Antes dos 20 - DEGUSTAÇÃO

By CinthiaFreire7

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SINOPSE " Luana sempre teve uma vida de sonhos, filha única, mimada e rica ela viu seu mundo cor de rosa se d... More

Prólogo
agradecimento
CAPITULO 2
CAPITULO 3
CAPITULO 4
AGRADECIMENTOS
CAPITULO 5
CAPITULO 6
CAPITULO 7
Um Mês Juntos!
CAPITULO 8
CAPITULO 9
CAPITULO 10
SURPRESINHA
CAPITULO 11
CAPITULO 12
COMUNICADO IMPORTANTE
CAPITULO 13
OMG 10 Mil!!!!
CAPITULO 14
CAPITULO 15
CAPITULO 16
CAPITULO 17
CAPITULO 18
CAPITULO 19
CAPITULO 20
CAPITULO 21
CAPITULO 22
Feliz Aniversário para "nós"
CAPITULO 23
CAPITULO ESPECIAL
CAPITULO 25
CAPITULO 26
CAPITULO 27
CAPITULO 28
PROMOÇÃO #EuqueroAD20
CAPITULO 29
Capitulo Extra!!!! 40 mil leituras!!!!
CAPITULO 31
POR FAVOR CAPITULO EXTRA!!!!! RSRSRS
CAPITULO 33
CAPITULO 34
CAPITULO 35
CAPITULO EXTRA 60 MIL!!!!
CAPITULO 37
CAPITULO 38
COMUNICADO URGENTE!
CAPITULO 38
CAPITULOA 39
CAPITULO EXTRA 70 mil
CAPITULO 41
CAPITULO 42
COMUNICADO IMPORTANTE!
CAPITULO EXTRA 80 MIL !!!!!
CAPITULO 44
CAPITULO 45
CAPITULO 46
CAPITULO 47
CAPITULO 48
CAPITULO 49
CAPITULO 50
CAPITULO 51
BIENAL DO LIVRO
CAPITULO 52
CAPITULO 53
CAPITULO 54
CAPITULO 55
SOBRE ANTES DOS VINTE
CAPITULO 56
CAPITULO FINAL
VOTAÇÃO MELHORES DO ANO
Apenas uma garota

CAPITULO 1

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By CinthiaFreire7

Eu odeio propaganda de margarina!

Aquela familia linda, magra e feliz tomando café da manhã, em um dia ensolarado me irrita.

Em primeiro lugar: Nem todo mundo acorda feliz.

Em segundo lugar: Ninguém consegue ser magro tomando aquele café da manhã, com um quilo de margarina no pão e todos aqueles itens de Buffet de hotel cinco estrelas.

Em terceiro lugar: Porque os dias tem que ser ensolarados? Em dias chuvosos não se come? Acho que deveria ser ao contrário, eu mesma como muito mais no frio e quando estou nervosa.

E em quarto e não menos importante: Nem todas as familias são compostas de um pai, uma mãe e um casal de filhos!

É como se fosse obrigatório, para ser feliz tem que ter esses quatro pré requisito, você não tem? Lamento querida, mas você não será feliz!

Ah faça me o favor!

É por isso que odeio comercial de margarina, ele retrata uma realidade que não existe!

Minha realidade é bem diferente, tenho um péssimo humor pela manhã, aquela estava ainda pior, estava chovendo toda a quota esperada para o mês de julho e minha mãe estava no telefone às oito da manhã. Com meu pai.

Eu juro que gostaria muito de não estar ouvindo a conversa deles, mas quando se mora em um apartamento de 90 metros quadrados apenas você e sua mãe é quase impossível não ouvir quando ela começa a discutir sua vida com seu pai como se você ainda fosse uma garotinha de dez anos.

- Bom dia mãe!

- Oi filha. Estou falando com seu pai. - ela colocou a mão no fone como se ele não tivesse escutando.

- Acho que o vizinho de baixo já sabe.

Mamãe me deu um olhar de recriminação e revirei os olhos imaturamente para ela.

- Seu pai está mandando um oi.

Juro que pensei em dizer o que eu tinha vontade, mas me limitei a um simples " diga que mandei oi".

Fui direto pra cozinha tomar meu café da manhã, sem pão com dose extra de colesterol, sem alegria matinal, sem dia ensolarado, sem familia feliz, apenas eu, meu pote da Minnie cheio de Sucrilhos com leite gelado e a maravilhosa programação da Disney Channel.

