Boa leitura.
POV. Imra Ardeen
Estou investigando a família Luthor a três dias, Kara dificilmente me pede as coisas, então vou me empenhar pra não decepcioná-la. Nos fizemos faculdade juntas e quando minha família me virou as costas ela me acolheu, dividiu até a comida comigo e isso eu nunca vou esquecer, fiz jornalismo e sou uma das melhores jornalistas investigativas de Londres.
O que é estranho na família Luthor são os registros impecáveis, como se fossem maquiados. Há uma ancestral que a aparece de tempos e tempos nos registros, mas não se sabe de onde ela veio, qual a sua filiação. Ela contribui muito para o crescimento dos Luthors, é ligada a negócios no mundo todo, mas não há registros de que ela teve filhos, então como esses descendentes aparecem? A não ser... Não isso é impossível! Vou consultar um amigo por que se ela for o que eu estou pensando.
LIGAÇÃO ON
- Srta Ardeen! A que devo a honra?
- Preciso de um favor Allen. – digo sem paciência pras gracinhas dele.
- Direta como sempre, jovem Imra. – percebo seu tom de brincadeira, falando dessa forma polida do século passado.
- Bartholomeu Allen! – digo sem paciência. – sem gracinhas.
- Calma Imra, só estou brincando. – ele volta a falar normalmente.
- Vocês imortais não tem senso de humor Barry.
- Vocês humanos são muito apressados e chatos. – ele rebate. – Mas o que a senhorita precisa desse humilde vampiro?
- Eu preciso identificar um de vocês... – ele me corta
- Imra é perigoso pra você! – ele fala e noto preocupação em sua voz.
- Barry é só um sim ou um não
-Continue. – ele fala.
- Lutessa Lena Luthor é uma de vocês? – pergunto direta.
- Imra! O que você quer com ela? Os Luthors são muito respeitados entre nós e entre vocês. – ele fala.
- Entendi. Obrigada Barry. Quando vier a Londres não deixe de me visitar.
- Imra cuidado, ela uma das mais poderosas entre nós. Tem olhos e ouvidos pelo mundo todo. – ele avisa preocupado.
- Pode deixar! Obrigada Barry.
- Por nada, Miss Ardeen. – Ele finaliza a ligação.
LIGAÇÃO OFF
Reúno todas as provas que tenho agora confirmadas e faço um relatório explicando as descobertas para Kara. Tiro três copias e envio para os três endereços de Kara com um remetente falso para não vincular a mim a pesquisa. Quando volto pra casa sou abordada por um homem estranho na entrada do prédio.
-Srta Ardeen? – ele pergunta.
- Quem quer saber? – rebato a pergunta.
- Eu venho em nome da família Luthor – ele diz calmamente. – acredito que temos que conversar.
- Eu não tenho nada pra conversar com os Luthors. – digo tentando me afastar e ele me segura.
- Eu insisto. – ele é firme.
- Okay onde? – decido concordar pra me livrar dele o mais rápido possível.
- ali esta ótimo – diz apontando para um café em frente ao meu prédio.
Vamos para la em silencio, bem que o Barry avisou. Será que meu telefone foi grampeado? Se foi eu preciso dar um jeito de avisar o Barry e a Kara. Nos sentamos em uma mesa no fundo do café e ele não perde tempo.
- Srta é do meu conhecimento que a srta fez uma pesquisa sobre os Luthors. – ele afirma.
- sou jornalista investigativa, investigo varias famílias influentes – digo evasiva.
- Mas qual o seu interesse nos Luthors srta?
- A L.Corp de Metrópoles, conseguiu um feito inédito e eu estava pesquisando para uma matéria. – digo firme.
- Entendo, mas por que revirar o passado da família? – insistente ele.
- Pra escrever uma matéria completa com todas as vezes que os Luthors ajudaram direta ou indiretamente numa inovação cientifica benéfica a sociedade. - digo séria, até parece que iria escrever mesmo sobre isso.
- Compreendo – ele diz calmo. – Tudo o que esta no seu apartamento sobre os Luthors esta confiscado srta.
- Vocês não podem fazer isso. – digo irritada. – é crime de invasão e ate contra a liberdade de expressão.
- Srta minha cliente não gosta de pessoas revirando o passado da família, entende sua intenção. Mas não quer seu nome vinculado a descobertas, principalmente a da L.Corp. – ele diz polidamente.
