— temos tempo. Quer beber café antes de irmos?
— beba quando entrarmos. A fila está grande. — Diz Corazon.
— vamos fazer desse jeito então.
Rosinante estava indo viajar, depois de tudo o que aconteceu, merecia uma folga. Seu celular estava tocando, então atendeu.
— sim, chegamos agora. Estamos entrando!
Era Law. Corazon estava indo viajar com alguns amigos.
— tenha cuidado e me ligue assim que aterrissarem. Sabe que leva 12 horas até lá? Ah, verdade! Álcool e cigarro, você não pode inserir nenhum dos dois. Nem um pouco. Vou ligar para um dos seus amigos para saber. Não esqueça a medicação. Sim. Vá com cuidado. Não esqueça de ligar. Sim.
Hancock entra na sala e Law encerra a chamada.
— professora.
— seu pai vai a algum lugar?
— vai para Rusukaina.
— já em uma longa viajem? Isso não é bom.
— não tem como impedi-lo. Além disso, não são bem férias, é mais por distração. Ele tem um amigo lá.
— ao menos lavou seu cabelo, dessa vez. — sorri após analisar um pouco ele.
— como?
— o que vestiu hoje? — se aproximou mexendo em sua roupa.
— o que está acontecendo com você? — perguntou estranhando.
— vamos... Eu lhe pago a refeição.
— refeição? Não, estou bem! Não tenho fome! — aquilo estava estranho, mesmo ela já tendo se afastado e agora saia da sala.
— venha para a entrada em 5 minutos. Coloque perfume e passe uma manteiga de cacau. — saiu da sala.
— por que ele esta assim de novo?
Se perguntou antes de sair da sala e alcançar Hancock na escada.
— professora, creio que isso é meio... Pedir-me que vá em um encontro arranjado sem me falar antes...
— eu falei que você era substituto. Acha que substitutos recebem aviso? — dizia séria.
— não quero ser substituto.
— você não namora. Verifiquei com todos e falaram que não tem, e ainda assim lavou seu cabelo. Por isso acabou como substituto. Se considere com sorte, garoto.
— fiz uma coisa inútil. Por que lavei meu cabelo quando não o lavo com frequência? — se perguntava passando a mão no cabelo.
— não fale bobagens e se sente.
— sim. — disse após suspirar e se sentou.
— quanto tempo se passou desde seu último encontro?
— arranjado?
— sim.
— há uns 6 meses?
— esse garotinho... — o olha desacreditada. — seu pai tem tanta compaixão por você, que ele colocou muito romance no final do webtoon usando seu nome. Não foi? Para ao menos encontrar alguma satisfação extrema?
— algo assim.
O olhou antes de ver a pessoa que esperava se aproximar.
— oh, ela está vindo.
Olhou para trás e havia uma mulher bonita na frente, mas sua pequena ilusão foi embora quando ela saiu da frente e havia uma garota estranha atrás. Mesmo sem estar interessado em um relacionamento, poderia tentar se fosse alguém bonito.
— é linda não?
— linda? — se vira para Hancock.
— só de olhar, pode ver que é feminina. Claro, ninguém é mais linda que eu, mas ela também não é ruim.
— Professora...
— ela se graduou como melhor de sua classe no Instituto de Treino e Pesquisa Judicial. Além disso, altura, aparência e cérebro... Não se pode ter tudo. Ao menos que seja eu. Ela foi a melhor em uma das coisas.
— tem alguém que seja o melhor nas três categorias...
— quem? Eu?
A garota chegou.
— professora?
— sim, sente-se. Tem um lugar bem aqui.
A garota olhou para Law e ficou surpresa, provavelmente com sua aparência. Já estava acostumado com isso, mesmo não se achando muito bonito.
— bem, este é o Trafalgar Law. Residente em cirurgia cardiotorácica. Se apresente.
Ela se levantou corada.
— o-ola. Meu nome é Charlotte Chiffon.
A garota estende a mão para Law, que a aperta por educação.
— ah, olá...
— você... É bonito.
— ah... Obrigado?
Hancock ri fraco.
— você tem padrões tão baixos que é fácil eu achar pessoas para apresenta-la. — olha para Law. — ela é humilde a esse ponto.
— s-sou?
— sim, você é.
Law começa a dar um sorriso de nervoso vendo a garota rir, em sua visão, bizarramente.
— nunca o vi tão feliz.
