STALEC × WHAT IF ?

By Di_Angellus

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Após todos os acontecimentos com o Nogitsune, Stiles sabe que nada nunca mais será o mesmo desde que toda mat... More

Notas do Autor
Prólogo
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C10
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C17
CBônus
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C21
C22
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C26
C27
C28
C29
Epílogo
STALEC2 DISPONÍVEL
Por favor, LEIAM.
Nova Stalec!

C6

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By Di_Angellus

"O destino nos apresenta escolhas, mas quem escreve tua história é sempre você."
— Rodrigo Heros.

{•••}

× STILES STILINSKI ×
(Durante o trajeto ao Instituto)


Sair de St. Xavier foi mais fácil do que eu pensei que seria, logo estavamos todos nas ruas movimentadas de Nova York, onde o som das buzinas dos carros são constantes e as pessoas estão com tanta pressa que escaparam em você e sequer pedem desculpas, já que seus celulares as prendem. O silêncio é indefinido e estranho, já que eu não saberia onde sequer começar a abordar o tópico do trama que houve agora pouco, quando Arthit continua sangrando sem parar ao ferimento que aquele demônio causou.

Minutos mais tarde entramos na estação para pegar o metrô que leva ao instituto, e não precisava ser um gênio para saber disso, olhares curiosos e tortos vem de algumas direções quando esperamos o trem. Apoiado com as costas na parede mantenho um fluxo de respiração firme, embora a cada momento que meu peito se expande posso sentir a dor correr em minhas costelas, era certo dizer que algo estava errado com elas.

— Você não vai desmaiar vai ? - Ouço alguém me perguntar.

Abro os olhos, mesmo que não lembre de os ter fechado, mas me sinto cansado e cada osso parece pesar uma tonelada junto a dor. Minha visão está um pouco embaçada agora, mas posso reconhecer ele como sendo quem carregou Arthit o mais discreto e cuidadoso possível para não piorar a ferida, pisco um pouco afim de afastar a vestige pesada.

— Não vou desmaiar. - Respondo.

Ele sorri, uma simples puxada no canto dos lábios e um levantar rápido de sua sobrancelha, dizendo claramente com isso que não acredita em mim. Dou a ele um sorriso de canto também, embora o meu não chegue aos pés do recado que o seu transmite, a aura nublada e a sua cara emburrada.

— Okay. - Murmura ele, estando meio tenso com isso. — Os outros vão vir logo, estão tentando diminuir o sangramento de Arthit.

— Com as Runas ?

— As Runas não funcionam nesse tipo de caso. - Responde, e minha expressão interrogativa deve ter aparecido já que ele continua. — Oon foi ferido com metal demoníaco, são como as Adamas que fazem as armas dos Caçadores, quando um deles é ferido por esse tipo de metal as runas não funcionam bem.

— Oh, eu sin...

— Não foi sua culpa. - Interrompe ele rapidamente, mudando o peso do seu corpo para a outra perna e afundando as mãos no bolso. — Oon foi descuidado.

Seu olhar é feroz e petulante, algo que parece ser exclusivamente dele. Por cima do seu ombro pego duas garotas, um pouco mais velhas, olhando nessa direção e sussurrando uma para a outra algo sobre ele.

Volto meu olhar a ele, e a razão está estampada como neon sobre ele, tudo gritando BADBOY estrangeiro, desde a sua camisa branca que leve três dos botões abertos ao sútil jeito que as mãos estão no bolso da calça jeans escura. O cabelo jogado e o olhar penetrante, pérolas tão negras quanto o de Arthit ou Alexander.
Quando meu olhar cai em seus lábios, percebo que ele me observa. Engulo a seco, desviando o olhar, fazendo com que ele solte um riso baixo.
Posso sentir as bochechas ficando vermelhas, o que acontece com frequência desde que os Caçadores de Sombras apareceram. Mas sua falta de Runas indicam que ele não é um deles.

Podem ter se passado segundos, ou até minutos quando Alexander e os outros dois

— Aliás, eu sou o Joss. - Se apresenta.

— Stiles. - Falo, voltando meu olhar para ele. — O que você é Joss ?

— O que acha que eu sou ?

— Meu Rottweiler protetor.

Joss se vira imediatamente a resposta fraca e arrastada, seu olhar caindo em Arthit e como a camisa branca está suja por sangue fresco, meio escondido pela jaqueta de couro de Alexander. Embora Arthit esteja com o corpo apoiado contra o de Kai, é fácil ver o motivo, ele está um pouco (modéstia parte) mais pálido e se esforça para manter os olhos abertos.
Alexander e Joss trocam um olhar sutil e rápido antes do mais velho cruzar seus braços e ficar ao meu lado, deixo que um suspiro escape dos meus lábios e passo a observar eles.

