A Herdeira. - Bucky Barnes.

By LetciaPereira338

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"Desde o início da minha vida, eu sabia que meu nome era Kaya. Só Kaya, sem sobrenomes. Sabia de quem eu era... More

Avisos!
Graphics.
Prólogo.
Naomi Steel.
Uma discussão inevitável.
Conhecendo o verdadeiro Bucky.
Dezembro.
A missão.
Me afastando.
Sam Wilson.
Descobertas.
Fury.
Friendship.
Steve.
Washington.
Museu do Capitão
Jantar de Natal.
A Véspera do Natal.
Voltando à Rotina.
Meu Norte Sempre Foi Você.
A festa Stark
Uma Conversa Franca e Honesta.
Um milhão de Dúvidas.
Kitty
Uma conversa com Bruce Benner
Uma tarde com Tony Stark.
A verdade.
Expondo Sentimentos.
Bern Achoste
Trazendo Traumas à Tona .
Sozinhos.
Finalmente.
Bônus.
Esclarecendo a verdade.
Momtando um plano.
Conversando e lutando.
Enfermaria
Colecionando Lembranças
Antes do fim.
O fim?
Depois do fim.
O início da segunda parte.
Renascida.
Voltando para casa.
Fim de Festa.
Compras com Natasha.
A festa surpresa.
A manhã seguinte.
Precisamos conversar.
Podemos ser amigos?
A primeira Missão
A primeira missão, p. 2
Descobrindo a verdade?
Capítulo Bônus: POV Bucky
Entendendo sentimentos.
O casamento.
Nós.
Nós. ²
A surpresa de Von Strucker
Olá, Kaya.
Arthur Aida.
Tudo acaba em pizza.
Descobertas
Obtendo mais respostas.
Você é o meu exemplo.
Ciúmes?
Chegando em Washington
Museu
Ataque Surpresa.
Achei ele
O início do fim.
Um plano genial
Explicando o plano
Quinjet, 1.
Quinjet, 2.
Xeque Mate
O Desfecho Final
O Casamento.
Cancun.
Dois anos depois.
Agradecimentos + Epílogo

Uma Manhã Estranha.

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By LetciaPereira338


No dia seguinte, levantei cedo e achei melhor não acordar Bucky. E nem ignorar ele. Quando precisei, ele esteve lá por mim. Eu ia estar lá para ele, também. 

Passei pela sala, bagunçando os cabelos de Tony, que lia uma projeção eletrônica de um jornal no pulso e quando ia para a cozinha, parei e encarei o sofá. 

Sophie dormia lá. Parecia, pela maquiagem borrada, ter chorado muito. 

-Quando eu acordei, já estava aí.- Tony deu de ombros. - Aliás, soube o que você e o Sam fizeram. Eu sempre disse que gostava de você, não disse? 

Segurei meus braços e dei um meio sorriso. 

-Vai deixar eu opinar sobre suas armaduras? 

Tony revirou os olhos, passando o dedo pela "página ". 

-Todo amor tem limite, Naomi. Não abusa, não! 

Eu sorri e fui para a cozinha. Normalmente, Bucky comia por um batalhão, mas sempre que ficava chateado, ele perdia o apetite. 

Fiz só um cappuccino e algumas torradas e equilíbriei em uma pequena bandeja, me virando. Estremeci ao ver Wanda e Sophie, paradas na porta. 

Mas Wanda não demorou muito, apenas pegou uma maçã e saiu. Ainda bem! 

Sophie é quem esfregava os olhos e piorava a situação da maquiagem. 

-Oi. - Falei. - Tem café na cafeteira e está fresco. 

Ela assentiu, automaticamente. Então, percebi um músculo tremendo no queixo dela. 

-Eu não queria que ele terminasse comigo, Naomi! 

Suspirei, apoiando a bandeja na bancada. O cappuccino ia esfriar e Bucky ia acabar acordando. 

-Então, por quê traiu ele, Sophie? Isso o magoou. 

-Eu sei! Eu errei! - Sophie se desesperou vindo até mim. - Ele está com raiva agora, Naomi! Eu entendo... Mas não tem como você falar com ele? 