Aliás familia feliz era um insulto a minha pessoa, a minha familia se resumia a minha mãe e eu, duas vezes por mês uma ligação do meu pai e uma pensão que alimentaria um pequeno país da europa todo dia 5.

A pensão exagerada era uma maneira que meu pai encontrou de compensar a sua ausência na minha vida, como se dinheiro suprisse a falta que um pai faz na vida de uma garota. Nem toda a fortuna dele me faria esquecer o maldito dia em que ele e minha mãe me chamaram pra conversar.

Eu tinha acabado de chegar da escola, cansada, morrendo de fome e feliz porque tinha acabado de beijar o Felipinho, poxa vida era pra ser o dia mais feliz da minha vida, mas meus pais escolheram logo aquele dia para terem "a conversa".

Meu pai nunca almoçava em casa, mas naquele dia ele estava lá sentado no sofá encarando o tapete persa enquanto minha mãe caminhava de um lado para o outro tentando disfarçar seus olhos vermelhos. Como se fosse possível, assim que abri a porta da sala foram as primeiras coisas que vi, seus olhos e nariz vermelhos, em seguida a cara do meu pai quando me viu entrar.

Fiquei com medo, primeiro imaginei que minha avó tinha morrido, ela ja estava bem doente e vivia no hospital.

-Aconteceu alguma coisa com a vovó?

Mamãe se sentou elegantemente, com suas pernas lindas cruzadas e negou com a cabeça.

- Filha vem cá, precisamos ter uma conversa com você.

A última vez que meu pai me falou aquilo foi para falar sobre sexo, e eu gostaria muito de apagar aquela cena da minha mente, imaginei o que teria de pior para ele querer falar comigo e hoje eu sei que falar de sexo foi fichinha.

- Papai por favor se for algo constrangedor, pode deixar que converso com a mamãe depois.

- Luana senta aqui por favor que eu e seu pai temos algo pra te falar. - A voz tremula da minha mãe indicava que era algo realmente grave.

Joguei minha mochila no chão e fui para o sofá olhando para um e para o outro tentando adivinhar o que poderia ser tão importante que merecesse ser falado na sala branca.

A sala branca, ou sala de estar era o lugar menos habitado da casa, talvez a falta de cor e vida naqueles móveis modernos e janelas enormes afastasse as pessoas, ou talvez ela fosse feita exclusivamente para momentos como aquele.

Eu poderia arriscar um bilhão de motivos para eles terem essa conversa comigo, mas nunca em toda a minha vida eu jamais imaginei que iria ouvir aquilo.

- Querida eu quero que você saiba que tanto eu quanto a sua mãe te amamos muito, você é e sempre será a coisa mais importante da nossas vidas, independente do que aconteça...

Olhei pra mamãe sem entender o motivo das lágrimas que ela tentava não deixar cair.

- Vocês querem parar com isso por favor, estão me assustando.

Um deles estava doente, era isso, eu iria perder um dos meus pais e eles não sabiam como me contar aquilo. Comecei a imaginar qual era a doença, tentei adivinhar qual dos dois estava mais abatido, mais magro, mas era quase impossível, mamãe era eternamente pálida e de uma magreza invejável em qualquer top model e papai nunca ficava em casa tempo suficiente para que eu pudesse notar alguma diferença.

Mas antes que eu aprofundasse minhas teorias sobre a morte, mamãei falou.

- Luana seu pai e eu estamos nos separando!

Minha mãe jogou a bomba em meu colo e não consegui me proteger, ela explodiu e acabou comigo, me lembro de ter perguntado o motivo, do meu pai mentir dizendo que ainda amava a mamãe, mas quem ama não vai embora! Depois disse que nada ia mudar, como pode alguém dizer uma coisa dessas para uma garota de 14 anos que tinha uma vida perfeita?

É claro que depois disso tudo mudou, meu pai insistiu para que ficássemos com a casa, mas minha mãe não quis, ele passou a dormir em um flat até que arranjássemos um lugar para ficar, um mês depois estavamos procurando um novo lar e logo nos mudando para o apartamento onde vivemos desde então.

Eu era uma garota boba, na época eu vivia em um conto de fadas, acreditava em familia feliz e achava que a minha era perfeita, amava meus pais de uma maneira que me cegou, eu não os via como pessoas que têm seus problemas, eu apenas enchergava eles como meus pais e esse foi meu erro, foi muito dificil, para mim descobrir que meu pai era um homem, e o pior um homem bonito, aquele tipo de homem que conseguia atrair a atenção de vadias destruidoras de familias perfeitas.

