Blue Kitty ⁽ᵐʸᵍ⁻ʲʰˢ⁾

Oleh shooky_ronron_

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Por causa de alguns problemas na sua antiga vila, Yoongi, um híbrido, acabou sendo expulso por pessoas más. A... Lebih Banyak

하나 - Hana
둘 - Dul
세 - Set
네 - Ne
다섯 - Daseos
여섯 - Yeoseos
일곱 - Ilgob
여덟 - Yeodeolb
아홉 - Ahob
열 - Yeol
우리 - Uli
열두 - Yeoldu
열세 -Yeolse
열네 -Yeolne
십오 - Sib-o
열 여섯 - Yeol Yeoseos
열일곱 - Yeol-Ilgob
십팔 - Sibpal
열 아홉 - Yeol Ahob
스물 - Seumul
스물 하나 - Seumul Hana
스물 둘 - Seumul Dul
스물셋 - Seumulses
스물 넷 - Seumul Nes
이십오 - Isib-o
스물 여섯 - Seumul Yeoseos
스물 일곱 - Seumul Ilgob
스물 여덟 - Seulmul Yeoldeolb
스물 아홉 - Seumul Ahob
서른 - Seoleun
서른 하나 - Seoleun Hana
서른 두 - Seoleun Dul
서른 셋 - Seoleun Ses
서른 넷 - Seoleun Nes
삼십 오 - Samsib-o
서른 여섯 - Seoleun Yeoseos (1/3)
서른 여섯 - Seoleun Yeoseos (2/3)
서른 여섯 - Seoleun Yeoseos (3/3)
서른 일곱 - Seoleun Ilgob
서른 아홉 - Seumul Ahob (epílogo)

서른 여덟 - Seoleun Yeodeolb (final)

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Oleh shooky_ronron_

{oioi, galerinha! bem, vocês sabem muito bem que eu não consigo... eu não consigo escrever essas coisas mundanas, então eu pedi uma ajudinha pra Jikooka_revoltada meu anjinho, a escrever este hotzinho.}

{me perdoem por ele estar logo no começo do capítulo, mas... é, tratem como um pedido de desculpas pelo 33 hvybfdjhbsfkjdn}

{boa leitura! <3}

Yoongi

"Com licença queridos, eu quero falar uma coisa aqui pros amados leitores, que ficam nessa merda aí pensando que 'Ai, imagina que legal deve ser um híbrido ômega! Já quero ir, beijo da Isa, muah', vão se foder. Quando entro no cio, é uma desgraça. Vocês não tem noção, nas horas mais indevidas, eu vou querer dar para alguém e gozar. Isso é o puta de um inferno... pronto, agora que desabafei, vamos logo com isso."

Assim que vi os três saindo do quarto, entrei lá, tirei meus tênis e meias, tranquei a porta, com uma gota de suor frio descendo pela minha têmpora, me causando arrepios e uma ligeira dor de cabeça. Mas, além de tudo, minha infelizmente conhecida cólica, como dizia minha tia, se fazia presente.

- Yoon? - Hoseok se senta na cama. - Por que está trancando a porta?

- B-bem... eu... ahn... nah, não importa. E vo-você, está melhor? - me aproximo, com as mãos atrás das costas e suando para caralho debaixo das roupas. Já sentindo as fisgadas em meu baixo ventre ficarem mais fortes, mas nada insuportável. Por enquanto.

- Estou sim e, uau! Arrumaram até minha calça, o que é bom, porque ela foi bem cara. - ele ri. Me aproximo mais, mordendo o interior de minha bochecha e sentando em seu colo de lado. - Aconteceu algo? Nunca te vi assim, meu anjo, tão... manhoso. O que aconteceu?

- Não, hm... fica calmo, é que... - ah merda. Isso ainda parece ser muito inconveniente... que saco!

- Ainda está no cio? Mas que coisa! Tae não me disse que demorava tanto... na verdade, ele nem me disse quanto tempo durava... O que está sentindo? - ele acaricia minha nuca com a ponta dos dedos, arrepiando-me da cabeça aos pés.

- D-dor, dor aqui... -aponto para minha barriga, enroscando minha cauda na perna de Hoseok, fazendo um biquinho manhoso. - Dura uma semana, mais ou menos.

- O que posso fazer para te ajudar, meu anjo? - Hoseok passa sua mão por minha cintura e eu me viro, ficando frente à frente e em seu colo.

- Ah, Hoseok, puta merda! Você sabe! Fale mais alguma idiotice e eu taco o foda-se, e faço isso na sua frente mesmo e sozinho. - franzo as sobrancelhas e ameaço mordê-lo, mas ele recua.

- Tá, se acalma gatinho. Não me morde, não quero sentir aquela dor de novo. - ele ri pelo nariz, aproximando seu rosto do meu e puxando levemente meu lábio inferior com sua boca, para me beijar, um pouco devagar demais para o meu gosto. Puta merda, estou esperando isso faz uns quarenta e cinco minutos!

- Eu não quero mais esperar... - sussurro contra sua boca, passando minhas mãos pelo seu pescoço e puxando levemente seus cabelos, começando a me mexer, inquieto, em cima de seu colo.

- Você... é virgem, não é meu anjo? - ele morde levemente o lóbulo da minha orelha, depois morde meu pescoço, fazendo uma trilha de pequenas mordidas, intensificando-as na linha da clavícula, junto com alguns chupões na mesma área, me deixando mais excitado do que o cio me deixava. - Deve ser tão apertadinho...

- P-por... favor... eu não tô aguentando mais...

- As palavras mágicas, gatinho? - ele olha profundamente em meus olhos, descendo até ver minha ereção já formada.

- Me fode, Hoseok. Mas me fode com carinho. - ele me coloca embaixo dele, deitado na maca, e começa a desabotoar minha calça, deixando-me apenas com minha box que já está molhada com minha lubrificação natural, que já começara a escorrer.

- Está tão duro, meu amor... - ele passa a ponta dos dedos na minha ereção e ainda que estivesse por baixo do tecido, me afetou. - Ah, finalmente... - minha lubrificação não para de escorrer e o nervosismo toma conta de mim, não mais que o calor e a excitação.

- S-seok... a-ah... - arqueio minhas costas quando ele tira minha cueca, deixando meu amigo lá de baixo totalmente à mostra.

- Fica de quatro, Yoon. - e assim foi feito, como uma ordem.

Apoio minhas mãos na maca, respirando fundo e pesadamente, deixando Hoseok passar suas mãos por minhas costas debaixo do tecido da blusa e descendo para minha entrada já lubrificada, me fazendo corar um pouco e esperar seu próximo passo.

- Com licença meu anjo. - sinto seu dígito acariciar minha entrada, mas afastar-se logo, me fazendo estranhar o ato e quase olhar com a maior cara de indignação para Hoseok, mas logo senti seus lábios beijarem minha entrada, levantando minha cauda de leve, espalhando leves selares por toda aquela área, me fazendo estremecer. - Posso?

