Cidade dos anjos

By keilaAlencar123

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CIDADE DOS ANJOS conta a história de uma garota chamada Kyra Moore, filha única de uma repórter investigativa... More

Dedicatória
Epígrafe
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 7

Capítulo 6

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By keilaAlencar123

Estou no penhasco, em uma noite com bastante névoa, a escuridão me cega, a névoa dificulta minha visão, giro-me de um lado para o outro, uma voz faz-me saltar, eu fiquei imóvel, todos os sentidos alertas

Ouço passos rastejando em minha direção, me sinto vulnerável, o medo se apossou de todo o meu ser.

"Alguém me ajuda", grito, assustada e imponente.

É como se alguém estivesse obtendo meu mundo, me observando de longe, sinto uma presença fantasmagórica, e isso me apavora, mas nada de ruim sucedeu até então, apenas minha ansiedade me consome.

"Você precisa ir embora desta cidade", uma voz susurra no meu ouvido.

Meu corpo congela, viro-me, não vejo nada e nem ninguém, estou de frente para o penhasco, ando em passos lentos até a margem.

"Você tem que sair daqui, agora!", a voz misteriosa disse.

"Tarde demais", outra voz aparece do nada.

Antes que eu possa reagir, sou brutalmente empurrada para as profundezas do penhasco.

Me debato sobre minha cama, abro minhas pálpebras, meu corpo está tremendo, gotas de suor escorrem pela minha pele, meu coração esta disparado, tenho medo que ele pare, o ritmo esta muito acelerado, minha respiração esta ofegante.

Há uma semana, esses pesadelos começaram a me atormentar, tudo começou na noite que conversei com Jason enfrente ao javali, a partir daquela noite, comecei a ter esses sonhos todas as noites, as vezes, estou no penhasco, outras vezes na praça, sempre a voz misteriosa diz a mesma frase.

Você precisa ir embora dessa cidade, a voz repete diversas vezes.

O sonho de hoje foi incomum, nunca tinha me acontecido ouvir outra voz, a não ser a do habitual, algo estranho me chamou a atenção, em nenhum dos sonhos que já tive, em nenhum deles, eu fora empurrada para o penhasco.

Virando minha cabeça por um fração de segundos, vejo uma sombra se esticando pelo chão, desviei meu olhar para a janela, a luz do luar era a única luz capaz de jogar sombras no meu quarto, meu coração perde uma batida, começo a enviar oxigênio para meus pulmões.

Digo para mim mesma que é apenas uma nuvem passando pela lua, ainda assim, passei os próximos minutos acalmando as batidas frenéticas do meu coração.

Não tento dormir novamente, não quero ter mais esses sonhos, sinto que irei enlouquecer, viro-me a noite inteira, escutando o vento soprar contra a janela, minha pulsação se alterava toda vez que escutava barulhos da vidraça, até o ranger da minha cama me assustava.

Perto do amanhecer, eu desistir e sai da cama, o sol já mostrando seus primeiros raios de luz, me arrastei pelo corredor em direção a um banho quente e relaxante, após o banho, visto uma calça jeans preta, e uma camiseta branca, saio de casa antes da minha mãe acordar.

Monto em minha bicicleta, e pedalo por cerca de trinta minutos, pedalo com rapidez, cada vez mais rápido, e logo paro em frente ao penhasco.

Sento-me em uma pedra próxima a margem, e observo o horizonte, vejo o sol nascer, não sinto medo de estar aqui, sinto-me segura.

Ouço passos atrás de mim, não me viro, tenho quase certeza de quem seja os passos.

"Está me esperando?", Jason pergunta, sentando ao meu lado, seu gesto me pega de surpresa, mas tento não resplandecer.

Suspiro profundamente, fitando a paisagem a frente.

"Sim, algo me dizia que eu o encontraria aqui", disse, abraçando meus joelhos, aproveito para apoiar meu queixo nos mesmos. 

Ele não diz nada, continua a olhar para a frente, assim como eu.

"Como sabia que eu estaria aqui? Ah, já sei o que irá responder, tem coisas que não podem ser explicadas, certo?", solto uma risada amarga.

Finalmente, sinto seus olhos queimaram minha face, ele me encara e sinto minhas bochechas vermelhas.

"Porque está aqui?", pergunta.

Pigareo:

"Quero saber quem é você e o que está fazendo com a minha cabeça", murmuro, fechando os olhos com força.

"Não sei do que você está falando," ele disse, calmamente.

"Não acredito em nada que diz! Então, só me explica o fato de você saber exatamente onde estou", exijo saber.

Ele me olha de soslaio, batucando os dedos na pedra, estamos a poucos centímetros um do outro, nossas mãos podem facilmente se tocarem, respiro com força, e sinto seu cheiro de lavanda, seu cheiro adocicado me deixou deslumbrada.

O que eu estou falando? Foco, Kyra!

"Você é vidente, é isso? Ou tem uma bola de cristal?", bufo irritada.

Ele rir, sua risada faz com que os pelos do meu corpo se contraírem.

"Já ouviu falar em intuito?" ele me olha, reprimindo um sorriso.

"Porque não me diz quem é você? Você tem algo haver com todos esses desaparecimento, não é?"

Sua boca se abriu, mas nada sai.

"Porque ainda não me matou?", pergunto em sussurro.

"Se eu quisesse matar você, eu a teria matado a muito tempo, e se desconfia de mim, porque está aqui?", sua boca transformou-se em uma linha dura.

"Talvez eu goste de correr riscos", disse, dou de ombros.

Observo Jason desmanchar o semblante fechado, e abre um sorriso torto.

"Talvez você seja maluca!", ele disse, brincalhão.

