Lord Christian Grey

Bởi Fanfc348

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PODERIA ELA DERROTAR A ESCURIDÃO E TRAZÊ-LO DE VOLTA À VIDA? Lorde Christian Grey voltara da guerra com o ros... Xem Thêm

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21

Capítulo 3

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Bởi Fanfc348


— Droga de orgulho idiota!, Christian recriminou-se e procurou ignorar a luz de esperança nos olhos do avô, que acabava de fechar um livro.

— Carruthers disse-me que o viu sair cavalgando esta tarde em direção a Netherstowe.

Christian franziu o cenho para o idoso criado pessoal que estava em pé, atrás da poltrona do conde.

— Netherstowe não é o único lugar a leste daqui.

— É verdade. — O conde deu um sorriso débil e ergueu uma sobrancelha grisalha. — Mas era para lá que se dirigia, não é, filho?

— E se fosse? — Christian virou-se e olhou para fora de uma das janelas estreitas da biblioteca de Helmhurst. Nuvens espessas tinham vindo do oeste e escondiam o brilho do sol. — Eu poderia estar curioso para saber se a srta. Steele tinha alguma semelhança com a perfeição que o senhor vem descrevendo.

E descobrira que Anastasia  lembrava muito o sol do qual ele se escondia. Muito quente e com excesso de brilho para uma criatura noturna.

— E qual foi o seu veredicto, meu filho? — O conde não escondeu uma nota de triunfo na voz bondosa e cortês.

— O senhor dificilmente lhe faria justiça — Christian

murmurou, depois de desistir de um gracejo irônico! menosprezo.

— O que disse?

O neto suspeitou de que o avô ouvira muito bem e aproximou-se dele.

— Ela é agradável, admito, para quem aprecia o gênero — Christian respondeu, em voz alta.

— E não faz o seu?

Christian conhecia muito bem o avô para ler os sutis sinais de desapontamento na fisionomia nobre.

— Antigamente, talvez. — Christian ordenou com o olhar para que Carruthers os deixasse a sós.

— Se precisar de alguma coisa, milorde, é só tocar — o criado murmurou, antes de sair.

Christian sentou-se no escabelo ao lado da poltrona favorita do conde. Perdera a conta de quantas vezes sentara ali na sua infância, enquanto o avô lia para ele.

Sentiu um aperto no coração. Depois da partida do avô, ficaria sozinho no mundo. Por sua vontade, era certo, mas solitário de qualquer maneira.

— Acredito que o senhor não vá parar de perguntar até que eu lhe conte o que houve. — Christian deu um suspiro melancólico. — A verdade é que fui a Netherstowe pedir a sua adorável srta. Steele em casamento.

Se admitisse o que ocorrera, ou pelo menos uma versão censurada dos fatos, as expectativas casamenteiras do conde seriam enterradas para sempre. E Christian faria o que estivesse a seu alcance para tornar felizes os últimos meses de vida do avô.

— Muito bem, filho! Verá que não se arrependerá da escolha. Minha jovem amiga é uma jóia rara.

Christian lamentou ter de extinguir o brilho de felicidade no olhar do avô.

Não diria que já se arrependera da entrevista com Anastasia Steele. Ela provocara nele uma vaga sensação de desagrado que não lhe fora possível reverter.

— Na verdade, ela melhorou bem desde que a vi pela última vez. — Christian não sabia como faria para desiludir o avô quanto à ideia ridícula de que a srta. Steele aceitara o pedido. — Ela me lembrava um coelho gordo com seu rosto redondo e os dentes compridos.

— Os coelhos são animaizinhos encantadores — o conde afirmou. — Suaves e tímidos.

— Contudo não tão indefesos quanto parecem. — Christian lembrou-se de um que tivera quando criança. — As pernas traseiras podem arranhar bastante, se não tivermos cuidado ao pegá-los.

O avô deu uma risada arfante.

— Até mesmo o mais doce dos seres precisa defender-se quando é encurralado. — O conde bateu carinhosamente na mão do neto. — Ela recusou, não é mesmo? Não importa. Eu pedi a sua avó em casamento quatro vezes, antes de ela cansar-se de dizer não. Ainda bem que os Grey são homens pacientes.