Assinto com a pouca consciência que me restou naquele momento, passando a língua por meus lábios e respirando pesadamente.

Ouço ele abrir o zíper de sua calça, mas não olho para trás, apenas sinto ele massagear minha entrada mais uma vez, colocando um de seus dedos dentro de mim. Gemo fraquinho e arqueio as costas, por consequência empinando minha bunda mais ainda.

- Ho-hoseok... vai... eu não a-aguento ma-mais... - ele coloca mais outro dedo, me fazendo gemer alto, sentindo umas poucas lágrimas escorrerem pelos meus olhos.

Ele deixa os dedos parados por um tempo, depois faz movimentos circulares no meu interior, e depois os tira.

- Hoseok?! - sussurro indignado, e ele ri.

- Você vai querer ter calma meu anjo. - sinto a cabeça do seu pênis entrar em contato com minha entrada e eu estremeço, enquanto o meu pênis já escorria pré gozo.

- Ah! Porra... - sinto ele começar a me penetrar.

- Está tudo bem anjo? - ele para, e e me observa. Engulo em seco e sorrio fraco.

- U-uma ma-maravilha.- seu pênis me preenche por completo e a sensação de tê-lo dentro de mim, é indescritível. - Ah! Caralho, Hoseok!

- Shh... - ele passa suas mãos um pouco frias por minhas costas, provavelmente na intenção de me aclamar, mas provocando exatamente o contrário.

- Ah... Hoseok-ah! - ele começa a se mover dentro de mim. Algumas lágrimas se formam no canto de meus olhos me fazendo morder o lábio inferior; minha respiração já está desregulada e eu não tenho mais nada para pensar, a não ser no nosso momento. Nenhum problema externo, nada, nada, nada.

- Se eu te machucar me avise, certo meu anjo? - sussurra em meu ouvido, mordendo meu lóbulo em seguida.

- Porra... - suas estocadas são lentas, feitas com maestria, a cada minuto minha dor se transforma em prazer, eu posso sentir o amor de Hoseok. - A-ah!

O som de nossas peles se chocando, os gemidos e suspiros pesados ecoavam pelo cômodo, fazem com que eu queira mais, cada vez mais. Hoseok geme alto e murmura algumas coisas que eu não consigo entender com clareza, mas que estão me deixando extremamente excitado. Eu estou à beira da loucura.

- Ho-hoseok, puta que pariu, vai mais rápido. Eu quero mais rápido.

- Eu não quero te machucar, meu gatinho. - murmura, com sua voz rouca e sua respiração ofegante, como se tivesse corrido uma maratona.

Sinto seu membro surrar a minha próstata. Os urros arrastados de Hoseok se misturavam com meus gemidos altos e constantes. Não querendo ficar sem fazer nada, começo a mover meu quadril para frente e para trás, causando mais atrito em nossas peles.

- Ah, porra. - ele aumenta a velocidade de seus movimentos e sinto suas mãos grandes, um tanto ásperas, rodearem meu quadril, incentivando nossos movimentos.

- S-Seokie... ah... e-eu vou... - eu me desmancho em espasmos, suado e com a respiração desregulada, quase desbando na maca.

- E-estou quase lá. Caralho!

Hoseok aperta minha cintura com mais força, estocando mais algumas vezes; sinto Hoseok retirar seu membro ainda duro, e me viro para si, vendo seu líquido quente sair em jatos. Seu rosto estava o retrato do prazer, e com isso sorrio ladino, engatinhando até ele, colocando minha boca em seu pênis e lambendo devagar sua glande, franzindo levemente o cenho ao sentir o gosto amargo da sua porra e olhando em seus olhos, que daquele ângulo, pareciam mais atraentes e autoritários.

- Se sente melhor? - assim que fico de joelhos, como ele, Hoseok puxa meu rosto com sua mão direita e dá uma mordidinha em meu lábio. Tenho certeza de que estou como um pimentão.

- Se eu fosse asmático, você teria me matado. Mas foi muito bom, obrigado. - murmuro. Ele sorri e me beija de vez, passeando sua língua por minha boca e acariciando minha bochecha.

- Me desculpe, amor. - ele encerra o ósculo com dois selinhos.

- Levanta, eu preciso de um banho. - franzo as sobrancelhas, olhando ao redor e vendo a bagunça que fizemos.

- No caso, nós precisamos. Mas pode ir primeiro, eu vou limpar aqui com algum papel. - Hoseok se levanta e solta um suspiro, com os lábios franzidos, me fazendo revirar os olhos e rir.

Vou ao banheiro, depois de o entregar o rolo de papel higiênico. Fecho a porta, retiro minha blusa e entro no chuveiro, deixando a água morna e gostosa cair em minha pele, fazendo-me devanear e viajar nos meus pensamentos. Porém, tento não pensar muito no que acabou de acontecer, mesmo que tenha sido memorável, ainda mais para mim.

- Hoseok, temos um problema. Nossas roupas estão suadas e... sujas. Vamos ter que vestir as roupas dos doentes? - coloco minha cabeça para fora, e levanto uma sobrancelha.

- Que merda, eu não tinha pensado nisso! - Hoseok coloca as mãos na cabeça.

Nesse mesmo momento, batem na porta. Congelamos e encaramos um ao outro de olhos esbugalhados.

- Ei, precisam mesmo desse tempo todo aí dentro ou morreram? - uma voz desconhecida para mim soa do lado de fora.

- Jack, pelo amor... não, espera! Chama... chama o Namjoon! Por favor. É urgente! - Hoseok berra para o dono da voz.

- Seok, quem era? - franzo o cenho, desligando o chuveiro com um semblante sério.

- Ah, o Jackson... Ele é legal, é um híbrido de bode, assim como Mark. - ele sorri fraco, e eu estremeço.

- Mas precisava mesmo de se chamar Jackson, poxa? - reclamo. Hoseok se aproxima sorrindo e selando levemente seus lábios nos meus, sem encostar as mãos em mim.

- Esse é do bem, meu amor. Prometo pra você. - sorri novamente, olhando no fundo dos meus olhos, e eu apenas acatei o que Hoseok dizia.

Novamente ouvimos batidas na porta, e logo em seguida a voz de Namjoon.

- Me chamaram? Aconteceu algo... ah, não, olha isso, cara! - Namjoon reclama, e eu abafo uma risada com a mão.

- Shh, Namjoon. Pede para Rosé te levar à minha casa, para você pegar roupas pra mim e Yoongi. - Hoseok pede. Namjoon bate os pés do lado de fora.

- Hoseok, tu tem uma sorte de eu ser seu amigo, que você não tem noção. - escutamos os passos fortes de Namjoon, denunciando assim que ele havia ido embora.

- Problema resolvido. - Hoseok sorri, entrelaçando os dedos e colocando-os na nuca.

- Um dos muitos. Entra e toma banho, anda. - abro a porta e ele passa. Me afasto um pouco e logo após sinto um tapa estalado em minha bunda. - Hoseok, seu...! Ai!

