STALEC × WHAT IF ?

By Di_Angellus

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Após todos os acontecimentos com o Nogitsune, Stiles sabe que nada nunca mais será o mesmo desde que toda mat... More

Notas do Autor
Prólogo
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CBônus
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C25
C26
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C28
Epílogo
STALEC2 DISPONÍVEL
Por favor, LEIAM.
Nova Stalec!

C29

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By Di_Angellus

"Dizem que é frescura, mas acham mesmo que alguma pessoa nesse mundo sofre por opção ?"
— Char Rizzo.

(Sim, estou preparada para a morte e tortura que vocês prepararam a mim)

{•••}

× TERCEIRA PESSOA ×
(Dois meses depois)

Sentado de pernas cruzadas naquela mesa, uma das muitas que ficam na praça de alimentação do shopping, Arthit observa com atenção as coisas que acontece e tem a melhor expressão vazia no rosto. Mesmo que vez ou outra ele se distraia com os movimentos de Joss e Kai enquanto a fila avança, aquilo não era o bastante para o impedir de notar algo que não faz bem para sua sanidade mental.
A sua mão está fechada fortemente entorno da garrafa de água que ele segura, os nós dos dedos brancos e os olhos fixos nas duas figuras mais velhas que estão logo na fila do lado, e embora o peso de alguma ameaça esteja sendo transmitida por sua raiva fervendo nas veias, a calma que transborda em manter a merda dentro de si é incrível.

— Você tem um autocontrole maior que o de Azazel. - Uma voz profunda e desconhecida diz ao seu lado. — É impressionante de se ver, eu já teria explodido a cabeça deles.

O olhar de Arthit se desviou das duas figuras que estão encarando os seus noivos com um sorriso no rosto, se voltando para o homem de terno cinza de bela feições que se sentou ao seu lado, e Arthit franziu a testa rapidamente. Aquele homem se mantinha ali na sua frente com total elegância, seu terno sem dobras, as pernas cruzadas e figura impotente, o seu sorriso frio e olhos felinos.
Os mesmo olhos, ou marca, que seu padrinho Magnus carregava e herdou do pai biológico. Mas calculando que as histórias estivessem certas e o pai de Magnus não teve a chance de ter muitos filhos, aquilo significava que aquele ao seu lado era um dos Nove Príncipes do inferno.

Arthit rapidamente se lembrou de algo que Magnus disse: "Quando meu pai está envolvido, sempre há um preço."

— Muitas testemunhas. - Resmunga Arthit, dando de ombros. — Tenho a etiqueta de não matar em público.

Asmodeus solta um riso baixo pelas palavras usadas pelo mais novo, e o olhando de relance agora que está tão perto pode ver que ele se parece só mais uma criatura como as outras, só que na verdade aquele pequeno projeto de humano aprimorado foi capaz de matar um príncipe apenas para pode salvar os que ama. E para alguém vivo por tantos anos, como o próprio Asmodeus e os outros sete príncipes, ele nunca viu o amor ser capaz de fazer algo tão expendido quanto aquilo em sua existência.
Mas aquela, aparentemente, bela e frágil criatura era realmente especial como disseram.

— Se eu envelhecer um ano a cada vez que alguém me encara com toda a sua intensidade. - Resmunga Arthit, sem sequer virar o rosto. — Posso ser considerado tão velho quanto você.

Asmodeus deixa um riso lhe escapa dos lábios, atraindo alguns olhares de mulheres que estão perto dali, e fazendo Arthit revirar os olhos. Ele pode sentir o peso da escuridão que a criança carrega, a magia vasta que a realeza exerce sobre cada Príncipe, e em mim.
A raiva constante nas veias e o seu desejo de sangue, sugando sua vida pouco a pouco a cada segundo do dia, esse era o peso da morte e o da coroa. A maldita imortalidade que o faria ver todos aqueles que ama ficarem velhos e morrerem, aquela coisa que ele começou a rejeitar no momento em que a caçada se foi, ela era fria em seus ossos e ardia na pele como brasa de lembrete de que seus dias diminuíam com lentidão até não ficar nada além de alguém sem alma e oco. Um monstro.