Suspirei de novo. Steve entrou na cozinha e me desejou um "Bom dia!". Mas eu estava tão irritada que não respondi. 

-Sophie... Não posso falar nada com ele! Tenta você mesma mais tarde! 

Puxei a bandeja e a contornei Sophie. Assim que ela fez menção de vir atrás, Steve a chamou. 

Entrei no meu próprio quarto e abri, apenas um pouco, as cortinas. Sentei ao lado de Bucky, que estava enrolado nos meus lençóis e agarrado no meu travesseiro. Me permiti soltar um pequeno suspiro. 

Ignorando a beleza dele, o Sacudi. Bucky abriu os olhos segundos depois, esfregando o rosto que tinha uma adorável marca vermelha na bochecha. 

-Hm? Que foi? 

-Eu trouxe um cappuccino. E torradas. 

-Não quero. 

Bucky reclamou e rolou, escondendo o rosto embaixo do travesseiro. Puxei os óculos dele de cima da minha escrivaninha e voltei a sacudir. 

-Bucky, acorda! Anda! Põe esses óculos e levanta. 

Bucky segurou o travesseiro com mais força e virou totalmente de costas. A voz dele saiu abafada. 

-Eu não estou com fome, Abelhinha! 

Pulei em cima dele, literalmente falando. E continuei o sacudindo. 

-Bucky! Levanta! Você tem que provar o primeiro cappuccino que eu fiz na vida! 

Ele resmungou algo que me soou como "Manda o Sam provar!". Revirei os olhos. 

-Bucky! Eu vou deixar a Sophie entrar aqui!

Bucky ergueu a cabeça e tirou o travesseiro do rosto, me olhando de lado. 

-Você não vai fazer isso, vai?

Sorri. 

-Só se você não comer nem um pouquinho!

Bucky bufou e cedeu, jogando os lençóis para o lado e sentando. Peguei a caneca e dei a ele, colocando as torradas na sua frente. Ele ergueu uma sombrancelha. 

-Tenho mesmo que comer? - Bucky me perguntou. 

-Tem. - Confirmei. 

Bucky primeiro tomou o cappuccino. Depois, fez uma cara de surpreso. 

-Nossa! Isso está bom mesmo! 

Dei um soquinho no braço dele. 

-Viu, seu palhaço? E você sem querer comer! 

Bucky revirou os olhos. 

-Eu ainda não estou com fome... Se importa se a gente dividir? 

Suspirei. Parecia uma coisa tão... Íntima. Sei lá. Bucky enfiou os óculos e prendeu o cabelo no alto, ainda com o olhar meio perdido e com os movimentos no automático. Ele ainda estava bastante chateado. Levou de novo a caneca à boca e fitou, durante varios instantes, a porta. 

-Ela ainda está aí? - Perguntou, finalmente. Assenti. - Ah... Eu não quero ver ela. Não agora. 

-Ela pediu para eu falar com você. Sei lá, como se pedisse para eu te convencer a dar uma segunda chance à ela. 

Bucky soltou a caneca e enfiou meia torrada na boca, me observando. De repente, me dei conta do silêncio que fazia. 

-E o que você acha? 

Franzi a testa. Eu não tinha parado muito para pensar nisso. Na verdade, eu não devia dizer ou não o que ele deveria fazer, afinal, a vida é dele e eu não estava aqui até dois meses e meio atrás. 

-Depende. 

-Está me dizendo que eu deveria perdoar o fato de que ela estava dormindo com outro cara, dizendo que me amava e que queria ficar comigo? 

Não respondi. Bucky colocou a torrada na bandeja com um pouco de força. 

-Sabe qual foi o pior, Naomi? Foi saber que eu, até certo ponto, fiz planos. Coloquei ela em um pedestal alto. Confiei nela! Eu acreditava nas missões, ou na avó doente e respeitava até quando ela dizia até "não estou afim de sair, quero ficar em casa". Eu nunca pensei em seguir ela ou, até mesmo, ligar para a casa dela porque eu tinha confiança total que a Sophie me amava como eu era. Achei que faria a mesma coisa por mim e comigo... E, enquanto isso, ela saía e transava com uns monte de caras que ela conheceu, bastava pagarem um jantar, um cinema, um boliche...  Ela estava parecendo uma... 