Ele ri, saindo e trancando a porta do banheiro. Reviro os olhos, indo para perto da outra porta, cruzando os braços e apoiando as costas ainda nuas e úmidas na parede, pensando o quão boa foi a nossa transa e o quanto eu o amo.

De novo, eu penso o quanto isso tudo que estou vivendo com ele, com os outros, é surreal. Tipo, eu não imaginava em momento algum que iria sair da minha casinha de madeira, que iria conhecer Mark, que é como um irmão para mim, conhecer Hoseok, Namjoon, e os outros... talvez se nada disso tivesse acontecido, eu não teria conhecido eles. Será que eu deveria agradecer ao... Jackson?

Pensando bem, não. Não mesmo.

- Ei, aproveitadores da minha boa pessoa, aqui estão as roupas. Se não estiver do gosto de vocês, vão andando pelados e peguem o que preferirem. - ele fala, e eu bufo, destranco a porta e tateio o vento com força, procurando as roupas e ele ri, me entregando elas depois. - Ei, Yoongi, calma! Era brincadeira!

- Tá, tá, Namjoon, obrigado. - franzo minhas sobrancelhas, pego uma cueca cinza claro da pequena pilha de roupas e visto, finalmente dando fim ao frio lá em baixo, que estava começando a me incomodar. - Pelo amor de Deus, depois o Hoseok reclama quando eu chamo ele de araracanga, olha isso. - murmuro, negando com a cabeça e rindo soprado.

Visto um moletom de lã vermelha com listras brancas, e uma calça jeans azul simples, deixando para ele uma calça jeans branca rasgada, uma regata verde musgo e um moletom com zíper cinza. Depois, limpo os tênis do melhor jeito que eu consigo por agora, e os calço. Assim que dou o laço no cadarço do pé esquerdo, Hoseok sai do banho.

- Ah, que bom que o Namjoon chegou com as roupas! - sorri, e veste as roupas sob o meu olhar. Ah, por favor, tinham pedacinhos de papel nos braços dele, junto com gotinhas de água. E a pele bem mais bronzeada e bonita que a minha... aleluia, arrepiei. - O que tanto olha, Yoon? Eu estou bonito de regata? - ele ri, tencionando os músculos dos braços, e eu reviro meus olhos, rindo fraco, indo para perto dele e tirando uns dois pedacinhos de papel de seu ombro e seu antebraço. - Oh, obrigado, amor.

- Você fica bonito de qualquer jeito, bobão. Temos que sair desse quarto, mesmo que já devam ter uma ideia clara do que estávamos fazendo. - me viro e destranco a porta, sendo seguido de perto por ele, terminando de vestir o seu casaco.

Não tinha ninguém ali por perto, o que me fez suspirar aliviado. Franzo a testa, pegando a mão de Hoseok, ao ouvir barulhos do lado de fora.

- Acho que deve ter uma multidão lá fora... - murmuro, parando de andar. Hoseok estala a língua no céu da boca e suspira.

- Eu acho que de qualquer jeito teremos que ir lá, seus pais e a tua tia e o resto do pessoal estão lá. Vamos, qualquer coisa eu estou aqui. - ele sorri, passando seu braço por meu ombro, e voltamos a andar pelos corredores brancos.

Chegando na porta preta, vemos todos os nossos conhecidos ali, e uma multidão em frente a eles. Assim que nos veem, o barulho cessa aos poucos, e eu sorrio internamente por isso. O pai de Jackson se aproxima de mim, e Hoseok me puxa para mais perto de si.

- Saudações, Min Yoongi. Eu sou Song Sihyuk, pai de Jackson. Arrependo-me profundamente pela forma como fora recebido aqui. - o senhor se reverencia, e eu faço o mesmo, com as sobrancelhas franzidas.

- E... como eu posso ter certeza disso? - pergunto, com o queixo levemente erguido.

O homem engole em seco, assentindo levemente.

- Devo reconhecer que meu filho não era um ser humano maravilhoso. Assim que descobriu a magia, quis se aprofundar no assunto. Descobriu feitiços de manipulação da mente. Claro que no começo eram fracos, e precisava de suas máquinas para isso... - ele olhou para o povo com uma cara desgostosa e ressentida.

- Oh, como da primeira vez que apareci aqui... - murmuro. - Espere, o senhor atendeu a porta. Por que não o impediu?

- Eu não consegui. Eu estava apenas começando a perceber que aquilo era errado. Eu sinto muito... mesmo se eu tentasse impedir ele iria me enfeitiçar... como fez a um tempo atrás. Tivemos uma discussão... - Sihyuk massageia as têmporas com os dedos, e respira fundo.

- Yoongi... você se lembra da história? O senhor malvado, o filho que ficou malvado, depois o senhor ficou bonzinho... se lembra? O destino deles. - a voz doce e rouca de imo Eui soa, e eu me viro para ela, que está com os lábios franzidos.

Os olhos de todos se voltam para mim, e eu franzo o cenho novamente. As memórias regressam aos poucos, e eu assinto devagar.

- Sim... eu me lembrei! Mas... eu acho que mudei um pouco o destino... eu matei o Jackson, senhor. Me... me desculpe. - me viro para ele, que assente.

- Exatamente, Yoongi. Você mudou o destino, e agora... eu preciso que me dê uma resposta clara para pergunta que irei fazer. - ele fala pausadamente, e eu assinto novamente. - Tu mudaste o destino, e, querendo ou não, tem parte nisto. Independente se a resposta for sim ou não, eu poderei morrer a qualquer momento, depois dela.

Respiro profundamente.

- Ahm... pode me dizer, senhor Song, qual a pergunta? - pergunto, e ele assente de novo, a respiração ficando mais pesada.

- Eu preciso... - ele se interrompe para tossir três vezes. - Eu preciso que me diga se aceita governar Yeong-Wonhi Gamgi, ou não. - ao terminar, eu arquejo e franzo as sobrancelhas. Depois de longos dois minutos respirando fundo, eu finalmente falo:

- Não, calma. Espere um pouco. Eu... e-eu não tenho... eu não consigo, senhor... não posso deixar nas mãos de meus pais e minha tia? Eles gostam do clima daqui, eu acho... e eu definitivamente não quero ficar aqui. Quero construir minha história em Laijing Seom Hom. Mil perdões, senhor... mas não aceito a sua proposta. Minha resposta é não. - despejo as palavras sem querer, numa velocidade que não planejei.

Song Sihyuk assente devagar, se apoiando numa bengala que eu ainda não tinha notado. Ele gira em torno dos seus pés, olhando o povo, que observa aflito, sem entender nada do que está acontecendo aqui. Sorri serenamente, e se vira para mim novamente.

- O destino está selado, senhor Min. Obrigado por me dar o descanso que, penso eu, mereço. - diz, e sai em passos lentos, em direção à multidão, que abre espaço para que ele passe.

Me lembro do dia em que fizeram isso comigo, proferindo palavras de ódio, que faziam minhas orelhas doerem. Hoje, não. Se perguntam, entre sussurros e murmúrios, o que o Song mais velho estava fazendo. Eu sei... ele foi para o cais...