— O que você quer aqui ? - Pergunta Arthit.

— Te fazer uma oferta. - Responde Asmodeus.

Isso faz Arthit tirar a atenção que tem nos dois garotos da sua vida, virando a cabeça para o demônio maior com a sobrancelha arqueada.

— O que você tem a me oferecer que eu poderia querer ? - Pergunta.

Asmodeus olha para o príncipe mais novo, um sorriso de canto, e então estala os seus dedos, onde na mesa aparece uma pequena curta pilha de papéis.

— Um acordo. - Sugere Asmodeus.

— Prossiga. - Pede o mais novo, pegando a pilha de folhas para começar a ler.

— Posso tirar sua imortalidade e te tornar novamente um caçador, onde poderá envelhecer com seus garotos e te livro de Edom. - Resume.

Arthit ergue seu olhar, encarando o homem ao seu lado com atenção.

— Meu preço é alto, demônio, sou a raridade entre vocês. - Arthit fala, um sorriso cruel. — Acha mesmo que seu acordo banal está a minha altura ? E não acha que não percebi que o seu preço está fora do acordo...

Asmodeus alisa seu terno.

— Meu preço é simples, quero poder e você tem ele e não o quer. - Fala o demônio maior. — Você tem mais do que qualquer um de nós, está abaixo do nosso Lorde, ter sua coroa e o seu poder da imortalidade é meu preço.

— Tão invejoso. - Resmunga Arthit com desinteresse. — O seu preço é alto, querido, precisa me oferecer a mesma linha. Você quer poder e eu tenho mais do que conseguiria com Magnus, você quer a coroa, e tenho o domínio do Vazio. Onde é que nossas vontades colidem no mesmo nível ?

O mais novo joga os papéis sobre o mais velho com um olhar sombrio e desumano, um sorriso de canto. Um outro estalo e os papéis somem.

— E qual o seu preço ? - Asmodeus pergunta.

— Você que vem até mim e eu tenho que te dá meu preço ? - Arthit indaga com descrença. — Que organização patética de demônios vocês são se não tem suas vitimas na mão ?

Asmodeus morde a língua e respira fundo, a raiva queimando em suas veias com a afronta desse pirralho mimado, e o mesmo sequer mostra qualquer respeito pelos mais velhos sabendo que poderia me vencer sem se mexer.

— A única coisa que sei sobre você é que não quer a imortalidade e o que conseguiu. - Asmodeus diz, usando o tom plano de negócio. — Mas estou disposto a negociar com você o seu preço.

— Não tem muito para se negociar, Asmodeus, se a minha imortalidade for retirada eu perco as memórias e isso você não pode impedir. - Arthit diz. — Faz parte da imortalidade, eu estou vivo a muito tempo e todas as memórias de meu eus anteriores e a minha estão nela.

O demônio maior pensa sobre isso, mordendo o lábio inferior enquanto pensa, ele olha na direção dos dois garotos na fila. A bobagem do amor era nítido, mas só ele não é possível salvar alguém, você precisa de mais que isso e ele com certeza tinha.

— Posso te oferecer uma âncora que te leva a elas. - Asmodeus diz, o olhar voltado a Arthit. — Realmente não posso impedir que elas se vão com a retirada da imortalidade, mas posso suprimir ela e fornecer uma âncora, algo forte e que te leve a elas.

— E como é isso ? - Quer saber Arthit com interesse. — Terei sonhos com essa pessoa até a encontrar.

— Não até as encontrar, mas até ela encontrar você em um momento de nostalgia. - Explica Asmodeus. — A sua realidade do agora se modifica para sustentar o peso do que vai mudar, apagando as memórias de terceiros que não importam, mas mantendo o mesmo de agora as pessoas que você ama, as memórias deles ficaram intactas.