- E como você sabe a opinião da sua cliente? - falo irritada.
De repente um homem bem vestido entra e se senta ao lado do estranho. Pronto gora são dois.
- Srta Ardeen, peço que me desculpe a forma que foi abordada. – diz esse novo estranho.
- E você quem é? Já que seu amigo não se apresentou e já veio me interrogando.
- Eu sou Alexander Luthor. Mas a srta pode me chamar de Lex. – ele diz educadamente.
- Então Lex o que sua família tanto esconde que precisa invadir meu apartamento e me ameaçar entre linhas. – digo muito nervosa.
- Como a srta viu na suas pesquisas não escondemos nada. – então eles não sabem da ligação pro Barry e nem do que enviei pra Kara.
- Então pra que esse circo? – digo me mantendo firme.
- Por que somos uma família influente e com negócios no mundo todo, não podemos nos dar ao luxo de termos nossas vidas investigadas sem saber a intenção de quem esta investigando. - ele diz sem se alterar pela minha raiva. – Estamos prezando somente pela segurança da família, nada mais. - polido demais, é um discurso ensaiado que eu vou fingir engolir, só espero que a Kara saiba com o que está lidando.
- Entendo. – digo fingindo derrota. – não foi minha intenção ameaçar sua família de alguma forma. Como disse queria somente escrever sobre a inovação da L.Corp juntamente com os Luthors.
- Claro, srta Ardeen. Mas não queremos envolvimento com a L.Corp que agora é uma empresa independente e sem vinculo com a Luthor Corp. – ele diz calmo. – Apreciamos sua iniciativa, mas insisto que nos deixe de fora.
- Tudo bem, mas da próxima vez Lex vocês poderiam fazer outro tipo de abordagem.
- Levarei isso em consideração srta Ardeen. – ele responde.
Encerramos a reunião forçada e vou ate meu apartamento que esta revirado, me irrito ainda mais, quem eles acham que são? Só porque um deles é imortal não podem agir assim. Mas não são tão bons, eu já enviei a pesquisa pra Kara. Pego um telefone descartável que tenho e mando uma mensagem pra Kara.
Pronto! Missão cumprida! Espero que fique tudo bem.
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POV. L.Lena Luthor.
Faz três dias desde que me desentendi com Kara, mas não conseguimos conversar devido a descoberta da tumba e o processo de transportar as descobertas não tivemos tempo. E pra ajudar uma tal de Imra Ardeen começou a revirar o passado da minha família, fui avisada e mandei o Lex resolver.
LIGAÇÃO ON
- Lena, você pode falar? – Lex pergunta.
- Sim, estou em casa.
- Assunto resolvido, a srta Ardeen queria escrever uma matéria sobre as descobertas feitas pelos Luthors e queria vincular inclusive a da L.Corp. – ele fala.
-Entendo, mas a mantenha sob vigilância por precaução.
- Ela já está! – ele diz. – Lena eu vou ficar na sede da Luthor Corp em Londres.
- Por que Lex? – pergunto intrigada.
- Porque Lana descobriu um grande desvio vindo do CEO daqui e preciso investigar para corrigir. – ele fala agora irritado.
- Lana é de confiança Lex? – pergunto
- Sim ela é. – ele diz convicto.
- Então leve ela pra ai e a transforme em CFO da filial de Londres, pelo que vi ela tem formação e esta sendo desperdiçada como secretaria.
- Lena, você tem certeza? – ele fala impressionado.
- Sim, mas você será o CEO, sei que Lilian e Lionel moram em Londres e você sente falta deles.
- Mas e a filial de Metrópoles? – ele reluta.
- Lex eu estou aqui e cuidarei daqui. E Lucy esta de férias se eu precisar eu a chamo.
- Uau. Obrigada Lena! – ele diz emocionado.
- Lex tenho imóveis ai, você pode escolher um e morar com sua namorada.
- Okay, vou olhar e te aviso. Mais uma vez obrigada Lena.
- Disponha Alexander.
LIGAÇÃO OFF
Encerrei a ligação, mandei um email pra Cat Grant avisando que vou esporadicamente para o museu. Me arrumo e vou pra Luthor Corp.
Peço pra Jess assumir o trabalho na Luthor Corp hoje. Preciso de pessoas competentes ao meu lado e Jess é mais que qualificada.