— Você está péssimo. - Diz Joss.

— É isso que fala ao lindo amigo que Raziel te deu ? - Faz beicinho.

— Eu não me lembro de ter pedido uma oferenda como você. - Retruca.

— Oho... - Arthit torce o nariz, virando a cabeça para Kai que tem os lábios bem pressionados um no outro. — Você vai deixar ele falar assim de mim ?

— Não fale assim dele, Joss Wachirawit. - Kai repreende.

Obriga...

— Ele não tem culpa do seu gene fada ter gerado mais hormônios de demônios do que anjo. - Concluí Kai com um sorriso travesso.

Arthit revira os olhos aos amigos que começam a divagar em que momento isso pode ter dado errado mesmo com os protestos do outro, entretanto ainda é possível ver que mesmo com o clima de provocação os ombros de Joss estão tensos e Kai brinca com a manga da jaqueta que Arthit usa para conter sua agitação.

— Vocês são péssimos amigos, búfalos.

— Eles estão fazendo isso para o manter acordado. - Ouço Alexander falar ao meu lado e desvio a atenção do trio para ver ele melhor. — A perda de sangue está o deixando fraco e a febre vai começar a qualquer segundo, manter ele acordado é a única coisa que podem fazer até que se chegue ao instituto.

Alexander tem o olhar fixo no trio e faço o mesmo agora, vendo que Joss é sútil em tocar a testa do outro que está mais distraído com algo sobre o fato de Kai não gosta de comida apimentada, todas as suas palavras parecem enrolar na língua e ele está com raiva disso, mas os outros não se importam e um sorriso pequeno toca meus lábios.

— Eles são bons amigos. - Sussurro.

— Sim, eles são. - Concorda Alexander com um toque gentil. — Nos melhores e piores momentos...

De não muito longe posso ouvir o som do trem vindo nos trilhos rapidamente, uma olhada a todos e é possível ver que a tensão é mais branda agora, Kai troca de lugar com Joss e Arthit grunhi baixo com a dor.

— Você quer que eu te carregue, Oon ? - O tom de Joss é preocupado e macio.

Arthit hesita, mas assente devagar após dar o segundo passo, é possível ver que seu corpo está fraco e os lábios começam a ganhar um tom roxo.

— Não, ele vai dormir se o fizer. - Kai intervém, firme. — Vamos, Sol, só mais alguns minutos até chegar....

[•••]

× ALEC LIGHTWOOD ×

— Não deveriam ter feito isso. - Jocelyn adverte a mim e ao Arthit com a voz firme. — Ele é um mundano até que se prove ao contrário!

— Você é surda ou se faz ? - Arthit ergue a cabeça dos braços e diz em seu tom zombador e hostil, cansado.

— Arthit...

— Estamos nisso a 15 minutos e ela fica dizendo que ele é um mundano. - A voz afiada do mais novo se altera quando se senta ereto. — Ele não é um simples Homo Sapien, Fairchild!

De pé onde estou posso ver os ombros de Jocelyn tensionar, mas também vejo com total clareza a hostilidade pura e concentrada de Arthit refletir em seus olhos escuros como a noite, o sorriso tão presunçoso quanto o de Joss em seus lábios rosados sem sequer um rastro de sutileza, pouso a mão no seu ombro e aperto levemente.
A tensão na sala é palpável, tão pesada e espessa quanto a neblina em noites de pior inverno, o escritório fica silencioso, se não por nossas respirações e os bater dos corações que facilmente pode serem meu e de Jocelyn. O corpo de Arthit está ereto na cadeira, relaxado enquanto os seus olhos frios estão fixos na Fairchild mais velha que está sentada rígida a sua frente, o desprezo ali é tão transparente quanto vidro.

— Arthit, eu entendo que não goste de mim e como lido com as coisas aqui no instituto. - Jocelyn começa. — Mas o que vocês fizeram foi uma imprudência...

— Você tem certeza que quer falar sobre imprudência comigo ? - Interrompe ele com  a sobrancelha arqueada.

A ruiva se cala ao tom duro, uma guerra fria sendo travado entre o passado e o presente acontecendo diante dos meus olhos, mas algo é certo aqui, Arthit não responderia a ela com gentileza mesmo se sua vida dependesse disso. O cômodo amplo e com elegantes móveis escuros parece pequeno agora, as janelas que estão abertas não arejam a sala e minha garganta se fecha.
Jocelyn comprime os lábios, fechando seus olhos e mostrando a culpa, ela se inclina sobre a mesa para pode o ver melhor.

— Arthit, eu não sabia que...

O som da cadeira sendo arrastada no piso de madeira a cala e me faz encolher um pouco, ele se levanta, arrumando a gola da camisa do uniforme.