Bucky fez uma pausa e desviou o olhar, apoiando os braços nos joelhos que estavam meio dobrados. 

-Como uma prostituta? - Indaguei, com uma sombrancelha arqueada. 

Ele não respondeu. Mas pela forma que os ombros dele se retesaram, eu entendi. 

E, infelizmente, entendi também que nós não daríamos certo. Nunca. Não tinha como apagar o que eu era. Ou fui. Se um dia ficássemos juntos, ele sempre teria dúvidas. Não o culpava.  Suspirei, me resignando. 

-Eu não ia dizer isso, Naomi. - Bucky me encarou. - Eu não ia. 

-Tá. 

-Naomi... 

Cortei ele. Bucky voltou a olhar para baixo. 

-Bucky? Você perguntou se eu acho que você deveria dar uma chance a ela, certo? 

-Certo. - Ele ainda não tinha olhado para mim. Tomei fôlego. 

-Se você está tão... Magoado, então, não. Mas... deixa a poeira baixar. Vocês se amam. Vai ver, ela só não tinha maturidade para ver o homem incrível que tinha nas mãos. - Bucky franziu as sombrancelhas e me encarou. Prossegui, depressa. - E vai ver, quem sabe, a saudade que você vai sentir dela seja maior que a raiva agora. Mas de qualquer forma... Não somos resumidos aos nossos erros, somos? Ela pode ter errado em te trair, mas ainda é uma pessoa legal, divertida, engraçada... 

Bucky me encarava de cenho franzido. 

-Resumidamente, você acha que eu devo voltar para ela? - A voz dele soou calma. Na verdade, ele parecia meio decepcionado. 

-Acho. 

-Mesmo? 

-Mesmo! Vocês se amam, Bucky. Todo mundo merece uma segunda chance. - Coloquei o cabelo para trás das orelhas. - Não foi você mesmo que me disse isso? 

Bucky não respondeu. Ele apenas empurrou os lençóis para o lado e colocou um casaco que eu não percebi estar em cima da minha cadeira. Ele devia ter posto ontem quando entrou no quarto. Virou para mim, próximo à porta. 

-Então... Se eu voltasse para ela, você não ia me achar um idiota? Ou ficar... Chateada, eu sei lá... 

Neguei e tentei sorrir. 

-Eu quero ver você feliz, Bucky! 

Ele crispou os lábios e abriu a porta. Então, suspirou. 

-Se quisesse me ver feliz mesmo, nunca mandaria eu voltar para ela... Obrigada pelo café, Naomi. 

Bucky saiu, batendo a porta com Força. 

Não entendi nada. 

Absolutamente nada. 

Mas em segundos, ouvi os gritos de Sophie. Surpreendentemente, não ouvi os de Bucky. Mas sei que ele saiu do apartamento e Sophie foi atrás. 

Talvez, eu ainda tivesse que aprender muita coisa sobre os sentimentos humanos antes de dar conselhos. 

Ou talvez, Bucky tivesse que ter ido se aconselhar com Steve. Afinal, ele sabia que eu fui criada toda errada. Eu fui criada pensando que a forma mais rápida de acabar com um problema era executando esse problema. 

Catei a caneca e o prato e deixei na minha prateleira mesmo. Mais tarde, alguém ia vir arrumar o quarto. 

Tomei um banho gelado e vesti minhas roupas. Mal sentei no sofá, Steve apareceu, vestindo roupas comuns, mas com o escudo preso nas costas. Percebi que ele ficou me olhando durante um longo tempo. Continuei olhando para a televisão, mas falei, cinicamente: 

-Se tirar uma foto, dura mais, Rogers. 

Podia jurar que ele tinha ficado vermelho. Mas passou a mão pelos cabelos e suspirou. 

-Que tal deixar a melancolia de lado, Steel, e vir comigo em uma Pequena missão? 

Me virei toda para ele. 

