se encontrava no hall de entrada enquanto se aproximava. — Como ela se chama?

— Briana.

Briana Branson foi o nome escolhido por Lexi em homenagem a sua mãe. Ela tinha pedido para que ele registrasse Aninha como sua filha, mas ele achou que o melhor seria dar continuidade ao nome da família de Lexi. A pequena garotinha havia se tornado tudo para Stefan, as vezes ele até esquecia do que era e de tudo o que havia passado, ela fazia seu mundo parecer mais fácil e normal.

— É sua filha?

A pergunta fez Stefan voltar sua atenção para a bebê risonha em seu colo questionando a si mesmo. Ela era? Quando Briana gargalhou tentando segurar o rosto do vampiro que parecia gigante dentro das mãozinhas pálidas, ele sorriu encontrando sua própria resposta.

— Sim, ela é minha filha.

— Isso eu vou querer saber como infernos aconteceu. — A voz fez o corpo de Stefan ficar tenso. Não pode ser.

Atrás da hóspede, que tentava inutilmente ganhar a atenção da bebezinha, estava o maior temor do Salvatore mais novo. Seu irmão mais velho, Damon Salvatore. A estranha percebendo o clima pesado, apenas acenou para a bebê e saiu pra longe.

— Damon.

— Olá, irmão. — Ele sorriu pretensioso e se aproximou franzindo o cenho para criança.  — E o que é essa coisinha?

A menininha estava encantada pelas bolotas azuis que eram os olhos do homem à sua frente.

Munitu. — Ela resmungou e se jogou pra frente tentando pegar os olhos de Damon, causando pequenos arranhões na pele do homem que se afastou de pressa enquanto os arranhões já se curavam.

— Filha da... Eu sei que sou bonito, mas toma cuidado, coisinha esquisita. 

Stefan bufou ajeitando a filha descontente no colo. Ele tinha que mantê-la o mais longe possível de Damon, seu medo por ela estava tão intenso que daqui a pouco daria para cheirá-lo.

— O que faz aqui?

— Você não vai me contar porque é a nova mãe canguru? — Debochou o mais velho enquanto movimentava as sobrancelhas. Stefan travou a mandíbula perdendo paciência.

— Damon, o quê você faz aqui?

Finalmente o vampiro de olhos azuis pareceu abaixar a guarda e suspirou profundamente.

— Eu quero me consertar, irmão. Estou cansado dessa merda. — O pai da criança franziu a testa desconfiado. — Eu juro, achei que você poderia me ajudar.

Sempre era fácil manipular Stefan quando se tratava das pessoas com quem ele se importava, por isso ele suspirou vencido e balançou a filha que parecia impaciente para descer e voltar a correr.

— Se vai ficar, começa evitando falar palavras rudes perto da minha filha. — Damon sorriu surpreso, mas logo voltou a movimentar as sobrancelhas parecendo divertido.

— Você vai me contar como se tornou o papai do ano?

— É uma longa história.

— Eu tenho todo o tempo do mundo.

•••

Já fazia algum tempo que Damon estava por ali e dessa
vez parecia que ele realmente queria mudar, Stefan já ficava tranquilo em deixar Briana com ele quando saia para suas caçadas. Era melhor do quê deixá-la com Gail, já que a mulher de Zach estava tão perto de dar a luz a sua própria filha e Aninha tinha energia pra dar e vender.

Justo no dia em que seu pai não estava, Bria acordou mais cedo que o normal e já se desesperou ao perceber que Stefan não estava ao seu lado na cama para que ela pudesse pular em cima dele. O Salvatore sempre acordava e esperava a filha acordar, então ele fingiria que estava dormindo para que ela pudesse, como sempre, pular em cima dele achando que o estava acordando. Ele amava a risadinha travessa que ela soltava como se fosse a criatura mais malvada do mundo, risada qual ela aprendeu assistindo desenhos na tv, por alguma razão estranha a filha sempre gostava mais dos vilões.

Então acordar e perceber que o pai não estava do lado dela causou uma crise de choro na criança, não demorou para Damon passar pela porta como se tivesse todo o tempo do mundo.

— O que foi agora, coisinha remelenta? — A menina ainda chorava chamando pelo pai, fazendo o adulto revirar os olhos estressado. Esticando os bracinhos na direção dele, Briana pediu colo. — É só o que me faltava, não aguento mais ficar te carregando por aí, tem que começar a usar mais essas suas perninhas gordinhas, ou vai acabar virando uma bola. Com toda a comida que Stefan te dá, não duvido.

O choro da criança só aumentou diante da negação, por fim, Damon se rendeu. Foi só pegá-la que o choro acabou. O mais velho franziu a sobrancelha pra ela.

— Alguém já te disse que você é a coisinha mais manipuladora que existe? — A criança ficou o encarando, até que tentou pegar o olho azul novamente, mas ele segurou a mãozinha pálida. — Tem potencial, mas fica longe do meu olho!

E ela ficou, mas logo se interessou pelo cabelo negro, qual agarrou e puxou com força, fazendo Damon gritar. Estressado ele tirou a mão dela de lá e deixou seu rosto vampírico aparecer enquanto rosnava em sua direção. Queria assustá-la, mas tudo o que fez foi fazer a criança cair na gargalhada e bater palminhas balbuciando “ninovo” várias vezes. O Salvatore estranhou a reação por alguns segundos, mas logo acabou sorrindo.

— Parece que você tem mais senso de humor do que sua mãe canguru.

Mais tarde, a criança já se encontrava de fralda trocada e sentada no colo do vampiro enquanto sugava o leite com café de sua mamadeira. Stefan não tinha visto que havia acabado o achocolatado, então Damon decidiu que estava tudo bem colocar café no lugar.

