O Garoto da Torre

By matt_escritor635

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Raul em breve fará 18 anos, e o máximo que ele conhece são as paredes frias de seu apartamento, sem quase nun... More

PRÓLOGO
Capítulo 01: O Garoto-da-Torre
Capítulo 02: Alguém na Colina-das-Libélulas
Capítulo 03: Cicatrizes que nunca Curam
Capítulo 04: Chamado para Ir Além
Capitulo 05: Segredos e mais Segredos
Capítulo 06: Bibidi-Bobidi
Capítulo 07: Feliz Aniversário!
Capítulo 8: Lembre-se de Quem Você É
Capítulo 09: Mateus 6:28
Capítulo 10: Quando Tudo Desmorona
Capítulo 11: Mostre-me Quem Você É!
Capítulo 12: Vou Sair do Seu Espelho
Capítulo 13: Rumo ao Desconhecido
Capítulo 14: Sim, Capitã!
Capitulo 15: Todos a Bordo!
Capítulo 16: Pai VS Tutor
Capítulo 17: Novas Estrelas
Capítulo 19: Agora ou Nunca
Capítulo 20: Fazer o que é Melhor

Capítulo 18: Tudo como num Sonho

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By matt_escritor635


O pôr do sol brilhava intenso naquele dia, ele deixava o céu multicolorido. O azul se dissipava, enquanto tons de amarelo, laranja e rosa avançavam sobre o firmamento, harmoniosamente. Era como se a mãe natureza estivesse se despedindo para ir descansar e logo logo voltasse a dar o ar da graça.

Há uma razão para que o crepúsculo e a aurora sejam tão queridos pelos amantes, eles despertam algo dentro do peito que é difícil de explicar, algo que vai muito além da nossa compreensão. Amor, paixão, a sensação de que mais um dia terminou porém você ainda tem aquela pessoa do seu lado, para o que der e vier. Não que isso seja o mais importante, realmente não é. Também podemos apreciar um momento assim e pensar "puxa...sobrevivi mais um dia" ou "mais um dia está prestes a começar, mais uma oportunidade de mudar o mundo".

Esse era o caso do Garoto-da-Torre, que tinha acabado de ser acordado por Liam e Jhonatan.

- Está tendo um show de ilusionismo no salão principal - comentou o menino loirinho

- A sala inteira foi ver esse show com os professores, se a gente não for podem suspeitar de alguma coisa - alertou Jhon.

- Tudo bem...podem ir na frente. Encontro vocês lá - a voz de Raúl saiu rouca e meio desnorteada.

- Está tudo bem Garoto-da-Torre? - perguntou Liam, colocando a mão no seu ombro.

Raúl, instintivamente, olhou para ele. Menino loiro, meio baixinho, traços delicados, toque suave, rosto proporcional e sereno, porém expressão de preocupação, olhos azuis seduzentes...

Se não fosse pela cor do cabelo, ele podia afirmar que Liam era Lírio, o garoto que aparece sempre em seus sonhos. Mas não, seria impossível.

Quando olhava para ele tudo era silêncio, apenas ouvia o pulsar de seu coração aumentando e uma estranha sensação de que algo estava acontecendo sob sua bermuda.

O garoto ainda não assimila a, mas já teve esse mesmo sentimento antes, quando viu Josy, no baile da escola de Liam.

Foi o minuto mais longo do mundo.

- Sim...sim...estou bem, claro! - ele disse, ainda meio embargado por causa do sono que pairava sob seus olhos - Vocês...podem ir, que eu os alcanço.

Liam ficou com aquela sensação de "está acontecendo alguma coisa com ele" mas resolveu deixar quieto. Jhon e ele seguiram para o salão de eventos, deixando um Raúl sozinho e atordoado.

O sol ainda estava dando seu espetáculo celeste, quase tocando o oceano, quando o pequeno príncipe saiu da sua cadeira e se aproximou das barras do déque, se debruçando sobre elas.