Arthit morde o interior da bochecha, olhando de relance para os dois na fila e depois a aliança em seu dedo anelar, a promessa do sempre e para sempre e todo peso de carregar isso sozinho, mesmo que morra pouco a pouco até não restar nada do meu eu e os machucar. Apertando forte sua mandíbula, Arthit olha para o outro Príncipe.

— Preciso de uma garantia. - Fala Arthit.

— Você tem a minha palavra.

— A palavra de um demônio não me serve de nada. - Grunhe Arthit. — Eu não sou idiota a ponta de confiar o bastante em você sem um selo que te faça pagar.

— Você sabe do selo ? - Asmodeus pergunta surpreso.

Arthit sorri, abrindo a palma de sua mão onde o selo da sua coroa está e a fazendo brilhar em vermelho com ativação, ele ergue o olhar ao outro.

— Um selo da realeza, te darei minha coroa e o poder que vem com minha imortalidades em troca do que tinha antes de entrar no meio desse fogo cruzado, minha vida de caçador de sombras ou de um humano, não alterando nenhuma memória ou realidade das pessoas de quem amo, apenas a minha e de terceiros, e as terei de volta quando encontrar a minha âncora. - Arthit fala com total firmeza. — A quebra do selo, mesmo que um milímetro fora da linha ou a alguma brincadeira, vai fazer com que Asmodeus e eu caiamos no limbo, para sempre.

Asmodeus encara o garoto, milhares de anos mais novo que ele e ainda assim voraz em suas palavras, sem deixar meios de interferência por parte de mim. Faz sentido Azazel o querer tanto ao seu lado, ele teria todo domínio sem deixar nada para ninguém, alguém com cabeça e que não dá um ponto sem realmente que algo corra de acordo como quer.
É o seu jogo, e o pequeno príncipe manipula ele entre os dedos com um sorriso cruel.

Arthit lhe estende a mão, o selo em sua mão, seus olhos fixos sobre o homem a sua frente. Asmodeus sorri e assente, abrindo sua palma e um brilho suave em azul com sua coroa de espinho aparece na palma.

— Um selo da realeza, terei a sua coroa e o poder que vem com a sua imortalidade em troca de lhe dar sua antiga vida, seja como caçador de sombras ou de um humano, não alterando nenhuma memória ou realidade das pessoas que ele ama, apenas a sua e de terceiros, e as terá de volta quando encontrar a sua âncora. - A voz de Asmodeus firme e profunda. — A quebra do selo, mesmo que um milímetro fora da linha ou a alguma brincadeira, vai fazer com que Arthit e eu caiamos no limbo, para sempre.

Asmodeus e Arthit juntam as suas mãos, seus olhos brilhando com suas verdadeiras faces e as coroas ainda em suas cabeças apertando sobre elas, uma força invisível e obscura se espalha pelo amplo salão, selando o acordo. A mesma fazendo com que o tempo pare e regresse ao momento em que Arthit estava sozinho, como se isso nunca houvesse acontecido, mas se fez.

"Ao meio dia, na Porte St-Louis, em Quebec."

E então tudo volta ao normal, menos a Arthit, que não é afetado com toda a mudança com a presença daquele príncipe. Ele encara os dois garotos na fila e olha ao redor, o medo agora está em seu corpo e a sua respiração sufocante, ele se levanta e caminha na direção dos dois.
Passando o seu braço por cima dos ombros de Kai.

— Hei, não ia ficar na mesa ? - Kai quer saber.

— Entendiado. - Arthit resmunga, enfiando o indicador no cós do jeans de Joss discretamente. — A fila está demorando.

Kai segue na frente para abrir a porta do apartamento, tendo sacolas em seu braço, assim como Joss e Arthit, que vão um pouco mais lento no corredor até parar em frente ao lugar. Arthit olha para o quarto da frente, ainda vazio, e sem menção de ter um ocupante.
A porta se abre e tirando seus tênis, eles entram, Arthit fechando a porta e seguindo para cozinha com sacolas na mão, deixando as coisas em cima da bancada e indo lavar as mãos. A água corre enquanto encaro a minha palma, passando meu polegar onde o selo esteve a algumas horas atrás, ele suspira e fecha a torneira.

