Destinada ao Rei

By dudavenetillo

148K 11.4K 13.9K

Desde o ventre de sua mãe, Isobel Manteufell teve o destino traçado, todavia, ela só soube aos 18 anos que ir... More

♛Introdução♛
♛CHRISTOPHER♛
♛AVISO♛
♛PRÓLOGO♛
♛CAPÍTULO 1♛
♛CAPÍTULO 2♛
♛CAPÍTULO 3♛
♛CAPÍTULO 4♛
♛CAPÍTULO 5♛
♛CAPÍTULO 6♛
♛CAPÍTULO 7♛
♛CAPÍTULO 8♛
♛CAPÍTULO 9♛
♛CAPÍTULO 10♛
♛CAPÍTULO 12♛
♛CAPÍTULO 13♛
♛CAPÍTULO 14♛
♛CAPÍTULO 15♛
♛CAPÍTULO 16♛
♛CAPÍTULO 17♛
♛CAPÍTULO 18♛
♛CAPÍTULO 19♛
♛CAPÍTULO 20♛
♛CAPÍTULO 21♛
♛CAPÍTULO 22♛
♛CAPÍTULO 23♛
♛CAPÍTULO 24♛
♛CAPÍTULO 25♛
♛CAPÍTULO 26♛
♛CAPÍTULO 27♛
♛CAPÍTULO 28♛
♛CAPÍTULO 29♛
♛CAPÍTULO 30♛
♛CAPÍTULO 31♛
♛CAPÍTULO 32♛
♛CAPÍTULO 33♛
♛CAPÍTULO 34♛
♛CAPÍTULO 35♛
AVISO
♛CAPÍTULO 36♛
♛CAPÍTULO 37♛
♛CAPÍTULO 38♛
♛CARTA ABERTA À ISOBEL MANTEUFELL♛
♛CAPÍTULO 39♛
♛CAPÍTULO 40♛
♛CAPÍTULO 41♛
♛CAPÍTULO 42♛
♛CAPÍTULO 43♛
AVISO
♛PENÚLTIMO CAPÍTULO♛
♛ÚLTIMO CAPÍTULO♛
♛EPÍLOGO♛
OI, GENTE!!!!

♛CAPÍTULO 11♛

3.3K 286 600
By dudavenetillo

Dei um pulo na poltrona quando ouvi o piloto dizendo que era para apertarmos os cintos. Como eu consegui dormir no avião? Provavelmente estava muito cansada, e acabei pegando no sono.


Me espreguicei, sentindo todo meu corpo protestar por ter ficado toda torta na poltrona, que apesar de ser bem confortável, não é o ideal para se dormir. Christopher estava sentado no sofá, com os olhos fechados ainda e o cabelo muito bagunçado. Ele se levantou enrolado no cobertor que estava usando e se sentou na poltrona na minha frente, jogou o cobertor para o lado e colocou o cinto de segurança.


— Tudo bem? — Ele pergunta.


— Tudo sim.


— Então por que está me olhando?


— Essa frase é minha. — Retruco.


Christopher sorri do seu jeito cafajeste, e eu reviro os olhos para ele. É impressionante como apenas o sorriso dele é capaz de abalar as minhas estruturas. E eu odeio isso. Impossível olha-lo e não pensar na vez que nos beijamos, eu inclusive sonhei que o beijava de novo, e não foi só beijo. A que ponto da minha vida eu cheguei?


Não sabia o que era pior, a decolagem, ou o pouso. Senti enjoo de novo, ainda mais depois de encher a barriga com comida. Quando sai do avião eu mal conseguia ficar em pé, de tanto que as minhas pernas tremiam. Arthur passou do meu lado e eu agarrei em seu braço em busca de apoio.


— Tudo bem, Isobel? — Arthur me pergunta preocupado, com o tempo eu convenci as pessoas de me chamarem apenas pelo meu primeiro nome.


— Tudo sim, só estou um pouco nervosa com o avião e tudo isso. — Respondo, sorrindo de forma simpática para o segurança, que me devolveu o sorriso.


Então eu olhei em volta pela primeira vez, meu queixo foi ao chão com a visão que eu tive. Apenas mar, mar e mar. Um mar lindo, de um azul tão profundo. Fiquei chocada, porque mesmo morando em uma região praiana, nada se comparava com o que eu estou vendo agora.


— Em que lugar nós estamos? — Pergunto.


— Ilhas Maldivas. — Olho para Christopher, que está atrás de mim. — Gostou?