Christian espiou a pintura da avó em cima do consolo da lareira. Embora não fosse especialmente bonita, o artista conseguira capturar-lhe os brilhos de bondade, simpatia e suavidade.

— O senhor ficou muito pouco tempo com ela... Nunca pensou em casar-se com uma lady de constituição mais robusta?

Christian refletiu se o conde responderia a uma pergunta tão íntima, pois jamais haviam discutido tais assuntos. E não pôde deixar de agradecer a Anastasia Steele por haver aberto uma porta que estivera fechada para eles.

— No começo, sim, filho. Mas com o passar do tempo,

a vontade diminuiu muito. Certas pessoas ficam enterradas no fundo do coração e sua partida deixa um vácuo impossível de ser preenchido. Acredito que é melhor governar um coração vazio do que tê-lo intacto, porém intocado.

O avô tornava tudo simples demais. Quando o coração de um homem estava prestes a tornar-se uma coleção de buracos, não seria necessário proteger os retalhos remanescentes?

— Vovô, a respeito da srta. Steele...

Teria de contar tudo e admitir que fugira como um covarde antes que Anastasia Steele tivesse a oportunidade de recusá-lo pela segunda vez. Precisava fazer o avô entender que não poderia ficar implorando para o resto da vida!

Mas suas intenções foram interrompidas por uma batida discreta na porta. O criado pôs o rosto para dentro e espiou o conde.

— A srta. Steele insiste em vê-los, nnilordes.

O conde deixou o livro de lado e levantou-se, cambaleante.

— Traga-a até aqui, Carruthers. A queri da menina não precisa de cerimónias, depois de tantos anos.

Anastasia Steele entrou rapidamente na biblioteca, um pouco despenteada pelo vento e, por isso mesmo, ainda mais atraente.

— Milorde, espero que não Se incomode por eu ter vindo sem avisar, mas hoje parece ser o dia de visitas inesperadas.

O conde levou aos lábios os dedos delicados da mão estendida.

— Minha querida, a única coisa mais Agradável do que antecipar uma de suas visitas regulares é receber uma inesperada.

Enquanto brindava o conde com um sorriso irresistível, Anastasia lançou um olhar fugaz na direção de Christian, que percebeu a tristeza represada. Então, como afirmara, Anastasia era capaz de mascarar suas emoções.

Christian ficou satisfeito de ver que a felicidade fingida parecia ter convencido o avô.

Carruthers trouxe uma cadeira e deixou-a perto do conde. Anastasia agradeceu com um calor muito maior de que um serviçal merecia. O homem magro, quase esquálido, sorriu de orelha a orelha, antes de sair da sala.

Christian não gostou do aperto que sentiu no estômago. Na certa, não poderia ser nada tão absurdo como... ciúme. Ou seria?

— Sente-se, minha querida. — O conde indicou a cadeira que o criado trouxera. — Parece que o vento a descompôs um pouco.

Anastasia atravessara correndo a maior parte do trajeto desde Netherstowe. Mas ficara ofegante somente ao deparar com Christian Grey.

— Obrigada, milorde. — Ela sentou-se, enquanto o conde voltava à sua poltrona favorita. — O senhor é sempre um anfitrião atencioso.

Christian Grey não voltara a ocupar o banco baixo. Ele se levantara depressa, assim que vira Anastasia Steele entrar. Esquivou-se e parou a uma certa distância, com as mãos cruzadas às costas. Observou a visitante com cautela disfarçada.

Anastasia percebeu que sua chegada repentina o deixara na defensiva, assim como acontecera com ela ao vê-lo aparecer em Netherstowe de repente. Esqueceu por um instante seu intento de demonstrar compaixão e imaginou o que ele pensava do gosto do próprio remédio.

Lorde Grey poderia recear que ela fraquejasse acabasse por contar ao conde a previsão terrível do médico. Nesse caso, Christian Grey subestimava-a de uma maneira lamentável. Contudo as palavras seguintes do barão fizeram-na entender que ele, de uma certa forma, confiava nela.

Devo deixá-los a sós para que a senhorita tenha a privacidade que deseja e possa aproveitar sua visita?

