New security ❄ Im Jaebum

By yOverthrow

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Nalu Holyn Wright é uma garota mais que astuta. Filha do tão reconhecido prefeito da cidade e ainda no início... More

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By yOverthrow

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Gravador

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As fotos acabaram levando mais tempo que o necessário e apesar dos meninos estarem junto a nós, quase não houve interação entre Scarlett e Jinyoung, a não ser pelas poucas peças que tiramos em grupo e os vídeos gravado para a divulgação da nova coleção.

Em todo momento, tentei falar com meu colega algumas vezes, sendo impedida pelas trocas de roupas e tempo corrido, deixando-me inquieta com todo aquele clima fúnebre.

Mas isso era o de menos.

O que mais me incomodava em toda aquela situação, era Sungjae.

Era o olhar do diretor e seu sorriso mais que contente, todas as vezes que Scarlett tentava se aproximar do ex namorado e o mesmo se afastava, ignorando-a. Era a forma como ele olhava-a e os possíveis pensamentos nojentos existentes dentro de sua mente.

E ainda tinha Jinyoung.

Em todos os, o garoto nunca havia feito algo assim com sua namorada antes. Na verdade, ele sempre tentava conversar, indagar, para então tomar uma decisão.

Vendo-o agora, meu colega parecia tão indiferente. Tão vazio. E tudo isso por causa de um maldito mal entendido.

- É só eu, ou também está achando toda essa situação esquisita? - ao meu lado, Jackson se aproximou.

Todos os funcionários estavam no seu horário de lanche e eu aproveitava o momento de calmaria para retocar a maquiagem.

- Está falando do término? - indaguei.

Negando levemente, o modelo ao meu lado bebeu alguns golos do café em sua mão, antes de dizer:

- Ainda não terem reatado. Acho que nunca ficaram tanto tempo assim brigados.

- Eles só precisam conversar.

- Não acho que seja apenas isso.

Jackson não era do tipo de cara que se apegava a relacionamentos, ou que curtia namorar, mas de forma cômica, era ótimo em dar conselhos. Ou notar quando algo parecia errado no namoro dos outros. E dê certo modo, isso me preocupava.

- Então qual é o seu palpite, senhor conselheiro amoroso? - eu brinquei, tentando fazer daquele clima algo mais leve.

Lançando-me um rápido sorriso, seus lábios voltaram ao normal quando ele encarou algo atrás de mim. E deduzi, confirmando segundos depois pelo reflexo da penteadeira, que se tratava de Scarlett e Jinyoung.

Ambos estavam sentados na mesa, lanchando, um ao lado do outro, juntamente aos outros funcionários, entretanto sequer se encaravam. Era bizarro.

- Meu palpite é que talvez, dessa vez, o término seja definitivo.

- Não fala bobagem, Jackson. Isso é quase impossível. Os dois estão juntos a tantos anos...

- O tempo nem sempre segura todos os relacionamentos do mundo, Nalu. Você, mais do que ninguém, deveria saber disso.

- Mas esse caso é diferente. Eles ao menos te contaram a droga que aconteceu e o real motivo de terem terminado?

Jackson negou.

- Na verdade, eles sequer me contaram que terminaram - ele disse, bebendo mais um pouco do café.

Franzindo a sobrancelha, prestes a perguntar como diabos ele sabia disso então, apenas comentei:

- Está meio óbvio, não é?

- Um pouco - ele ironizou.

Nem mesmo quando tinham as piores discussões o casal paravam de conversar. Apenas se provocaram um pouco mais, até que um cedesse e tocasse no assunto outra vez, pronto para se resolverem. E comparando o passado do casal para a atualidade, eu entendia o palpite de Jackson. Só não queria concordar.

Terminar? Eles se amavam.

- De qualquer forma, toda essa confusão não é nossa - Jackson fez questão de lembrar. - Somos amigos deles, mas não podemos obrigá-los a continuarem juntos ou não. E a escolha sobre seus futuros será exclusivamente deles. Só nos resta aceitar.

- Certo... - resmunguei, concordando, embora minha mente estivesse voltada para o plano criado anteriormente.

Nem ferrando que eu iria desistir de algo assim. Jackson até estava correto em falar que não era direito nosso se envolver no relacionamento deles, mas nao era nisso que eu estava entendo meu lindo nariz. Na verdade, eu estava sendo intrusa na vida de Sungjae. E ele iria aprender de uma vez por todas a não bancar o bobo com outras mulheres, apenas por conta de seu excesso de poder.

- Ei - ele disse sério, notando minha voz estranha - Você não está planejando algo esquisito, está? Vou contar ao seu pai se esse for o caso.

- Eu não estou, fica tranquilo.

- Nalu...

- Olha, eu juro, sou uma santa.

- Claro que sim. Então se você é uma santa, eu sou um padre - ele comentou, soltando um sorriso esquisito antes de terminar a frase: - Dos filmes pornôs, é claro.

- Credo, Jackson! - eu berrei.

Sorrindo pela minha reação, ele cruzou os braços e ergueu o café em minha direção.