Eu queria pular e agarrar o pescoço do rei, mas me controlei e apenas sorri para ele, um sorriso enorme de felicidade, porque todas as pessoas desse mundo têm vontade de ir até as Ilhas Maldivas. Christopher ficou feliz com a minha reação, e pegou na minha mão, eu não recusei, porque o cara me trouxe para as Ilhas Maldivas, meu Deus.


Havia um carro esperando por nós, Christopher havia dito que conversou diretamente com o gerente do hotel para a nossa chegada ser bem discreta. O caminho percorrido de carro foi rápido, e nem saímos do aeroporto, mas meu fiofó trancou, que nem sinal de wi-fi passava, isso porque iremos até o hotel em um hidroavião. Entrei no avião, sentindo as minhas pernas voltarem a tremer, me sentei na primeira poltrona, e Christopher me seguiu.


O hidroavião é bem pequeno, há apenas 10 lugares, que está sendo ocupado totalmente pela equipe de nossos seguranças e dois funcionários do hotel. Colocamos o cinto de segurança, e quando o avião começou a movimentar, eu agarrei na mão do Christopher, porque ele trepidava mais que o jatinho.


Aquela ânsia subiu na minha garganta, e eu levei a mão na boca, tentando controlar a vontade de vomitar. Christopher perguntou se eu estava bem, mas o medo era tanto que eu mal conseguia responder. Abri meus olhos rápidos e vi que já estávamos no ar, mas não tão alto quanto antes, e abaixo de nós eu só via o mar, aquela mistura de cores que fez meus olhos brilharem.


— Está ventando, então vai chacoalhar um pouco. — O rei explicou, e eu senti mais desespero ainda.


Acho que nunca na minha vida eu havia sentido tanto medo assim. Eu só queria que o avião pousasse logo, mas dessa vez eu não tinha certeza se conseguiria sair andando.


— A gente pode morrer! — Exclamo.


— Não, o piloto do avião faz isso há anos. — Christopher tenta explicar, mas eu não me dou por vencida.


— Lembra aquele time brasileiro que o avião caiu e quase todo mundo morreu? O piloto também era experiente. E se alguma coisa der errado, um de nós iremos ficar igual o Tom Hanks em Naufrago, e eu espero que seja eu.


— Então eu poderia morrer? — Christopher zomba.


— Eu tenho 18 anos, você já viveu mais que eu. Já viu aquele filme da Netflix? Que é um corredor americano que entra para o exército, aí o avião dele cai na água e ele e mais dois amigos ficam a deriva durante semanas? Sério, Christopher, isso é a pior das hipóteses que pode acontecer. Aí eles fizeram sushi de um tubarão que os atacaram, um amigo dele morreu e eles ficaram queimados de sol. — Começo a explicar o filme.


— E como acabou? — Ele pergunta, parecendo interessado no que eu estava falando.


— Eles foram achados no mar, só que por inimigos e acabaram ficando preso para uns asiáticos que só o maltratava, isso porque eu não sei o que aconteceu com o amigo dele, mas o principal sofreu muito na mão de um japinha babaca. Eu sou muito branca, não posso pegar sol, já tive insolação porque eu fiquei tempo demais na piscina de plástico da minha casa.


— Eu trouxe protetor solar para você.


— A gente conseguiria ter ele em um bote salva vidas?


Christopher riu da minha pergunta, só então me dei conta de que eu falei mais que a minha boca, porque estou nervosa. Mas falar igual uma matraca me fez bem, porque fiquei entretida contando a história do filme e o tempo passou bem rápido.


O avião pousou, e eu me tremia toda com os olhos fechados. Quando eu os abri, olhei pela janela e vi a água cristalina muito próxima de nós dois. Então penso que todo o pavor vale a pena por eu estar aqui agora, ainda mais presenciando esse momento incrível. Saímos do avião, e eu fiquei encantada com tudo em nossa volta.


Vários funcionários do hotel estavam nos aguardando em um deck, uma moça baixinha e simpática veio até a mim e me ofereceu uma taça com uma bebida mesclada entre o amarelo e vermelho. Eu agradeci, e vi que Christopher também bebia o mesmo que eu. Tinha gosto de laranja, um pouco de abacaxi e lá no fundinho eu senti o champanhe e mais um gosto, que eu não soube identificar. Estava bom, muito bom, e eu já havia bebido a metade da taça. O rei se aproximou de mim, e com toda a intimidade que nós não temos, colocou sua mão em minhas costas, e fomos guiados até um carrinho de golfe. Eu nunca tinha visto um, e me sentei toda boba no banco ao lado de Christopher, e soltei um gritinho animado quando começamos a andar.


