Spotlight - Taekook

By Vkkstay

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[Concluída] Kim Taehyung um ômega de uma família renomada após 7 anos de intercâmbio volta para sua casa em S... More

Prólogo
Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo XVIII

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By Vkkstay


Olá! como vocês estão?

Espero que estejam gostando da estória, para quem quiser se aproximar um pouco e interagir me sigam no twitter: @/vkkstay.

Sem mais delongas...

Boa Leitura!!



Senti a claridade bater em meu rosto em um sinal claro que já havia amanhecido, olhei para o lado e vi Jimin deitado ao meu lado todo enrolado em uma coberta. Me sentei na cama e minha cabeça latejou no mesmo momento, precisaria de mais um remédio, agora de fato eu sabia que havia desacostumado de beber como antes. Fui até o banheiro tomando um banho rápido tentando aliviar aquela dor e fazendo minhas higienes logo após, meu corpo parecia pesar umas 3x a mais que o normal.

Voltei para o quarto e encarei o relógio de parede que havia ali, constatando que se passava de duas horas da tarde. Peguei minha mochila e fui em busca de alguma roupa para vestir, já que só estava com uma toalha em minha cintura. Assim que terminei de vestir a camisa, Jimin passou a se mover um pouco demonstrando que também estava acordando. O vi abrir os olhos com calma e por alguns segundo ficou parado parecendo estar raciocinando de algo que deveria se lembrar. E em um pulo se sentou na cama e me olhou de forma assustado, acabei por rir de sua atitude o vendo relaxar em seguida por perceber que eu estava bem.

- Bom dia bela adormecida - falei me sentando ao seu lado em seguida.

- Bom dia Tae, acordou faz muito tempo? - comentou enquanto coçava os olhos e tentava pentear o cabelo com os dedos.

- Não muito na verdade, só deu tempo de tomar um banho - se aproximou me abraçando de lado se levantando em seguida.

- Vou escovar os dentes e volto pra gente conversar - saiu correndo em direção ao banheiro.

Eu estava tentando não pensar no que havia acontecido, porque na verdade eu sempre buscava esquecer as coisas ruins que surgiam a minha frente. Por mais doloroso que seja desde pequeno sempre escondi qualquer mal que me acometesse, essa era a minha forma de conseguir me proteger. Me sentia frágil demais quando as pessoas sabiam dos meus machucados e ainda mais quando usavam isso contra mim, neste momento eu sentia que minhas barreiras poderiam ceder a qualquer momento.

- Pronto, aproveitei e trouxe café da manhã pra gente - se sentou ao meu lado colocando a bandeja em nossa frente com vários tipos de comida e dois copos de suco.

- Estava morrendo de fome mesmo - comentei pegando um pedaço de bolo e enfiando na boca por inteiro.

- Nem venha fugir do assunto senhorito, eu te conheço bem - me olhou sério - vai me contar agora tudo que aconteceu.

- Mas Jimin...

- Tae por favor, desabafar vai te fazer bem - passou a mão pelos meus cabelos - deixa eu te ajudar, somos melhores amigos não somos? - concordei - confia em mim ?

- Confio em você, mas eu tenho medo Jiminie, tudo é tão mais complexo do que parece - me joguei na cama fechando os olhos - não sei por onde começar.

- Começa do início, me deixa saber de toda essa complexidade - apoiou minha cabeça em seu colo - prometo não te julgar, nunca.

- Tudo bem - respirei fundo - o inicio disso tudo é o motivo que voltei para casa - senti suas mãos começarem a fazer carinho em meu cabelo me instigando a continuar -Durante os primeiros cinco anos no intercâmbio, apesar de tudo ainda era tranquilo sabe, só um adolescente comum que passava por problemas na escola e que tinha amigos e algumas inimizades. Eu não tinha passado pelo cio ainda como todo mundo, isso sempre foi tão estranho e quanto mais tarde ficava, mais eu precisava esconder. Ômegas que não entram no cio são mal vistos e por esse motivo eu vivia com medo de alguém descobrir. Minha tia deu a ideia de eu passar uma semana sumido dizendo que havia acontecido, deu até certo, ninguém desconfiou e eu segui bem. Nos dois anos seguinte tudo mudou, as festas começaram e a bebedeira sem fim, até que um alfa me convidou para passar o cio com ele, só que eu não podia, porque eu não queria que minha primeira vez fosse dessa forma entende? ele não aceitou minha rejeição, ainda mais porque nenhum ômega poderia o rejeitar, porque segundo ele era "o alfa". Tudo piorou quando ele disse que eu passaria a ser seu ômega querendo ou não, ele ficou obcecado por mim e eu não sabia a quem pedir ajuda, meus amigos já estavam com medo de toda a perseguição - sentia as lágrimas grossas descerem por meu rosto, a primeira vez que eu falava para alguém sobre isso, me sentia completamente fraco.

- Tae, eu estou aqui, não vou deixar te fazerem mal mais, entende? - me abraçou apertado - vou estar do seu lado sempre viu? Soulmates sempre.