— Não estou interessado nas suas desculpas, Fairchild. - Diz. — Estou indo dormir, aguardo as decisões.

E antes que alguém possa impedir a porta do escritório já está fechada atrás dele, vejo a mais velha afundar em sua poltrona com um suspiro exausto e não posso deixar de fazer o mesmo, embora meu motivo de tensão seja diferente do que está acontecendo.

Levo a mão para as têmporas doloridas com todo recente acontecimento das últimas três horas, a discussão unilateral que a diretora teve com ela mesma por mais de 15 minutos enquanto Arthit apenas ignorava o fato de estar na mesma sala que a mulher que levou seu irmão para a morte. É claro que ela se culpa pelo que aconteceu a meses atrás, quando podia levar qualquer outro Caçador para lidar com o problema onde havia um grupo de renegado, mas ela queria o irmão de Arthit mesmo que esse tenha pedido para não ir pois não queria deixar o mais novo sozinho, era uma missão difícil e o grupo de Caçadores foi prejudicado em muitos graus, mas apenas o irmão dele morreu e lhe deixou um último recado a qual nenhum deles nunca disseram algo a respeito.

Jocelyn está em silêncio, os ombros caídos e a expressão cansada, e não é pra menos. Ela tem problemas da Clave para lidar e o último relatório que voltou sobre termos ajudado Stiles foi a maior benção perante todos problemas que o resto do grupo criou, o que me ainda me lembra que preciso verificar se Jace e a Izzy estão respeitando o pedido de ficar longe do bar onde os submunanos se reúnem.
A pontada de dor em minha cabeça me acerta rudemente ao pensar nisso, já que que momento algum aqueles dois respeitaram seja o que for, quebrar as regras é a coisa deles.

Me sento na cadeira que Arthit ocupava a pouco tempo, Jocelyn parece perceber minha presença novamente, tirando os pensamentos de onde estavam.

— Então, Alexander, vai me dizer a razão de como se deixou levar pela história de três crianças ? - Pergunta, entrelaçando as mãos em cima da mesa.

— Mas a história das crianças estavam certas, não é ? - Devolvo.

— Por favor, Alexander. - Jocelyn suspira profundamente. — Sejamos os adultos responsáveis por aqui.

Me inclino para frente, entrelaçando os meus dedos sobre a mesa também e lhe encarando fixamente.

— Fui o adulto responsável quando não deixei que três adolescentes saíssem do instituto sozinho apenas com as suas teorias. - Falo. — E olha só, elas estavam certa, um minuto a mais prendendo eles aqui e Stiles estaria morto a essa altura.

— Sim, como quiser. - Murmura. — Você disse que ele conseguiu matar um dos demônios, como isso aconteceu se ele não tem preparo ?

— Uma Serafim. - Respondo e ele ergue a sobrancelha, prestes a falar algo, mas continuo. — Arthit disse que deixou um kit de emergência com a vizinha deles durante a madrugada, provavelmente aconteceu depois que as suas aulas se encerraram e usou o portal de Bangkok.

— E por que ele faria isso ?

— Pelo que entendi, Arthit estava um passo a frente. - Relato as informações que recebi. — Enquanto os tratamos como um mundano qualquer que foi atacado por um demônio, já que tem sido frequente as mortes de mundanos e submundanos nos últimos meses, ele disse que Stiles foi capaz de ver as suas runas e que o ataque de demônio não fazia sentido já que ele estava longe dos arredores do Pandemônio.

Jocelyn parece gerir minhas palavras, a ruga entre suas sobrancelhas ficam forte e então ela torce o nariz, erguendo o seu olhar da mesa e me encarando como se a caixa de Pandora estivesse sido aberta diante do seu nariz.

— Arthit disse que Stiles foi capaz de ver as runas ? - Quer saber. — E se essa seja a razão que levou ele a ficar com os cuidados do garoto na última semana ?

— Bem, não é como se tivéssemos um especialista no instituto além dele de qualquer maneira. - Falo, voltando a encostar na cadeira ao ver pela sua expressão que a sua cabeça trabalha rápido. — Mas o que quer insinuar com isso, Jocelyn ?

— Arthit é metade fada, Alexander, e ele trouxa sua vivência e aprendizagem do mundo Faerie. - Começa. — E como uma fada ele sabe quando suas insinuações a algo deixam de ser uma e passam a ser certeza, então ele só precisa jogar para conseguir uma prova, como qualquer fada faria.

Fico em silêncio enquanto penso sobre isso, é verdade que Arthit trouxe tudo o que aprendeu no reino das fadas para esse aqui, ele tem a mente de uma e as habilidades apuradas de um guerreiro que viveu milênios, sendo simplesmente bom em tudo que faz. Seus sentidos são melhores, seu olfato, a audição, os seus movimentos e principalmente seu senso de insinuação sobre algo nunca erra.