- Yoonie... se sente bem? - Hoseok murmura perto de meu ouvido, fazendo movimentos circulares com seu polegar em meu ombro.

- Isso ainda é estranho para mim, Seok, mas... eu acho que vai ficar tudo bem. - sorrio fraco, depois me volto para meus pais e imo Eui. - Ahm, gente... tinha algum problema do que eu falei?

- Não, Yoongi. Eu no seu lugar, faria a mesma coisa. - appa suspira, com um sorriso fraco no rosto, e eu assinto, engolindo em seco.

- Com licença, mas o que vai acontecer? Isto aqui vai virar uma terra de ninguém? - uma voz forte grita atrás de nós, e eu me giro em meus calcanhares, observando outros começarem a reclamar, também.

- Não, por favor, se acalmem! - levanto meus braços e grito, para chamar a atenção. - Oh, se acalmaram mesmo. Bem... eu sou Min Yoongi. Mesmo não estando super satisfeito com isso, eu mudei o destino, e o senhor Song Sihyuk, pai de Song Jackson, deixou nas minhas mãos o governo de Yeong-Wonhi Gamgi. - falo, e eles voltam a murmurar. - Cargo que recusei! Não, isto aqui não será uma terra de ninguém. Eu, Min Yoongi, deixo o governo de Yeong-Wonhi Gamgi nas mãos das pessoas que eu mais confio, com toda a certeza do mundo. Appa, Min Kwan, omma, Min Eun, e imo Min Eui. - aponto para eles, minha mãe apoia sua mão no rosto, e o cotovelo no outro braço, rindo daquilo. Appa ri alto, e puxa as duas irmãs para perto de mim.

- Com licença, ex-governador. - appa ri, e eu dou um passo para trás junto com Hoseok, rindo junto. - Povo de Yeong-Wonhi Gamgi, nós três, eu, minha esposa e minha cunhada, somos agora os governadores dessa simpática vila. Espero que venham anos de fartura e felicidade pela frente! Iremos trabalhar duro nisso, e o melhor, não iremos manipulá-los por meio de um feitiço. - appa fala, e o povo se acalma. - Vamos fazer uma festa em comemoração!

Gritos de alegria soam por todos os lados, e eu tampo minhas orelhas, rindo, um pouquinho desconfortável pelo barulho. Vendo isso, Hoseok me leva para um pouco mais longe da multidão, onde os outros estão. Chegando lá, uma moita branca pula em meus braços e me abraça.

- Yoongi hyung, você foi... incrível! Muito, muito, muito mesmo! - Mark sorri, e eu bagunço seus fios esbranquiçados, tomando cuidado com os chifres.

- Obrigado, cabrito. Ei, você conheceu o Hoseok... perguntou pra ele se pode morar com a gente? - murmuro, e ele nega com a cabeça. - Vamos, Mark, pergunte a ele.

- Hoseok... hyung... eu posso te chamar assim? - Hoseok assente, sorrindo fraco. - Yoongi hyung me disse que sairíamos daqui, e moraríamos em sua casa... eu... posso? Morar com vocês?

- Oh, Mark, que pergunta boba. Pode sim, daremos um jeito de conseguir uma cama boa para você, talvez Chin-Sun noona pode ajudar, ou o marido dela. - Hoseok sorri, e Mark sorri de volta, se reverenciando levemente em agradecimento.

- Chin-Sun não era aquela dona que queria me bater com a vassoura? -pergunto, com a testa franzida, e os outros riem.

- É, é sim. Mas ela também foi a diretora da escola onde estudávamos. - Hoseok diz, e Namjoon e Seokjin assentem.

- Chin-Sun noona é um amor de pessoa, quando nos conhece bem. Querendo ou não, ela me ajudou a conhecer Eui noona, e agora estamos todos aqui. - Namjoon ri soprado, e eu rio junto.

- Então quer dizer que vocês dois veem o futuro? Vocês dois sabiam tudo o que ia acontecer... isso é muito estranho! Eu nem sei direito o que consigo fazer, e vocês até ajudam todo mundo com o destino... me senti incrivelmente inútil, agora. - brinco, rindo, e Namjoon se aproxima de mim e me abraça de lado, depois bagunça meus cabelos com a ponta dos dedos.

- Nah, é só um pouco de treino e você fica incrível. Talvez até mais incrível do que o... Homem de Ferro. - ele ri, olhando para Jeongguk, que bufa e cruza os braços.

- Ninguém, Namjoon hyung, ninguém é mais incrível que o Homem de Ferro. - o rosado fala, arrancando risadas de todos ali.

- Ei, Ggukie, não fique assim. Todo mundo sabe que o Homem de Ferro é incrível mesmo. - Jimin sorri enquanto fala, com suas bochechas, avermelhadas pelo frio, fazendo seus olhos quase sumirem, como sempre. - Eu definitivamente não estou acostumado ao frio daqui, vamos voltar? Eu preciso desesperadamente de um banho, também...

- Vamos, então. Pegamos alguns cavalos daqui mesmo, e vamos até lá. - Namjoon bate duas palmas, e todos vão atrás dele, inclusive Hoseok. Mas eu permaneço parado no mesmo lugar, ainda tentando raciocinar.

"Tudo acabou. Eu... vou ter paz. Não preciso mais me preocupar com um louco que raptou minha família e meu irmão. Tenho mais amigos, mais confiança, tenho alguém a quem amar... parece surreal demais." rio soprado, correndo de volta ao lugar onde minha família está, apenas para me despedir.

Chegando lá, pulo em cima deles, os desequilibrando um pouco, e os fazendo rir. Sou abraçado por eles, e sorrio largo por estar perto deles novamente.

- Ah, Yoongs, nós estávamos morrendo de saudades... - imo Eui sorri, passando a mão por minha bochecha, onde passeava uma lágrima minha. - Vamos compensar todo o tempo perdido, vamos sim.

- Claro, imo, claro. - assinto, limpando outra lágrima teimosa que desceu. - Eu na verdade vim aqui me despedir... eu quero seguir minha vida junto com Hoseok... sabe? Assim que as coisas se ajeitarem por lá, eu venho visitar vocês. Prometo. - intercalo o olhar entre eles, que assentem.

- Não vamos te obrigar a ficar aqui, Yoongi. Apenas não se esqueça de nós, ok? - omma fala, pegando minhas mãos e as massageando com os polegares.

- Nem por um segundo, acredite. - sorrio, e ele sorri junto comigo. Puxo-a para um abraço, appa e imo Eui se juntam a nós e ficamos instantes preciosos juntos em um abraço quentinho, cheio de amor e saudades de estarmos juntos.

- Vai lá, Mini Min. Hoseok deve estar te esperando. - appa sorri, olhando para trás de mim, onde Hoseok me espera, montado em Carbonero, olhando para nós com um sorriso bonito nos lábios.