- Soulmates sempre - completei  e suspirei me preparando para continuar a fala - nos últimos meses ele fazia montagens de fotos minhas com ele e postava nas redes sociais deixando um "meu ômega" enorme em todas as legendas. Eu não sabia o que fazer, eu o via todos os dias e quando algum alfa se aproximava para tentar algo ele ameaçava e até partia pra cima. Porém ele chegou em um extremo de toda essa obsessão e disse que me tornaria dele definitivamente, eu não sabia o que ele queria dizer com aquilo. Mas um dia ele conseguiu me achar sozinho no banheiro, junto com os amigos problemáticos dele, eles me seguraram e ele me marcou - Vi meu amigo ficar completamente pálido e apertar mais ainda meu corpo contra o seu - doeu tanto que eu desmaiei na hora, e não doeu tanto porque é o normal, mas sim porque eu não queria e não foi no momento certo, precisa estar atado, você sabe. Eu acordei no hospital, algumas ômegas me encontraram desmaiado, chamaram um professor que me acompanhou, ligaram para a minha tia e depois que contei o que aconteceu acionaram a policia. Eu passei meus últimos meses lá internado, meu estado era grave, uma marca rejeitada até que seja totalmente findada queima como se estivesse com uma brasa acesa sob a pele o tempo todo e julgo que seja pior que o próprio inferno, assim que fica uma marca rejeitada - afastei minha camisa mostrando duas marcas de presas no local que deveriam estar as iniciais do casal - não é como a magia que sempre pensei que aconteceria, como eu sonhava entende? foi um choque de realidade e um fim definitivo ao meu conto de fadas. 

- Eu sinto muito tae, não deveria ter passado por isso tudo sozinho - Jimin passou a chorar junto de mim.

- Esse não foi o pior, eu fui rejeitado pela minha tia porque era problemático demais, ela inventou toda uma história para a minha mãe que não era real - fechei meus olhos com força já que agora queimavam pelo excesso de choro.

- Sua mãe não sabe da verdade ? - questionou assustado - mas porque deixou essa mentira ir pra frente?

- Ela já me odeia por pensar que eu era um festeiro alcoólatra, imagina se souber que fui marcado? - argumentei - só você, minha tia e as pessoas do colégio que me viram no dia que sabem, e é melhor assim. Eu sei que serei rejeitado por qualquer alfa que ver a marca das presas no meu pescoço, ninguém vai querer algo sério comigo e eu até prefiro que continue assim, mas dói entende, machuca muito - o abracei sentindo seus braços me apertarem.

- Você não pode pensar assim Tae, você precisa de ajuda psicológica, não poderiam te deixar passar por um trauma dessa forma. Sua tia foi muito imprudente, ela deveria contar a verdade e não esconder dos seus pais. E por favor não pense que as pessoas vão te julgar por algo que não é sua culpa, se o alfa que escolher não te aceitar por isso é porque ele não te merece e você vale muito mais que qualquer um deles possa merecer. Não digo isso porque sou seu amigo, mas porque eu posso ver quão bom e inocente você é, poxa me dói tanto não poder fazer nada, só queria poder ter te protegido de toda maldade do mundo.

-  Obrigado Jimin, eu te amo - no mesmo segundo ele começou a distribuir vários beijinhos pelo meu rosto me fazendo rir.

- Te amo mais, e saiba que sempre vou estar aqui por você, vamos passar por tudo juntos, certo? - concordei - quer continuar e me contar o que aconteceu ontem? podemos deixar pra depois se não estiver se sentindo bem.

- Não, eu quero falar tudo de uma vez, por favor, não sei quando terei coragem novamente - Jimin concordou com a cabeça voltando com seu carinho em meu cabelo - Jungkook e eu ficamos algumas vezes depois que "demos uma trégua" eu prometi que não iria mais implicar com ele e assim foi feito. Depois que entrei no cio pela primeira vez as coisas entre nós mudaram, e ele meio que me rejeitou naquele dia - falei um pouco sem graça - mas ele me ajudou a chegar em casa e cuidou de mim para que nenhum alfa tentasse algo. Eu fiquei curioso pra entender como ele conseguiu reagir bem sabe, nenhum alfa simplesmente deixaria um lupus no cio e iria embora como ele foi. Meses depois no próprio cio ele rejeitou a ômega que ele estava - resolvi não revelar que era JiEun -  ela meio que me contou que ele havia me escolhido e chamado meu nome - Jimin abriu a boca surpreso - nós ficamos umas duas ou três vezes, mas ele queria algo mais sério e exclusivo, mas eu não tô pronto pra isso Jimin, eu ainda tenho medo, entende? ainda tenho meus traumas e não consigo reagir bem quando me dizem que sou o ômega de alguém, isso me machuca e tenho medo que tudo aconteça de novo.

- Eu te entendo Tae, mas você sabe que ele não é aquele alfa, talvez ele possa te fazer bem e até te ajudar a se recuperar do trauma, mas antes eu também concordo que precise superar isso tudo e se sentir melhor consigo mesmo, ver que é o melhor ômega de todos - brincou me aconselhando e ri concordando com ele.