Fiquei como uma idiota olhando tudo em minha volta, tão admirada com a beleza inexplicável do lugar. Estávamos literalmente em uma mini cidade sobre as águas. Era tão lindo que eu nem sabia para onde olhar, o resort é espetacular.


O carrinho parou em frente a uma daquelas cabanas, uma outra funcionária já estava nos esperando com um buquê de rosas, ela me entregou, e eu a agradeci. A porta foi aberta para nós dois, eu entrei sem esperar por Christopher. As paredes são brancas, e o chão todo em madeira escura, a minha direita havia um espelho e um aparador, também de madeira, e recheados com os mais diversos tipos de bebidas. Havia também uma cafeteira, algumas cápsulas de café e uns bombons sobre um prato, que estava escrito "Bem vindos ao nosso hotel". E também tem donuts. Donuts!


Olhei para a esquerda e tinha um corredor, eu andei até ele e encontrei dois closets, vazios, com prateleiras e cabides disponíveis. Ficavam um de frente para o outro. Seguindo mais adiante, havia um banheiro. E eu fiquei totalmente chocada com a vista, a parede era toda de vidro, o que eu imaginei ser uma porta, e se eu tomasse banho na banheira, eu teria a visão privilegiada do mar. A banheira estava cheia de espuma e algumas pétalas de rosas, mas eu ignorei o fato e continuei a explorar o ambiente. Havia duas pias, dois chuveiros, um externo e um interno. E pasmem, sentada na privada da para ver o mar sob a gente, porque tem um vidro no chão do banheiro. Eu fiquei embasbacada com isso.

Fui até o quarto, e tudo era totalmente encantador. Uma cama king size estava disposta no meio do cômodo, e havia pétalas de rosas sobre ela. Eu me sentei, alisando a colcha branca e macia, e ainda quiquei para sentir a macies de colchão. Encanto me define, e a vista, meu Deus, não me canso de olhá-la.


Christopher entrou no quarto, tirando seu celular do bolso e o colocando sobre uma mesinha que tem atrás da cabeceira da cama. Ele também pareceu bem abobalhado com a visão que estávamos tendo.


— Gostou? — Pergunta.


— Sim, aqui é lindo. — Sorrio para ele, ainda sentindo meu corpo se encher de felicidade por ter um sonho realizado.


— Tem café da manhã para nós dois. — Ele aponta para a varanda do quarto e abre a porta. Pensei que nada poderia ficar mais perfeito do que já estava.


Tem uma piscina particular, dessas com a borda infinita. Uma mesa com 4 cadeiras, e duas espreguiçadeiras. Tudo em detalhes de madeira. Porém, o que mais me chamou a atenção foi o balanço, que mais parece uma cama de casal suspensa. Eu consigo me ver ali relaxando e lendo um bom livro de romance.


Christopher puxou uma cadeira para mim, e eu me sentei, a mesa estava farta, e meu estômago deu sinal de vida. Há frutas, pães, compotas de geleias e panquecas. Eu comecei a me servir, sem vergonha do rei, porque eu estava querendo me entupir com a comida. E a paisagem aumentava ainda mais o meu apetite.


Comi bastante, e Christopher também. Bebi mais um pouco de suco e comecei a pensar no que eu poderia fazer, tomar um banho, colocar um dos biquínis que eu comprei e aproveitar a piscina.


— Acho que irei tomar um banho. — Ouço a voz grave do rei.


— Ok, eu também irei. Onde é seu quarto? — Pergunto. Christopher sorriu para mim.


— É aqui. — Simplesmente diz.


— Ok, e onde é o meu? — Pergunto, porque não pode ser possível.


— É aqui também.


— Só tem uma cama, Christopher, e eu sei muito bem que esses resorts possuem cabanas com mais de um quarto, ou com duas camas.


— Talvez você precise saber que eu sou uma ótima companhia para compartilhar a cama. — Ele zomba e eu fico de pé. Senti o rubor subindo por toda a minha pele, e a minha vontade era de jogar Christopher no mar.


— Você estragou tudo! — Berro. — Eu não posso dividir a cama com você!


— E por que não?


— Não somos íntimos para isso.


— Porque você não quer, Isobel. — Agora o rei ficou sério, e eu odeio isso, odeio quando seu tom de voz muda e fica firme, então eu me lembro do que houve em seu quarto antes de sairmos.