- O senhor tem razão, appa. Eu amo muito todos vocês, está bem? Boa sorte com o governo da vila. - sorrio, dando um último abraço em cada um e correndo até Hoseok, que me ajuda desajeitadamente a subir em Carbonero.

- É estranho pensar no quanto tudo mudou, né, amor? - Hoseok fala, agora que estamos rumando para fora da vila. O abraço pela cintura, olhando as pessoas ao redor, conversando animadamente e levando bandeijas de doces e outras comidas para a frente do lugar onde eu estava.

- Eu na verdade nem quero pensar muito nisso, Seokie... tudo o que eu realmente preciso é dormir. Descansar de verdade. - murmuro, enquanto isso, chegamos na ponte que atravessa o rio, e eu olho para trás uma última vez, vendo que a neblina tinha desaparecido, e as casas não me parecem tão feias, ainda mais que são brancas, cinza e azul claro, como sempre imaginei quando menor. Sorrio fraco com isso, mas o sorriso some assim que desvio o olhar para um ponto mais afastado do cais, que dá direto no mar.

O senhor Song Sihyuk está lá, em pé, olhando para nós e nos vendo ir embora. Ele joga sua bengala na água, abre os braços e desmorona nas águas geladas do Pacífico. Arquejo, arregalando meus olhos.

- Hobi, o senhor Song se jogou no mar! - falo, balançando seus ombros. Ele para Carbonero, o virando para a vila novamente, onde observamos por alguns instantes o movimento das ondas, não vendo muita coisa.

- Yoon, ele disse que iria morrer de qualquer jeito... - ele afaga meu joelho, falando em um tom de voz tranquilizador. Apenas assinto, engolindo em seco.

- Eu falei que tudo o que eu preciso é de descanso... por favor, me acorde quando chegarmos em casa. - volto a me aconchegar em suas costas, fecho meus olhos e tento dormir. Hoseok murmura um sim, vira Carbonero novamente e voltamos a sacudir nas costas dele, finalmente voltando para casa.

[...]

- Yoongi, Yoongi, meu amorzinho, acorda, acorda, acorda... - Hoseok murmura pausadamente, me fazendo resmungar e me espreguiçar desajeitadamente. Já é noite, e eu sorrio internamente ao ver que estamos em casa, finalmente. - Precisamos descer do Carbonero, e arrumar um lugar para Mark dormir, se lembra? Vamos, desça.

- Eu tô indo, não me apressa. - resmungo, descendo devagar do cavalo, Hoseok faz o mesmo e o amarra na mesma estaca da outra vez, pegando um pouco de feno para ele de algum outro lugar e colocando ao lado de uma vasilha grande de água, de onde Carbonero bebe satisfeito.

- Hoseok hyung, eu vou colocar Dakota aqui do lado do Carbonero, ok? - Mark surge com uma égua cor de chocolate ao leite malhada com branco, e a amarra ao lado de Carbonero. Entramos em casa, deixamos as bolsas no quarto e volto para a sala, depois de escovar meus dentes, tirar a calça jeans e colocar uma bermuda leve, porque aqui tá muito quente, diferente de Yeong-Wonhi Gamgi.

- Eu só tenho que ver se ainda sei montar esse sofá-cama, fica calmo... - Hoseok grunhe, enquanto puxa um troço cinza pra frente.

- Agora pronto, vai estragar outra coisa? - falo, franzindo as sobrancelhas.

- Ah, não, hyung! - Mark ri, e eu olho para ele. - Isso é um sofá, lugar de se sentar, que vira um cama, lugar de dormir.

- Meu Deus, quanta tecnologia... - resmungo, coçando meus olhos. - Eu vou trazer as coisas pra você dormir, espera aí. - falo, subindo as escadas novamente. Escancaro as portas do armário de Hoseok, procurando um travesseiro, mas acho algo mais interessante, pelo menos no momento. - Ah, Deus... a foto que ele me falou...

Pego o porta retratos delicadamente, analisando a foto, que consiste apenas em uma mulher sorridente com seu filho nos braços.

"É a mãe do Hoseok... os sorrisos são parecidos. Queria ter conhecido ela, aposto que ela era um amor de pessoa."

Sorrio fraco, devolvendo o porta retratos para o mesmo lugar, pegando o travesseiro, o cobertor e o lençol, e descendo as escadas novamente, vendo os dois conversarem sobre algo.

- Voltei, pode forrar aí tudo e dormir tranquilo, cabrito. - brinco, olhando para ele para ele, que revira os olhos e forra o sofá-cama rapidamente, logo se deitando e me olhando. 

- Sabe, hyung, eu me lembrei que eu dormia no chão, do seu lado, todos os dias. - Mark murmura, e eu dou de ombros.

- Talvez um dia voltamos para as origens. Não sei vocês, mas eu estou morto de cansaço, eu realmente preciso dormir. - bocejo, e Hoseok afaga meu ombro direito.

- Eu vou junto com você, meu amor. Tchau, Mark, boa noite. Se quiser, pode pegar comida ou água do cozinha, sim? - ele aponta para a cozinha, e Mark assente, fechando os olhos em seguida.

Subimos as escadas e nos deitamos na cama, Hoseok logo começa a fazer um carinho gostoso embaixo da minha orelha, que me relaxa, e me faz ficar incrivelmente sonolento.

- Eu te amo, Yoonie, dorme bem.

[...]

Acordo melhor do que ontem, me espreguiço devagar e suspiro profundamente. Estranho um pouco que Hoseok não está ao meu lado, por isso me levanto e desço as escadas um pouco rápido, vendo apenas Mark sentado na frente da mesa.

- Ah, Mark, bom dia... cadê o Seok? - falo, coçando meus olhos com as costas das mãos.

- Hum, ele saiu. Mas me disse que voltava rapidinho. Também me disse que era pra guardar segredo. - ele fala, sorrindo, e depois dá um gole no café com leite. Reviro os olhos e respiro fundo.

- Mark, por tudo que é mais sagrado, não me estressa. Eu acabei de acordar, e Hoseok e eu fomos literalmente sequestrados antes de ontem. Me diz onde ele foi. - ele abre a boca pra falar, mas eu o interrompo. - Foda-se se ele pediu segredo, só me fala! - falo, um pouco mais alto do que o normal, e para a sorte dele, Hoseok chega, ficando com a boca entreaberta ao me ver ali. Mark fecha a boca, apenas nos observando.

- Ah, o bonito chegou. Onde você foi, e porque pediu segredo? Poxa, eu já escondi algo de você, Hoseok? E você me caça fazer isso logo depois de termos sido sequestrados? Anda, onde você foi?! - cruzo os braços, controlando a respiração.

- Yoongi, calma! - Hoseok deixa as sacolas na mesa da cozinha, e se aproxima de mim. - Ei, eu estou aqui. Só fui comprar pão, não precisa endoidar! Também comprei sonho, é uma delícia, achei que você ia gostar. - ele fala devagar, e eu arqueio uma sobrancelha.

- Tem certeza, Seokie? - murmuro, olhando diretamente nos seus olhos.