— Está insinuando que Arthit sabia que Stiles leva sangue Nephilim antes dele sequer acordar ? - Indago. — E que todas provas físicas ele já tinha, faltava apenas as que indicavam isso no nosso mundo e eu dei isso a ele quando o segui ?

Jocelyn assente.

— É exatamente o que estou dizendo a você. - Fala em tom plano. — Arthit é um cara astuto e o seu senso de insinuação nunca errou desde que chegou aqui, e se você acha que ele está um passo a frente, na verdade está bem mais.

Engulo a seco e então ela estala a língua, lembrando de algo que parece a deixar um perturbada, a fazendo se levantar.

— Você acha que ele seria capaz de fazer uma das nossas runas nele ?!

Mas antes que posso cogitar pensar na idéia, duas batidas altas soam na porta antes de Luke entrar com alguns papéis na mão e um rosto não amigável.

— Será que algum de vocês, finalmente, vai me dizer por que o garoto que estou cuidando está com duas das costelas lesionadas ?! - Pergunta.

— Espero que não esteja com pressa, Lucian. - Jocelyn suspira, apontando a cadeira vazia na sala. — Mas preciso de um minuto para enviar uma mensagem aos Irmãos do Silêncio.

Cruzo o caminho para fora da sala com rapidez, fechando a porta atrás de mim e respirando profundamente ao encostar as costas sobre a madeira por alguns segundos, massageando as têmporas doloridas com a repetição da conversa sem fim. As perguntas borbulham em minha cabeça, algumas sem respostas e outras com mais do que eu queria ter no momento, sigo pelo corredor e desço a sala principal.
Assim que entro sou recebido com a figura de Stiles em um dos sofás, ele tem um sorriso pequeno nos lábios ao ouvir Izzy e Clary falarem e acenarem sobre alguma coisa, e tenho a impressão que ele sequer abriu a boca desde que elas começaram a falar. Jace também está aqui, sentado no sofá maior com a sua sobrancelha arqueada e a expressão de quem está formando muitas teorias das razões que traria o mesmo garoto para o instituto novamente, e como se eu fosse a resposta ele se levanta ao me ver.

— Respostas. - Diz, assim que larga meu braço quando passamos pela porta e a mesma está fechada. — Agora, Alec.

— O que você quer saber, Jace ?

— Desde quando você virou babá de adolescente ?

— Quando você e Izzy viraram um ? - A resposta é rápida, incapaz de ser contida em minha boca e causa uma careta em seu receptor.

— Hahaha, tão engraçado, Alec. - Fala em tom plano, cruzando os braços sobre o peito largo. — O que aconteceu ?

— Ele foi atacado. - Falo, copiando a sua postura. — Um Ravener e dois demônios de nível médio o cercaram no banheiro da escola.

Jace franze a testa, inclinando a cabeça e descruzando seus braços ao não ver nenhum traço de brincadeira.

— Está falando sério ? - Indaga. — Como isso aconteceu ? Quando ? Por que não me chamou pra ir com você ?

Dou de ombros, passando a mão pelo cabelo.

— É uma longa história... - Murmuro.

— Tenho tempo. - Diz simplesmente, me indicando com a cabeça para o seguir a algum lugar. — Vamos lá, elas nem vão notar minha ausência.

— Elas vão notar quando os Irmão do Silêncio chegarem. - Murmuro em tom baixo.

Jace parece ter ouvido já que para de andar e se vira afim de me ver.

— Irmãos do Silêncio ? - O tom temeroso e perturbado. — Arthit vai amar essa notícia...

[•••]

× STILES STILINSKI ×

— Uma raposa ? - Clary pergunta com entusiasmo ao me ouvir conta a história de como conheci o sobrenatural. — Eu pensei que elas estavam extintas a anos, como ela é ?

— Oh. - Mordo o lábio inferior e afundo um pouco o corpo no assento macio que ocupo, mas logo volto ao normal com a dor que atravessa meu corpo. — Kira é muito bonita, os traços asiáticos, ela é doce e amiga. Inteligente, forte e muito fofa...

— Você gosta dela. - Izzy aponta, como se isso fosse a coisa mais óbvia. — Não tente negar, seus olhos brilham quando fala dela.

Deixo um riso baixo escapar dos meus lábios, vendo as duas garotas piscarem os olhos várias vezes a espera de uma resposta, umideço os lábios e suspiro.

— Não, Kira é apenas uma amiga. - Falo, passando a mão no cabelo em um gesto espontâneo que causa dor. — No caso de gostar acho que seria mais provável a Lydia, meu primeiro amor de infância, que como a grande parte deles, não é para ser, mas desejo muito que ela seja feliz com alguém legal.