— Você quer ajuda ? - Pergunta Kai.

— Não, tudo bem. - Responde Arthit com um sorriso. — Você pode tomar banho se quiser.

— Joss está fazendo.

Kai entra na cozinha, indo na direção de Arthit e o abraçando por trás, seu corpo grudado ao outro para ter um pouco do calor confortável. Arthit tira as compras da sacola e deixa na bancada, um sorriso no rosto e ele sente o beijo suave em seu pescoço, o fazendo se encolher um pouco.

— Malachai...

— Não me chame assim. - Kai belisca o quadril dele. — A menos que esteja dentro de mim, Daddy.

Sua voz rouca e sedutora no ouvido de Arthit o faz arrepiar e ele morde o lábio inferior.

— Não me seduza, Baby...

— Você não gosta ?

Arthit desiste de tirar as coisas da sacola quando Kai morde o lóbulo de sua orelha, logo brincando com ele em sua boca, e girando nos braços de Kai, Arthit o puxa pela cintura. Seus corpos juntos, sua mão desliza para a bunda de Kai e aperta quando deixa um beijo em seus lábios.

— Eu gosto. - Murmura Arthit.

— Gosta do que ?

Deixando um beijo no pescoço do outro, ele enfia uma de suas mãos dentro da camisa dele.

— Gosto quando faz isso. - Respondo o arranhando. — Quando me abraça de manhã só de cueca, em como me chama de Daddy e me pede para ir mais forte, como seu cheiro é bom, seus lábios são lindos e eu trocaria qualquer coisa por você e Joss.

Arthit vira o corpo de Kai em direção a bancada, apertando seu corpo ali e o beijando lentamente, apreciando o sabor de seus lábios e como Kai se arqueia a ele. Com um sorriso, Arthit o coloca sobre a bancada e fica entre suas pernas, tirando a camisa de Kai e vendo a pele marcada e linda, beijo sua clavícula.

— Você é sempre lindo ou faz algum curso ? - Pergunta Arthit.

Kai segura o rosto de Arthit, olhando um dos homens que tem todo o seu coração e sorri.

— Nenhum dos dois. - Resmunga Kai, lhe deixando um selinho. — Já ouviu dizer: A gente é aquilo que come ?

— Nesse caso, eu que deveria roubar sua beleza, baby...

Revirando os olhos, Kai envolve o quadril de Arthit e o puxa para mais perto, abraçando seu pescoço.

— Estou com frio, Daddy. - Murmura Kai em tom baixo, olhando nos olhos de Arthit. — Me esquente na cozinha e depois Joss na sala, e então vamos te esquentar juntos na cama depois do jantar.

— Parece uma idéia... - Arthit sussurra, se inclinando e tocando seus nariz. — Agora me beija, Baby.

— Sim, Daddy.

E Kai faz, puxando Arthit para ele e o beijando com paixão, todos os seus sentimentos expostos e seu coração em uma bandeja de prata, que Arthit pega sem direito a devolução.

Olhando para o relógio no criado mudo, Arthit vê a hora passar quase que arrastada enquanto está deitado em sua cama com ambos, ele não foi abatido essa noite. Escolheu ter uma noite de filmes abraçado com eles e ficar perto, curtindo o melhor de seu relacionamento a três sem o sexo no meio, mas as horas se arrastavam de um jeito rápido e pareciam fazer seu barulho na cabeça do caçador.
Checando os dois homens em cada lado, Arthit deixa um beijo em suas testas antes de se levantar, saindo da cama e arrumando o lenço em seus corpos. Joss pega seu pulso antes de se afastar e seu coração acelera ao se virar para o ver na baixa luz, os seus olhos ainda sonolentos, tentando me ver na escuridão.

— Onde vai, Oon ? - Pergunta Joss, sua voz baixa.