Diz Hancock, certamente aquela mulher tinha como hobby, perturbar sua vida. Recebeu uma mensagem de Chopper, sua fuga, ele perguntava se valeu a pena lavar o cabelo.
— eu vou ao banheiro.
— c-claro, pode demorar o quanto quiser.
Ele sai da mesa.
— ele é incrivelmente lindo.
— serve? Acho que ele gostou de você.
— serio? Também tive essa sensação.
Law liga para Chopper.
— é um não.
— um não... Já sabia que seria assim.
— a cobra louca é louca mesmo? De repente, eu percebi. Com esse encontro, sinto ainda mais convicção sobre como devo viver daqui em diante. É verdade... Me mantive longe de encontros por um tempo.
— sim, sim. Ficou um bom tempo na seca.
— apenas não estou interessado em encontros. Ela me fez sair por um "grande prêmio" mas que na verdade era um "zero". Ei, você também precisa cumprir sua parcela. No próximo mês, precisa me providenciar um encontro às cegas por semana.
— vai deixar as garotas por minha conta? Como posso conseguir quatro por mês, quando sou tão ocupado?
— alô?
— alô?
— alô?
O que aconteceu?
— que som é esse? Alô?
Foi quando, de repente, ele estava em baixo d'água. Tentou nadar quando viu Luffy afundando. No mesmo instante largou o celular e se pos a nadar até ele.
Estava quase lhe alcançando quando Luffy começou a afundar mais e mais. Law não iria alcança-lo, lhe faltava ar, foi quando subiu para a superfície e ao sair estava de volta no banheiro, totalmente encharcado.
Estava ofegante e cuspiu um pouco de água, mas isso lhe era trivial naquele momento. Ele havia sido puxado de volta para o mangá.
— eu também vi isso. Então, o Law que aparece lá...
— é o filho dele. Ele usou o nome dele.
— uau, que incrível.
— foi uma sorte dos deuses. Não havia como salva-lo. Mas ele encontrou o médico que tem as mãos de Deus. Ei, de não fosse eu... — Law aparece. — quê?
Sua surpresa foi extrema, a garota até se levantou.
— empreste-me seu celular, por favor.
— mas... Por que você está assim?
— celular, por favor!
— pode usar o meu. — a garota oferece.
— passou por um muro de água? Ou os canos do banheiro estouraram?
Law, naquele instante, entrou no último capítulo de One Piece, e pode ver a palavra "fim" mudar para "continua".
— obrigado.
Devolveu o celular e saiu correndo, ignorando o chamado de Hancock e indo até onde Kid estava trabalhando agora.
Kid agora desenhava para uma mulher que vivia cantando desafinadamente.
— Kid! — o fez tirar os fones. — deve desenhar os olhos um pouco maiores.
— professora... Se eu desenhar olhos maiores aqui, vão ficar mais de metade do tamanho do rosto dela.
Dizia desenhando uma garota de anime - bem clichê de romance - que aliás não tinha nariz. O estilo era bem diferente do de One Piece.
— que tal aumentar o nariz...
— cale a boca! Você não deve ter se ajustado ainda. As personagens principais das minhas obras têm de ter olhos grandes assim... Eles não tem permissão de escapar de um mar de emoções. Vamos, desenhe.
— ainda assim, acho que deveria fazer o nariz, maio... — é interrompido pela campainha.
— vou atender. Aqui, desenhe grandes assim. Aumente-os. Quem é? — diz entregando um biscoito que devia ser do tamanho da palma de sua mão.
— ela é doente da cabeça. — diz após a mulher se afastar.
Aliás, os biscoitos eram bem maiores que os olhos que Kid fez.
— sim?
— Eustass Kid está aqui?
— quem é você?
Law não estava com paciência, então simplesmente saiu entrando. Kid se levantou no mesmo instante.
— Law! Por que você esta assim? Esta chovendo?
— vamos conversar um segundo. — disse arrastando Kid.
— espere... Calma caralho! Professora, um momento! — Law praticamente o joga no corredor do prédio. — ah, qual é o seu problema? O que veio fazer aqui? — olhou Law de cima a baixo. — espere... O corpo dele apareceu?
— não. Por favor, salve o Luffy.
— o que?
— salve-o. Eu acho que podemos salva-lo.
— do que você está falando? O mangá terminou.
— o tempo não passou. Foi parado. O "fim" significa apenas que o tempo parou na última cena. Ele ainda está lá no rio. Da mesma forma!
— como sabe isso? — tinha medo da resposta.
