Crowd Honor

By JefhStryder

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Dois dos maiores mistérios jamais desvendados: aqui iremos narrar o desaparecimento de um dos maiores profess... More

NOTAS DA OBRA (e do autor)
❗ATENÇÃO❗
2 - contradições que desfazem um conto
3 - o inferno de Naomi
4 - motivo para voar
5 - jardim
6 - coração invisível
7 - criação do sangue real
8 - a arte do caos
9 - uma tempestade de ossos
10 - a princesa exultante
11 - o cristal narrado no papiro de almas
12 - mosaico sob coração
13 - memória da justiça
14 - impermanência: segure a minha mão
15 - arquivação noturna
16 - O renascimento do rei obscuro
17 - diante da rubra angra
18 - a estrada das almas perdidas
19 - o legado de Kazuma
20 - a esperança que esteve distante
21 - Pandemônio: limiar do universo
22 - horizonte mais próximo
⚡🎆 Agradecimentos🎆⚡

1 - sol de prata

409 54 86
By JefhStryder

Talvez introdução
Aposto que você quer saber em que ano nós estamos, não é? Não! você não quer. Acredite ou não, esta história se passa no planeta terra, claro, talvez não a sua terra de fato mas veja só, narrações possuem suas ligações e sabemos entre nós que existe uma versão sua em outros lugares...é brincadeira! Direto ao ponto, esse mundo de fantasias tem um tanto de obscuridade para oferecer, e não quero estragar sua leitura contando sobre as surpresas...estrelas, uma platéia de luzes que vivem na expectativa de um bom show, será válido o espetáculo seguinte? Monstros e pessoas convivendo juntos..talvez nem tanto assim, mas e se houvessem aqueles que se aproveitam de tal "regra" natural? Aproveitem o show...

______________________________________

- Puro e brilhante, ardente e tão claro, seco ou quase invisível pra quem deseja se cegar com tanta coisa bonita lá fora...olha só para você, por quê tinha que se importar tanto conosco? Por quê tinha que ligar tanto para "eles"? - dizia um homem de aparência misteriosa, sob o próprio reflexo na janela do aparente estabelecimento.

Era um dia comum talvez, talvez nem tão comum quanto tomar um chá olhando a janela...uma estranha e brilhante janela feita de um vidro azul-escuro, com molduras douradas...na verdade, tudo ali era dourado e algumas das poucas coisas eram de fato "simples".

- senhor Alex...está tudo bem? - se escuta uma doce voz surgir atrás do tal homem que olhava no reflexo; o mesmo coberto por uma capa preta, dando para notar apenas um detalhe nas mãos, que parecia estar usando uma armadura branca por de baixo da capa.

- eu...eu quero saber até quando serei obrigado a ver seres irem e vir como se fossem reféns do tempo...eu quero saber porquê o meu dever não passa de uma mera expectativa...
Olhou para a moça através do reflexo, Alex estava com a face encostada na janela, de perto onde ficou de testa para a mesma durante o questionamento de forma melancólica. Os cabelos loiros cobriam uma parte do rosto onde mesmo ao longe, podia notar um estranho brilho de prata vindo de seus olhos.

- eu trouxe o seu chá de hibisco, está com uma temperatura sob medida como gosta - disse a jovem, segurando um pires onde uma xícara de madeira com um estranho símbolo de um réptil pré-histórico era destacado em relevo.

- obrigado, Livnih...- disse Alex se virando de leve para ela - as vezes você parece ler os meus pensamentos, você não faz isso, faz? - por algum motivo, essa última pergunta soou um tanto medonha.
- mesmo em dias tempestuosos, ainda mantém o seu humor, e isso nos salva senhor Alex - respondeu Livnih, meio sem jeito, olhava para o chão com seus olhos claros de cores alaranjadas.
A imagem dela era algo quase simples, uma roupa comum de servente, uma saia preta até os joelhos, meia arrastão, sapatilhas pretas, blusa combinando com rendinhas brancas. Cabelos azuis amarrados com uma pequena cordinha, tem uma rosa na ponta, usa luvas brancas.

- talvez hoje, eu reúna a tropa alpha para averiguar o motivo de tanto caos atualmente, somente assim para minha cabeça descançar - disse Alex enquanto tomava o chá servido, olhava aos arredores onde se pode notar uma mesa enorme de reuniões, ao lado de uma prateleira de livros tinha uma foice que brilhava com uma mínima luz, e uma harpa ao lado de uma espécie de trono bem próximo ao mesmo.

Enquanto isso, muito, mas muito longe mesmo dali, uma solitária garotinha acabara de sair de uma venda, estava levando consigo alguns mantimentos em algumas sacolas. Ela parecia feliz até o presente momento pois segundo algumas falácias, os preços de todas as vendas próximas estavam cada vez mais altos, devido a uma leva de acidentes naturais que ocorreram há três meses.
Estamos na cidade de "Gigas" nome bem caricato pois esse lugar sempre teve a sorte de receber como visitante um ser muito semelhante a uma baleia, que propositalmente encalhava na superfície, e ao "cantar" fazia com que frutos nascessem na cidade desde eras antigas, porém por algum motivo, Gigas desapareceu há mais de quatro meses.