Eu nunca vou entender como meu pai, um homem rico, poderoso e inteligente pode trocar a minha mãe, a mulher mais linda do mundo, com aqueles olhos azuis da cor do céu e aquelas pernas de bailarina por uma cretina chamada Diana!

Pois é, mas foi o que aconteceu, meu pai o poderoso Sr. Ricardo Calzavari dono de uma das maiores agências de publicidade do país se envolveu com uma mulher que atende pelo nome de Diana, eu nunca tive nada contra esse nome, é nome de princesa, a mais querida que já ouvi falar, que teve uma morte trágica ( aliás uma morte que já desejei muitas vezes que a vadia da Diana do meu pai tivesse) mas eu a odiava com todas as forças.

Minha mãe sempre a defendia, eu não sei porque, mas ela sempre dizia que a culpa não era dela e sim do meu pai, eu não concordava com minha mãe, se ela tivesse se mantido longe e guardado aqueles peitos (tamanho 48!!!) dentro do sutiã eu tenho certeza que meu pai ainda estaria casado com a minha mãe.

Chorei durante o primeiro mês em que nos mudamos, mas ouvi minha mãe chorar baixinho por muito mais tempo, sempre escondido, sempre a noite, acho que ela sentia falta dele, principalmente na hora de dormir, já que ele nunca aparecia em casa antes das 11 da noite, eu também sentia muito a falta dele, mas com o tempo a saudade foi se transformando em raiva, revolta e foi assim que comecei a odiar comercial de margarina.

- Mamãe será que dá pra vocês brigarem um pouco mais baixo? Eu estou ouvindo tudo!

Eu odiava quando isso acontecia, eles começavam a falar de mim como se eu fosse uma mercadoria, algo que eles negociavam e quem conseguisse a melhor oferta levava, o problema é que eu não estava a venda, não mais, já fazia um tempinho que deixei de aceitar seus presentes absurdos como forma de me comprar.

A novidade do momento eram as férias de julho, no ano passado eles tentaram me dar a minha tão sonhada viagem para a Disney, mas seria uma viagem de familia, eu meu pai e ela!

Eu comecei a rir na cara dele, desde quando aquela vadia era alguma coisa minha?

É claro que não aceitei!

Agora ele estava tentando novamente, e a minha resposta seria a mesma, eu não vou a lugar nenhum com aquela mulher, já basta ter que viver no mesmo planeta que ela, pior, no mesmo estado! Olhar pra ela, ouvir a vor e respirar o mesmo ar era pedir demais, eu não fui e pronto!

Minha mãe dizia que eu estava me comportando como uma criança, eu não me importava, se a minha mãe decidiu que queria perdoa-lo era um problema dela, eu não perdoei e não perdoaria e não vou viajar com eles de jeito nenhum. Pronto !

Vinte minutos depois minha mãe finalmente desligou o telefone e se sentou ao meu lado.

- Bom dia querida.

Eu já estava comendo minha segunda tigela de cereal, não que eu estivesse com fome, mas eu estava nervosa e sempre que eu ficava nervosa comia mais que o necessário.

- Mamãe eu já vou polpar seu tempo, a resposta é não. - respondi sem tirar meus olhos do episódio de Os Feiticeiros de Warvely Place que estava passando. Desejei ser uma bruxa e poder jogar um feitiço que fizesse aquela mulher desaparecer do planeta.

- Não? Mas você nem sabe o que vou dizer?

- Eu sei sim, você vai me dizer que o papai está me fazendo "aquela" proposta indecente novamente e a minha resposta é não.

Minha mãe balançou a cabeça inconformada com minha infantilidade.

-Não é nada disso sua boba, seu pai quer almoçar com você hoje, só vocês dois no restaurante de sempre, ele vai passar aqui pra te pegar as onze e meia, portanto para de comer isso porque senão você não vai conseguir comer nada no almoço.

- Como é que é? - Perguntei estarrecida.

- Amoço ás onze e meia com seu pai, agora eu vou indo que tenho hora marcada no cabelereiro, te vejo mais tarde filhotinha, te amo.

Minha mãe me deu um beijo estalado e saiu apressada me deixando ali sentada com meu pote de cereal pela metade e imaginando o que ele queria falar comigo que exigia um tempo perdido com almoço.

Já sei!

Quem sabe ele vai me dizer que a vadia já era, que eles se separaram. Talvez eu não precise ser uma bruxa para conseguir realizar esse desejo...

Levantei do sofá largei a tigela na pia e fui correndo para meu quarto, ocasiões importantes pedem uma roupa especial, e eu precisava me arrumar.

O dia promete!

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