Izzy sorri docemente de seu lugar, Clary assente como se entendesse o que estou sentindo ou algo semelhante, quando a porta da sala se abre e Arthit entra com roupas comuns, uma calça branca e uma camisa preta, junto com uma mochila em seu ombro direito. Óculos de aros finos e quadrado, arrumando o cabelo que cai sutilmente por sua testa, ele sorri para todos.

Clary franze o cenho, olhando o relógio de parede que está ali, Izzy se mexe no lugar para abrir espaço no sofá que está ocupando quando ele entra no cômodo e segue para junto de onde estamos.

— Como está se sentindo ? - Pergunta, apontando para minhas costelas. — Está doendo ?

— Bem, só incomoda quando me mexo rápido. - Respondo, dando uma olhada nele que parece intacto. — E você ?

— Como novo. - Arthit sorri, erguendo a barra da camisa preta e mostrando o abdômen firme, a sua pele bronzeada e marcada por finas cicatrizes brancas e um curativos médio. — Como pode vê, Joss é bom em ferimentos mais graves quando se tem os equipamentos certos.

— E com razão. - Fala Izzy, cruzando as pernas. — Você e Kai são difíceis de lidar.

Desvio o olhar de seu corpo quando ele abaixa a camisa novamente, um sorriso torto no rosto quando tira a mochila do ombro e pousa na mesa de centro para pegar algo.

— Oh, Iz, você sabe que está mentindo sobre isso. - Retruca Arthit. — Joss é pior de se lidar, principalmente quando de mau humor.

— E já existiu alguma vez que Joss não esteve de mau humor ? - Indaga Izzy com um sorriso.

Arthit e ela ri, aparentemente falando do garoto mais baixo do trio, aquele que se fosse possível levaria Arthit nas costas o caminho todo até o instituto apenas para não ver a dor ele e o mais estranho é que acho que só não fez por causa de Kai. Mas ele não parecia de mau humor, bem, não todo o caminho.
Houve momentos em que deu um sorriso ou outro, com alguns dos comentários de Arthit sobre como todos no vagão do trem estavam olhando para eles como se fossem animais selvagens, mas no meu ver eles estavam olhando tendo nojo ou inveja pelo modo que Arthit estava sendo cuidado, cada movimento observado e a todo tempo Kai e Joss se revezavam em medir a temperatura dele e o provocar para o manter de olhos abertos.

— Não está muito cedo pra sair ? - Clary pergunta.

— Sim, mas tenho algumas coisas para resolver. - Diz, puxando um frasco de comprido e jogando para mim. — Fique com esses, tome um a cada seis horas se tiver dor, vai ajudar.

Pego o frasco transparente que lançou e dou uma olhada nos comprimidos com a cor azul claro.

— Você não vai precisar deles ?

— Geralmente não carrego para mim, mas tenho esses. - Explica Arthit, pegando outro frasco na bolsa. — Eu levo para Joss, os dias em que a lua cheia se aproximam são coloridos a ele, tenho dois reservas comigo e um com Kai, não se preocupe.

— Oh, obrigado então. - Falo.

Ele ainda fecha a mochila quando seu celular toca e ele o pega, atendendo a chamada sem sequer olhar o remetente da outro linha.

— Sawadee Krub (olá) - Seu tom é neutro ao jogar a mochila no ombro, mas revira os olhos ao ouvir a outra linha. — Estou bem...

E sem demora ele corta a chamada com um bufo, guardando o celular no bolso quando um gato gordo persa de olhos amarelos entra na sala com um miado.

— Hey, Church... - Ele se agacha para acariciar o gato que se entrega a ele, logo virando para nos ver novamente. — Os Irmãos do Silêncio estão no instituto e esperam na biblioteca.

De canto posso ver Clary e Izzy ficarem tensas, estremecendo um pouco no seus próprios lugares com a menção deles, a minha sobrancelha levanta e Church se enrosca entre a perna de Arthit quando ele se levanta facilmente.

— Por que os Irmãos do Silêncio estão aqui ? - Pergunta Clary em tom baixo.

— Sua mãe o chamou... - Arthit da de ombros, suspirando ao ver que ambas se recusam a levantar. — Vamos lá, eles não são tão ruins.

— Eu nunca disse que são ruins. - Izzy diz em um protesto rápido. — Não são, mas eu tenho medo deles.

— Bota medo nisso. - Clary concorda, se encolhendo com um tremor. — Vou ter pesadelos por uma semana.

— O que são os Irmãos do Silêncio ? - A pergunta escapa de meus lábios.

— Os Irmãos do Silêncio são arquivistas, mas não é tudo que são. - Começa Arthit com um brilho nos olhos. — Eles foram Caçadores de Sombras como nós, mas a fim de reforçarem as suas mentes, eles optaram por tomar sobre si algumas das Runas mais poderosas já criada.