Aqui temos os quatro bairros dominantes que formam a cidade, este é o quase pacato "bairro Gliuh" que guarda áreas urbanas, praças de eventos dentre locais mais comuns numa cidade; um pouco mais adiante, teríamos "Zadur", um local meio naturalista, geralmente é onde fica o embarque e desembarque dos navios que comercializam os frutos de Gigas, e também onde o mesmo visitava a superfície; há umas duas horas temos "Jyen" que é o bairro famoso por abrigar magos e classes de guerreiros; e por fim e não menos importante (não menos mesmo), "Kalithos", bairro que na verdade trata-se de um reino inteiro, onde fica o governante de Gigas, no castelo da família "Krat", onde dizem que somente o rei é visto, e sua família não é permitida ver ou tocar os cidadãos de fora do reino, motivo este que ninguém sabe até então...

Enfim, a cidade de Gigas ainda é um local misto, onde as áreas urbanas possuem suas gangues e lugares duvidosos, lugares estes que podem por em risco a vida de uma garotinha de doze anos, uma garotinha que achou que cortar caminho por um beco que desconhecia, a levaria mais rápido para casa, mal sabia ela que nem sempre o caminho mais curto é o mais seguro.
Adentrou um beco mal cheiroso onde o pouco espaço até a próxima avenida era ocupado por barris vazios, caixas de madeira podre e lixo por vários lados...ela começou a tremer quando notou que havia vários pontos cegos ali distantes das luzes dos postes e das câmeras de segurança do local...olhou para trás e viu que a velocidade de seus passos lhe distanciou muito de onde realmente deveria estar.
Apertou a sacola de compras contra o seu corpo quando escutou alguém assobiar, e tentar chamar sua atenção:

- hey gatinha, cadê os seus pais? Tá muito tarde pra uma mocinha tão pequena e tão linda andar sozinha aqui - era a voz de um sujeito mal encarado que se aproximava, o pouco da luz do poste mais à frente mostrava sua aparência, usava uma jaqueta rasgada, calças largas, tinha uma cicatriz enorme no lado direito do rosto, não conseguia abrir o olho machucado.
A garotinha espantada com o moço, tentou correr, mas acabou esbarrando em outro sujeito que a segurou pelo braço, fazendo com que ela derrubasse as compras.

- o que vocês querem? Eu não tenho dinheiro...- disse a menina quase chorando, olhava para aquelas faces medonhas de puro sadismo, jamais imaginaria que uma simples decisão fosse acarretar em um destino tão cruel, tão sombrio quanto este.

- a gente só ta querendo se divertir um pouco gatinha, vem "cah", prometo que não vai doer nada - disse o cara da cicatriz enquanto o outro, um pouco maior e mais parrudo, parecia um lutador de MMA, empurrava a menina.

- vê se não demora, Francis, da última vez quase fomos pegos - disse o grandalhão jogando umas caixas de madeira na saída do beco.

O tal de Francis agarrou a menina cruzando seu braço no pescoço da mesma, na mão que o fez tinha uma faca de lâmina bem afiada, parecia ter uns 25 centímetros, com a outra mão, foi levantando a camisa da garota, de uma forma sorrateira e maldosa, a pobre menina com certeza ficaria muito marcada após tais atos, claro, caso sobrevivesse à uma atrocidade desse tipo.

- por favor, parem, eu não quero, sou muito nova pra isso... - o medo nas palavras que quase não saiam da boca dela era nítido, ela estava chorando.
Foi quando um pequeno estouro foi escutado não muito longe e surgiu do lado de fora do beco um pequeno clarão que logo se apagou. As luzes dos postes começaram a falhar mas logo retornaram, mas com uma qualidade baixa de iluminação, porém, somente uma delas ficou totalmente ativa, justamente a que mostrava o tal agressor e a garotinha.

- mas que merda é essa? - disse o grandalhão confuso com o que estava acontecendo ali.

- talvez mais um desastre natural...vamos logo com isso aqui - disse Francis, que estava um pouco apreensivo apesar de não soltar a menina.

Eis que uma pequena pedra cai no ombro de Francis, que ao olhar para cima, se surpreende com a visão do chão do beco, isso mesmo, ele recebera um golpe forte o suficiente a ponto de nem dar tempo de sentir a dor, caiu sem ver quem ou o que lhe levou "pra lona".

- aaahh!! Estou sangrando!! Meu rosto!! - disse o mesmo com o corte no rosto aberto.

A garotinha se afastou e ficou atrás de um dos barris...tentou correr quando escutou uma voz firme ao seu lado:

- não! Espere aqui, fora desse beco pode estar tão perigoso quanto, ou ter mais desses palhaços - disse um sujeito trajando uma espada de madeira, para treino de kendô. Tinha uma blusa azul, estava encapuzado mas pelo pouco da iluminação, podia notar seu rosto, cabelos castanhos, olhos castanhos claros, estava com uma expressão não muito amigável.