- Quer um pouco? Você não comeu nada desde que chegamos.

- Nao, obrigada. Não estou com fome. E também não consigo comer nada quando estamos fotografando. Mas obrigada por se importar, você é incrível.

- Certo - ele concordou. - Nós ainda temos mais uma hora de trabalho, não é? O que vai fazer hoje à noite?

Procurando pela mesa o batom vermelho que estava usando, respondi, enquanto encontrava-o perto do blush:

- Se tudo der certo, vou ganhar ingressos para a Purple Ballad.

- Aquela balada famosa de Hongdae?

- Essa mesma.

- Como conseguiu os ingressos? Pensei que estivessem todos esgotados.

- Um pouco de sorte, talvez? - eu sorri, prestes a mudar de assunto e indagar como havia sido os seus dias sem mim, quando notei notei Sungjae retornar do seu intervalo e caminhar rapidamente até seu escritório.

Era agora ou nunca.

Catando meu celular em cima da penteadeira, levantei-me de uma vez, deixando Jackson confuso.

- O que houve? - ele perguntou.

- Desculpa, eu preciso resolver umas coisas. Falo com você depois?

- Por mim tudo bem. Nos falamos depois.

Piscando rapidamente para ele, falei:

- Volto antes da nossa pausa terminar.

- Certo. Se cuida.

Despedindo-me do meu colega, fui atrás de Sungjae. Ele precisava ser honesto. E eu faria ele dizer todas as verdades que escondeu de Scarlet e Jinyoung quando decidiu causar toda confusão. Afinal, mulheres também tinham vozes. As melhores.

E não é porque ele possuía um cargo importante em uma agência importante que se comportaria como um filho da puta.

Parando frente à porta de seu escritório, suspirei pesadamente e encarei meu celular, desbloqueando-o e ligando o gravado de voz. Em seguida, dei duas batidinhas na porta, abrindo-a logo depois.

- Oi, será que posso entrar? - perguntei, observando-o sentado em sua poltrona e repleto de papéis ao redor da mesa.

Surpreso, o homem fitou sua atenção em mim e acenou com a cabeça, anunciando:

- Isso é raro. A última vez que vi você aqui dentro, estávamos fechando seu contrato com empresa.

- Bem, é por isso que as pessoas dizem que milagres acontecem - retruquei, adentrando o espaço tranquilamente.

Era um escritório grande e organizado, mas a companhia em minha frente fazia tudo soar terrivelmente incômodo.

Aproximando-me dele, sentei-me em uma das poltronas marrons e cruzei minhas pernas. Seus olhos observaram cada movimento meu, até que o gerente questionou:

- E então, a que devo a honra de sua ilustre presença hoje?

- Na verdade, só estava afim de passar um tempo com você - comentei de forma impulsiva.

O plano estava todo arquitetado em minha mente, mas as palavras não. E mesmo sabendo até que ponto queria e precisava chegar, não estava ciente de como faria.

- Eu deveria rir? - ele ergueu uma sobrancelha.

Mas não o julgava por reagir assim. Eu também ficaria em choque se estivesse na sua situação. Por anos, o gerente havia tentado se aproximar de mim com inúmeras táticas idiotas e agora que eu finalmente estava parecendo querer retribuir, sem motivo alguns, era algo a se desconfiar, obviamente.

- Sabe que viajei recentemente para Miami, não sabe? - comecei a falar, vislumbrando sua atenção em mim.

- Claro que sei. Todos sabem, na verdade. Mas por que isso é importante?

Apesar das palavras rápidas, Sungjae estava totalmente focado em mim, o que era bom, se não fosse o arrepio que senti enquanto reunia coragem para falar as próximas palavras.

- Foram dias incríveis que me fizeram ficar reflexiva. E dentre todos os meus pensamentos, recordei de você.

Sorrindo, levantei-me da poltrona e caminhei até sua mesa, apoiando-me lá.

Era uma mentira, claro, porque recordar de Miami no momento me fazia lembrar de Jaebum. Do nosso primeiro beijo na praia e a noite calorosa que tivemos após fugir daqueles caras estranhos.

Ainda assim, tentei manter o foco.

- Isso está ficando interessante - o gerente afundou suas costas na cadeira, sorrindo para mim. - Por que eu seria motivo dos seus pensamentos?

- Eu também me perguntei isso. Até que percebi.

- Percebeu? O quê exatamente?

- Que eu meio que gosto de você - menti descaradamente.

Era mais fácil um raio cair trezentas vezes cima da minha cabeça que essa droga acontecer.

- Não brinque com essas coisas, Nalu, você mesma sempre me cortou quando tentei me aproximar - ele expôs, ainda com o sorriso nos lábios. Mas agora não parecia tão feliz. Na verdade, era como se tentasse enganar a frustração, afinal, aquilo parecia impossível.

- Fazia isso porque estávamos em um ambiente de trabalho.

- Nós ainda estamos.

- Não, nós estamos no intervalo.

- Então está dizendo a verdade? Gosta realmente de mim? - indagou, negando com a cabeça. - Me desculpe, mas não dá pra acreditar nessa merda, Nalu. Mesmo que seja verdade, por que decidiu me falar isso hoje?