— eu o vi com meus próprios olhos! Agora há pouco! Eu entrei na água alguns momentos atrás.
Foi quando Kid respirou fundo e entendeu por que Law estava todo molhado.
— você entrou na água...
1
Law e Kid estavam entrando na casa de Rosinante agora. Kid estava falando com uma mulher da editora.
— sim, sim. Não, eu acabei de ver. Eu também não sei. Eu não consigo entrar em contato com o professor. Mas você esta dizendo que o departamento editorial não fez a alteração, certo?
— não sei de nada. Também não sou responsável por isso. O chefe Kuzan saiu de férias, mas eu continuo recebendo chamadas, e as pessoas estão postando comentários. O que eu deveria fazer?
"Esta escrito "continua", e não "fim". Eu li errado, certo? Droga!"
"Estou ansioso para o próximo episódio! Vamos parar com o enredo ridículo."
"O autor finalmente se tocou? Por favor, apenas salve o Luffy!"
"Escritor, você deve ter melhorado totalmente. Mesmo que outros tenham falado mal de você, eu confiei em você e esperei. Força!"
— Mas não tem como o mangá continuar. Sim, o professor foi para Rusukaina.
Disse enquanto via Law ligar o tablet de seu pai.
— ele disse que vai chegar lá de madrugada, então eu vou ligar para ele de manhã... Não falei com ele por telefone! Sim, eu entendi.
Desligou a ligação.
— consertei aquele que Corazon usava e o coloquei aqui. Podemos desenhar com isso.
— não foi mesmo o professor?
— ele esta dentro de um avião agora. Não tem como! E ele disse que não conseguia editar o mangá também.
— então está dizendo que a palavra "fim" mudou automaticamente para "continua"? Por que?
— também não sei!
— realmente não entendo isto. Tinha acabado! Não é como se tivéssemos tentado mata-lo sem nenhuma relação lógica como da última vez. O personagem principal se matou por vontade própria. Por que isso não acabou?
Ambos pararam por um momento, pensando.
— deve ter aparecido outro motivo para não poder acabar ainda.
— outro motivo? Qual?
Na ponte do Rio Han, estava o culpado, de pé na cerca.
— espere um pouco. Há alguém bem ali.
Diz um dos ciclistas que passavam ali.
— o que esta dizendo?
— aquela pessoa não esta tentando pular?
— não pode ser... Vamos ver.
— certo...
Dizem e se aproximam mais.
— com licença? Por que está ai? É perigoso.
— c-com licença!
Logo o culpado se virou e atacou os dois.
Kid e Law ainda tentavam fazer o tablet ligar.
— por qual motivo mangá não pode acabar? Qual o motivo disso não acabar?
— Kid! O motivo não é importante agora, mas sim salvar o Luffy! Fomos encarregados de salvar o protagonista. Como ele não consegue se salvar, a história não pode continuar. Ele também não tem vontade de viver. Precisamos ao menos salva-lo!
Kid o olhava desacreditado. Ele não estava falando serio, né?
— o tempo não passou. Parou naquele momento no último capítulo, então qualquer coisa é possível. Vamos ver. — pensava em um jeito de salva-lo. — Podemos desenhar um barco na primeira cena. Um barco da polícia. Um barco da polícia passou por acaso debaixo da ponte do Rio Han naquele momento. Desenhe mergulhadores também. Se os mergulhadores pularem imediatamente no rio, podemos salva-lo! Não sabemos se ele está morto com certeza. Só podemos ver aquele momento depois que ele pulou. Por isso podemos acorda-lo. Podemos só dizer que e ainda estava respirando.
— espere... Espere um pouco. Não está me dizendo para desenhar isso, está?
Agarrou Kid pelos ombros.
— eu só tenho você. Você pode desenhar!
— não, não posso! — tirou as mãos de Law de seus ombros. — provavelmente não vai funcionar. Não é que não vai funcionar. Não posso fazer isso! É o trabalho do professor! Consigo desenhar parecido, mas não exatamente igual ao professor. Disse para você que há uma diferença profissional! Então quando o professor voltar, podemos falar...
— Corazon-ya não vai fazer! Ele não vai desenhar nunca mais por minha causa! Ele tem medo que eu seja puxado para o mangá de novo.
Foi quando Kid bateu uma palma aleatóriamente.
— isso mesmo! Daquele jeito! Daquele jeito, você foi parar dentro d'água, não foi? Então não podemos desenhar mais! Você saiu do mundo do mangá como um prisioneiro fugitivo.