Apesar de irritada com a atitude formalista da pergunta, Anastasia decidiu não importar-se. Afinal, ela interrompera o momento de paz que lorde Grey estava desfrutando ao lado do avô querido. Quantas ocasiões iguais àquela eles teriam nas próximas semanas?

Por favor, milorde, não vá!

Não é necessário sair, filho — o conde disse com sua voz fraca e vacilante. — A srta. Steele não veio fazerme a corte. Eu é que deveria retirar-me e dar aos dois um momento de intimidade. — O conde sacudiu a cabeça e casquinou umas risadinhas. — Mas não é o que pretendo fazer.

Anastasia perdeu a batalha contra o rubor intenso que lhe subiu ao rosto, ao mesmo tempo que um vazio tomava conta de seu coração. Aquilo nada mais era do que uma amostra do vácuo enorme que se implantaria quando o seu querido amigo a deixasse.

— Deixo as sutilezas para os jovens — o conde continuou. — Eles têm tempo para isso. Na minha idade, deve-se usar de franqueza, mesmo que indelicada, se esperamos atingir um objetivo. Minha querida — Ele apontou o indicador para Anastasia —, não se sinta envergonhada quanto ao motivo que a trouxe a Helmhurst. Espero que sejam boas novas para o meu neto, pois ele me contou que a pediu em casamento.

— Vovô! — lorde Grey deu um grito.

O conde acenou ligeiramente com a mão, em sinal de pouco-caso diante do protesto de Christian.

— Minha querida, pode ter certeza de que Carruthers e eu extraímos a confissão sob tortura.

Por algum motivo, o gracejo fez os olhos de Anastasia arderem com lágrimas que ela não pôde esconder.

Lorde Grey sentiu-lhe o constrangimento e tratou de intervir.

— Por favor, vovô, o senhor está criando embaraços para a srta. Steele.

Anastasia levou a mão à testa, em um momento necessário para se recompor.

— Isso é verdade, minha querida? — O conde pareceu arrependido e surpreso. — Por favor, perdoe este velho tolo que também é seu grande amigo. Sabe muito bem que eu jamais faria nada que pudesse aborrecê-la.

Anastasia segurou-lhe a mão. Não permitiria que os derradeiros meses do conde fossem maculados com a menor sombra, se estivesse em seu poder dispersá-la.

— Senhor, nunca duvidei de suas melhores intenções a meu respeito. — Anastasia esperava que o conde interpretasse a umidade de seus olhos como resultado de uma modéstia excessiva. — E que tudo isso foi uma grata surpresa. Eu não imaginava que lorde Grey sequer soubesse da minha existência. E muito menos que nutrisse... sentimentos ternos a meu respeito.

Anastasia arriscou uma espiada na direção de Christian, mas ele estava com o rosto virado. A conduta do barão continuava imperturbável como sempre. Ela lembrou-se da superfície da água no exato momento anterior ao da fervura.

Era como se pudesse ouvi-lo pensar: "Sentimentos ternos... francamente!".

Acreditar que o deixava perturbado, mesmo que fosse só um pouco, restaurou-lhe a serenidade que ele destruíra.

— Devo dizer-lhe também, minha querida, que tenho feito a meu neto os melhores comentários a seu respeito.

— Espero que seus elogios não tenham sido muito exagerados. Senão lorde Grey poderá deduzir que não estou à altura deles.

— Ao contrário — o conde retrucou com evidente satisfação. — Ele disse que eu falhei em não lhe fazer justiça, minha querida,

— Vovô, francamente! — lorde Grey tornou a gritar, confirmando a suspeita de Anastasia sobre água prestes a entrar em ebulição. — Se o senhor pretende continuar a falar desse jeito, então, talvez um de nós deva sair.

— Bobagem. — O conde não mostrava nenhum sinal de arrependimento. — Não vejo nada de mal em dizer algumas palavras elogiosas a uma jovem merecedora de muitas outras além dessas.

O conde dirigiu-se a Anastasia.

— Não é para se admirar, minha querida, que o tenha recusado, diante de tais atitudes. Eu pensei que o pedido de casamento tivesse todos os jaezes românticos costumeiros.

