𝐒𝐮𝐝𝐝𝐞𝐧𝐥𝐲 𝐋𝐨𝐯𝐞

By romncexkarl

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Shawn Mendes é um homem de negócios, embora não saiba nem do que se tratam os contratos que assina. Camila Ca... More

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By romncexkarl

chapter song;
alanis morissette — receive

Camila Cabello P.O.V

O resto daquela manhã e o início da tarde foram tomados por Anajú e Vicky fazendo perguntas sobre os detalhes mais sórdidos do que havia acontecido entre mim e Shawn na noite anterior.

— Pelo amor de Deus, até parece que vocês não sabem de tudo. Vocês fazem a mesma coisa todos os dias. - Falei desanimada.

— Mas nenhum cliente ficou na minha cama até o dia seguinte. - Anajú falou.

— Principalmente um cliente como Shawn Mendes - Vicky completou.

— Ele devia estar cansado.

— Qual é, Mila. Um homem não dorme na cama de uma puta a não ser que esteja bastante confortável.

— Vicky, se ele estava confortável ou não, eu não sei. Mas não deve ter sido a primeira vez que ele fez isso.

— Bom, - começou Anajú - pelo menos aqui ele nunca fez isso. Com nenhuma de nós.

Senti-me subitamente de bom humor, o que tentei não relacionar ao fato de saber agora que estava, de certo modo, em um patamar diferente das outras dezenas de mulheres daquela casa.

Mesmo animada, tentei mudar de assunto. Precisava ficar sozinha.

— Bem, eu vou dar uma volta. É sábado, nada de clientes pra me azucrinarem. Vou aproveitar a paisagem.

— Mas ainda está chovendo.

— Ótimo. Menos pessoas na rua pra ficarem olhando pra mim.

Às cinco da tarde eu já saía da Casa de Tanya com minha bolsa-mochila no ombro, vestindo um casaco vermelho desbotado, calças jeans skinny e um par de tênis velhos.

Eu não tinha guarda-chuva, mas não precisava. Estava chuviscando e as pequenas e finas gotas não me incomodavam. Ao contrário, eram bastante agradáveis.

Constatei que as nuvens estavam pesadas e os trovões estavam cada vez mais frequentes, então corri para não pegar o dilúvio que eu sabia que viria.

Puxei o capuz do casaco para cobrir a cabeça e caminhei até o ponto de ônibus.

Queria ir ao parque do outro lado do bairro, respirar novos ares. Assim que cheguei, corri para uma das muitas mesas redondas de madeira cobertas por telhas vermelhas.
Como não ventava, consegui me proteger da chuva ali.

Era um lugar calmo e, obviamente, estava vazio. Pelo pouco das ruas e casas que consegui analisar, pude constatar que era um bairro de pessoas no mínimo bastante ricas.

Tirei meu livro, um dicionário e uma caneta da bolsa, colocando tudo em cima da mesa e sentando em um dos quatro tocos de madeira que serviam como bancos.

Graças a Shawn, tive que procurar por algum tempo a página na qual havia parado a leitura. Sentindo o cheiro e ouvindo o barulho da chuva, consegui relaxar.

Não sei por quanto tempo fiquei ali. Tudo parecia tão calmo e fácil. O lugar era lindo, a grama era bem aparada, de um verde vivo. As gotas, agora mais grossas e em maior quantidade, caíam pesadamente na superfície do enorme lago que ficava no centro do parque. Aquela atmosfera me contagiava e, naquele momento, aquele lugar era o melhor lugar do mundo para se estar.

Vi alguém correndo através da espessa cortina de chuva, se abrigando em uma das mesas cobertas que ficava do outro lado do parque. Sorri sem nenhum motivo. O homem, como pude constatar depois de alguma análise, retirava seu casaco de couro e balançava seus cabelos molhados como um cachorro que acabara de sair do banho.

Voltei meu olhar para o livro e retomei a leitura. Poucos minutos depois meu celular emitiu um som fraco e morimbundo, me avisando que a bateria tinha se esgotado.

— Ótimo. Nada como paz. - Falei, em voz alta.

— Eu concordo.

Pulei de susto ao ouvir a voz falando imediatamente atrás de mim, num tom suficientemente grave para não ser encoberto pelo barulho forte da chuva.