- quem é você o idiota? Sabia que acabou de decretar o seu legado? - gritou o grandalhão puxando literalmente um pedaço de concreto de mais de dois metros de espessura do chão.

- ai ai - debochou o sujeito misterioso - eu decretei minha sentença quando assinei TV a cabo sem saber que não tinha luta-livre no meu catálogo, meu amigo, quanto a vocês, estão muito ferrados.

Ele estava se preparando para se defender, quando Francis se levanta, e tenta esfaquea-lo; mas por algum motivo surpreendente, a faca de Francis absorve uma energia estática alta o suficiente para eletrocutá-lo, o mesmo cai no chão quase sem vida.

- humpf...ainda tentam essa de "ataque surpresa" cara a cara - dizia olhando pro oponente caído.

- vai pagar por isso seu imbecíl!! - gritou o gigante arremessando o pedaço de concreto em direção ao garoto misterioso.

- meu mestre vai odiar isso, mas é por um bem maior... - disse se concentrando, pondo a espada em mira com a pedra e fechando os olhos. Um forte clarão surge através da arma de madeira que é arremessada pelo mesmo em direção ao pedaço do piso lançado e ao grandalhão que arremessou.

Ela atravessa o concreto, terminando numa explosão de choque onde também derruba o cara grande, que cai no chão quase sem vida.

- pelo que iam fazer, eu deveria matá-los, mas o policiamento daqui não seria empático com o meu senso de justiça... - disse o salvador da menina enquanto estendia a mão para ela, pedaços de pedra ainda caiam e se esvaiam em cinzas:

- me chamo Weisel, Weisel Ray! E está tudo bem agora, posso te levar para casa - disse tirando o capuz, dava para ver um leve sorriso no rosto dele, usava luvas de couro, trajava uma calça preta e usava tênis branco e cinza, algo meio anos 90. Jogou fora o resto da espada quebrada e recolheu as compras da menina, ainda tentando ajudá-la.

- eu poderia ter vindo antes, mas patrulhar é algo que só faço uma vez na semana, e sempre prezo os becos - explicava o motivo de quase chegar num momento pior.

- é...moço....- a garotinha apontava para o alto de um prédio abandonado ao lado, que fazia a junção para formar o beco, o mesmo estava desmoronando devido a energia que Weisel emanou em batalha...

- a...droga... A minha "righen" de eletricidade está fraca - olhou de uma forma surpresa e lamentável devido seu descuido. Escadas de metal começaram a cair, fora grande parte dos muros, tijolos e vigas.

- parece que esse parque do terror só tem atração de luxo, vamos embora! - gritou pegando a menina no colo.
Uma das vigas caiu em sua frente, bloqueando a passagem, ao tentar retornar, notou que a última escada caindo poderia matar os dois, o que lhe obrigou a continuar correndo em direção a saída do beco, saltando pelas demais vigas que caia:

- só me resta isso... - Weisel aproveitou uma abertura que surgiu na parede de um dos prédios atravéz de uma rachadura, e entrou no mesmo, recebendo pancadas de pequenos escombros, mas protegendo a menininha com seus braços, em perigo de dar de cara com um pedaço de parede também, mas mesmo assim, conseguiu sair por uma das janelas, quebrando tudo com a garotinha nos braços (sem deixar que a mesma fosse atingida) e as compras dela, por incrível que pareça.

- arf...fala por favor que aquilo ali não era um atalho que você ia pegar... - estava de joelhos próximo á uma árvore na praça local. As luzes dos postes naquela noite iluminaram o prédio que desabou em partes...
- eu moro na próxima rua, é bem movimentada e posso continuar, obrigada por salvar minha vida moço... - disse a garotinha se reverenciando e seguindo caminho, completamente sem jeito, ainda espantada devido a quantidade de informações bizarras em uma única noite, mas parecia um pouco aliviada, claro...bem no fundo do coração pois vejam só...

Uma pessoa que se safou de uma violência do tipo, não iria querer se distânciar do seu salvador, porém ela também parecia um pouco desconfiada por ver os prédios caírem, nada a respeito do Weisel mas preferiu não se aproximar, não sabemos de fato como funciona a mente de alguém que esteve a ponto de sofrer um abuso, em posição de narrativa, podemos dizer que cada um reagiria de uma forma, mas a garotinha por sua vez, foi uma das que ainda se sentem traumatizadas, queria voltar pra casa o quanto antes e ali já haviam outras pessoas.

Weisel se encostou na árvore e falou consigo mesmo olhando para a lua:
- mais uma missão cumprida, mas como será daqui pra frente? - suspirava.

Enquanto isso, as unidades da polícia de Gigas recolhiam os corpos das vítimas do desabamento para a perícia, e reportavam uma possível tentativa de homicídio e atentado no local...
________________________________

E agora...será que Weisel ficará em maus lençóis? Como provar que o desabamento ali não foi arquitetado? Quais outros desafios esperam pelas pessoas que tentam sobreviver em Gigas?....

Continua...
_____________________
NÃO SE ESQUEÇA DE VOTAR! VAMOS TORNAR ESSE MUNDO MAIS LETRADO!!

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