Ele estava encarando o astro rei, como se procurasse por respostas em seu tom alaranjado de amarelo, e que ele pudesse realmente respondê-lo. Como de costume, a luz solar batia em seus olhos e um arco-íris se formou, não que ele conseguisse ver, mas sabia que estava lá.

"Destinado a grandes coisas", ele podia ouvir Liam falando isso dentro de sua cabeça. Destinado a grandes coisas... Aquele era um ambiente e uma atmosfera muito bons para divagação e reflexão. Ficou pensando em tudo o que tinha vivido até aquele momento e como tinha chegado até alí. Em como, há poucas semanas, ele era apenas um simples garoto irlandês que era super protegido por seu tutor, e agora se transformou em um príncipe perdido de um país prisioneiro da ditadura e que estava atravessando o oceano como clandestino. Isso sem falar no outro fator, que o apavorava ainda mais.

Aquele sonho foi muito intenso, vívido e impressionante, e totalmente absurdo.

- Eu...o beijei. - ele disse a si mesmo - E eu...gostei?!

Sim, em seu sonho ele beijou o garoto do cabelo arco-íris. E isso o deixou muito impactado, mesmo depois de acordado. Dentro de si ele sabia que tinha gostado e desejava que fosse real, mas fazia de tudo para negar isso. A criação dele não foi exatamente com uma mente aberta. Essa foi outra das falhas de Evandro. Ele não o ensinará que existiam vários tipos de amor, ou vários tipos de casais ou famílias, ou que isso poderia acontecer com ele também, e que estaria tudo bem.

Agora o Garoto-da-Torre estava confuso, pois estava justamente vivendo uma situação dessa e não sabia o que fazer, o que pensar, ou como reagir. Ele só queria pôr para fora o que sentia. E só conseguia fazê-lo de um único jeito.

- 🎶 Pôr do sol, brilho radiante...- ele começou a cantar, a única forma de soltar seus mais profundos pensamentos em palavras reais -🎶...esconde ouro ou diamante, o que tu tens de bom. Atrás do monte, brilhou raio solar, vai logo buscar...uma paixão, um amor distante que sempre o faz lembrar...que o mundo é bom, desde que você possa amar...

Claro que Raúl se sentia confuso. Até a noite passada ele achava que estava gostando da Josephina,  que estava no baile da escola de "Liam". Tecnicamente sim ele sentia coisas por ela, se sentia atraído de certa forma, mas então, de repente, percebe que também tinha sentimentos por um garoto, um que só aparece em seus sonhos, e que era tão parecido com o seu melhor amigo.

Em sua mente, aparecia a imagem dela, ao mesmo tempo em que aparecia a imagem do Garoto-Arco-Íris. O que ele não sabia, era que não estava de verdade confuso, ele podia gostar dos dois.

- 🎶... Pôr do sol, janela amarela, ilumina o quarto escuro, não há mais breu, apenas ele, sonhando com o amor que a vida te deu. O que será...que ele busca nesse amor? Que sede de amar. Romance bom. Menino que sabe... sonhar...🎶

Com a demora de Raúl, Liam voltou para o déque principal, preocupado com ele. O viu de longe, apoiado na lateral do navio, cantando. Ele foi se aproximando devagar.

- 🎶... Então pôs-se o sol, mas não a esperança dele, a inocência em pensar que seu amor o espera, toda vez que o sol se esconde e vai...ele o ama...🎶

- 🎶... Então pôs-se o sol... - o menino loiro o surpreendeu, envolvendo seu braço em torno da cintura do príncipe. Pelo menos essa última parte Raúl quería que tivesse acontecido - 🎶...e a certeza brota nele, que o caminho é longo mas o amor o espera...como o sol que se esconde e vai...🎶

-🎶...e volta brilhando muito mais!🎶 - eles terminaram em uníssono.

Quando o amigo olhou para Raúl, percebeu o arco-íris em seus olhos. Em conjunto com o céu, a brisa oceânica e toda atmosfera na vibe Titanic, era a mais bela visão que ele já tinha presenciado.

- Ei, achei que já estivesse vindo. Aconteceu alguma coisa? - perguntou Liam, se aproximando cada vez mais dele.