A lembrança invade a minha mente, e tudo que eu senti vem à tona. A princípio medo, depois uma vontade enlouquecedora de ser beijada por ele. Fiquei excitada demais, e ele se movia, roçando aquela coisa dura em mim, me deixando sem forças e curiosa demais. O ar me faltou com o pensamento.


— Exatamente, Christopher, porque eu não quero. — Digo, sabendo que no fundinho do meu coração é um pouco de mentira o que falei. — Não quero compartilhar a cama com você, muito menos o quarto.


Não digo mais nada. Sinto um peso enorme invadir o meu coração, e eu me afasto, me sento no chão mesmo da varanda e percebo a escada que leva direto ao mar. Se eu me afogasse seria mais fácil, penso. Mas sou nova demais para morrer, e tem a minha avó, eu a amo.


Por que as coisas tem que ser tão difíceis? O plano era fácil, odiar Christopher, fazê-lo me odiar e desistir da ideia do casamento. Mas aí ele me faz sentir coisas no mínimo estranhas e ainda me trás para o lugar mais bonito do planeta. 



Já havia perdido a noção de quanto tempo Isobel ficou imóvel olhando para o mar, sentada no deck da varanda. Eu estava preocupado, mas não disse nada e nem chegaria perto. Tomei um banho demorado, e fechei a cortina do banheiro, porque sei que a baixinha iria surtar se me visse pelado no banheiro.


Vesti uma sunga preta, e fui direto para a piscina dando um mergulho. A água estava geladíssima, mas eu gostei. O lugar escolhido foi perfeito, romântico, a decoração do quarto digna de uma lua de mel. Me iludi totalmente com a felicidade de Isobel quando chegamos, ela estava radiante, sorrindo até para mim. Parecia uma criança em um parque de diversões, comeu bastante e depois tudo foi por água abaixo. Eu me frustrei, mais uma vez. E agora estou sozinho na piscina, vendo a minha futura esposa me ignorando totalmente.


Quando eu fiz a reserva do lugar, só pensava em uma coisa, fazer sexo o dia inteiro com a visão do mar. Fui um pouco pretensioso? Com toda certeza, mas a imagem de Isobel me cavalgando com o paraíso atrás dela me fez ter coragem de trazê-la até aqui.


A baixinha finalmente se levantou e entrou no quarto, mas nem me olhou durante o percurso. Eu estava cheiroso, só de sunga, esperando por ela e sou ignorado. Por Deus. Lésbica Isobel não é, pode ser até bi, mas sei que gosta de homem e que tem atração por mim. Se ela tivesse um namorado, com certeza faria questão de esfregar tal coisa na minha cara, então o que pode ser?


Fiquei pensando um tempo, sai da piscina e peguei o champanhe que estava no frigobar. Até essa merda eu fiz questão de pedir para ela. Enchi minha taça e a bebi, trazendo comigo a garrafa até a piscina. Fiquei apoiado na borda, olhando o mar e ouvindo o seu som.


— Christopher... — Ouço a voz baixinha atrás de mim. Me virei e vi Isobel.


Um tiro iria doer menos, com toda certeza. Isobel estava entrando na piscina, bem devagar, porque notou que a água estava gelada. Seu cabelo estava solto, do jeito que eu gosto, caindo como cascatas em seus ombros. O biquíni escolhido era de cortininha e rosa claro, daqueles que possuí amarração na lateral da parte de baixo. Ela é gostosa. Eu sempre soube disso, mas vê-la só de biquíni era demais. Os seios fartos estavam apertados no sutiã e o mamilo arrepiado por conta da água fria, a cintura fina sendo seguida do quadril largo e as coxas grossas. Eu queria agarrá-la, e chamá-la de gostosa, mas fiquei quieto, apenas admirando o corpo dela.


Isobel mergulhou um pouco, deixando seu cabelo todo molhado. Ela ficou mais linda ainda, e seus olhos combinavam com a cor do mar, um azul tão claro e profundo ao mesmo tempo. Ela ajeitou uns fios de cabelo que estavam em seu rosto e veio perto de mim, não tão perto quanto eu gostaria, mas estava perto.


— Eu posso beber um pouco? — Pergunta, um pouco tímida e apontando a garrafa.


— Você pode fazer o que quiser, Isobel. — Respondo.


Ela enche a taça que eu havia pego para mim, e bebe um pouco. Eu não conseguia tirar os olhos dela, e Isobel parecia não querer me olhar. Eu só queria saber o que se passava em sua cabeça.