- Tenho sim, meu amor. - ele fala, e abre os braços para um abraço, que eu aceito de bom grado, me aconchegando no seu peito. - Fica tranquilo, eu só tentei fazer uma surpresa pra você...

- Faz surpresa pra mim depois, tá bem? Vamos comer. - dou uma batidinha no seu peito, e me sento na mesa de quatro lugares na frente de Mark.

Hoseok ri fraco, e se senta ao meu lado direito, se servindo de café, pegando pão e passando manteiga para comer. Eu pego um sonho, e dou uma mordida, sorrindo satisfeito com o gostinho doce do recheio de doce de leite.

- Isso é bom mesmo, viu?! Nossa, até te desculpo. - rio, fazendo um biquinho para não escaparem farelos.

- Eu sabia que você ia gostar. Além disso, encomendei também outras coisas gostosas e chamei o resto do pessoal, vamos realizar aquele teu sonho e vamos todos fazer um piquenique naquele mesmo campo. - Hoseok sorri largo, e eu faço o mesmo, lhe lançando um olhar agradecido.

- Ô meu pai, eu só sirvo pra ser vela nessa merda! - Mark fala, saindo da mesa e indo para o sofá, com os braços cruzados e um biquinho adorável nos lábios.

- Não fique assim, Mark, eu também chamei o Wang... eu vi que você conversou com ele, talvez se conheçam melhor. - ele fala, com uma sobrancelha levantada, e Mark suspira.

- Hyung, eu realmente não quero pensar nisso por enquanto. - murmura, e Hoseok assente, levando as vasilhas sujas para a pia, e lavando-as.

Me levanto, indo até o sofá e abraçando Mark de lado.

- Ô modeuzo, não fica assim não... olha, vou te contar uma coisa. - falo, o chamando para mais perto. Ele vira sua orelha para mim, e eu junto minhas mãos em concha ao redor de sua cabeça. - O Hoseok pode falar umas coisas assim, meio bobas e sem sentido na hora, mas ele é um amorzinho de pessoa. Ele só quer ver as pessoas bem, sabe? Ele tentou fazer com que você se sentisse melhor. - retiro minhas mãos, e ele sorri fraco pra mim, me abraçando novamente, e eu afago suas madeixas brancas com carinho.

- Tá bem, Yoon hyung, você me convenceu. - suspirou, sorrindo. - Hoseok hyung, quando vamos? 

- Hoje de tarde, para podermos ver o por do sol. O que acham de irmos passear, agora? Podemos aproveitar e comprar roupas pra vocês. - ele sugere, e nós assentimos. 

- Deixa eu só ir ali tirar esse moletom, porque eu tô morrendo de calor aqui. - rio soprado e vou até o quarto do Hobi, pego uma blusa branca e visto, logo voltando para a sala, sendo olhado por Mark e Hoseok. - Yah, estão olhando o quê?

- Esconde direito esse roxo no teu ombro, hyung, tá... estranho. - Mark aponta para minha clavícula, e meu rosto ferve, enquanto ajeito a blusa.

- Isso aqui não é nada de mais. Vamos de uma vez! - franzo minhas sobrancelhas, e vou em direção à porta, sendo seguido de perto por Mark, que tenta esconder as risadas, e Hoseok, que sorri satisfeito.

Saímos de casa, sendo recebidos com o mesmo sol de sempre, e eu sorrio com isso. Hoseok segura minha mão, e aponta com a cabeça para irmos para a esquerda, na mesma direção da feira, e seguimos ele. Algumas pessoas sorriem para Hoseok, ou lhe cumprimentam, e ele devolve com um sorriso ofuscante, mas mesmo assim, lindo de morrer. Ai ai, eu escolhi o cara certo...

Depois de alguns minutos andando, entramos em uma loja de roupas (felizmente com ar condicionado) e uma atendente logo veio para perto de nós, pude perceber que também era uma híbrida de gato, mas cinza rajado. Seus olhos verdes deviam ter alguma magia, porque brilham de um jeito diferente... até um pouco cativante, na verdade. 

Sorrio para ela, me reverenciando, e ela retribui.

- Olá, em que posso ajudar? - ela sorri, juntando as mãos.

- Oi, Titi. Eu vim só comprar umas roupas pra esses dois aqui, de calor, frio, sei lá... - Hoseok fala, apontando para mim e Mark com a cabeça, e assentimos. Ela assente, e olha pra mim.

- Hum... você. Eu já tenho umas ideia de roupas que vão ficar perfeitas, e são especiais para híbridos. Hoseok, leva o outro pra outra seção, e ajuda ele a escolher. - aponta pra mim, e Hoseok assente, levando Mark para a esquerda. - Oi, pode me seguir por aqui, sim? Eu vi que você gosta de umas roupas mais largas... - ela mete a mão em um troço com um monte de roupas em cabides, e puxa um moletom cinza escuro, e uma blusa larga branca. - Olha aqui, eu acho que talvez você possa gostar dessas.

- Uau, parece que você leu a minha mente! Eu adorei! - rio, depois pego as peças de roupa e coloco nos meus braços. - Tem algum lugar onde eu... - faço uma careta, depois de sentir meu estômago embrulhar um pouco. 

- Está se sentindo bem, senhor? - a tal Titi olha para mim, preocupada. - Caso queira, temos um banheiro ali pra esquerda... 

Não espero a mulher terminar sua frase, deixo as peças de roupa com ela e corro para o local indicado, com a mão na boca para evitar qualquer coisa que fosse sair. Fecho a porta, e respiro fundo, abrindo a tampa do vaso e me aproximando do mesmo, agradecendo aos céus por estar tudo limpo ali. 

- Yoongi! Amor, tá tudo bem aí? - Hoseok bate na porta, e nesse exato momento, eu coloco tudo pra fora no vaso. - Ah, eca... não tá não. Quer ir pro médico? 

- Hoseok, pelo amor de Deus, eu acabei de vomitar e você me pergunta se eu tô bem? Vai tomar no cu! - falo, um pouco alto demais, e abafo um arroto. 

- Ele é ômega, Hoseok? - Titi pergunta, a voz um pouco afastada da porta.

- É sim... - ele fala, e alguns longos segundo se passam, até que ele finalmente fala: - Ah, não. Não, não, não, não, não, não mesmo. Eu tive todo o cuidado! - ele fala, enquanto isso eu enxáguo minha boca pra tirar o gosto insuportável da bile e de outras coisas da minha garganta, e abro a porta.

- Eu juro que se você tiver me engravidado, eu enfio um cabo de vassoura no teu cu. A seco. - ameaço, com as sobrancelhas franzidas, e ele engole em seco.

- Nah, meu amor, deixa disso... deve ser só a mudança de clima. Não se preocupe com isso, está bem? - ele sorri amarelo, e passa um braço por meu ombro, e eu lhe lanço um olhar mortal. - Que tal irmos pra casa, hum? Titi depois pode separar algumas roupas pra você, ela é especialista nisso, né? - ele olha para a atendente, que sorri, assentindo. 