— Então eles são mais fortes que vocês ?

— Mentalmente sim, fisicamente nem de longe. - Continua Arthit. — O poder dessas Runas são tão grande que a utilização delas levaram eles a alteração e deformação física. Eles não são mais guerreiros como os outros, seus poderes são da mente e não do corpo.

— Eles podem ler mentes ? - Pergunto, ainda não sabendo se acho isso incrível ou assustador.

— Sim, entre outras coisas. - Diz Arthit com um sorriso.

— Não se deixe enganar pela admiração de Arthit a falar deles. - Clary fala. — Eles são assustadores.

— Sim, o pior dos bicho papão de todo os Caçadores de Sombras. - Acrescenta Izzy. — São muito poderosos, andam na escuridão e não falam, além de poderem abrir sua cabeça como uma fenda e te deixarem gritando no escuro se forem o desejo deles.

Sinto o frio atravessar a espinha, Arthit bufa de pé onde está, arrumando a alça da mochila em seu ombro e se virando para sair do cômodo.

— Vocês estão assustando, Stiles. - Fala e segue o corredor. — Vocês vão comigo ou esperarem que eles desçam aqui ?

Enquanto caminho junto aos outros até a biblioteca, percebo que o instituto é como um enorme labirinto confuso sem, tendo entradas e saídas que parece um tipo de caverna profunda, mas ao lado de fora é apenas uma igreja que está em ruínas. Bom, ao menos é o que todos vê, quando o Glamour, como explicou Alec, esconde a coisa de verdade das pessoas que não podem ver por trás.
Logo haviam chegado a um arco em forma de um conjunto de portas de madeira que estão entreaberta, e como se Arthit sentisse a hesitação de todos a entrar na sala, ele empurra a porta. Sou empurrado levemente por Clary para o cômodo, seguido por Izzy, a minha boca se abre ao ver o lugar que embora tenha as lâmpadas apagadas e a luz leitosa que adentra as janelas do telhado abobado como iluminação.

A biblioteca em si é circular, com um teto que afilava para um ponto, como se tivesse sido feito no interior de uma torre. Suas paredes estavam alinhadas com livros, as prateleiras tão altas que havia escadas com rodinhas colocadas em intervalos. Aqueles livros não eram comuns aos olhos, eram encadernados em couro e veludo, fechados com muita segurança, com fechaduras e dobradiças feitas de bronze e prata. Suas espinhas estavam cravados com joias brilhantes e manuscritos em ouro. Eles pareciam gastos de um jeito que deixava claro que aqueles livros não eram apenas velhos, mas estiveram sendo bem utilizados, e também cuidados.

O piso de madeira polida, incrustada com pastilhas de vidro, pedaços de mármore e pedras semipreciosas. A incrustação formava um padrão que não conseguia decifrar, aquilo podiam ser constelações, ou mesmo um mapa do nosso mundo.
No centro da sala, estava uma mesa. É esculpida de madeira, uma grande peça pesada de carvalho que brilhava com o embotamento dos anos. A tábua repousava sobre as costas de dois anjos, esculpidos a partir da madeira, as suas asas douradas e faces gravadas com um olhar de sofrimento, como se o peso da tábua estivesse quebrando suas costas.

Atrás da mesa Jocelyn está com suas vestes impecáveis e passada, o cabelo preso em um coque alto e a expressão vazia, como Alexander, Jace e Luke estão ali também com igual expressão, a qual começo a achar que fazer Poker Face é algo de caçador. Por um pequeno momento achei que estavam sozinhos quando duas figuras erguia se moveram para sair do canto escuro, dois homens.
Dois homens alto vestindo com manto pesado que caia do pescoço aos pés, cobrindo-os completamente. A capa do manto estava levantada, escondendo o rosto. A roupa em si era da cor de pergaminho, e os intricados desenhos rúnicos ao longo das bordas e das mangas pareciam como se tivesse sido tingida por sangue seco.

Por alguma razão, mesmo sem ver o seu rosto, meu corpo ficou tenso quase que imediatamente e os pelos se arrepiaram.

— Este. - Apresenta Jocelyn. — É o Irmão Jeremiah e o Irmão Zachariah da Cidade do Silêncio.

Quando um deles se moveu na direção que estamos, fiquei tentado a recuar, vendo que Izzy e Clary ficaram tensas rapidamente ao meu lado. Arthit, no entanto, acabará de saudar o homem com um gesto estranho e foi na direção do outro com um sorriso.
Mas algo que notei foi o silêncio, mesmo quando andou não ouve sequer ruído de passos nas tábuas ou do manto, apenas o de Arthit quando pisou em uma que parece solta. Fora isso, era como se ele fosse um fantasma, mas não era, soube disso no instante que ele parou a minha frente e mesmo sem o olfato apurado o cheiro de incenso e sangue, algo vivo, me atingiu.

