Voltei pessoas, espero que gostem. Boa Leitura.
POV. Kara Danvers
Depois do final de semana de ressaca, na segunda ainda não estava recuperada, então usei uma das muitas folgas e horas extras que eu tinha. Fiz home office dois dias, aproveitei também pra iniciar minha pesquisa. Entrei em contato com os investigadores que estarão no relatório para os Luthors e entrei em contato com outro que vai pesquisar o que eu realmente quero. Eu não sou tão ingênua assim, não com essa pesquisa, sei onde estou me metendo e os perigos que me aguardam. Minha tese sobre famílias influentes no decorrer dos séculos já esta pronta há meses.
Voltei ao trabalho na quarta e estava ansiosa com a consulta na sexta e também porque eu e Brainy não estávamos conseguindo traduzir uma parte dos hieróglifos. Sabíamos que se tratava de uma rainha, mas qual? Ficamos frustrados com a falta de resultado, então decidimos reiniciar com mais calma amanhã. Fomos pra casa, cansados e naquele dia eu nem jantei só tomei banho e dormi.
Na quinta de manhã bem cedo quando cheguei ao museu, Nia já estava a minha espera eufórica.
- Kara! Kara! Kara! – Meu Rao! Parecia uma criança.
- Bom dia Nia! – A cumprimentei com um abraço. – Por que tanta euforia de manhã? Não me diga que é outra balada, eu ainda to me recuperando da ultima. – Ela riu.
- Bom dia! Não Kah, hoje vamos conhecer a benfeitora misteriosa do museu.
- E isso é motivo pra tanta felicidade?
- Claro que é, pelo que a srta Grant disse ela é muito inteligente e tem a mesma formação que a nossa, sem falar na especialidade do Brainy, quem sabe não nos da uma luz na tradução dos hieróglifos. – disse ela esperançosa.
- Nia, ela deve ser uma velha senhora que não tem com que gastar a fortuna e pra parecer mais bondosa faz doações em instituições.
- Nossa Kah! Que "otimismo" contagiante.
- É a realidade Nia.
Entramos implicando uma com a outra e fomos direto pra o laboratório do museu recomeçar a analise dos hieróglifos, cumprimentamos Brainy que já estava lá e começamos a trabalhar.
Depois de algumas horas somos interrompidos pela Srta Grant, sendo seguida pela srta Lena Luthor, que estava maravilhosa num terno feminino vinho, Meu Rao!
- Doutores! – chamou Cat. – Essa é a srta Luthor, nossa benfeitora e responsável pela atualização tecnológica que tivemos e é quem financia todas as nossas expedições.
- Sem exageros Miss Grant – ela disse com aquela voz rouca e sotaque lindo. – fiquei sabendo através da Cat que vocês fizeram uma grande descoberta.
- Sim srta Luthor. – disse Nia. - estamos a um passo de provar que achamos a tumba e o sarcófago da rainha Nefertiti. – Lena a olhou surpresa, mas Brainy acrescentou.
- Isso se conseguirmos traduzir os hieróglifos que são mais antigos do que os que temos encontrado. É como se fosse uma criptografia em forma de hieróglifos.
- Eu acho que posso ajudá-los nisso tenho formação em línguas mortas e criptografia. – disse a Luthor como se não significasse nada.
- Acho fantástico! – disse Nia. - Mas não queremos incomodá-la Srta Luthor.
- Não é incomodo Dra? – Ela perguntou, afinal nem tínhamos nos apresentado.
- Dra. Nia Nal, Mas pode me chamar só de Nia.
Cat percebendo que eu estava muda, perguntou.
- Kiera, você esta bem? Não falou nada até agora.
- Eu estou bem srta Grant. – disse corando.
- Kiera? Mas não é Dra. Kara Danvers? – perguntou a Luthor. Meu Rao!
- Sim. – respondeu Cat meio intrigada. – Você pode chamá-la assim também.
Ou Ela pode me chamar de Zhao! Pensei.
- Kiera! O que diabos é Zhao? – Meu Rao! Meu Rao! Eu falei em voz alta, não foi um pensamento. Respira provavelmente ninguém entendeu, extremamente corada inventei a primeira coisa que veio a mente.
- É... É cientista em uma língua antiga Srta Grant! – todos me olharam espantados, pois eu nunca tinha falado kryptoniano perto deles, mas a Luthor estava corada e um pouco surpresa.
- Que seja Kiera! – nessa hora fui salva por Brainy que se apresentou.
- Srta Luthor, eu sou Brainy Dox. - ela apertou a mão dele, ainda com um sorriso envergonhado. – A srta pode realmente nos ajudar?
- Sim Dr. Dox eu posso. – Ela respondeu firme.
- Bom então vou deixar vocês trabalhando. – disse Cat. – Se precisar de algo mais, estarei na minha sala.
Ela saiu e eu queria ir junto, ainda estava com vergonha, mas voltei a focar no meu trabalho.
- Se vamos ser colegas de "laboratório", deixem de ser formais comigo. – disse a Luthor. – vocês podem me chamar de Lena. – assentimos.