Isobel colocou a taça na borda da piscina, suspirou alto, como quem estivesse ponderando alguma coisa, e só então ficou de frente para mim.


— Acho que eu devo ser sincera com você, Christopher. — Diz séria. — Já fazem alguns meses que nos conhecemos e eu ainda não tive a oportunidade de me expressar de uma maneira correta, para ser sincera, eu não queria mesmo.


Fico bem surpreso com a sua iniciativa, mas me mantive calado para que ela prosseguisse, porque ver Isobel sendo madura era a coisa que eu mais queria.


— Eu não estou pronta para me casar, e nem para ter qualquer tipo de relacionamento com você. — Diz de uma vez, e eu sinto uma pontada em meu peito, pela forma direta que ela me trouxe essa informação. — Eu fico vendo todas as coisas que já aconteceram, toda essa bagagem que você trás e eu não estou pronta para ter que lidar com isso, com um casamento, com um posto de rainha... Eu era só uma adolescente normal que vivia uma vida pacata, enquanto você saia por aí vivendo a sua vida, ficando com os mais diversos tipos de mulheres e nem fazia questão alguma de esconder isso. E sabe onde eu estava? Presa dentro de casa, não podia sair, não podia beber, ou me divertir, e só hoje eu entendo o porquê disso, era porque meus pais estavam me preparando para estar aqui hoje com você.


Apenas abaixo a minha cabeça, porque eu sei que eu errei. Todos esses anos eu sabia da existência do contrato e nem me preocupava em saber o que Isobel iria achar do meu estilo de vida.


— Eu me sinto traída, traída pelos meus pais, e traída por você também. Todos esconderam de mim esse fato importante, que iria mudar a minha vida completamente. Um dia eu estava em casa, comemorando o meu aniversário e no outro eu estava no palácio, tendo que conviver com pessoas estranhas, e principalmente, com um homem estranho. Sabe a sua experiência, Christopher? Eu não tenho um pingo disso sequer, como eu poderia me casar com você? Como eu posso ser sua esposa, como posso ser o ideal para você? Eu nunca havia beijado alguém, você foi o meu primeiro beijo.


Isobel me olha, como quem estivesse esperando alguma resposta. Mas o que eu poderia falar? Nada. Não tiro a razão dela, e confesso que estou em choque. Ela deu seu primeiro beijo comigo, e eu não percebi. E Isobel é virgem. Eu não estou preparado para isso, sempre tive a minha vida sexual bem ativa, uma pessoa virgem não iria se encaixar bem nela, eu não saberia fazer isso.


— Eu sinto muito. — É tudo que eu posso dizer. — Mas eu também fui colocado nessa situação, e era mais novo que você quando descobri que iria me casar, isso me revoltou.


— E por isso você saiu transando com o que se movia na sua frente? — Questionou.


— Basicamente sim. — Sorri sem graça para ela. — Não há como apagar o meu passado, Isobel, eu peço desculpas por isso, realmente não me preocupei com o que você acharia disso, mas eu sempre tive tudo aos meus pés, as pessoas vinham de maneira fácil e o privilégio também.


E quando disse isso alto, eu me toquei o motivo do meu pai ter feito o que fez. Sempre tive uma vida fácil, era só querer que eu tinha. Isso em relação a tudo, desde bens materiais a mulheres. Minha facilidade acabou quando eu encontrei Isobel, quando eu percebi que iria precisar suar a camisa para conseguir ter algo com ela.


— Apesar de toda ajuda dos seus pais, eu nunca tive nada de mãos beijadas, tive conforto, mas nunca tudo o que eu queria, meus pais sempre se preocuparam em me ensinar o valor de todas as coisas.


— É por isso que eu tenho você, agora. — Sou sincero. Pego em suas mãos pequenas e a faço me olhar. — Isobel, eu estou muito disposto a tentar, mas não posso fazer isso sozinho.


— Eu ainda tenho muitas coisas para pensar, Christopher, de verdade mesmo.


Isobel puxa as suas mãos, e abaixa o olhar. Não sei explicar ao certo o que eu sinto por essa garota, mas no fundo eu sei que sinto algo, por mais difícil que ela seja. Vê-la sorrindo hoje foi o que me deixou feliz, foi o que me deu um gás para continuar tentando.


Sem pensar duas vezes eu me aproximo dela, prendendo seu corpo entre o meu e a parede da piscina. Isobel ergue o olhar assustado para mim, e eu me inclino um pouco, pensando em ser delicado. Porque eu fui um cachorro em todas as minhas investidas em Isobel, e agora eu sei que ela é virgem. Eu não deveria ter agido daquela maneira.


