𝐒𝐮𝐝𝐝𝐞𝐧𝐥𝐲 𝐋𝐨𝐯𝐞

By romncexkarl

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Shawn Mendes é um homem de negócios, embora não saiba nem do que se tratam os contratos que assina. Camila Ca... More

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By romncexkarl

chapter song;
ellie goulding — love me like you do

Shawn Mendes P.O.V

Já era a terceira vez que eu passava pelo canal 107 da minha tv. Cada canal demorava precisamente um segundo diante de meus olhos, talvez por uma lógica inconsciente que me fazia contar, através do clique no controle remoto, o tempo que Camila estava demorando.

Aquela noite estava anormalmente quente, por isso eu estava sentado na cama, olhando pateticamente para a enorme tv plana à minha frente, apenas vestindo uma calça de moletom cinza, não prestando atenção em absolutamente nenhum programa que passava rapidamente pelos meus olhos.

Por que ela estava demorando? Talvez fosse melhor verificar. Mas e se Camila tivesse decidido não dormir aqui? Ela viria me avisar?

Canal 201. 202. 210. De volta ao canal 1. Canal 2. Canal 25.

Meu dedo parou em cima do botão “próximo” quando ouvi a porta sendo aberta ao meu lado. Imediatamente, olhei para o lugar e a vi fechando a porta atrás de si, me encarando com simplicidade.

Ela tinha os cabelos molhados, caindo em ondas pelos ombros magros, que contrastavam com seu tom de pele pálido e combinavam com suas sardas claras. As únicas peças de roupa que vestia eram uma calcinha preta confortável e uma camiseta justa branca, que delineava perfeitamente sua cintura e seus seios, fazendo com que ela parecesse ainda mais magra e menor. Os hematomas por toda a extensão do seu corpo eram evidentes, esverdeados e amarelados, e então me perguntei se ela havia feito aquilo de propósito, para me lembrar do animal descuidado que eu era.

Meu coração começou a bater de forma descompassada por uma série de motivos. Primeiro, ela estava ali. Ela não havia se negado a vir até mim, e isso era tudo o que eu queria. Segundo, ela estava absurdamente linda com aquelas roupas simples e com aquela expressão calma, o que fez com que meu corpo reagisse instantaneamente, e então apertei um pouco as pernas para não deixar evidente o início de uma ereção.

Mas foi pelo terceiro motivo que senti minha cabeça girar um pouco e meu nervosismo atingir um nível alarmante, a ponto de me fazer pensar que talvez pudesse ter um ataque cardíaco ou algo similar. No exato momento em que ela fechou a porta, por algum motivo sobrenatural talvez, uma lufada de vento me trouxe um perfume que há muito tempo eu não sentia. E foi exatamente aquele perfume que fez com que meu corpo subitamente parecesse gelatina derretendo.

Fechei os olhos e inspirei uma vez. Duas vezes. Três vezes, testando meu autocontrole e principalmente minha sanidade. Quatro vezes, e o perfume parecia cada vez mais forte. Cinco vezes. Seis vezes, e então tudo que eu podia sentir era aquilo, como um tapa na cara, como a lembrança desesperante de um vício adormecido, e que voltava para me atormentar com uma força assustadora.

Abri os olhos e a vi ali, à minha frente, alguns centímetros de mim, me observando calmamente, mas com um leve toque de preocupação ou curiosidade. Sem dizer nada, ela tirou o controle remoto das minhas mãos e apontou para a tv às suas costas, sem nem ao menos olhar, desligando o aparelho e nos deixando em um quase total silêncio, que era comprometido unicamente pela minha respiração pesada e desesperada.

— Eu sei que você não quer lembrar de nada do passado. - Ela começou, e eu não conseguia fazer mais nada além de ouvir - Mas o creme melhora as minhas marcas.
Você sabe disso.

Eu sabia disso, mas não conseguia confirmar. Momentaneamente temi que todos os músculos do meu corpo tivessem sofrido algum tipo de choque e que não funcionassem mais. Mas minhas suspeitas foram descartadas assim que comecei a sentir meu membro latejar de excitação, e talvez ele estivesse até se mexendo, o que seria dolorosamente vergonhoso, mas eu não conseguia me importar.

Não parecendo notar nesse detalhe, ela continuou:

— Prefere que eu tire?

— Não! - Minha voz saiu fraca, mas convincente. Então, afinal de contas, eu conseguia ter alguma reação - Pelo amor de Deus, não...