— Para mim chega. — Lorde Grey caminhou em direção à porta. — Deixarei ambos à vontade para que se divirtam em insultar-me.

Uma onda de vergonha fez Anastasia pular da cadeira e interpor-se entre Christian Grey e a saída.

— Por favor, milorde, não vá. — Ela sabia que iria aborrecê-lo se prosseguisse, mas não se importou. Precisava falar. — Sinto muito. Não pretendíamos atormentá-lo, acredite.

— Está falando por si mesma, minha filha. — O conde

recostou-se ainda mais na cadeira e segurou o queixo com as mãos fechadas. — Tenho zombado de meu neto desde que ele tinha a metade do tamanho atual. Ele nunca ficou ressentido por isso... até hoje. O que pode trair a inclinação dele pela senhorita.

Anastasia fitou o conde com fingida severidade.

— Acho preferível o senhor parar com isso, antes que mude a opinião dele a meu respeito. — Anastasia fitou lorde Grey. — Devemos punir seu avô e sair para conversarmos em particular?

Christian deu um leve sorriso irónico.

— Seria bem merecido para esse ancião intrometido.

— Então, podem ir embora. — O conde fez uma grande encenação para pegar um outro livro de cima de uma mesa lateral. — Mas estejam avisados. Estou mesmo aborrecido.

Anastasia sabia que o conde estava apenas caçoando. E como tudo aquilo reverteria em benefício dele, não queria que o conde perdesse nada da representação deles.

— Lorde Grey, preciso lhe dizer uma verdade. Espero que não tenha interpretado erroneamente minha hesitação em aceitar seu pedido, como um sinal de que eu pretendia recusar. Pelo que seu avô acaba de dizer, foi isso o que o senhor pensou.

— Eu não poderia culpá-la — o barão respondeu. — Meu avô está certo. Foi uma atitude inoportuna de minha parte, além de extremamente precipitada. Eu... peço-lhe desculpas.

— Isso significa que o senhor pretende retirar seu pedido? — Anastasia perguntou, sem muita certeza sobre o que lhe agradaria mais ouvir como refutação.

Mas foi o conde quem retorquiu, antes que lorde Grey o fizesse.

— Ele não fará isso, a menos que esteja preparado para receber este livro na cabeça.

O barão devia ter percebido a alegria implícita na voz do avô, pois fitou Anastasia intensamente com os incríveis olhos verdes. E fez uma indagação muda: se ela poderia tolerar aqueles dois metidos em uma eterna disputa... por quanto tempo fosse necessário.

Anastasia esperava que ele pudesse ler-lhe a resposta na fisionomia, já que afirmara ser o seu rosto um livro aberto. De repente, ela soube o que desejava ouvir.

— Meu oferecimento permanece, srta. Steele. — Milorde estendeu a mão. — E não é porque tenho medo de que meu avô atire em mim aquele livro.

Assim que Anastasia deixou a mão sobre a dele, lorde Grey curvou-se e roçou-lhe os dedos com os lábios. O gesto casto fez Anastasia sentir-se como se fosse um prato cheio de creme batido com sidra, açúcar e canela. Espumosa e inebriante.

— Nesse caso, lorde Grey, eu aceito. — Antes de perceber o que estava fazendo, Anastasia levou a mão dele até os próprios lábios, para selar o acordo.

— Maravilhoso! — O conde aplaudiu o desempenho convincente deles.

Era isso mesmo que ocorrera, Anastasia disse a si mesma. Uma atuação destinada a entreter e inspirar uma platéia muito especial.

Durante as semanas seguintes, era do que deveria lembrar-se. Não poderia entregar-se à ilusão perigosa de que Lorde Lúcifer seria capaz de gostar dela.

Ou ela de gostar dele.

A sensação dos lábios divinos de Anastasia roçando as costas de seus dedos trouxe a Christian memórias indesejáveis,

mas provocantes. Quando era mais jovem e sua aparência fazia as mulheres desmaiarem, ele se Comportava como um libertino. Fartava-se em banquetes de prazeres permitidos por sua riqueza, seu título e sua aparência atraente.