— isso não importa agora!? Não me entendeu? Não ha nada mais importante do que salvar o Luffy agora!
Kid olhou para Law sabendo que aquilo era uma ideia horrível.
— esta bem. É verdade que Luffy atirou em Corazon-ya. E cometeu um crime que é difícil de perdoar. É verdade que esse mangá maldito tem que terminar, e que não posso ser puxado de volta para dentro novamente! É tudo verdade, mas Corazon-ya esta vivo. Ele se recuperou. Ele se recuperou e saiu de viagem com os amigos. Nós dois estamos vivendo normalmente como se nada tivesse acontecido. As pessoas? Elas vão apenas ficar com raiva por um tempo. Ele é só um personagem de mangá mesmo.as Luffy está naquela água fria e esta condenando a si mesmo como um assassino, e ficou lá sozinho por mais de dois meses... — respirou fundo, estava irritado de mais, não era seu normal. — isso é de mais.
Kid olhou para Law.
— você gosta mesmo dele, não?
— eu sinto que tudo isso é culpa minha, Kid-ya. Então o salve. Por favor, eu estou lhe implorando.
Suspirou pesado.
— Law... Não acho que vai dar certo se eu desenhar. Não sou o professor.
— você desenhou com ele por mais de três anos. Isso é do Corazon-ya, e tudo começou neste tablet. — diz pontando para o mesmo em cima da mesa.
Kid alternava entre olhar para Law e para o tablet, pensando na ideia quando suspirou se dando por vencido.
— vamos tentar... Eu vou tentar. Pode ser divertido. — dizia tentando se convencer enquanto se sentava na frente do tablet.
Começou a desenhar o barco mas parecia que nada acontecia, era só um desenho - mesmo que muito bem feito, mesmo que sem cores. Law andava de um lado para o outro.
— não funciona! Terminei de desenhar uma hora atrás e nada aconteceu! Se alguma coisa tivesse dado certo, deveria haver alguma mudança! Como a próxima cena sendo desenhada sozinha, ou alguma coisa assim. Disse para você que não ia funcionar. Não é meu trabalho. Sou só assistente dele. Se qualquer um pudesse desenhar simplesmente, ele teria ganhado vida até por causa de uma fanfic! — suspirou estressado. — quando o professor chegar, você pode pedir para ele e tentar de novo.
Law se sentou em cima da mesa.
— Corazon-ya não vai fazer isso, principalmente se ele souber o que aconteceu hoje.
— Law... Não tem jeito, além do professor mesmo desenhar isso. — suspirou novamente. — estou tão esgotado. Minha energia está toda esgotada. Há alguma coisa para comer? — se levantou indo para a cozinha. — estou com fome.
— eu disse, Corazon-ya nunca vai fazer isso. — sussurrou para si mesmo.
— Law, vou fazer lámen. Quer um pouco? — sem resposta. — ele nem esta me respondendo, apesar de ficar me mandando faz tudo que ele precisa. Onde está o professor quando isto tudo esta acontecendo... — parou de falar quando pensou em algo e foi até Law.
— não quero lámen. — disse sem o olhar.
— não é sobre o lámen. Você se lembra?
Law o olhou. Do que ele estava falando agora?
— muito tempo atrás, acho que ouvi isto do professor. Sabe, sobre One Piece. Ouvi que você...
1
No Centro de Detenção, tarde da noite, a polícia vagava pela sala de visitas quando acabaram vendo Law desmaiado na cabine.
— ele está aqui! O prisioneiro fugitivo está aqui!
Gritava um dos guardas enquanto apitava com um apito, isso fez Law acordar e se sentar no chão, ótima maneira de voltar.
— aqui!
Enquanto isso, Luffy pulava da ponte. Como Law e Kid planejavam, um barco passava por ali.
— o que é isso? Uma pessoa caiu! Depressa!
Então, os mergulhadores pularam e salvaram Luffy, que acordou em seu quarto de hotel.
Law, apesar de voltar para a cadeia, sorria. Havia funcionado, Luffy estava vivo, a história iria continuar. Não pode evitar sorrir mesmo olhando para o policial apontando uma arma para ele e dizendo para não se mover.
- fim do capítulo 20 -
Notas finais:
Uuuuuh o que será que foi?
Juro que não lembro sjshhdh não sei se é agora pelo menos.
Espero que estejam gostando.