- Eu fiquei com ciúmes - foi a única desculpa que consegui dizer.

Cruzando os braços, ele não disse nada por alguns tempo. Por isso, completei:

- Ouvi dizer que Scarlet estava atrás de você - retruquei, começando a tocar no assunto principal daquela situação. - E não queria sair perdendo.

- Como ficou sabendo? - por breves segundos, seu corpo todo congelou.

- Boatos tendem a se espalhar rápido demais - dei de ombros. - Todos estão comentando sobre isso.

Outra mentira descarada.

- E quem começou o boato? Alguém precisa acender o fósforo para o incêndio começar.

Se ele parecia preocupado, só significava que minha melhor amiga estava certa e que Sungjae era apenas um desgraçado, caso contrário, a consciência do homem estaria em plena paz e o gerente não se incomodaria em comentar sobre o mal entendido. Ou desfazê-lo.

- É isso que também quero saber - falei, remexendo em uma das canetas em cima da mesa. - Em todo caso... é verdade?

- O que você acha? Acredita que sua melhor amiga seria capaz de fazer algo assim? - questionou.

Naquele mesmo segundo, notei que o gerente estava me testando. Ele queria uma resposta. Uma boa resposta. E eu queria que ele fosse sincero. Que ele se deixasse levar pelas minhas palavras e falasse algo que realmente fosse sincero.
Então eu sairia da sala e fingiria que nada ocorreu.

- Scarlett não é esse tipo de garota.

- Então isso é um não?

- Apenas você pode confirmar isso.

Óbvio que ele não queria ser motivo de boatos dentro da empresa, mas se esse realmente era o caso, o gerente não seria idiota o suficiente ao ponto de deixar isso se espalhar de modo que o prejudicasse.

Suspirando, ele disse:

- Irei contar isso a você porque acredito que não espalhará para mais ninguém, então sim, é verdade.

Quando o escutei admitir isso, senti meu corpo ferver de raiva, mas apenas sorri.

- E o que aconteceu exatamente?

- Se me permite dar um conselho, Nalu, essa sua amiga é um pouco maluca - ele falou. - De repente, ela começou a se aproximar e dar em cima de mim, mas neguei, pois sabia de seu envolvimento com Jinyoung. Ainda assim, ela não parou. Continuou insistindo, continuou mandando mensagens, tem noção do incômodo?

Oh, sim, eu tinha... murmurei mentalmente.

- E o que você fez sobre isso?

- Dei um basta. Contei ao seu namorado.

Espera, então era por isso!, pensei.

Esse era o verdadeiro motivo de Jinyoung não estar querendo trocar palavras com Scarlet.

- Então é isso o que via fazer comigo também? - eu questionei. - Também vai dar um basta em mim?

Me sentia uma traidora por falar coisas assim, mas era necessário. De que outra forma conseguiria uma confissão dele? Se ousasse ameaça-lo, era provável que piorasse as coisas.

Levantando-se, ele deu a volta na mesa, parando em minha frente, fazendo meu coração gelar em pavor. Estava muito perto.

- Não - ele respondeu, segurando uma mecha do meu cabelo - Porque você é diferente. Tudo que aquela garota queria fazer era brincar, mas não vejo isso nos seus olhos. Pelo contrário, você parece estar falando sério.

Soltando o meu cabelo e apoiando suas mãos ao redor da mesa, impedindo-me de sair, ele estalou a língua.

- Mas não em relação a mim - concluiu sua fala.

- O quê?

Ele aproximou seu rosto do meu, os olhos fixos em mim, fazendo meu corpo tremer de pavor.

- Não sou idiota, Nalu.

- Nunca disse que era.

- Dias atrás, você me odiava. Evitava qualquer contato comigo. E sei que os opostos geralmente se atraem, porém não dessa forma. Vamos lá, apenas diga.

Tentei sorrir, mas meu corpo todo estava em estado de alerta, fazendo meus lábios incapazes de manter-se altos.

- Por que não consegue dizer? - ele segurou minha cintura, puxando meu corpo para mais perto dele. - Ela te contou, não contou? A verdade. Então o seu senso de justiça a fez vir aqui querer saber a verdade. Mas, bem, não há nada que possa fazer. Mesmo que eu conte a você tudo que aconteceu, em detalhes, não mudará nada.

Sua respiração próxima a minha me deixou desconfortável. E sem perceber, senti tarde demais que ele havia pego o celular escondido entre a minha roupa.

- Devolve! - gritei, tentando recupera-lo.

Mas o homem foi mas rápido e se afastou, mexendo nas configurações do aparelho.

- Um gravador? - ele falou, enquanto eu tentava pegar o aparelho de volta. Inútil. Além de mais alto, o gerente também era forte. - Confesso, isso foi inteligente. Não imaginei que pensaria em algo assim. E quase não notei o celular. Escondeu ele bem.

Merda, pensei.

Não dava mais pra fingir.

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Desculpem a demora pra atualizar, prometo postar o próximo capítulo em breve. Espero que gostem!

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