Ela continuou me encarando, os olhos muito vivos e talvez querendo esconder um delicioso contentamento. De repente, me perguntei se não era exatamente esse seu objetivo: Ter-me completamente perdido e descontrolado em suas mãos, entregue e submisso a ela de uma forma constrangedora.

Se esse fosse o caso, eu não poderia me importar menos.

Se era assim que ela me queria, era assim que ela me teria. Não porque eu concordaria com aquilo — apesar de que sim, eu concordaria — mas porque, no momento, não havia a menor possibilidade de lutar contra o poder que ela tinha sobre mim. Aquele poder era grande demais para que eu conseguisse evitar. Sempre foi, sempre seria.

Talvez com o objetivo de finalmente me matar, ela colocou cada uma de suas pernas ao lado das minhas e sentou no meu colo, sem quebrar a ligação entre nossos olhares, e então começou a brincar com seus dedos em mim, trilhando caminhos entre meu peito e minha barriga sem nenhum motivo aparente, e fazendo com que os pelos da minha nuca se eriçassem todos ao mesmo tempo. Como era inútil tentar esconder a rigidez evidente entre minhas pernas, até porque ela agora estava sentada ali, não me mexi, apenas reunindo o mínimo da força necessária para formular uma frase.

— Está fazendo de propósito?

— Estou.

Claro que sim. Ela sabia do poder que tinha sobre mim. Qualquer idiota poderia dizer isso olhando para meu estado quando ela estava por perto. Fui tomado pelo antigo pânico de saber que ela tinha total convicção da minha dependência, e que, por consequência, poderia fazer qualquer coisa comigo. Mas dessa vez, eu não deixaria que esse medo me abalasse, então eu sabia que Camila me tinha nas mãos, mas não me restava nada a não ser aceitar essa verdade.

Além do mais, de certa forma, eu estava amando aquilo.

De forma provocadora, mas ainda me encarando com olhos inocentes — uma característica dela que me enlouquecia — ela escorregou seus dedos outra vez para baixo, atingindo meu umbigo, mas dessa vez não parou aí. Com uma calma que me fazia ter vergonha de meu próprio descontrole, ela puxou o elástico da minha calça, envolvendo, sem nenhuma cerimônia, meu membro extremamente duro entre suas mãos pequenas, e sem ter tempo para pensar em mais nada, senti seus lábios tocando os meus.

Não era um beijo grosseiro ou desesperado. Era um beijo suave, lento, molhado, mas com um erotismo e uma intensidade que fizeram com que meu corpo, já completamente em chamas, começasse a tremer de prazer, literalmente. Nossos lábios se moviam devagar, sincronizados, deslizando de uma forma incrivelmente prazerosa, como jamais pensei que um beijo pudesse ser.

Sua língua invadia minha boca lentamente, como se quisesse explorar cada centímetro dela, como se quisesse encontrar diferentes formas de encaixe, e esse movimento estava em uma perfeita e hipnótica sincronia com suas mãos em meu membro. Toda aquela mistura de sensações fez com que eu tivesse a certeza que, em algum momento daquela noite, de alguma forma, eu acabaria perdendo o controle.

Eu precisava de mais oxigênio do que conseguia inspirar, por isso minha respiração era alta. Sem o menor cuidado, envolvi meus braços no corpo fino dela e a puxei o mais perto possível. Nosso beijo se intensificou, parecendo mais urgente, mais sensual, e as únicas coisas que me impediam de entrar em combustão eram sua pele fria do banho e seus cabelos, ainda úmidos.

E somado a tudo isso, aquele perfume.

O que se seguiu depois disso foi muito rápido, pelo menos para a velocidade do meu raciocínio naquele momento, então as próximas coisas das quais eu tinha ciência eram meus dedos puxando para o lado com violência o tecido do meio de suas pernas e, por causa de sua excitação, meu membro deslizando com uma incrível facilidade para dentro dela, se enterrando completamente lá.

Fiquei imóvel, concentrado naquela nova sensação. Ela conseguia ser mais quente e mais macia do que eu costumava sentir, por isso precisaria de muito menos para chegar a um orgasmo agora. Movi seu corpo lentamente para cima e para baixo uma vez, duas vezes, três vezes, me acostumando com o encaixe de nossos corpos e com a incrível sensação de senti-la plenamente, sem nenhum obstáculo.

Sem nenhum obstáculo. Sem nenhuma proteção.

