Cicatrizes Escondidas • Jikook

By finyoongi

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「Concluída」Jimin foi aprovado em um internato em Seul, onde ele passa a conviver com as implicâncias do garot... More

Notas
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By finyoongi

Jimin ficou acordado por um tempo, antes de perceber que Hoseok provavelmente não voltaria para o quarto naquela noite. Já havia se passado uma hora e meia do toque de recolher da escola e Hoseok não parecia ser aquele que quebraria facilmente essas regras. Ele suspirou e largou o livro atual que estava lendo.

Depois de um longo dia, Jimin sempre gostava de ler seus livros favoritos para ajudá-lo a clarear sua mente e entrar no mundo da fantasia como outra pessoa. Mas naquela noite, Jimin não conseguia se concentrar o suficiente para concluir um capítulo sem se envolver em seus próprios pensamentos pessoais.

— Eu deveria dar uma volta. Talvez isso ajude — murmurou para si mesmo e pegou seu capacete preto antes de sair de seu quarto solitário e sair para o estacionamento da escola.

Jimin sorriu e levantou os óculos, vendo sua moto ainda estacionada tão perfeitamente quanto a deixou. Ele nunca foi capaz de comprar um carro, então se acomodou com uma moto de segunda mão há poucos anos atrás. Ela era pequena, mas parecia grande com o seu corpo menor em cima dela. A cor era um preto simples e brilhante, com algumas figuras prateadas em inglês ao longo do lado, que Jimin assumiu ser do antigo dono.

Colocou o capacete e sorriu suavemente para si mesmo enquanto subia na motocicleta. O assento de couro macio se encaixava perfeitamente em seu corpo devido às muitas vezes que ele se sentou ali. O sentimento era tão familiar e reconfortante, como uma casa e um lugar de conforto, tudo em um.

Jimin inseriu as chaves e a moto rugiu, emitindo o estrondo satisfatório do motor embaixo dele. Seu sorriso ficou maior sob o capacete quando ele saiu e correu pelas ruas bem iluminadas de Seul. Isso é uma coisa que ele percebeu; em Busan as ruas não tinham tantas luzes como a capital, então pilotar tarde da noite parecia mais uma aventura. Em Seul, sempre parecia que alguém estava no seu caminho ou estava o seguindo.

Jimin virou algumas ruas para fugir do tráfego noturno e desceu as ruas vazias dos bairro. O clima frio chegou às suas mãos, mostrando que o inverno estava lentamente chegando ao fim e a primavera não estava muito longe. Ele viu uma figura tropeçar em uma das velhas cercas de madeira ao longe. A casa de onde a pessoa saía, era de um azul claro desgastado e a janela principal parecia rachada. A luz da rua perto da casa estava quebrada e o lixo espalhava-se pela estrada.

Jimin diminuiu sua velocidade tentando dar uma olhada melhor na figura. Algo parecia familiar. A pessoa ficou maior quando ele se aproximou e pôde pelo menos entender que era um corpo masculino. O cara estava segurando o braço com dor e deu um passo para a frente apenas para tropeçar e cair no jardim da frente. Seu corpo estava enrolado em uma bola e o grunhido mole podia ser ouvido se alguém estivesse perto o suficiente.

Jimin rapidamente estacionou sua moto no meio-fio, pulou e correu para o garoto ferido.

— Ei! Você está bem? Você está machucado? — Jimin congelou ao ver que o garoto que ele sentiu a súbita vontade de ajudar, era seu colega de classe, Jeon Jungkook.

Um gemido e um pequeno fungado foram ouvidos, mas nenhum outro som veio depois. Jimin segurou seu rosto macio e ficou chocado ao ver lágrimas escorrendo por suas bochechas. Ele os enxugou e puxou metade do corpo de Jungkook para o seu colo, o abraçando para confortar o mais jovem. Jungkook enrijeceu com o súbito contato físico e tentou fracamente afastá-lo com o medo esboçado em seu rosto.

— Está tudo bem, Jungkook ... eu não vou machucá-lo. Eu vou protegê-lo. Você pode confiar em mim, certo? — O loiro perguntou suavemente, e gentilmente tirou o cabelo castanho do outro de seus olhos.

— Isso... dói — Jungkook resmungou começando a perder a consciência.

— O-oh. Vou levá-lo de volta para a escola. Eu vou ajudá-lo. — Lentamente ajudou-o a levantar e suportou a maior parte de seu peso enquanto o levava à moto. — Apenas espere mais um pouco, ok?

Jungkook entrou em pânico no início, mas gradualmente permitiu que o Park levasse seu peso e o ajudasse a subir na moto, logo subindo depois.

— Se segure, ok?