Chego na Luthor Corp e já encontro Jess no lugar de Lana.
- Bom dia Srta Luthor. – ela fala.
- Bom dia Jess – respondo. - e é só Lena. Me acompanhe a minha sala que tenho umas mudanças pra lhe informar.
Entramos e vejo que não tem trabalho acumulado, Lex sempre meticuloso com a empresa. Sorrio orgulhosa, ele é como um irmão pra mim.
- Jess como você sabe nessa filial não temos CFO, pois Lex fazia as duas funções de CEO e CFO.
- Sim eu estou ciente. – ela responde profissional
- Então eu quero que você comece a procurar uma nova assistente para a nova CFO e pra mim que serei CEO. Ela responderá a mim e a CFO.
- Se me permite perguntar – ela diz hesitante. – Eu devo voltar pra L.Corp ou a srta vai...
- Não você não vai voltar pra L.Corp, pois Sam já tem assistente... – ela me interrompe triste.
- Entendo Lena, irei providenciar o que a srta pediu.
- Jess, acho que você não entendeu. – digo calma. – Você não será demitida.
-Mas... – ela para analisando a situação e abre a boca em um O perfeito. – Lena é muita responsabilidade.
- Jess você esta comigo desde que se formou você ao longo dos anos se aperfeiçoou e cresceu como profissional, cabe a eu reconhecer que o cargo de assistente é muito pequeno pra você. Então será a minha CFO, pois é qualificada e uma pessoa da minha confiança.
- obrigada Lena, eu... eu... eu não sei o que dizer – ela fala emocionada.
- Não diga nada você merece Jess. – digo e lhe sorrio.
- Agora precisamos achar uma assistente tão competente quanto você foi. – digo
- Sim, vou providenciar imediatamente. – ela diz. - vou marcar uma reunião extraordinária com o conselho pra que você possa informar das mudanças que vão ocorrer.
- Muito bem Jess, marque pra daqui a duas horas e depois da reunião vamos estudar os resultados da empresa pra que você tenha familiaridade.
Enquanto me preparava pra reunião com o conselho, Jess entrava em contato com uma agencia de empregos de Metrópoles para contratarmos uma nova assistente.
A reunião foi cansativa, pois esses velhos são preconceituosos e não aceitam uma mulher no comando, imagina duas. Mas deixei bem claro que a empresa é minha na maioria das ações, maldita hora que eu deixei o Lionel abrir as ações para venda. Depois de argumentar que era o melhor pra Luthor Corp eles aceitaram. Mas não antes do Sr Morgan me desafiar.
- Você quer que aceitemos uma assistente como CFO, já basta o dinheiro que nos fez perder com a separação e compra da L.Corp. – ele fala para o conselho os incitando contra mim.
- Vamos deixar uma coisa bem clara aqui Sr. Morgan. A Luthor Corp é minha empresa e esta na minha família a gerações, com a gestão e decisões que os Luthors tomaram o senhores se tornaram bilionários, a L.Corp nunca foi de vocês e mesmo assim eu paguei e muito bem pela independência dela.
- Mas o que uma mulher como você sabe, as antigas gestões eram mais confiáveis. – ele continua.
- o senhor quer dizer que eram homens. – digo irritada. - Sou muito mais qualificada que qualquer um aqui nessa sala e se não estiver contente com minha gestão ponha suas ações a venda e crie sua própria empresa. Alguém tem mais alguma objeção?
Todos respondem que não, inclusive o detestável do Sr Morgan, encerro a reunião e vou pra minha sala. Informo o setor do RH sobre a promoção da Srta Jess e sobre a nova contratação.
Jess entra na sala e começamos a analisar currículos e logo em seguida os balanços financeiros e projetos da empresa. Na hora do almoço enquanto Jess vai almoçar eu mando uma mensagem para Kara.
Não pude deixar de notar a frieza ela ainda estava chateada, espero que melhore depois que conversarmos. Fiz reservas para um restaurante Francês e liguei pra uma floricultura e mandei um buquê de tulipas vermelhas pra Kara no museu.
Jess voltou e voltamos ao trabalho, passamos o dia revisando os relatórios do Lex e no final do dia já havíamos visto tudo, graças a competência do Lex e organização. Selecionamos três currículos para fazer entrevista amanha com a Jess e as 18hras saímos da Luthor Corp.