— Eu preciso de água. - Minto, mas acabo acrescentando. — Você quer um pouco, amor ?

Ele nega, deixando sua mão cair na minha e apertando meus dedos um pouco.

— Volte logo. - Murmura. — Quero te abraçar.

Sorriu, mas meu coração se parte e os olhos enchem de lágrimas com muita facilidade, me aproximo e lhe deixo um beijo suave nos lábios e deixando sua mão em seu estômago.

— Eu te amo. - Murmuro. — Os dois...

— A gente também te ama.

E então ele se move na cama, me dando as costas e arrumo o lençol em seu corpo antes de sair do quarto a passos largos, fechando ela atrás de mim e colocando a mão na minha boca para abafar o choro enquanto sigo no corredor. Me sento no chão da sala e enterro meu rosto em meus braços, mantendo a mandíbula bem fechada e deixando as lágrimas fluir, minutos depois, consigo uma caneta e uma folha para dizer adeus.

"Sinto muito...
Mas não por algo que fiz no passado e sim pela escolha egoísta que fiz agora, de escolher envelhecer junto com vocês e não apenas os verem mudando ano a ano enquanto tenho a mesma aparência jovem até ver vocês morrerem. O meu coração é egoísta em querer fazer isso junto com ambos, e é a minha razão de fazer isso hoje, eu não quero estar vivo para sempre se não estiverem comigo e eu também não deixaria que escolhessem deixar os seus futuros brilhantes para viverem como criaturas da noite.

E a outra verdade por trás disso e que minha imortalidade não faz de mim só um feiticeiro, eu matei meu avô para conseguir voltar a vocês e precisei assumir o seu lugar, ser o segundo príncipe do Inferno e isso pesa em meus ombros. Vocês me perguntaram o porque de eu os observar tanto nos últimos dias, bem, o peso da coroa de ossos está levando um pouco da minha alma todos os dias e eu vou deixar de ser a pessoa que conheceram em pouco tempo.
Não serei mais a sua âncora Joss ou o conforto de Kai, não serei nem a pessoa vocês amam agora quando a escuridão me consumir por inteiro, eu virarei um monstro como todos que lutamos e machucarei vocês, mas eu não quero os machucar... Nunca, mesmo que esteja fazendo agora, e saibam que não é mais fácil para mim também, eu precisei fazer uma escolha.

Escolher entre me tornar alguém que não pode voltar ao que era e vocês terão que matar ou fazer um acordo com o diabo para virar um mundano qualquer, bem, vocês devem saber que virar um mundano não parece tão ruim. E o preço que pago por essa escolha e ter minhas memórias roubadas junto com a imortalidade, mas entre os machucar e esquecer, eu preferi os esquecer até a hora de os encontrar novamente.
Porque não importa o tempo que passe, minhas vidas, eu sempre vou achar meu caminho até vocês. E se puderem me perdoar quando isso acontecer, por favor, tenham um pouco de paciência comigo e todo vazio que vou ter sentido... Porque se eu tenho certeza de uma coisa na vida, é que vou me apaixonar por vocês de novo assim que os virem na minha frente.
Mas se não for possível, apenas, por favor... Vivam o melhor de suas vidas e sejam a força um do outro, e muito obrigado por me fazer a pessoa mais feliz do mundo por te a honra de os amar.

Eu os amo.
Sempre e para sempre.
Com amor e egoísmo, Arthit Prince Hoorne."

Deixando a caneta em cima da folha um pouco manchada pelas lágrimas que caíram, Arthit se levanta com o corpo entorpecido pela dor e pega os sapatos, abrindo um portal para o lugar indicado e entrando nele sem olhar para trás. O frio congela sua pele assim que sai dele, parando logo embaixo do portal que separa a parte antiga da cidade para a nova, um homem de sobretudo preto sai das sombras do canto.

— Você veio. - Asmodeus diz.

— Sim, eu fiz. - Afirmo.