Jungkook o olhou fixamente e passou os braços em volta da cintura fina frouxamente. Jimin ligou o motor antes de voltar para o terreno da escola e o outro o segurou mais forte devido a velocidade que eles estavam indo. O moreno se inclinou para a frente e se permitiu relaxar contra seu corpo quente, enquanto tentava recuperar a compostura. Ele fechou os olhos tentando ignorar as dores agudas nas costas e a dor de cabeça latejante que nunca parecia ter fim. Sentiu-se morder o interior da bochecha para tentar se distrair da dor recorrente. Não percebeu que eles estavam na escola, até Jimin se virar para trás e o olhar estranho.

Jungkook retornou o olhar com um sorriso provocador, para tentar encobrir que ele havia sido pego e recuperar sua imagem de garoto mau.

— P-por que você está sorrindo?

— Sem motivo. Mas eu tenho que dizer... — Sorriu mais quando sua mão desceu um pouco mais e deslizou sob a parte inferior da camisa de Jimin, passando por sua cintura. — Você está em melhor forma do que eu pensava.

As bochechas de Jimin ficaram rosadas quando ele afastou as mãos frias de Jungkook de seu corpo e rapidamente desceu da moto. Jungkook riu ao ver o quão desconcertado ele ficava às menores ações.

— J-J-Jungkook–

— J-J-Jimin. — Zombou dele.

— Nós devemos entrar e v-você pode ficar no meu quarto. Hoseok não está aqui — falou, mentalmente xingando-se por gaguejar.

— Você está tentando me fazer dormir com você? Eu não sou fácil assim — Jungkook disse ao descer da moto e se aproximar do loiro. — Eu não sou gay como você.

Jimin olhou para ele, incrédulo.

— Você não precisa ser um idiota comigo! Só estou oferecendo um lugar para ficar a noite toda.

— Tudo bem. Mas nada de gracinhas, entendeu?

— Eu não sou como você, eu não brinco assim. — Jimin revirou os olhos, tentando não perder a paciência. — Vamos, antes de sermos pegos por um professor. De qualquer maneira, já passou do horário do toque de recolher.

Para surpresa de Jimin, Jungkook não discutiu mais e apenas acenou com a cabeça em concordância e fez um sinal para o mais velho liderar o caminho. Ele começou a caminhar em direção ao prédio com o moreno mancando atrás de si. Jimin olhou para trás para checá-lo e Jungkook imediatamente tirou a mão de seu lado dolorido. O loiro deu a ele um olhar preocupado.

— Você está bem? Você deve estar com muita dor...

— Eu estou bem, não se preocupe comigo. Não é da sua conta, de qualquer maneira. — Encolheu os ombros com a preocupação do outro.

— Você está obviamente machucado. Apenas deixe-me ajudá-lo. — Insistiu.

— Eu não preciso da sua ajuda ou da ajuda de alguém. — Jungkook revirou os olhos.

— Você é tão teimoso. — Pegou o braço dele e o colocou em volta dos ombros.

Jungkook ficou rígido como ele havia feito antes e tentou puxar seu braço, mas falhou com sua tentativa.

— Apenas vá se foder! Só porque você me salvou mais cedo, não significa que você realmente se importa. Pare de falar e me deixe ir.

— Eu não vou deixar você sofrer sozinho. Só... por favor. Só por esta noite, deixe-me ajudá-lo. — Jimin olhou para os grandes olhos castanhos, de maneira suplicante.

Jungkook olhou nos olhos dele por um curto período de tempo e depois desviou o olhar, incapaz de manter o contato visual sem o coração doer e murmurou um corncordar relutante, fazendo o loiro sorrir e começar a entrar na escola escura.

Os corredores da escola ecoavam a cada passo que a dupla dava e enviaram arrepios nas costas do menor enquanto a lua projetava sombras por todo o espaço.

Jimin levou Jungkook com sucesso para seu quarto compartilhado e silenciosamente destrancou a porta e trouxe Jungkook antes que eles fossem pegos. O deixou ao lado da porta e foi até sua pequena cômoda, começando a vasculhá-la.

— Acho que tenho uma camisa que você pode vestir para dormir confortavelmente. E talvez um short — Jimin disse por cima do ombro.

Jungkook permaneceu parado perto da porta e observou Jimin de perto. Ele era alguém que não conseguia decifrar. Que tipo de pessoa o ajudaria voluntariamente assim?

— Eu não gosto de shorts.

— Você não tem? O-ok, acho que Hoseok hyung tem algumas calças leves que você pode usar. Tenho certeza que ele não vai se importar. — Jogou para o moreno uma grande camisa branca e correu para a o lado do quarto de Hoseok em busca de calças.

— Você sabe que ele me odeia, certo?