Raúl sentia sua garganta quase fechar, pois acreditava que seu coração sairia por ela. Só conseguia ouvir os batimentos acelerados. Ele recuou por um momento.

- Eu... é... - o Garoto-da-Torre estava com dificuldade em encontrar as palavras -... só estava aqui pensando em tudo que aconteceu em nossas vidas, ultimamente. Foi tudo muito rápido, parece que a minha vida toda desapareceu, que eu sou outra pessoa - ele falava olhando para o sol, que desaparecia no oceano.

- Eu entendo você, também tive que deixar muita coisa para trás. Mas fico muito feliz de estar aqui, nessa aventura fantástica, com você, te ajudando a descobrir quem você é de verdade - Liam também olhava para o horizonte alaranjado.

Era uma sensação estranha. Ele estava nervoso, o sol não queimando tanto, mas Liam suava. Sentia seu estômago borbulhar, como se mil borboletas estivessem voando, presas dentro dele. A voz também não saía com facilidade, se embolava algumas vezes para soltar as palavras. O tempo todo que olhava para Raúl, sentia um sorriso se formando em seu rosto, que ele lutava com toda as forças para que não aparecesse. Lírio do Campo pensava se Raúl também estaria se sentindo assim.

- Liam...- ele se virou para o amigo, uma lágrima caindo do canto de seu olho - ...estou com medo.

Ele se virou de frente para o amigo. Tremendo, pegou em suas duas mãos. Um imenso calor e um arrepio percorreu desde a ponta dos seus dedos até se espalhar por todo o seu corpo. O que ele não sabia era que acontecia a mesma coisa com o Garoto-da-Torre. Olhou no fundo dos olhos dele e disse:

- Está tudo bem, eu estou aqui. Não vou deixar nada te acontecer - apertou as mãos - Eu prometo.

- Você nunca mentiria para mim, não é?? - perguntou o Garoto-da-Torre, atingindo Liam como se tivesse dado um soco forte no peito dele.

- Cl...claro que...que não! - ele gaguejou a princípio. Sim, ele estava mentindo para Raúl, desde o começo e sentia que não queria mais isso, estava decidido a contar a verdade, mas aquele não era o momento adequado, pensou ele. Então apenas respirou fundo e disse:

- Nenhum mal vai te acontecer enquanto eu puder impedir

Ele não conseguiu, foi vencido pelo sorriso apaixonado que se formou. Não que o pequeno príncipe percebesse a diferença desse para um sorriso normal, de amigo.

Mais lágrimas saíram dos olhos de Raúl, e de Lírio também, uma ou duas. Eles se abraçaram. Quando voltaram do abraço, o Garoto-da-Torre ainda segurava a cintura de Liam e ele, por sua vez, ainda estava com as mãos nos ombros largos de Raúl.

Eles não conseguiram explicar, mas tinha uma força, uma energia magnética entre eles, naquele momento, quando o último raio de luz os atingia. Não havia mais espaço para negação ou resistência.
"Ele pode não ser exatamente igual ao Lírio, mas não quer dizer que ele não seja o menino dos meus sonhos", pensou o pequeno príncipe.

Foram se aproximando, cada vez mais, sem desviar os olhos um do outro. Se ele desviaram por um momento, foi para olhar para os lábios um do outro.

- Raúl!! Liam!! - Jhonatan entrou pelo deque, chamando alarmado por eles, quando os dois estavam a centímetros um do outro. Quando perceberam o que estavam quase fazendo, se afastaram, num impulso.

- Desculpa, não quis atrapalhar, mas... - Jhon começou, mas foi logo interrompido pelo uníssono dos dois amigos.

- Não atrapalhou nada...! - eles estavam tão vermelhos que o único lugar que conseguiam olhar era o chão.

Jhon olhou com uma cara, de quem diz "puts...fiz merda" mas estava feliz de ter visto os dois daquele jeito. Brie já tinha comentado com ele que pintava um clima entre aqueles dois, ele não poderia ter ficado mais feliz. Ele sempre quis viver algo do tipo com um garoto legal. Mas ele teve que interromper aquele momento lindo, era urgente.