- Tenho certeza que vou conseguir arranjar peças lindas para você, Yoongi. Agora, vá para casa, descanse e se acalme, ok? Espero que fique bem! - ela nos dá um eye smile, e eu assinto, indo para fora da loja, com Hoseok e Mark me seguindo. 

- Yoongi, meu amor, não fique bravo, nós nem temos certeza se você tá mesmo grávido... - ele fala, e eu cruzo meus braços, franzindo o cenho.

- Eu só quero me deitar e dormir, me deixa quieto. - murmuro, e Hoseok assente, passando a língua pelos lábios rapidamente.

- Claro, meu amor, claro. É melhor mesmo você descansar bastante. - fala, e me dá um beijo na bochecha. 

Voltamos para casa em silêncio, e a primeira coisa que faço é tirar os sapatos e me jogar na cama, mesmo que eu não esteja com tanto sono assim, só queria pensar um pouco no que poderia acontecer caso eu esteja realmente grávido. 

"Não... deve ser que nem o Hobi falou, deve ser só a mudança de temperatura." dou de ombros, me virando de bruços na cama, cruzo meus braços e apoio meu queixo neles. "Mas e se não for? Ah, eu não deveria me precipitar, foi literalmente ontem que... uhum, não aconteceu nada." franzo as sobrancelhas, fechando os olhos e me virando para a parede, com um braço embaixo do travesseiro macio. Abro os olhos novamente, sem conseguir dormir, e fico longos instantes encarando a parede levemente amarelada. 

Ouço passos tímidos se aproximando da porta, e logo a voz de Mark me chama. 

- Yoongi hyung, o Hoseok hyung tava te chamando lá na sala... tem um tempo que você tá deitado, e deu a hora de irmos. - ele fala, apoiando-se na porta, e eu me viro para ele, que está com uma blusa vermelha que não era dele nem de Hoseok, uma bermuda acinzentada e um tênis verde musgo.

- E porque ele não veio aqui me chamar? - franzo a testa, me arrastando para fora da cama e ficando sentado com os pés fora da cama e as mãos juntas no colo.

- Bem, ele tá com medo de você... e Namjoon hyung e Seokjin hyung vieram chamar ele para pedir ajuda em alguma coisa, eu não ouvi direito o que era. E eles foram na frente, o que dificulta mais um pouquinho as coisas. - ele dá de ombros e vem pra perto de mim, com as mãos atrás das costas. - Mas olha, eu e Hoseok hyung fomos na loja de novo, e a Titi separou umas roupas bem bonitas pra você! É incrível, parece que ela lê mentes, e sabe exatamente o que a gente gosta de vestir! 

Mark tira duas sacolas brancas de trás das costas, e me entrega. Pego as duas, animado, e tiro de uma delas uma camiseta preta e uma bermuda jeans azul marinho, e devo admitir que gostei bastante. Da outra sacola, tiro uma caixa de sapatos, com um tênis branco com listras pretas, e eu arquejo em surpresa, com um sorriso grande nos lábios. Vejo uma pequena sacola preta em parte, e a pego nas mãos, franzindo a testa. Abro-a e retiro dali uma coisinha preta, com uma presilhinha atrás. Parecia, na verdade, uma simples fita de cetim.

- Ei, Mark, isso aqui é o quê? É tipo um colar? - levanto uma sobrancelha.

- Ah, isso é uma gargantilha. É tipo um colar, mesmo, mas é colado no pescoço. Acho que vai ficar bonito, hyung. - Mark sorri fraco, e me olha, como se fosse um avaliador de moda. 

- Hum, obrigado, depois me lembre de ir agradecê-la. Agora, com licença, eu vou vestir as minhas roupas. - me levanto, já pegando a camiseta preta da sacola. Mark murmura um ok, e sai do quarto, fechando a porta atrás de si. 

Visto as peças de roupa rapidamente (felizmente tinha um buraquinho pra colocar a minha cauda na bermuda, o que me deixou incrivelmente confortável), e vou para o banheiro do quarto de Hoseok colocar a tal gargantilha. Devo confessar que foi um pouco difícil de encaixar o trocinho na argolinha, mas no final deu tudo certo. Me olho no espelho, levanto as duas sobrancelhas, e mais uma confissão: gostei bastante. É um negócio simples, mas não deixa de ser bonito. 

Saio do banheiro, calço os tênis e desço, dando uma rodadinha para mostrar minhas roupas para Mark, que está sentado no sofá. 

- E aí, tô gato? Tô bonito? Tô seduzente? Credo, parei, isso tá vergonha alheia demais pra mim. - rio alto, e Mark me acompanha, batendo algumas palmas enquanto ri. 

- Tá seduzente demais, hyung. Hoseok hyung vai endoidar! - Mark entra na brincadeira, levantando suas sobrancelhas repetidas vezes e abaixando levemente seu rosto, com os olhos fixos nos meus, e eu bato em seu ombro, rindo mais alto.

- Pabo! Vamos de uma vez, antes que eu morra de rir aqui. - paro de rir aos poucos, e saio de casa, com Mark me seguindo. Tranco a porta, e vamos para a direita, para fora da vila. Depois de alguns minutos, estávamos em um gramado lindo, com algumas flores brancas crescendo aqui e ali. Ao olhar para trás, as casas em tons de vermelho, laranja e amarelo estavam menores do que realmente eram, e ao nosso redor, pequenos morros cobertos de grama e flores se estendiam até onde os meus bons olhos podem enxergar. 

Descendo um dos morros, franzo a testa. Estavam ali, a alguns metros de mim, todos os meus amigos e amigas, incluindo minha família. Ao fundo, uma grande toalha xadrez vermelha, com bolo, torta, suco, e mais algumas outras coisas. Todos ali formam um meio círculo, e Hoseok está no meio, sorrindo como um abobalhado, com um violão branco na mão. Tudo e todos em total silêncio, tirando o barulho que o vento suave faz na grama.

- Hã... por que estão assim? - aperto meus olhos, ainda com as sobrancelhas franzidas, e Hoseok pigarreia, e começa a dedilhar as cordas do violão, tocando uma melodia bonitinha e suave. 

- Oi, meu amor. Bem, eu chamei todo mundo aqui, porque hoje é uma data especial. Os dias passaram com grande rapidez, e nesse meio tempo, eu percebi que hoje... bem, hoje de noite, no caso, fazem exatamente um mês que nós nos conhecemos. Como seria um pouco perigoso juntar todo mundo aqui de noite, resolvi fazer de tarde, mesmo. Ahm... eu percebi nesse um mês convivendo com você, o quanto você é especial. Cada tom de voz, cada mania, cada careta, cada sorriso, cada risada, cada vez que você esbraveja comigo, cada uma dessas coisas te torna especial para mim. 

"Eu posso estar parecendo um idiota emocionado dizendo isso tudo, mas sei lá, eu sei que você corresponde isso. Estamos namorando. Você já me disse eu te amo. E eu também. Compartilhamos do mesmo sentimento que nos torna bobos, mas eu não reclamo disso, em momento algum. Você é... ah, Yoongi, Min Yoongi, você é tudo o que eu poderia desejar de melhor pra minha vida. Eu amo você. Eu amo você por inteiro, e preciso de você."