— Christopher... — Isobel ofega baixinho, mas ergue o rosto e eu tenho acesso aos seus lábios macios mais uma vez.


Estava nervoso, era como se eu estivesse beijando pela primeira vez, mas sei que tenho que tomar conta da situação. Dou breves selinhos em sua boca, a puxo pela cintura, colando seu corpo ao meu e a erguendo um pouco também, já que a nossa diferença de tamanho é bastante. Seus braços envolvem meu pescoço e Isobel toma a iniciativa, voltando a me beijar, deixando a sua boca entreaberta, bem convidativa para a minha língua.


Como quem tivesse mais experiência, ela suga a minha língua e eu acabo gemendo um pouco, porque é inevitável não pensar nela fazendo isso no meu pau, que já está começando a se preparar para a festa. Sua língua se enrosca com a minha, um pouco desajeitada ainda, mas perto de encontrar o ritmo perfeito. Eu me deixo levar com a excitação e minhas mãos exploram as suas curvas, e vou com elas até a minha parte favorita. A bunda redonda e empinada que ela tem. Isobel não se opõe e geme um pouco quando eu a aperto, e o som me deixa alucinado de tesão.


Quem diria que depois de tantas brigas nós estaríamos nos beijando nas Ilhas Maldivas.


Continuo a beijando, provando de sua boca, louco para sentir mais do seu saber, e principalmente louco para conhecer cada pedaço do seu corpo. Por mais temeroso que eu me sinto por Isobel ser virgem, eu sinto aquela vontade de ensinar e mostrar a ela todas as coisas boas que eu tenho a oferecer.


Pego suas coxas e as faço envolver o meu quadril. O tesão já estava me deixando louco, e eu comecei a me mover, me esfregando nela, querendo deixá-la tão excitada quanto eu. Parei de beijar sua boca, e fui até seu pescoço, beijando a pele macia e cheirosa. Isobel gemeu quando eu me movi com mais pressão, e eu sei que minha ereção estava pressionando a sua boceta.


Isobel geme, e me faz gemer também, só que de agonia, porque eu estou louco para conhecer e experimentar a sua boceta, queira fazê-la derreter e gozar na minha boca, dar a Isobel todas as sensações que ela ainda não conhece. Meu pau deu uma fisgada forte, implorando para ser liberto do aperto da sunga, mas ainda não é o momento de ele brilhar e o coitado terá que se contentar com o esfrega, esfrega.


Mordo o pescoço da baixinha, e não me contenho em chupar a pele de seu pescoço, tendo consciência de que ela irá ficar marcada. Isobel geme, e eu volto a beijá-la, intensificando os movimentos do meu corpo, em uma tentativa de fazê-la gozar dessa forma, mesmo sabendo que pode levar um tempo. Mas quando eu menos espero seus braços me empurram, e eu me afasto. Confuso e excitado para um caralho.


— Chega. — Isobel diz ofegante.


Observo a baixinha ajeitar o cabelo, e tentando se recompor como pode. E eu excitado como nunca na minha vida, precisava urgentemente de algum alívio, e Isobel também precisa, provavelmente sim.


— Está tudo bem? — Pergunto, porque não sei o motivo do afastamento repentino. Será que ela não curtiu. — Eu fiz algo de errado?


— Não, você não fez. Está tudo bem sim. — Responde, mas parece que não queria olhar em meus olhos. Suas bochechas estavam mais vermelhas que de costume. — Só que a gente não pode fazer isso.


— Isso o que, exatamente?


— Nos beijar dessa forma.


Um finco surgiu na minha testa. Como assim não nos beijar dessa forma? Ela parecia estar curtindo, ou eu interpretei suas reações de maneira errada.


— Você não gostou? — Eu nunca precisei fazer essa pergunta antes na minha vida, mas para tudo há uma primeira vez.


— Você me deixa envergonhada, Christopher. — Isobel vira o rosto para o mar. Nós temos que ser sinceros um com o outro, porque estamos em um relacionamento, e ela está começando a descobrir as coisas comigo e tem que ser sincera também.


— Isobel, você me falou há minutos atrás que eu fui seu primeiro beijo, e que é virgem, então para que as coisas funcionem corretamente, você tem que se abrir comigo, ser sincera, porque eu preciso saber o que vai ser bom, ou não para você.


— Eu não estou preparada para isso, Christopher. — Finalmente me olha. — Eu gostei, ok? Só não quero fazer isso.