A garganta de Arthit arranha com o choro ainda entalado, mas ele o engole e aperta as mãos em punho com força. Asmodeus se aproxima do garoto mais um pouco, vendo o conflito que ele está na luz do dia.

— Você sabe por quê escolhi esse lugar ? - Pergunta Asmodeus.

— E como eu saberia ? - Devolve Arthit.

— Estamos no Porte St-Louis, ele é a divisa entre o passado e o presente desse lugar. - Asmodeus fala. — E estamos na linha tênue entre eles, onde você vai atravessar o portal a sua nova vida.

Arthit ri fraco, enfiando as mãos na calça de moletom.

— Que simbólico. - Resmunga. — Vou me lembrar disso e vim visitar aqui pensando em você.

Asmodeus suspira, entendo porque algumas pessoas matam as outras nesse lado com frequência.

— Podemos fazer logo isso ? - Indaga Arthit, mudando o peso do seu corpo. — Como vai ser ?

— Será rápido, apenas dois estalos de dedos e está feito. - Asmodeus responde. — Me passe a sua coroa.

Levando as mãos trêmula a cabeça, Arthit tira a coroa estende em sua direção, o príncipe a pega como se você seu bem mais precioso e então sorri para o mais novo.

— Está pronto ?

Arthit assente, respirando fundo, o medo fazendo seu coração bater tão forte que dói, mas então as imagens de todos que se importam começam a passar por trás das suas pálpebras fechadas. Os seus irmãos, Magnus, Raphael, Stiles, Alexander.
Ele sorri quando a imagem de Kai e Joss chegam, os seus sorrisos e risos ecoando em meus ouvidos, o toque e as palavras. Uma lágrima desce por seu rosto quando ouço o som de estalo, rompendo o silêncio daquele lugar como uma música ruim, e ele sente quando seus joelhos cedem ao peso colocado em cima dos seus ombros e o puxão em sua alma, as lembranças que tanto aprecia sendo suprimidas profundamente.

E então com um outro estalo sou consumido por toda escuridão do vazio, tão rápido quanto uma batida do dedinho na quina da cama, que lateja de forma bruta enquanto ele se agarra a qualquer coisa que pode alcançar... E esse não é o fim.

[•••]

× STILES STILINSKI ×

Saio do banheiro do apartamento de Alexander com a toalha na cintura e veja as roupas que separei para ir a George Washington passadas encima da cama, eu as havia separado na noite anterior para economizar um tempo em caçar algo adequado para usar no segundo mês estando no FBI, mas não havia cogitado a opção de passar. Ainda mais que todo o dia anterior havia sido proibido de sair da cama para qualquer outra coisa, idéia totalmente minha, que não fosse ir ao banheiro ou pegar nossa refeição encomendada no saguão do prédio.

Claro que meu dia cheio de carícia e uma paixão ardente com o homem a quem estou namorando a cerca de 3 meses e meio rendeu marcas e elas estavam em muitos lugares discretos ou não. As minhas costas são de um vermelho vivo por causa do uso das unhas e os chupões percorriam todo meu corpo, desde o pequeno ponto sensível próximo da orelha até a pele pálida das coxas externas. Vergões arroxeado que não irão sumir pelos próximos dias pelo menos, além da dor na bunda e a coluna rígida pelos movimento exagerado que podem gerar uma aguda pontada ruim no lugar, mas quem estava pensando na dor que isso vai causar no outro dia ? Eu não, e Alexander com certeza não.

Pela fresta aberta da porta, o cheiro de café entra no quarto junto ao som da torradeira apitando, um sorriso puxa o canto de meus lábios com a Imagem de Alexander com avental que aparece em minha cabeça. Tão sexy.
O segundo alarme do meu celular apita e caminho até o criado mudo para o desligar, vendo algumas das notificações que estão na barra e que ainda não li nem as mensagens dos grupos da equipe de treinamento, esfrego a toalha no cabelo rebelde e desbloqueio a tela. Havia um email com um anexo e decido abrir ele em primeiro lugar, havia sido mandado na noite anterior, por Joss.