"Da primeira vez que brigamos, eu fiquei sem chão. Eu lembro direitinho como foi dolorido ver você fugindo de mim, e a preocupação que eu fiquei de ter acontecido algo de muito ruim com você, e não poder fazer nada. Eu perco minha sanidade sem você, Yoongi. Como quando ficamos separados, enquanto estávamos capturados. Sua tia e seu pai podem confirmar, eu ficava a cada momento preocupado com você, ou pensando em você, ou qualquer outra coisa envolvendo você. Que alívio foi quando eu te vi, vivo e bem. Bem, bem, não, mas infinitas vezes melhor do que poderia estar, nas mãos daquele infeliz."

- Eu sempre me lembro também dos nossos momentos felizes, sabe? Nosso primeiro beijo, por exemplo. Foi tão... ah, eu tô ficando sem palavras. - ele ri, e eu rio junto, enxugando uma lágrima timida que escorrera por meu rosto. - Foi tão bonitinho ver o seu sorriso. Eu já disse que o seu sorriso é lindo? Eu amo ele demais! - ele ri, entregando o violão para Namjoon e se aproximando de mim. - E... eu preciso de ver esse sorriso mais vezes no meu dia. Não, deixa eu me corrigir, eu preciso de ver esse sorriso pro resto da minha vida. Eu sei que você já fez o pedido, quando estávamos vindo para cá, em cima do Carbonero... falando nisso, ele tá aqui também, dá um tchauzinho pra ele. 

Ele aponta para uma árvore um pouco afastada, onde estavam amarrados Carbonero, Peanut e Dakota, e acena para eles. Eu, bobo de amores, aceno também, logo voltando a olhar para ele.

- Então, voltando... eu sei que você fez o pedido, mas sabe o que que tenho aqui? - ele sorri, metendo a mão no bolso e tirando dele uma caixinha vermelha de veludo. Eu arquejo, e coloco as mãos na frente da boca. - Tenho aqui uma caixinha com duas alianças... o que acha de oficializarmos nossa união? - ele fala, e eu arregalo os olhos ao vê-lo abrir a caixinha e tirar dali uma aliança prateada fina, e se ajoelhar. - Min Yoongi, você aceita... namorar comigo, até o dia em que nos casarmos? - ele sorri pra mim, e eu olho no fundo de seus olhos, não conseguindo conter os soluços. 

Me ajoelho também, e estendo minha mão, para que ele coloque a aliança. Ele desliza a peça por meu dedo, e eu faço o mesmo, passando minha língua por meus lábios, numa tentativa falha de conter o choro, e o puxo para um abraço forte, onde me permito chorar de felicidade. Ele sorri, derramando também algumas lágrimas grossas em minha blusa. 

Todos começam a comemorar ao redor, e Taehyung estoura algo, que depois eu descobri que era uma garrafa de champanhe. Tomamos champanhe, suco, comemos muito, e o mais importante de tudo, festejamos a alegria, o amor e a paz. 

É, acho que a minha história termina por aqui. Não, não fique triste! Vamos nos ver alguma outra vez, não se preocupe. Dependendo de mim e do meu azar/sorte, vão acontecer outras coisas.

Ah, tem mais coisas pra contar ainda: no meio da festa, Namjoon, Seokjin e Taehyung disseram que também começaram a namorar, e que, pra comemorar, iriam viajar para a França, dentro de dois dias. Aproveitei também e me despedi deles, eles são ótimas pessoas pessoas, além de ótimos amigos. Eu desejo sempre o melhor para eles...

Entre uma torta e outra, também vi Mark conversando com Wang, e rindo um pouco com ele. Quando viu que eu estava o observando, ele tampou o rosto e saiu dali, deixando Wang confuso. Eu só consegui rir. 

Todos festejavam, e isso foi... incrível. Eu posso dizer, com toda a certeza do mundo, que esse foi um dos melhores dias da minha vida. Cada momento ao lado de todos eles, foi especial. Eu me sinto feliz aqui, como nunca me senti antes. E eu agradeço a cada um deles por isso. Agradeço a todos infinitamente por minha felicidade.

Se eu pudesse dizer uma frase que me definisse, ou que eu diria para outras pessoas, eu diria... não sei direito, na verdade. Mas ter persistência é bom, sabe? Tipo, foi o que me trouxe até aqui, mesmo que tenham alguns que chamem isso de teimosia. Moral da história, sejam teimosos, que tudo vai dar certo.

E é com um aperto no coração, que eu digo... fim.

====================================

AI MEU DEUS QUE TRISTEZA EU COU CHOCARA 😭😭😭😭😭😭😭😭😭😭

genye sero eu to muito traiye de acabar Blue Kitty, tabto quanto voces

daui a pouco eu choro, se nao fosse really ticando agora na plalista de Blue Kitty

gente eu amo voces ta, serio de verdade, muito ovrifaa por tudo, todos os comebtarios, leitoras e afins

eu fo muito triste, desculpa se isso aqui etiver ilegivel mas eu vou postas assim mesmo 😔😔😔

nesses dois meses, eu não tive tanta inspiração quanto eu gostaria, por isso demorou, e eu me sinto um lixo por isso, desculpa mesmo...

parágrafo especial resevado para chpro e sofrimendo:

eu amo voces ta

a titi, personagem que apareceu na loja de roupas, ela existe de verdade, mas ela é uma gatinha, só ksjskak
ela é de uma das participantes do grupo de Blue Kitty, eu chamo ela de dudinha... por favor, dudinha, se manifeste aqui:

outra coisa, vou aproveiyar e deixar aqui as outras três fanarts feitas pra blue kitty, pq elas tao una gracinha


fanart da Hope_World_Lovelly

fanart da tsuiu_asui

e a fanart da gukkieSunshinee

e eu também gostaria de fazer uns agradecimentos...

a gukkieSunshinee, por ser a que mais me ajudou a escrever Blue Kitty, e por me ajudar com as minhas ideias mirabolantes;

a Marci360, por ser tudo pra mim e me aconselhar quando eu estava me sentindo mal por "não estar fazendo uma história boa o suficiente para os leitores", e por me ajudar nas horas mais difíceis;

a Bsheesth e Jikooka_revoltada, por me ajudarem com alguns momentos que ajudaram a ligar mais o nosso querido sope;

a Bolinhx_do_Hope, Mary_Flokiis, --SBT--, SugaHyung1, Hope_World_Lovelly, Marci360, -_BlueSide, -_Gwyneth_-, e muitas outras pessoas, meus amores amoras, que me apoiaram e colocaram incontáveis sorrisos no rosto e quentinhos no coração! muito obrigado!

sério, gatinhes, muito obrigado por tudo... ron ama infinitamente vocês! 💖

é o fim de uma era... dá licença, eu vou chorar ali no cantinho ㅜ.ㅜ

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