— E este, Irmãos. - Continuou Jocelyn, agora de pé. — É o mundano sobre qual escrevi. Stiles Stilinski.

— Oi. - Cumprimento.

Não recebendo nenhuma resposta dele ou do outro, meu coração começava a acelerar aos segundos silencioso e um gosto de ferrugem encheu minha boca, quando acidentalmente mordi o canto interno dos lábios. O silêncio flutuava no cômodo, pairando como uma aura pesada e densa que começa a gelar os ossos.
O rosto do Irmão Jeremiah ainda tem a cabeça para mim, quando a voz de Arthit vem, embora nenhuma palavra foi dita a mais.

— Sim, Irmão Jeremiah. - Ele diz com firmeza. — Tenho certeza disso.

— O primeiro descendente de um dos Esquecido a acender.

As palavras ecoaram em minha cabeça, como se eu as tivesse pensado, mas não foi, instantaneamente recuo. Isso sem dúvida é assustador.

— Descendente de Esquecido ? - Todos na sala, com exceção de Alexander, Jace e Arthit, indagam juntos, surpresos.

— O que é um Esquecido ? - Pergunto.

— Um Caçador de Sombras que teve as Runas retiradas, um exilado ou fugitivo da Clave. - Jocelyn fala, se virando para o Irmão do Silêncio mais próximo. — E o que querem dizer com "tenho certeza", já sabiam disso ?

— Sim. - Outra voz concorda, um timbre mais brando e passivo. — O jovem Arthit entrou em contato três dias depois do acidente, tendo testes bem sucedidos e uma amostra de sangue.

Meu olhar muda para Arthit que está um pouco nervoso com toda atenção, a sua mão aperta a alça da mochila quando o olhar feroz de Luke cai sobre ele, ele me lança um olhar também e posso ver um pedido de desculpa silencioso. Assinto, afinal é o trabalho dele fazer isso.

— Testes ? - O timbre de Jocelyn é um falso controlado. — Quais tipos de testes ?!

— Não importa. - Irmão Jeremiah fala, hostil. — O sangue da Clave é dominante na criança, Jocelyn.

Como se uma bomba estivesse caído em meus ombros, ou atingindo meu corpo, dou um passo para trás em confusão segundos depois.

— Está me dizendo que tenho sangue de Anjo e que sou um Caçador ? - Nervoso, acabo rindo. — Desculpa, isso não está certo, não pode estar ou ser, e-eu...

"É hora de acender, Mieczylaw."

As palavras de Dorothea passando pela minha cabeça, me calando, meu corpo paralisa e a respiração pesa.

— Isso é realmente possível, Irmão Jeremiah ? - Luke fala pela primeira vez, dando um passo em seu lugar próximo de Jocelyn. — Nunca houve relato de que um descendentes de Esquecido acendeu antes.

— Não até agora, senhor Garroway. - A voz de Zachariah ou Jeremiah dizem juntos. — E ele não é descendente de qualquer Esquecido.

— Oh meu Deus, eu quero vomitar...

Minutos depois das palavras saltarem da minha boca, Arthit e Izzy me guiam para fora da biblioteca quando começo a ficar mais pálido do que estou, me levando através de um corredor até onde Church está sentado aos pés de uma escada em espiral metálica que levava até um lugar onde a meia-luz parecia banhar.
Não me lembro como, ou porque os meus passos faziam barulho a subir os degraus, mas o deles não. Um conjunto de portas duplas o receberam quando chegaram ao topo, os padrões de folhas e vinhas, Arthit puxou uma chave fora de padrão comum que parece carregar em seu pescoço e girou na fechadura, logo as abrindo.

O cheiro de verde da natureza o saudou assim que Izzy o guiou para dentro das portas, e a visão era encantadora para todos amantes da natureza. Um enorme recinto murado de vidro, revestido com árvores frondosas cujos ramos balançavam com o ar fresco. Havia arbustos pendurados com bagas brilhantes, vermelhas, roxas e pretas, e pequenas árvores com estranhos frutos que ela nunca tinha visto antes.

Izzy exalou ao meu lado, e fui incapaz de não o fazer e sorrir. Não importava com qual humor ou desgaste havia chegado aqui, o cheiro da primeira por todo lugar acalmava até as almas mais sombrias.
Arthit sorriu a nossa frente, nos dando as costas e empurrando uma folhagem para o lado, afim de nos fazer prosseguir mais adentro. Algo que fiz sem nenhum problema, observando tudo ao redor.