Só então me dei conta de que, no calor do momento, havia perdido completamente a cabeça e a penetrado sem preservativo. E o mais estranho era que, embora devesse estar muito preocupado com isso, eu não conseguia voltar a mim. Devia me preocupar porque, mesmo querendo esquecer seu passado, não podia deixar de lembrar que como uma garota de programa, ela podia ter alguma coisa... Eu não sabia...

— Não se preocupe. - Ela falou, me olhando nos olhos e, pela primeira vez, mostrando sinais de vulnerabilidade.

Continuei encarando-a, sem mover um músculo sequer, e me perguntei se ela realmente tinha noção do dilema em que eu me encontrava.

— Eu quero... Não sei se eu posso... - Comecei, mas logo entendi que sim, ela sabia exatamente pelo que eu estava passando. Suavemente, Camila encostou seus lábios nos meus e falou, uma voz muito baixa:

— Estou limpa... Eu prometo...

Eu acreditei nela, porque seus olhos eram um tipo de espelho de sua alma. De alguma forma, eu sabia que ela estava falando a verdade. Mas em todo o caso, mesmo que Camila tivesse alguma doença, já era tarde, porque não havia nenhuma chance de me afastar dela agora, de parar o que já havia começado.

Agarrei seus cabelos com força e a puxei para mim novamente, tomando-a em um beijo, ao contrário de antes, furioso e urgente. Ela reagiu à minha atitude retribuindo o beijo e se agarrando aos meus cabelos, enquanto se movia metodicamente, fazendo com que meu pau saísse e entrasse em seu corpo cada vez mais fundo.

Cada descida que ela dava arrancava um gemido meu, abafado por sua língua na minha, e tão rápido quando pensei que seria, senti o primeiro orgasmo chegando com força.

Tentando evitar meu clímax, rapidamente mudei nossas posições, colocando-a deitada no colchão e me posicionando em cima dela. Tratei de tirar de uma vez sua calcinha e sua blusa, e chutei para longe minha própria calça. Sem esperar, meti nela outra vez, enquanto deixava meu rosto apoiado em seu pescoço e inspirava profundamente o perfume de amêndoas.

Cada vez que sentia uma nova onda explosiva de desejo se aproximando, eu fazia com que nós mudássemos de posição. Com o tempo, essa sensação foi surgindo sempre com mais frequência, e em determinado ponto eu já não conseguia mais segurar o que tinha que sair. No último segundo, saí dela com muita rapidez e deixei que o líquido branco esguichasse em sua barriga, enquanto, um pouco zonzo, eu voltava de um maravilhoso estado de inconsciência.

Mas eu não estava satisfeito, ela muito menos. Depois de uma rápida busca, usei sua blusa branca para enxugar os resquícios de sêmen e, poucos minutos depois, já pronto outra vez, eu recomecei nossa noite. Então, dessa vez, eu pude aproveitar cada sensação de como era possuí-la de muitas maneiras, em muitas posições, sem o risco de um iminente orgasmo instantâneo.

Quando nossa noite chegou próxima do fim, eu estava exausto. Camila parecia prestes a dormir a qualquer momento, e quando se deu conta disso, apressou-se em levantar e rumou para o banheiro, em busca de um banho.

Quando ouvi o chuveiro sendo ligado, sem saber muito bem se minha repentina ideia seria bem vinda ou não, fui me juntar a ela debaixo da ducha morna. Como ela se mostrou novamente receptiva a mim, fizemos sexo mais uma vez, e eu me perguntei se seria capaz de parar com aquilo caso ela nunca me negasse.

Provavelmente não.

Quando voltamos para o quarto, vesti minha calça cinza e notei que suas roupas — tanto a blusa quando a calcinha — estavam em estado de calamidade pública. Ela pareceu entender isso antes de mim, e foi resmungando, já sonolenta, para seu lado da cama, deixando-se cair ali e cobrindo-se com o lençol, sem se importar em vestir qualquer outra coisa.

Sorri de sua personalidade rabugenta que nunca havia conhecido, então deixei no cesto de roupas para lavar as duas peças encharcadas e fui me juntar a ela na cama.

Já quase inconsciente, me agarrei ao seu corpo automaticamente, e ao sentir um resquício do perfume que, eu suspeitava, um dia seria a causa da minha morte, comecei a sentir um início de ereção outra vez.

Ri de minha reação inapropriada, embora involuntária, e me contentei com o fato de que aquilo não era culpa minha, mas sim dela. Assim como tudo que eu sentia ultimamente. Meus medos, meu descontrole, meu nervosismo, minha alegria.

Era tudo culpa dela.

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