Fui pra casa me arrumei rápido e sai para a casa da Kara. Quando cheguei avisei que estava a espera dela, não demorou muito e ela entrou no carro me cumprimentando.
- Boa noite Lena. – ela diz formal.
- Boa noite Zrhueiao! – digo. – Kara precisamos conversar.
- Direta Luthor. – ela fala . - Pode começar.
- Por que você ta tão fria comigo? – eu pergunto já sabendo a resposta.
- Porque você quer que eu desista da minha pesquisa, até parece que tem algo a esconder. – ela fala irritada.
- Kara, eu não quero te controlar. Só acho que não vai levar a nada e você pode investir seu tempo em outro projeto.
- Que seja Lena. Já resolvi o que fazer. – ela diz encerrando o assunto.
- Kara eu sinto sua falta, não faz assim comigo! – ela suspira e me olha mais calma.
- Também sinto sua falta Zhao, mas não tente me controlar.
- Prometo nunca tentar. – digo mais aliviada.
- Você tem algo a me dizer Lena? – ela pergunta e eu gelo.
-Não Zrhueiao! Por que?
-Por nada. – ela diz. – Eu adorei as flores.
- Que Bom Zrhueiao, pensei exclusivamente nos meus sentimentos por você quando escolhi. – digo e ela cora.
Chegamos ao restaurante e antes de sair do carro Kara me puxa e sela nossos lábios num beijo, cheio de saudade, carinho e algo mais que não consigo identificar.
- Estava com saudade Zhao! – ela fala.
- Eu também!
Saímos do carro e vamos até a hostess, falo meu nome e logo o maître aparece e nos leva ate nossa mesa.
- Bonne nuit mesdames! ( Boa noite, senhoritas!) – fala o maître em francês.
- Bonsoir – responde Kara pra minha surpresa.
-Bonsoir! Quelle est la suggestion du chef? (Boa noite! Qual a sugestão do Chef?) – pergunto ao maître.
- Coq au vin, Mlle Luthor. (Coq au vin, senhorita Luthor.)
- Kara tudo bem pra você? – pergunto
- Sim!
- Ensuite ce sera le coq au vin pour nous deux et pour le dessert ...( Então será coq au vin pra nós duas e de sobremesa...) – Kara me interrompe e escolhe a sobremesa.
- deux petit gâteau pour le dessert. (dois petit gâteau para sobremesa.) – Ela fala num francês perfeito.
- Oui! Puis-je suggérer le vin? (Sim! Posso sugerir o vinho?) – Diz o maître, mas Kara tem outros planos me impressionando.
- Quel vin utilisez-vous dans la recette? (Qual vinho vocês usam na receita?) – Ela pergunta.
- Pinot Noir, mesdame.
- Alors apportez une bouteille de Charmes - Chambertin grand cru 2008, s'il vous plaît. (Então traga uma garrafa da safra Charmes - Chambertin grand cru 2008, por favor.) – Ela diz encerrando o pedido.
- Choix parfait mademoiselle! (Escolha perfeita senhorita!) – diz o maître ao sair.
- Como você sabe francês Zrhueiao? – Pergunto impressionada. Kara me olha com um olhar sugestivo e responde.
- Il y a beaucoup de choses que je connais mon amour! (Há muitas coisas que eu sei meu amor!) – ela responde.
- Vous parlez français, c'est la chose la plus sexy du monde! ( Você falando francês é a coisa mais sexy do mundo!) – resolvo provocá-la.
- Il y a des choses bien plus sexy que mon amour! Par exemple toi, ton sourire, le gémissement que tu me donnes quand j'embrasse ton cou ... (Há coisas muito mais sexys meu amor! por exemplo, você, seu sorriso, o gemido que você me da quando beijo seu pescoço...) – ela diz da forma mais sedutora possível.
- Meu Rao Kara! – respondo corada. – se você tivesse dito isso antes acho que eu não iria conseguir me controlar e te levaria pra minha mansão.
- Hmmm, podemos ir pra la depois. – ela diz.
- Kara... – somos interrompidas pelo maître com o vinho.
Comemos nesse clima romântico e sexy, nos provocando as vezes. Kara é uma mulher extraordinária, mas não sei se consigo controlar minha sede quando estivermos na cama. Por Rao! O que eu vou fazer?
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Cap. tranqüilo antes da descoberta. E ai como vocês acham que será a reação da Kara?