Meu coração acelera, havia meses sem nenhuma notícia daquele trio, abro o email e deixo o anexo de foto carregar. Lendo o que está bem ali.
Surpresa, choque, tristeza e outra infinidade de coisas cruzam o meu corpo com as palavras enquanto os meus joelhos ficam fracos e os meus olhos se enchem de lágrimas. É claro que durante os meses muitas coisas haviam passado em minha cabeça e na de Alexander, e nenhuma delas chegava a esse ponto em questão, o ponto extremo.

— Arthit...

Levo a minha mão para cicatriz cinza sobre a pele, aquela que foi deixada para trás quando Arthit se tornou um Feiticeiro, e também foi a vez a que mais senti como se toda minha vida houvesse colidido com um caminhão sem freio, a dor em meu corpo, e a sensação de ser partido ao meio e pode sentir a sua outra metade ser rasgada de você, de dentro para fora. Aquela sensação era o inferno que só quem tem um Parabatai é capaz de sentir, as lágrimas salgadas e a dor sufocantes, a que você precisa achar um entorpecente para te livrar dela por algumas horas.
E mesmo que não seja do mesmo jeito agora, ainda dói, embora eu possa dizer que entendo a escolha egoísta que fez. Egoísta o bastante para escolher o amor à tudo que consegue em um estalar de dedos.

Suspiro profundamente e olho para a tela acessa novamente, escrevendo um email rápido de que estarei aqui se ambos precisarem, e depois sento na beira da cama. A porta do quarto se abre e passos leves se arrastam pelo chão até onde estou. Vendo o aparelho do homem que se sentou ao seu lado ainda em suas mãos, é fácil dizer que ele também recebeu a mesma coisa, mas quão ruim isso bateu contra ele ?

Olhar para Alec era como ver uma folha em branco, embora seus olhos escuros estivessem sem seu brilho habitual, deixo meu corpo se inclina para o lado e pouso a cabeça em seu ombro. O seu braço envolve minha cintura e eu agradeço pelo silêncio, o consolo simples de alguém, o porto seguro de que se eu chorar ele vai estar aqui para me segurar e eu a ele.
Embora o silêncio abra uma lacuna em nossas cabeças, onde tentamos achar e dizer a nós mesmos que Arthit odiaria que todos parassem as suas vidas para o procurar quando ele deixou claro que vai achar o seu caminho de volta. Mas para quem e o que fazer quando acontecer ?

— E agora, Alexander ?

O mais velho respira fundo, soltando o ar devagar e aperta um pouco a minha cintura com os dedos.

— Esperamos. - Responde.

Me afasto para pode o ver melhor.

— E depois ? - Indago, lágrimas em meus olhos. — Ele não se lembra da gente, nenhum de nós, e vai estar sozinho em qualquer lugar daqui...

Alexander se vira, ficando de frente para mim e segurando as minhas mãos nas suas.

— Amor, ele é o Arthit. - Resmunga Alexander, apertando minha mão um pouco e vejo lágrimas nos seus olhos também. — Ele não fez isso sem uma válvula de retorno, e eu me nego em acreditar que ele deixaria todas suas memórias para trás, aquele garoto nunca firmou um ponto sem outras milhares de alternativas dentro dele para conseguir o que quer.

— Mas ele...

— Você iria preferir que ele virasse algo que pudesse machucar a todos e tivéssemos que matar ? - Pergunta Alexander.

— O quê !? - Respondo rápido. — Não.

— Então confie em Arthit. - Alexander diz. — Acredito que ele vai achar seu caminho e vamos estar lá quando acontecer, nem que precisemos vasculhar cada loja de chá nessa terra, é a coisa que ele mais gosta.

Mordo o lábio inferior e assinto de leve, apertando seus dedos para confortar o caos em mim.

— Ele vai voltar. - Murmuro, deixando a lágrima descer. — Eu acredito nele.


×
×
×
×
×
Até o próximo.

Já sabem como vão me matar ou torturar ?

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