— Eu não estou entendendo, desculpe.


— Christopher, se a gente tivesse continuado, provavelmente iria rolar alguma coisa a mais, e eu não estou preparada para isso.


— Você não quer transar. — Digo de maneira direta e ela fica mais vermelha ainda. — Mas a gente não vai poder se beijar?


— Não. — Ela responde.


— Por quê?


— Porque não.


—"Porque não" não é resposta. A gente pode se beijar e não irá rolar nada. Eu gosto de beijar você e gostaria de fazer isso.


— Christopher, eu não quero sentir vontade de... Ah você sabe. — Eu sorri com a resposta. Ok, me beijar a deixa com vontade de transar.


— Você sabe que há outras coisas que podemos fazer, se você sentir vontade de... Ou melhor, se você quiser se aliviar, digamos assim, eu posso fazer isso por você.


Isobel arregalou os olhos, e deu um tapa em meu braço. Eu ri de sua reação e me abaixei para dar mais um beijo nela, só que foi apenas um selinho, porque por mais louco de tesão que eu esteja, irei respeitar e entender qualquer limite que for imposto por ela. Fiquei feliz que ela conversou comigo, que se abriu, e isso me deixa totalmente esperançoso de que tudo irá dar certo futuramente.


Isobel saiu da piscina, dizendo que iria ler um livro. Eu precisei ficar dentro dela ainda, porque ainda estava totalmente duro. Já faz tempo que não tinha contato com uma mulher, e eu estava desejando qualquer coisa que viesse de Isobel, e ficar com ela daquela forma foi incrível demais.


Sai da piscina, e a baixinha ainda estava dentro do quarto, quando voltou, estava com uma canga enrolada na cintura. Eu só queria vê-la sem, para ter a oportunidade de ficar olhando aquela bunda gostosa de biquíni o dia todo, mas se eu fizesse esse pedido a ela, com certeza levaria um tapa.


Ela sorriu para mim quando passou perto, e eu fiquei feliz. Meu Deus, como estou feliz por Isobel estar bem comigo agora. Fui no quarto para pegar o protetor que eu trouxe na minha bolsa e aproveitei para pegar um balde de gelo também, para por o nosso champanhe.


Enchi uma taça para ela e para mim. Isobel estava sentada no balanço que parece uma cama de casal, estava distraída lendo um livro, mas aceitou a bebida que entreguei a ela. Me deitei perto dela, me ajeitando para ficar de lado. Se eu fizesse isso há uma hora, com certeza iria dar discussão, mas agora foi tranquilo. Aproveitei a proximidade para cheirar sua pele, passando meu nariz em seu ombro e o beijando.


Estava sendo todo carinhoso, talvez de uma forma que eu nunca fui antes na minha vida com alguma mulher, e mesmo assim estou sendo trocado por um livro. Ergo um pouco a minha cabeça e vejo o que está se passando nas páginas e tomo um susto com o que está escrito.


"Agora Rosália fica ao meu lado, e quando se inclina para massagear meu abdômen eu a puxo e roubo um beijo dela, e vejo que não foi uma surpresa, pois ela correspondeu de primeira. Ela tira a almofada que estava me tampando e senta em cima de mim, sobre a minha ereção. Volta a me beijar, alisando meu corpo, arranhando meu peito, e rebola no meu pau."


— Meu Deus, Isobel! Então é esse tipo de livro que você me pede para comprar?


A baixinha toma um susto e tenta esconder o conteúdo do livro, porém, eu sou bem ágil e o pego de suas mãos. Ah, então é por isso que ela fica tão fascinada assim na leitura.


— Christopher, me da esse livro! — Ela tenta tomar de mim, mas eu fico de pé e ergo o livro para ela não alcançar.


"'Você é muito gostoso', ela murmura. Rosália beija todo meu abdômen, e vai descendo, leva suas mãos a minha coxa. Já consigo sentir meu pau doendo de tanto tesão, eu preciso dela urgentemente, mas não quero induzir mais do que eu já fiz a beijando. Ela tira a camisa de botão e fica apenas com uma regata branca. Sua mão aperta a minha ereção e eu solto um gemido, já não aguentando mais de tanta excitação." — Leio um trecho do livro em voz alta e a baixinha começa a ficar toda vermelha, pulando para alcançar o livro, mas eu estico todo o meu braço, e por mais que ela tente me puxar, não tem força suficiente para isso.