Depois da guerra, quando as deformações faziam as mulheres perderem os sentidos por motivos opostos, ele se tornara um celibatário tão devotado quanto havia sido um libertino. Até aquele momento, Christian não entendera o pouco que sentia falta das diversões frívolas de sua juventude.

E aquela sua adorável "noiva" ameaçava despertar a fome adormecida dentro dele. Mas que droga!

O conde estendeu as mãos para Anastasia e para Christian.

— Isso merece um brinde!

Christian esforçou-se tanto para não largar a mão de Anastasia Steele com brusquidez, como para não tornar a beijar-lhe os dedos.

Um brinde! À sua-paz de espírito, que parecia ter sido jogada em cima das brasas incandescentes de seu desejo reacendido.

— Christian, peça a Carruthers para pegar na adega uma garrafa do nosso melhor champanha. Aliás, diga-lhe que traga três ou quatro. Assim os criados também poderão brindar à nossa felicidade.

O brilho de satisfação nos olhos do avô contrastava com a reserva que não abandonava Christian. Três meses passariam muito depressa. Além do mais, uma dádiva conseguida sem um pouco de sacrifício tinha pouco valor.

— O senhor não vai querer que a cozinheira fique bêbada e deixe queimar o nosso jantar — Christian provocou o avô, antes de sair para cumprir-lhe as ordens.

— Depois de beber uma meia dúzia de doses, nem mesmo

sentiremos o gosto. — O conde chamou Anastasia com um gesto de mão.

Christian hesitou antes de abrir a porta, ao ouvi-la perguntar:

— Posso chamá-lo de vovô daqui para a frente.— O conde abraçou-a, emocionado.

— Minha querida menina, nada me faria mais feliz!

Por um instante, Christian observou-os juntos. Uma ânsia tola e triste envolveu-lhe o coração. Munido de um esforço pertinaz, conseguiu controlar-se e foi providenciar a bebida, com a fisionomia impassível de sempre.

E voltou à biblioteca a tempo de ouvir a indagação que o avô fazia para Anastasia:

— Podemos marcar a data para quando? Junho é sempre um mês agradável para casamentos.

"Marcar a data?" Uma sensação estranha envolveu Christian. Teve a impressão de que o piso de parque da biblioteca houvesse se aberto a seus pés.

Antes de que ele dissesse uma bobagem que pudesse desvendar a artimanha deles para o conde, além de fazer o papel de palhaço, Anastasia veio em seu socorro.

— Não ousaríamos fazer planos até que meus tios voltem do continente. Na verdade, eu nem deveria ter aceitado o pedido de milorde sem o consentimento deles.

Christian admirou o raciocínio rápido.

— O velho Bulwick? — ironizou o conde, mais velho do que o outro pelo menos em vinte anos. — Bobagem. A senhorita já não atingiu a maioridade?

— É claro. E também acredito que meus tios ficarão maravilhados com o anúncio de um casamento tão refinado. Todavia eles podem ficar um pouco enciumados... de seus privilégios.

— Tem razão — o conde resmungou. — E como a senhorita

continuará nas proximidades, acho que não deveríamos melindrá-los com um enlace feito durante a ausência deles.

Carruthers apareceu com três taças altas e uma garrafa de champanha em cima de uma bandeja. Christian murmurou um agradecimento, tirou a rolha e serviu o vinho espumante.

— Minha querida Anastasia, vamos beber à saúde do mais belo acréscimo à família Grey em muitos anos. — O conde ergueu a taça. — Suponho que posso ter a liberdade de chamá-la pelo nome, desde que propôs chamar-me de vovô.

Ela anuiu, abaixou os olhos e sorriu, um tanto inibida.

— A Anastasia. — Christian ergueu a taça e acompanhou o brinde do avô. Pronunciar o nome dela trouxe-lhe uma sensação doce e embriagadora que rivalizava com a da bebida.

O conde tomou um gole e fez um gesto de aprovação.

— Talvez um noivado longo seja até desejável. Os dois precisam de um tempo para se conhecer, antes do casamento.

Christian não teve oportunidade de concordar.

— Claro, meus filhos, eu sei por que resolveram ficar noivos.

Christian ficou boquiaberto, enquanto sua "noiva" cuspia o champanha.

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