- Ele me disse que terminaria tudo até eu decidir se ficaria com ele e assim foi feito - suspirei e passei a mexer em meus dedos nervoso - só que descobri que Mingi só estava me usando e  Jungkook acabou ouvindo também, eu pedi ajuda para me esconder, ele me ajudou e beijou, indo embora em seguida - disse em um tom mais baixo - ontem depois da escola ele me levou em casa, o lobo dele apareceu e tentou se conectar com o meu, na hora eu não sabia o que fazer e o rejeitei meio que indiretamente - passei os dedos por entre a manga da blusa brincando com um cadarço que havia transpassado ali - Mas eu não imaginei que ele iria seguir em frente tão rápido e na festa ele estava com a mesma ômega que havia recusado no cio...e ela disse coisas ruins sobre mim, quando pensei que nós tínhamos uma boa relação, enquanto na verdade ela só o queria de volta. Eu me acho um bobo, idiota por confiar tão fácil nela assim. Não sei como, mas ela sabia que eu não ficaria com ele agora e usou isso para poder voltar com ele. Eu estava de cabeça quente e mostrei pra eles que havia ouvido tudo e bem... disse pra eles se comerem no banheiro. Depois eu fui embora e bem o resto você já sabe.

- Wow - soltou quando finalizei - nossa tae, esconde as coisas muito bem, eu nunca imaginaria que você e o Jungkook estavam tendo algo. Que ele queria algo eu já imaginava, por que ultimamente ele anda te comendo com os olhos sempre, mas que rolou algo de fato, chega a ser surreal. Nesse momento eu quero matar ele e essa ômega lambisgóia, quem é ela hein? prometo pegar leve se ela for só mais uma das desnutridas daquele colégio.

- Deixa isso pra lá Jimin, não quero me envolver em qualquer coisa que ela esteja presente - respondi cansado de toda aquela situação - só quero esquecer o que eu vi e ouvi naquele banheiro.

- Ahhh...você é tão bonzinho - bufou -  e o que vai fazer em relação ao capitão?

- Esquecer ele, seguir em frente - dei de ombros - Aceitei jantar com Bogum ontem de qualquer forma, mesmo estando ainda um pouco bêbado e ele dizendo que quer só minha amizade.

- Bogum? o sócio gostosão? - concordei meneando com a cabeça - uau, mas não acha que deveria ir devagar, ou você não sentia nada pelo Jungkook?

- Sinceramente? eu não sei, não consigo entender meus sentimentos ou o que senti ontem, se eu me senti traído por ele ou pela ômega sabe...ainda me sinto tão confuso - voltei a comer de repente.

- Aposto que não quer ver ele por esses dias, mas...vocês moram na mesma casa ne? teoricamente - eu não havia pensado nesse ponto, acabei por bater a mão em minha própria testa em frustração.

- Esqueci dessa parte - comentei - deixa eu ficar aqui até segunda? por favor Jimin - fiz uma carinha fofa o fazendo aceitar no mesmo momento.

- T-Tá... só liga pra sua mãe avisando e inventa algo, sei lá... um trabalho em dupla de última hora. 

- Você é tão esperto Jiminie - apertei suas bochechas.

 Peguei meu celular e o liguei rapidamente, torcia para que a minha mãe aceitasse e me deixasse ficar na casa do meu amigo por mais dois dias. Ela gostava do Jimin então eu tinha expectativa de uma resposta positiva, logo que meu celular ligou vi algumas mensagens e ligações perdidas e acabei bufando ao ver quem era. Como JiEun conseguia ser tão cara de pau e ainda me ligar e mandar mensagens depois de tudo? bloquei seu número e apaguei as mensagens sem ao menos lê-las. 

Liguei para minha mãe que atendeu depois de alguns toques, depois que pedi ela disse que precisava falar com Jimin e dei o telefone a ele, vi um sorrisinho nascer em seu rosto. Ela estava acreditando nele, com certeza, não entendia a afinidade que ela nutria pelo meu amigo, parecia gostar mais dele do que do próprio filho. Logo que desligou comemorando soube que ela havia deixado, porém minha mãe ao menos quis se despedir de mim e isso me deixou um pouco triste, mas não demonstraria para Jimin e o deixaria ainda mais preocupado comigo.

- Agora nós teremos o final de semana dos ômegas, com muito sorvete, chocolate e salgadinho - falou dando pulinhos - vem vamos arrumar a sala para assistirmos uns filmes de romance e chorar juntinhos.

Quando começamos a descer as escadas o celular do Jimin tocou, e assim que vi em seu rosto um sorrisinho bobo já sabia de quem se tratava. Ao atender o telefone porém sua expressão mudou ficando mais séria, ele me encarou preocupado me puxando até o sofá e sentando lá.


- O Jungkook o que? - foi o que ouvi ele dizer antes de me olhar assustado.



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