"Seu tom de voz já mudou, já é sexy e rouco. Meu pau lateja dentro da minha cueca, e Rosália sorri ao notar meu desespero. Fica apertando e alisando toda a minha ereção por cima do tecido e eu seguro a mão dela. Só quero me livrar desse pedaço de pano maldito. Preciso me aliviar de alguma maneira.

Tomo a iniciativa de tirar meu pau da cueca, e Rosália segura ele. Minha glande já está toda melada com o pré-gozo. Rosália se inclina e me beija, e logo começa a movimentar sua mão em uma masturbação lenta, sem tirar os olhos de mim. Fico com a mão por cima da dela, e a outra seguro o seu cabelo. Se eu não segurar vou gozar a qualquer momento."


Eu fico tão nervoso que começo a ter uma crise de risos. Então é isso que ela lê. Continuo a ler, sentindo que eu estava ficando excitado com a porra de um livro! É foda ficar tanto tempo sem transar, porque pequenas coisas me fazem sentir um tesão do inferno.


— "Minha voz falha quando ela lambe a cabeça do meu pau, e logo em seguida a envolve com a boca, passando a língua por toda glande. Seguro o cabelo dela, fazendo um rabo de cavalo com a mão, e eu a incentivo a continuar metendo de leve na boca dela. Rosália é receptiva, e começa a mexer a cabeça, engolindo o que pode do meu membro, e usa a mão para auxiliar. — Leio mais uma vez em voz alta, e eu levo um tapa no braço. — "Eu precisava tanto disso, que só quero aproveitar cada segundo que eu tiver com Rosália aqui. Fecho meus olhos e a deixo fazer o que bem entender. E me surpreendo por ela ser mais experiente do que imaginei. Ela está com tanto tesão, que fica roçando na minha perna, e eu consigo sentir o tecido fino de sua calcinha." Isobel! — Eu começo a correr pelo quarto com a baixinha atrás de mim gritando o meu nome, mas era impossível não continuar lendo em voz alta, é legal provoca-la. Eu só quero poder retribuir depois esse prazer que ela está me proporcionando. Rosália passa a língua em todo o meu comprimento, volta a colocá-lo na boca e baba em cima do meu pau, fazendo o boquete ficar cada vez mais molhado e gostoso. Eu levanto a cabeça para ver, e quase infarto com a visão dos lábios rosados em volta do meu pênis."


Antes que eu conseguisse terminar de ler, Isobel deu um pulo nas minhas costas, e acabei jogando o livro no chão, porque nem louco que eu iria deixar Isobel cair. Ela cruzou as pernas no meu quadril, e vi que seu pé encostou em uma parte bem peculiar minha.


— Christopher! Você é um tarado! — Ela se desvencilhou de mim e voltou para o chão. O que eu poderia fazer? Semanas e semanas sem sexo, e leio um livro onde o cara está recebendo um oral, é claro que vou ficar com o pau duro.


— Então você gosta desse tipo de coisa? — A provoco.


— Você é ridículo.


— Eu sei que sou. Já que você gosta de ler esse tipo de coisa, por que não coloca em prática?


Isobel finalmente me olha, e olha para o volume em minha sunga. Ela fica mais vermelha ainda e me empurra na cama, e eu acabo caindo sentado. Meu sonho seria realizado? Não, porque ela apenas jogou um dos travesseiros em cima da minha ereção.


— Já que você gostou tanto do livro, espera eu terminar de ler que te empresto. 


OBS: Troquei a capa do livro, porque eu não tinha os direitos autorais da imagem usada antigamente. Essa não será a capa permanente. 


Beijão!!!!!!!!

Continue Reading

You'll Also Like

2K 379 27
𝗟𝗜𝗩𝗥𝗢#2 𝗢𝗕𝗦: 𝗦𝗜𝗡𝗢𝗣𝗦𝗘 𝗖𝗢𝗡𝗧𝗘́𝗠 𝗦𝗣𝗢𝗜𝗟𝗘𝗥 𝗗𝗢 𝗟𝗜𝗩𝗥𝗢#1 Mary Walsh estava de coração partido. O garoto pela qual jurav...
3.2M 272K 169
Somos aliança, céu e fé.
134K 13.5K 51
LIVRO NA LONGLIST DO WATTYS 2018 Érico é um chef de cozinha deficiente visual que sempre lutou com muita determinação para alcançar seus objetivos, a...
747K 49K 67
Jeff é frio, obscuro, antissocial, matador cruel.... sempre observava Maya andando pela floresta, ela o intrigava de um jeito que ele mesmo não conse...