— Eu não acho que hyung tenha a capacidade de odiar alguém.

— Ele tem. Eu sou apenas um idiota que gosta de mexer com ele. Ele nem tem coragem de revidar. — Sorriu para si mesmo, ganhando uma careta de Jimin.

— O hyung é a pessoa mais doce que eu conheço. Acho que ele não revida, porque não quer descer tão baixo. Ele é um cara muito legal.

— E gay.

— O que há de errado em ser gay? — Jimin perguntou e jogou para o moreno uma calça preta.

— É estranho. Não é nada natural e ter pensamentos gays é ruim... — Jungkook parou no meio da frase. A tristeza cruzou brevemente seus olhos, mas ele rapidamente sacudiu o pensamento da cabeça.

— Isso te faz mal ou o quê...? — Jimin perguntou cautelosamente inseguro, pensando se estava passando por cima do limite.

— Nada. Não faz de você nada. Você pode ser morto se for gay. — Declarou e rapidamente marchou para o pequeno banheiro, trancando a porta.

Jimin congelou em seu lugar em choque. Ele não pode acreditar que Jungkook seria algo tão horrível e rude com pessoas homossexuais. Também o machucou porque ele era gay. E por mais que ele odeie admitir, estava começando a se apaixonar pelo garoto misterioso e mau da escola. E ele era homofóbico.

Jungkook voltou para o quarto vestindo a camisa branca que contornava o peito esculpido e pendia no resto do torso. A calça de moletom mal eram compridas o suficiente para cobrir seus tornozelos estavam esticadas devido às coxas musculosas. Jimin não pôde deixar de olhar e deixar sua mente voltar aos seus pensamentos gays.

— Pervertido. — Jungkook bufou.

— Eu não sou um pervertido!

— Você estava me encarando e começou a babar. Você é totalmente pervertido. — Jungkook sorriu ao ver o rosto de Jimin corar mais uma vez naquele dia.

— Eu não estou! E eu não estava babando! — Jimin engoliu em seco vendo o moreno se aproximar dele.

— Baby, você baba por todo o lugar. — Limpou o canto da boca do menor, onde a saliva começou a cair acidentalmente.

Seu tom sarcástico fez seus lábios se transformarem em um sorriso.

— Pervertido.

Jimin congelou parcialmente porque ele podia sentir o cheiro de banho recém-tomado vindo de Jungkook, e porque ele estava com vergonha de se mexer.

— Vou dormir na sua cama. Não faça nada estranho enquanto durmo. — Afagou os cabelos macios e loiros do mais velho, em seguida, foi até a cama dele e se jogou nos cobertores macios e azuis.

— Minha cama... — Jimin choramingou. — Você pode pelo menos me entregar meu livro?

— Por que não pega você mesmo? — Jungkook revirou os olhos.

— Está do outro lado de você e você me chamaria de pervertido novamente se eu tentasse me esticar, porque teria que me inclinar sobre você — falou enquanto olhava seus pés timidamente.

— Aposto que você gostaria de ver isso. Ações pervertidas clássicas. — Jungkook sorriu e jogou o livro para o outro, que pulou, se desviando do objeto repentino, atingindo seu peito. Ele murmurou um "ai" antes de pegar o livro do chão e se arrastar para a cama vazia de Hoseok.

— Boa noite, Jungkookie. Se você ainda estiver sentindo dor, eu tenho remédio para isso no frasco branco na minha mesa — Jimin disse depois de desligar as luzes.

Ele ouviu o embaralhar e o frasco de comprimidos chocalhar do outro lado do quarto.

— Não me chame de Jungkookie. É embaraçoso. — Sua voz ecoou na escuridão do quarto. — E... obrigado por mais cedo.

Embora Jungkook tenha sussurrado a última parte, Jimin sorriu brilhantemente e abraçou o livro no peito, tentando não soltar um grito. Ele fez algo de bom e foi ótimo. E ele estava lentamente ganhando a confiança de Jungkook, talvez um dia eles pudessem ser amigos íntimos. Possivelmente mais.

— Vá dormir, cereja. Eu posso ouvir seus pensamentos pervertidos daqui.

— Eu não estava–

— Sim, você estava. — Jungkook riu. — Vá dormir e sonhe com meu pau.

— J-Jungkook! — Jimin se escondeu embaixo dos lençóis perfumados de baunilha de Hoseok, envergonhado.

Ele ouviu Jungkook rir do outro lado do quarto, mas não era como a risada irritante que ele sempre recebeu antes. Desta vez foi mais natural e de bom coração. Foi bonito.

ೃ✧

olaaaaa

happy BTS day!

como estão?

levei um tempinho a mais, por causa das minhas outras obras, tô escrevendo por lá também kkk

até logo :)

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