— Parece que você gostou disso, huh? — Comentou divertido, observando o cabelinho esbranquiçado preso no que ele chamou de coque, mas estava tudo embolado, Stefan sempre chegava a tempo de fazer essas coisas, mas não poderia adivinhar que a menina iria acordar mais cedo. — Sabe, com toda essa sua cabeleira branca e esses olhos de burca, você até  parece um coelhinho.

A criança torceu o narizinho encarando o homem, mas sem soltar a mamadeira.

— Ela já acordou? — Stefan perguntou enquanto se aproximava sorrindo.

— Você deveria ter vergonha. — Damon lançou fazendo o irmão parar parecendo confuso. — Não se sente mal acabando com toda a família da Coelhinha? Tsc, tsc, tsc.

Ao entender de quem ele falava, Stefan apenas revirou os olhos se aproximando com a intenção de pegar a filha que parecia muito confortável no colo do seu irmão maluco. Contudo, parou mais uma vez, agora indignado assim que sentiu o cheiro que parecia vir da mamadeira.

— Damon, o quê ela está  bebendo? Não me diga que você... — Ele tomou a mamadeira da filha para cheirar. — Você deu café pra uma criança de dois anos, Damon? E não só um pouco pra ela experimentar, mas uma mamadeira inteira?

Briana ficou olhando para a mamadeira quase no final que o pai tirou de suas mãos e abriu a boca chorar enquanto gritava “maisi, maisi”, mas Stefan não devolveu.

— Não seja dramático, Stefan. Acabou o chocolate e eu coloquei café, ninguém vai morrer por isso. — Defendeu-se enquanto levantava-se com a bebê ainda chorando no colo.

— Quando acaba o chocolate, ela bebe leite puro.

— Não chora, Coelhinha. Sua mãe canguru é muito mal, vê como eu sou melhor? — Damon zombou enquanto alisava o cabelinho embaraçado da menina que não parou de chorar. O mais novo apenas rolou os olhos e retirou a filha do colo do mais velho indo em direção a cozinha.

— Mais tarde você quem vai cuidar das consequências. — Resmungou sabendo que o irmão poderia escutá-lo.

•••

Estava tudo indo muito bem para ser verdade, Damon havia o enganado mais uma vez, ele estava se alimentando das pessoas na pensão escondido, por isso parecia tão controlado, até mesmo Gail que estava grávida. Stefan não conseguiu perdoar, ele ainda tinha deixado a filha aos cuidados dele. Isso o corroeu por dentro, tinha confiado em Damon com seu mundo, e novamente se decepcionou. Por isso ele decidiu que trancar o irmão e deixá-lo preso por alguns anos, até que sua filha tivesse vivido sua vida tranquila, era o melhor a fazer.

Entretanto, Damon não ficou contente, ele esperou pacientemente até que seu irmão precisasse de sangue e saísse pra caçar. E quando alguns dias depois Stefan não apareceu para sua visita recorrente com mais verbena, ele sabia que era a hora. Assim que conseguiu sair a sede de sangue o tornou louco, todos aqueles corações batendo. E ele se alimentou, se alimentou de todas as pessoas presentes na pensão, incluindo Gail, a mulher grávida de seu parente Zach. Não havia sobrado muito mais além do único coração que batia forte como de um beija-flor, e esse vinha do quarto de Stefan. Ele abriu a porta devagar deixando o rastro de sangue por toda parte, e lá estava, no meio da cama dormindo como se fosse o lugar mais seguro do mundo todo, a vida de Stefan. Damon não era bobo, ainda era estranho dizer que seu irmão era pai, mas isso não tornava menos real. Stefan amava aquela pequena criatura fofinha, e era o pai dela. Sabia que se fizesse algo contra a menina, destruiria o irmão, e era isso o que ele queria. Mas será que a esse ponto tão extremo?

Como se fosse só mais um dia normal, ele acordou a menina, trocou a fralda e fez a mamadeira, dessa vez apenas leite. E foi assim, sentado no sofá com a bebê no colo mamando e todos aqueles corpos sem vida ao redor que Stefan os encontrou. Parecia que seu maior pesadelo havia se tornado realidade.

— Damon! — Se seu coração ainda funcionasse, era capaz de parar agora.

O Salvatore mais velho se levantou com Briana e sorriu para o mais novo.

— O que houve, irmãozinho? Parece que viu um fantasma.

— P-por favor. Por favor, Damon, não machuque Briana. — Murmurou esticando as mãos como se estivesse lidando com um bicho selvagem. — Você pode ter isso de volta. — Terminou retirando o anel azulado do bolso e jogando aos pés do outro vampiro.

Damon inspirou fundo beijando a cabeleira loirinha da menina que havia acabado de beber seu leite e estava querendo entregar a mamadeira pra ele, qual ele pegou sorrindo e jogou pra trás do ombro.

— Ela é preciosa, mas esse mundo é perigoso, você precisa tomar cuidado, irmão.

— Se você fizer isso, Damon, se a machucar... Acabou. Você vai ficar sozinho pra sempre, porque não vou continuar sem ela.

Damon sabia disso. Levou alguns segundos encarando os olhos do irmão para logo em seguida voltar sua atenção para os da menina. Ela ainda tinha muito o que viver.

— Você sabe, ela vai morrer um dia, e quando esse dia chegar eu vou voltar, apenas para assistir sua dor.

Instantes depois Briana estava no colo de Stefan e Damon havia desaparecido. O pai aliviado apertou a filha dentro de seus braços tomando cuidado para não usar sua força sobrenatural.

— Está tudo bem, anjinho. Nada de ruim vai te acontecer nunca mais, eu prometo.

•••

O que acharam do Stefan como papai?
E Damon como babá? Kkkk Deus na causa.

See u guys!!✌😘

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