-Eu e você? 

-É. 

-Nós? 

-Acho que é isso que "Eu e você " quer dizer... - Ele balbuciou. - Você vem ou não? 

Pisquei, meio confusa. 

-Você quer conversar sobre o Bucky, não é? 

Steve ficou cor de berinjela. Coçou a nuca e suspirou. 

-Entre outras coisas. 

Bufei. 

-Não tem missão, não é? 

Steve colocou as duas mãos na cintura. 

-Não. Mas se vier comigo, eu te pago o almoço onde você quiser! 

Franzi os olhos e o encarei seriamente. 

-Você acha que pode me comprar com comida, Rogers? É sério isso. 

Ele cruzou os braços e devolveu o olhar.

-Acho. 

Apertei ainda mais os olhos. Mas logo desfiz a careta e levantei do sofá. 

-Okay. Só vou me arrumar rapidinho e a gente vai... 

Ele pareceu confuso. 

-Espera... Só isso? Não vou ter que implorar, nem te ameaçar com o escudo? 

Virei para ele quando alcancei o corredor e dei mais um sorriso cínico. 

-Steve, meu querido... Quem não gosta de mim, é você. 

Ele fez uma careta e eu sumi para perto do meu quarto. Troquei a blusa e coloquei sapatos melhores, além de ajeitar as olheiras com um pouco de maquiagem e pentear meus cabelos. 

Acabei achando uma blusa de Bucky na minha cama. Devia ser outra que ele tirou antes de deitar, já que essa era de manga comprida. 

Sem resistir ao impulso, peguei a blusa e levei ao nariz, inspirando. O cheiro dele era tão bom... Era muito diferente do que eu lembrava. 

Antes, ele cheirava a suor, couro e munição. E ainda assim, sempre foi um cheiro o qual eu admirava. Eu me lembrava de achar ele incrivelmente cheiroso e másculo. Afinal, a maior parte dos homens que eu conhecia, não se importava demais com higiene. 

O Soldado também não era vaidoso como o Bucky. Mas, certamente, era diferente dos outros homens. Apesar de não ter regalias, sempre fazia questão de tomar banho depois das missões e "Ai" de quem entrasse no caminho do chuveiro. Lembrei de uma vez, quando ele enforcou um estagiário porque tinha cismado que ele teria que ser recongelado imediatamente. 

Na época, eu não senti pena. Agora, entendo que foi desnecessário. 

Ainda estava agarrada na blusa, que tinha um leve odor de suor (que ainda era inebriante, mesmo sendo suor) e que, com toda a certeza, era grande demais para mim. 

Mesmo assim, ela tinha capuz, então, ia servir. 

Vesti a blusa dele e saí, encontrando Steve sentado no sofá, já sem o escudo. 

-Vamos ou a donzela vai ficar por aí? 

Steve ergueu os olhos. Se reparou que a blusa era de Bucky (e não tinha muito como não reparar, já que, lembrando bem, além dele estar com ela no dia anterior, ela ficava na metade das minhas coxas e sobrando demais depois das minhas mãos), nada disse. 

Saímos do apartamento e o segui, em silêncio, até chegarmos na recepção da Shield. Porém, um grito me fez estremecer até a base da coluna. 

-Steel! 

Virei bem devagar, trocando um olhar com Steve. Vi Fury na porta do elevador. Ele fez um sinal com a cabeça para eu ir até lá. Engoli o ar. 

-Quer que eu vá com você? - Steve questionou. 

Neguei. 

-Não, obrigada. Acho que, dessa vez, o problema é só meu. 

Steve assentiu. 

Comecei a andar até Fury. Mas não precisei nem perguntar. 

Pela cara que ele fez, eu já sabia: Fury tinha descoberto. E eu estava mais que fudida. 





Ooie, Pessoal! Passando aqui rqpidinho, só para deixar esse capítulo! ❤

Eu amo esse início, com o Bucky e a Naomi conversando! É tão fofo!

E aí, tem esse final tenso... O que vocês acham que vai acontecer, hein? 👀

Espero que tenham gostado, viu?

Bjs 💋💋

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