A estufa estava disposta, para meus olhos não-treinado, sem qualquer padrão em particular, mas por toda parte que olhava havia um tumulto de cores: azul, roxo, flores derramando para baixo e ao lado, uma cobertura de verde brilhante, como uma vinha rasteira que transbordavam como joias, gomos de tons laranja. Elas surgiam em um espaço limpo, na qual um banco de granito descansava contra o tronco inclinado de uma árvore de folhas verdes-prateadas. Água luzia fracamente saltando em uma piscina de pedra, e ao olhar em direção ao céu viu o vidro da estufa iluminado sobre eles como a superfície de um lago invertido.

— Uau... - Exclamo fascinado. — Aqui é tão lindo.

Os olhos de Arthit brilharam e o sorriso em seus lábios cresceu um pouco mais, embora uma fagulha de tristeza tão transparente como a água da piscina foi vista em seus olhos escuros, Izzy e eu nos sentamos no banco.

— Eu pensei que depois de Hodge esse lugar viraria uma selva. - Izzy diz em um tom de admiração, vendo Arthit pegar um regador e indo até um dos botões de flores. — Mas você o manteve ainda mais bonito depois dele voltar a Idris.

— Costumo cumprir as promessas que faço. - Arthit fala, se abaixando próximo de um canteiro a qual mexe a terra com um garfo antes de a regar. — Sejam em nome do anjo ou não.

— Você vem muito aqui ? - Pergunto.

— Não, Joss tem alergia a pólen - Diz ele dando de ombro, sem nenhum traço de rancor ou tristeza por ter que se afastar do que gosta para proteger o amigo, ele sorri e muda de canteiro. — Posso deixar uma cópia da chave com você, se decidir ficar, pode ser o seu lugar especial.

Izzy parece surpresa com as palavras de Arthit, enquanto o mesmo continua a cuidar dos canteiros com tanta atenção e cuidado como se pudesse machucar a elas ao se distrair, havia familiaridade no gesto que me fazia lembrar algo que não consigo alcançar. Alguma coisa que foi tirada ou protegida de mim para não me machucar, mas tão real, só que isso seria uma das piores loucura já que nunca o vi antes.

Eles são Nephilim, criados para lutar contra demônios que invadem a essa dimensão e manter a ordem. Por que uma memória roubada seria loucura ?

Respiro lentamente, permitindo que as costelas contraia e então inspirando ainda devagar, usando a pontada de dor para afastar o cabelo da testa.

— E eu tenho alguma escolha ? - Quero saber. — De fazer isso, quero dizer, eu tenho escolha em não fazer ?

— Sempre temos escolhas, Stiles. - Izzy fala, o tom firme. — Você pode escolher não fazer parte e seguir com uma vida o mais normal que conseguir depois disso, ou ficar e aprender.

— Ou ambos. - Acrescenta Arthit, tirando uma flor branca do canteiro. — Escolher ser Caçador não significa que precisa esquecer sua vida fora daqui, ainda pode seguir seus planos e ainda lutar por algo, por alguém, ou só por você.

— E se eu estiver cansado de lutar ?

Ele caminha em nossa direção, deixando o regador onde o pegou no processo e a mão de Izzy pousa em meu ombro, seu olhar cheio de empatia.

— Só porque está cansado, não significa que quer desistir. - Declara ela. — Até os melhores guerreiros precisam de algum tempo, Stiles.

— Talvez eu vá precisar mais do que só algum tempo. - Murmuro, olhando entre ambos.

— Então Kai, Joss e eu seremos as suas âncoras, se decidir que ficar é o que deseja. - Arthit fala com firmeza. — E também vou deixar claro que o caminho não vai ser fácil, mas vamos estar aqui se precisar.

— Por que vocês fariam isso ?

— Porque sabemos como é estar cansado e se sentir vazio, porém cheio, como é sentir que o peso do mundo está nas suas costas ou se culpar por ter feito algo que te fez perder tudo. - Arthit me entrega a flor branca que colheu e a aceito, ele sorri. — Essa é uma violeta, elas significam Lealdade, modéstia e simplicidade. Mas se forem brancas significam que uma promessa está sendo feita, e essa é a nossa com você.

Izzy aperta suavemente meu ombro em apoio ao assentir com um sorriso doce.

— Você pode contar comigo também. - A voz profunda de Alexander me faz ergue a cabeça para o encontrar ali. — Mas não vou facilitar pra você, mundano.

Arthit e eu damos uma leve risada nasal baixa, seguro a violeta branca e olho os três caçadores.

— Obrigado. - Falo baixo. — Mas eu vou precisar de algumas horas para digerir tudo isso.

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Espero que tenham gostado.
Até o próximo capítulo.
Partes em itálico foram retiradas do livro da Saga TMI.

O que acharam do capítulo ?
Achei tudo tão fofo...
(Eu ia colocar a parte do trajeto para o instituto no final do capítulo anterior, mas acabei esquecendo, espero que não tenha ficado sem sentido aqui...)

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