Nós rimos, juntos.

"Maluco é você que me persegue", vejo o sorriso de Jason murchar.

Ele levanta, sacudindo a poeira de sua calça, ele estende a mão para me ajudar a levantar, eu aceito, quando nossas mãos se tocam uma descarga elétrica passa pelo meu corpo, ainda estou em transe, quando ele diz:

"Eu não a persigo, eu a protejo."

Ele me dá as costas, e começa a se distanciar.

Corro em sua direção, ele tem pernas grandes, em apenas alguns passos, já estava a alguns metros de distância, quando o alcanço seguro o seu braço, o puxo, ficando frente à frente com ele.

"Que história é essa? Me proteger? Me proteger de quê ou de quem? E por favor! Não me venha com aquela frase repetitiva de novo, senão chutarei suas bolas!", rosno, como um animal raivoso.

Estou cansada disso tudo! Esse cara é muito estranho, ele parece saber de muitas coisas, vejo uma nuvem negra paira sobre sua cabeça, mas algo me diz que não deve ter medo, minha mente me diz que ele não irá me machucar.

Mas, que merda! Meu subconsciente está me atormentando há dias.

"Não posso lhe dizer nada", ele suspira alto.

"Não pode ou não quer?"

Ele olha para o céu que já estava coberto por nuvens fofinhas, o sol havia nascido a pouco tempo, talvez minha mãe já esteja acordada.

"A única coisa que você precisa saber é que precisa ir embora desta cidade."

Meus olhos se arregalaram-se devido ao espanto, eu já ouvi essa frase!

Você precisa ir embora desta cidade.

Essa frase vinha se repete várias vezes na minha mente, ela assombra meus sonhos, tento não transparecer o desconforto que aquela frase me causava. E agora percebo que de uma maneira ou outra Jason sabe tudo sobre os desaparecimentos, só não entendo o fato dele querer me proteger disso, essa história mais embaralhado que um quebra cabeça, um jogo que a partir de agora, irei jogar.

E esse garoto que está a minha frente, é a ponte para desvendar todos os mistérios.

"Não posso ir embora, tem algo que me prende aqui", respondo.

Ele acena positivamente, e diz:

"Preciso ir."

Aproveito a deixa.

"Posso ir com você?", pergunto.

Jason franzi o rosto diante de minha pergunta.

"Qual é? Tem alguma coisa na sua casa que eu não devo ver?", pergunto, como quem não quer nada.

Ele olha toda a extensão do meu rosto. Procurando por algo, como um sinal.  Ele parece estar em debate interno, por fim se dá por vencido.

"Tudo bem, vamos. Mas você promete que não irá fazer perguntas?"

"Prometo."

Ele gira os calcanhares e começa a andar em passos rápidos. E eu sigo logo atrás dele, caminhamos pela estrada de terra, arrasto comigo minha bicicleta.  Eu estava alerta, a qualquer sinal de perigo, atenta a cada passo de Jason. Não dava para negar que estava nervosa, mas também estava muito curiosa. Eu me perguntei como seria a casa dele.

"Você mora aqui perto?", pergunto.

"Você prometeu não fazer perguntas."

"Ok, ok, irei ficar calada", disse, remoendo por dentro.

Droga! Quero enche-no de perguntas!

Voltei minha vista para a frente. Senti o olhar de Jason algumas vezes sobre mim, como se estivesse se arrependendo da decisão que tomara. Eu o flagrei olhando para mim, mas rapidamente desviou o olhar.

Saímos da estrada, franzi o cenho ao ver o caminho que se estendia. Entramos numa espécie de árvores, estávamos cercado de árvores. Não é exatamente uma floresta, mas nas redondeza da estrada tem muitas árvores altas ao redor, continuo a segui-lo. De fato, parecia que estávamos indo para um lugar desabitado. Por fim, entramos em um gramado e avisto um grande portão, enorme e sofisticado, no meio do nada?

Que estranho! Porque ele iria querer viver escondido?!

Em frente à casa está estacionando um jipe, creio que o dono seja Jason, não pergunto absolutamente nada, a direita da casa, tem uma estradinha estreita, ao meu ver deve dá a estrada principal, a estrada que leva a entrada da cidade. 

"Você mora aqui?", questiono, enquanto o vejo clicar alguns números em um pequeno teclado ao lado do portão, parecia algum tipo de identificação.

Ele me olhou de relance, depois o portão abriu e entramos. 

Meus olhos saltaram para fora das órbitas. A casa era linda! Subimos os pequenos degraus da varanda, meus olhos observavam amplamente a porta dupla brancas, a porta se abriram assim que Jason girou a maçaneta, ele dá espaço para eu passar, e quase desmaio quando entrei, nunca vi uma casa tão bonita antes, não se compara com a minha, que é simples é pequena, a de Jason é de tamanho razoável e bastante sofisticada.

Observo atentamente cada detalhe, nada escapa do meu olhar atento, a sala de estar é acolhedora, ao lado direito tem uma grande estatueta em formato de anjo, um anjo com grandes assas, no centro da sala tem uma pequena mesa retangular, abaixo um amplo carpete vermelho, as cadeiras de aparência confortável estão encostadas na mesa branca de vidro. Ao redor da mesa havia sofás e proltonas grandes, que ao meu ver devem ser de coro, também percebi que na sala tem uma grande e ampla tevê de tela plana.

No lado esquerdo tem uma escada que deve dá aos quartos, estou tão deslumbrada com a decoração, que não percebo que na escada desce a garota que eu vi na lanchonete juntamente com Jason.

O que? Eles são namorados e ele tem a audácia de me trazer aqui?

Oh, meu Deus! Onde eu vim me meter?

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