- A coordenadora fez a chamada e Marcelo e Tadeu não responderam, ou seja, vocês. Tomem cuidado, ou vão começar a suspeitar do vocês dois. Agora vamos jantar. Ja vão pensando na desculpa que vão dar para ela. Depois poderemos ficar mais à vontade pelo navio. - disse ele dando meia volta, esperando que eles o seguissem.

Liam foi na frente, morrendo de vergonha. Raúl foi o último a desaparecer pelo deque, mas não sem antes dar uma última olhada no oceano. A essa altura, o sol já tinha ido embora, deixando o céu cada vez mais escuro. Dentro do príncipe de Mônaco, havia um furacão de emoções, mas era um alívio que o dia tinha acabado, pelo menos a única testemunha do que aconteceu, e do que iria acontecer, se Jhon não tivesse aparecido, tinha ido embora.

* * * * * * *

Depois do jantar daquela noite, os alunos do colégio de Jhonatam puderam andar livremente pelo navio até a hora de dormir. Raúl estava na cabine, desenhando e tentando escrever. Depois do que aconteceu, estava tentado evitar o melhor amigo, durante o jantar não conseguia olhar na cara dele e era perceptível que "Liam" compartilhava do mesmo sentimento, quase não tinham assunto e sempre ficavam nos monossílabos, quando Jhon tentava puxar alguma coisa.

O Garoto-da-Torre tinha a sua frente uma folha de papel sobre uma pasta preta, onde guardava suas artes, e um pequeno caderno ao seu lado, onde gostava de escrever. Nele ele registrava seus sonhos, até os mais estranhos, seus sentimentos, até os mais confusos, e outras coisinhas mais. Na folha de papel, tinha uma flor desenhada. Um lírio, para ser mais exato. Era por causa do Lírio de Cristal, claro, aquela noite do baile foi muito especial para ele, ou era isso que queria acreditar.

Da porta da cabine, Jhon o observava sem ser visto. Ele viu quando Raúl olhava para o desenho e suspirava, triste. O Garoto-da-Torre podia mentir para todos os outros, mas não para si mesmo.

- Aiai...o que há comigo? Por que eu não consigo entender? Deus, me dá uma luz! O que eu tô sentindo por ele?

John, presenciando aquilo, caminhou pelo corredor em direção ao déque panorâmico.

Lírio estava eufórico, andando de um lado para o outro. Ele estava um tanto feliz por quase ter beijado Raúl, mas confuso porque não sabia o que o garoto de fato sentia por ele, nem o que estava pensando depois daquilo. Quando ele ouviu os passos de John se aproximando, resolveu sentar-se, sabia que ele queria conversar. O amigo de Brie sentou ao lado dele, no chão de madeira do navio.

- Como você está amigo?? - perguntou.

Lírio, até aquele momento, tinha sido forte em conter as lágrimas, mas estava na companhia de alguém em quem podia confiar, o que o fez liberá-las.

- Eu não sei nem o que pensar - ele dizia com a voz embargada - Por um lado, aconteceu a coisa mais maravilhosa do mundo, se eu não conhecesse o Raúl eu poderia jurar que ele estava sentindo a mesma coisa, eu senti que ele também queria...

- Mas...? - interrompeu Jhonatam

- ...mas eu conheço ele, amigo, eu sei como ele é. Sei que ele tá afim da Josephina e ela também está afim dele.

Lírio pôs a mão no bolso e tirou um post-it dobrado e o mostrou para John.

- Isso aqui a Josy deu para mim no dia em que o Garoto-da-Torre e eu fugimos, é o telefone dela - o amigo dele pegou o papel - Viu? Eles se gostam. Eu estava me agarrando a isso para esquecer ele, mas...agora acontece isto?

- Talvez você não o conheça tão bem quanto pensava - Jonathan disse com uma voz sábia e suave.

- Por que diz isso? - Lírio se virou confuso, enxugando uma lágrima.