- Só Nia pra mim. – disse Nia.
- Brainy pra mim. – disse Brainy.
- Kara. – disse simples e de cabeça baixa. Então não a vi se aproximar, enquanto Brainy e Nia foram buscar equipamentos e um avental. Ela sussurrou perto do meu ouvido.
- Será Kara, pois ainda é cedo pra te chamar de zhao, Zrhueiao. – Meu Rao! Ela fala kryptoniano. Ela esta flertando comigo? Meu Rao!
Eu fiquei atordoada, não havia ninguém que conhecia essa língua, pelo jeito estava enganada. Depois que Brainy e Nia voltaram, começamos a trabalhar na tradução dos hieróglifos e Lena foi de grande ajuda, o conhecimento dela era impressionante.
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Horas depois estávamos exaustos, era hora do almoço e resolvemos dar uma pausa.
- Chega! – disse Nia. – Não consigo processar mais nada! Vamos almoçar? Depois podemos voltar e continuar.
- Não é má idéia, afinal progredimos bastante. – disse Brainy. – Graças a você Lena.
- Oh! Não foi nada, foi um trabalho em conjunto. – ela disse um pouco envergonhada.
- é verdade Lena, você nos ajudou muito. – eu falei. – Merecemos uma pausa, vamos todos almoçar.
Levantamos e pegamos nossas coisas e estávamos saindo, quando percebi que a Luthor não nos acompanhou.
- Você não vem? . – Perguntei
- Não Kara. Não quero atrapalhar o almoço de vocês. - ela disse
- Você não atrapalha Lena, deve esta cansada e com fome também. Vamos! – disse sem dar a chance dela recusar novamente. Ela pareceu pensar um pouco, então tirou o avental e me respondeu.
- Vamos – quando Brainy e Nia estavam mais longe ela disse baixo. – Você é mandona Zrhueiao!
Meu Rao! Me proteja dessa mulher, ela esta flertando comigo? Ou eu to ficando doida por causa do formol do laboratório? Corada chegamos ao estacionamento e Lena insistiu que todos fossem no seu carro, que não era nada "chamativo".
- Vamos, vou levar vocês num restaurante chinês que eu gosto. – ela disse.
- Chinês! – Nia disse entusiasmada. – Kara você vai amar então.
Corei um pouco mais e assenti nesse momento Lena abriu a porta da frente pra mim.
- Vamos Kara! – ela disse com um sorriso misterioso, como se me desafiasse.
Olhei bem nos olhos dela e pensei, dois podem jogar esse jogo Luthor.
- Claro zhao! – disse entrando no carro.
Ela arregalou os olhos e abriu um sorriso de tirar o fôlego arqueando uma sobrancelha.
Quando todos estavam no carro, ela dirigiu até um restaurante simples o que espantou todos, não por causa do lugar e sim por ela conhecer. Mas Lena garantiu que era a melhor comida chinesa que tinha em Metrópoles. Entramos e fizemos nossos pedidos que não demorou a chegar, quando provei:
- Meu Rao, Lena! – disse. – Você ta certa! É o melhor potsticker que eu comi!
Ela riu, mas Nia interrompeu seja lá o que ela ia dizer.
- Quem é Rao Kah? – ela e Brainy me olharam intrigados.
- Bom... É... – Como eu ia dizer o que era sem dizer como sei. Mas Lena me salvou.
- Rao é uma divindade adorada por uma civilização muito antiga, é equivalente ao Deus que vocês conhecem. Então dizer Meu Rao é o mesmo que dizer Meu Deus. – Disse ela me deixando impressionada.
- Uau! – exclamou Nia. – que legal Kah.
Dei um sorriso tímido e o assunto voltou pra comida e logo em seguida pra nossa descoberta, contamos a Lena como achamos a tumba e Clark, que fazia o trabalho de campo, havia conduzido a expedição. Houve uma pequena confusão conosco, quando Lena não deixou nenhum de nós ajudarmos na conta. Voltamos e recomeçamos o trabalho de identificar os hieróglifos que estavam no sarcófago, estava muito danificado pelo tempo e dificultava a leitura e obviamente a tradução.
Ficamos concentrados e trabalhando em conjunto cada um com sua contribuição, que nem vimos que já era hora de irmos embora. Me assustei quando Brainy levantou e disse que já iria embora, se não a Cat ia brigar com ele, pois já tinha muitas horas extras.
- Eu tenho mais que vocês. – disse rindo. – Boa noite Brainy.
Nia me olhou intrigada e perguntou.
- Você não vem com a gente?
- Não, amanhã tenho a consulta que minha cunhada indicou. – Nia me olhou se desculpando por não ter lembrado.
- Você quer que eu te acompanhe Kah? – disse Nia, sabendo o quão difícil seria pra mim, isso porque ela nem sabia da história toda.
- Não Nia esta tudo bem! – eu disse para que ela não se preocupasse. – Vou ficar um pouco mais pra compensar amanhã.
- Tudo bem então. – disse Nia me abraçando. – Se precisar me liga que eu vou até você. Boa noite Kah.