- Advinha de onde eu estou vindo agora.

- Sabe que eu odeio advinhar, besta - Lírio do Campo olhou com uma cara desgostosa - fala logo!

- Eu estava na nossa cabine, Raúl estava lá também, mas ele não me viu, fiquei observando do lado de fora. Você tinha que ter visto, ele desenha bem pra caramba.

- Sim, eu sei que ele desenha bem, mas o que isso tem a ver com a história??

- Ele estava desenhando um lírio, e ainda arco-íris. Vai por mim, eu sou artista também, você sabe, nós desenhamos o que estamos sentindo, e ele estava com uma cara tão triste. Quando pensa em contar a verdade?

- Ai, eu não sei - ele se levantou e foi para as barras do navio - é que é meio difícil eu contar que eu menti sobre...bem, sobre tudo. Ainda não me sinto pronto para isso Jhon.

O amigo foi atrás dele - Sabe que você também vai ter que contar sobre a garota e o bilhete, não é?

- Sim, eu sei. Meu Deus, são tantos segredos e mentiras, que está tudo virando uma bola de neve sem controle.

- Eu acho que vocês dois têm coisas para revelarem. O que eu quase vi hoje, na minha opinião, era algo que vocês estão guardando há muito tempo já, e nenhum dos dois conseguiu ver - Jhon disse, envolvendo o amigo com o braço esquerdo.

- O que você quer dizer com isso?

- Eu acho que nem o próprio Garoto-da-Torre, como você o chama, sabe o que sente, ele parece estar muito confuso e sofrendo por não saber os próprios sentimentos - as vezes Jhonatan era bem sábio no que dizia - Ele disse que sente algo por você, mas não sabe o que é.

- Coitado do Raúl,  eu entendo o que ele tá passando, até esses dias eu também estava na mesma situação... - ele refletiu e depois teve um estalo - ...você acha então que eu posso ter esperança com ele, por menor que ela seja? - Lírio se animou.

- Olha...- ele disse tentando fazer uma cara desanimada, mas depois abriu um sorrisinho - ...eu acho que sim! Mas não crie muitas, para não se machucar depois.

De qualquer maneira, Lírio ficou muito feliz e deu um abraço em Jhonatam, um abraço bem apertado, de felicidade. O que não esperavam é que Raúl estava logo alí atrás, vendo o ato de carinho que rolava entre eles. O Garoto-da-Torre estava vindo avisar que já estava indo dormir, talvez até tomasse coragem para conversar com o amigo sobre o que houve mais cedo, e acabou presenciando.

Aquilo mexeu muito em seu íntimo. Pela primeira vez, sentiu uma pontada no peito, um sentimento estranho estava se formando, muito semelhante ao que Lírio sentiu quando Josy deu o bilhete e disse que era para entregar para Raúl. Seria ciúmes?? Ele decidiu voltar a cabine e só dormir mesmo.

Depois do abraço, Jhonatan apontou para o céu.

- Está vendo aquelas estrelas amigo? - Lírio seguiu com o olhar e viu aquela imensidão de pontos brilhantes no céu, que mais pareciam enfeites de árvore de natal, de tanto que brilhavam e piscavam. Ele fez que sim com a cabeça - E se eu te contasse que existem novas estrelas??

- Novas estrelas?? - John até podia ser sábio, e tudo mais, mas Lírio ficava cada vez mais confuso.

- Sim! É uma coisa que meu avô contou para o meu pai e o meu pai me contou. "Do amor, do verdadeiro amor, surgem novas estrelas". Quando chegar a hora, tanto você, quanto a pessoa que você ama, vão saber o que fazer.

Com esse último conselho, os dois ficaram admirando o céu noturno, antes de voltarem para a cabine. O coração do pequeno Lírio do Campo estava mais aquecido do que nunca, na sua mente só passava a cena do "quase beijo" que ele viveu com o Garoto-da-Torre. Ele acreditava mesmo no que Jhon havia dito. Será que a resposta que ele procurava viria do céu??

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