- Boa noite Nia! – respondi e ela se virou pra Lena.
- Obrigada pela ajuda e o almoço Lena. Tenha uma boa noite. – Lena que estava concentrada e aparentemente não prestando a atenção na conversa anterior respondeu.
- Disponha Nia, tenho muito tempo extra e fico feliz em ajudar. – estendeu a mão e acrescentou. – Que você também tenha uma excelente noite.
Agradecendo com um sorriso tímido Nia saiu e ficamos só eu e Lena no laboratório.
Voltei à atenção pra parte dos hieróglifos que estava tentando identificar, quando Lena quebra o silencio.
- Esta tudo bem com você Kara? – ela perguntou me olhando intrigada e levemente preocupada.
- Esta sim, por quê? – respondi levantando a cabeça e olhando em seus olhos.
- Por que quando você respondeu a Nia que iria pra consulta, você ficou tensa e bastante desconfortável – ela disse. Então ela estava prestando a atenção na conversa.
- É um pouco complicado. – respondi meio baixo e surpreendentemente ela escutou.
- Não mais que esses hieróglifos eu acredito. – disse rindo. – Mas eu sou boa em coisas complicadas, se você precisar de ajuda eu talvez possa ajudá-la.
Olhei essa estranha e linda mulher que não me conhece e parece preocupada a ponto de querer me ajudar.
- Obrigada Lena! Se eu precisar eu lhe aviso. – respondi da forma mais grata que consegui. Ela entendeu e me respondeu.
- Lena? O que aconteceu com o zhao? – eu corei fortemente. Mas agradeci a mudança de assunto.
- Não era o momento Zrhueiao – disse sorrindo. – Afinal como você sabe kryptoniano?
- Eu aprendi há muito tempo com uma amiga – ela respondeu com o ar de mistério. – Ela era descendente da Casa El, e me ensinou o que sabia.
- Casa El! – exclamei- interessante! E o que mais ela te ensinou sobre os filhos de El?
- Vejo que você é familiarizada. – ela disse surpresa. – Além da honra e que eram bondosos, nada de mais.
- Honra e bondade – eu disse - o que combina com o lema El Mayarah.
Lena arregalou os olhos e me olhou espantada.
- Como você sabe o lema de El, Kara? – ela disse espantada e acrescentou meio brava. – Esse lema só pode ser passado de um filho de El para outro.
- Não se preocupe Lena Luthor, ele foi passado pra mim de forma correta e sem ferir os antigos costumes. – disse firme. – O que me espanta é você uma Luthor, saber o lema da Casa de El.
- Eu já lhe disse como sei, os Luthors atuais são descendentes de uma meia kryptoniana. Mas como você sabe? Não há registros de Kryptonianos com os Danvers.
Ela parecia irritada e pronta pra defender a honra de Krypton, como assim uma meia kryptoniana com um Luthor? Nos registros da Casa de El não há menção dos Luthors. Quem é Lena Luthor? Então intrigada resolvo responde-la.
- Eu não sou uma Danvers, Lena! – ela me olhou mais surpresa ainda. – Fui adotada aos treze por eles, depois do acidente que matou meus pais. Antes disso eu era Kara Zor-El.
- Zor-El, dos cientistas? – ela perguntou
- Sim, meu pai Zor-El e minha mãe Alura Zor-El. – disse triste. – você os conhecia?
- Não, não os conhecia, mas já ouvi falar deles. – ela respondeu evasiva. – Me desculpe trazer esse assunto tão triste à tona. Perdoe-me Kara! E pela forma que falei antes, costumo ser apegada com tradições, essa minha amiga era importante pra mim.
- Tudo bem Lena. Você não tinha como saber Zrhueiao. – Olha o termo carinhoso ai de novo, o que fez a sorrir timidamente.
Focamos novamente na tradução e quando estava tarde chamei a atenção de Lena para irmos embora, ela parecia que ficaria ali a noite toda. Mas cedeu e fechamos tudo e saímos. Ela esperou eu entrar no carro e falou.
- Boa consulta amanhã, se precisar de ajuda er... vo... você pode me ligar. – ela disse meio nervosa.
- Mas eu não tenho seu numero Lena. – disse. – Obrigada pela preocupação, mas vou ficar bem. – reparei que ela tirou o celular do bolso e ligou pra alguém, no mesmo instante meu celular tocou e vi um numero desconhecido.
- Agora você tem meu numero – olhei surpresa por ela ter meu numero. – Eu tenho seu contato porque eu sou a consultora dos Luthors.
- Entendi então você vai me supervisionar? – disse com um sorriso malicioso
- Algo assim – ela respondeu tímida. – Boa noite Zrhueiao! – e me deu um beijo na bochecha.
- Boa noite Zrhueiao! – respondi e ela foi para o carro dela.
Saímos cada uma pra sua casa, eu estava com um sorriso besta no rosto por conta do cuidado dela comigo. Lena Luthor é intrigante demais, misteriosa, inteligente, gentil e por Rao, linda!
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ZHAO: Amor
ZRHUEIAO: Linda
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Me digam o que você estão achando da fic?