Era uma voz masculina. Uma voz bonita, incisiva e poderosa. Aquele tipo de voz que você imagina que um homem lindo tenha, e pelo fato de ter estado pensando naquela voz de cinco em cinco minutos, quando me dispersava da história de Jane Austen à minha frente, não precisava nem me virar para saber quem era o homem que se encontrava a pouco menos de um metro de distância de mim.

Mesmo assim me virei, encarando aqueles olhos que agora estavam de um dourado fluorescente. Ele estava ensopado da cabeça aos pés e trazia uma revista enrolada completamente molhada e mole em uma mão e, na outra, seu casaco.

Normalmente, quando era pega de surpresa, eu demorava um pouco para formular uma frase. Nesse caso eu tinha acabado de ser pega de surpresa por Shawn, o que fazia com que minhas tentativas de falar alguma coisa coerente fossem ainda mais fracassadas. Porque Shawn me deslumbrava naturalmente, me pegando de surpresa ou não.

— Você... O que... - Tossi, limpando a garganta. - O que está fazendo aqui?

— Eu é que pergunto. Aqui é um pouco longe de onde você mora.

— Eu queria sair... Ler um pouco... Fugir um pouco...

– Entendi.

Eu ainda não sabia o que ele estava fazendo ali. Não acreditava em coincidências, muito menos em destino.

—O que está fazendo aqui? - Repeti.

— Eu fui até a banca comprar uma revista, e aí o céu desabou em cima da minha cabeça. Então atravessei a rua e vim correndo pra cá. Fiquei em baixo daquela proteção do outro lado do parque e te vi. Bom, pensei que fosse alguém parecido com você, mas não pude dizer com certeza. Então vim verificar, e aqui estou.

Shawn me pontuou seu discurso com um sorriso torto contagiante. Eu suspirei.

— Você mora por aqui? - Perguntei.

— Moro a dois quarteirões daqui. Consigo ver esse parque inteiro da varanda da minha sala. - E dizendo isso, apontou para um prédio branco espelhado imponente, o mais alto à nossa esquerda, um pouco longe.

— Deixa eu adivinhar: Você mora na cobertura.

— É.

Sorri com deboche abaixando a cabeça. Então ele era mesmo um homem podre de rico.

— Ei, posso sentar?

— Claro. - Tirei minha bolsa de cima do banco ao meu lado, cedendo-lhe o lugar.

Ele aceitou, sentando-se e puxando um assunto aleatório:

— Então... Um sábado chuvoso. Que droga, né?

Manter um papo normal com Shawn soava forçado, porque nós não batíamos papo. Nós não nos conhecíamos para isso, e nosso objetivo juntos era bastante diferente de jogar conversa fora. Mesmo assim eu queria dar uma chance para que esse relacionamento, errado em quase todos os aspectos, pudesse se tornar algo melhor, algo que valesse a pena.

— Eu gosto de chuva. - Respondi - Me traz paz. E o cheiro é muito bom.

Ele sorriu.

— Acho que você é a única pessoa no mundo que prefere um sábado chuvoso a um sábado ensolarado e quente.

— Não creio que seja a única. - Concluí meio distraída - Você que não deve conhecer muitas pessoas tão sensíveis como eu.

Ele me olhou profundamente, mas eu continuei:

— Quero dizer, é muito fácil gostar de um sábado ensolarado, mas quase ninguém vê a beleza de uma tarde chuvosa. Se as pessoas tentassem ver a real beleza disso aqui...
- Olhei em volta, deixando a frase no ar. - Não estou dizendo que não gosto do sol, mas as pessoas parecem se esquecer de que, sem a chuva, o tempo bom seria cansativo. A gente tem que mudar de vez em quando, senão tudo fica muito chato.

Olhei-o novamente e constatei que ele não simplesmente me olhava: Ele estava me analisando. Senti meu rosto corar, conseguindo finalizar meu argumento em um tom de voz mais baixo que antes:

— Mas ainda prefiro a chuva...

— Sabe... - Ele começou depois de alguns segundos em silêncio - Acho que agora prefiro a chuva também.

Seu olhar era penetrante, e eu comecei e me sentir completamente exposta àquele olhar. Desviei os olhos, voltando a tentar ler o livro à minha frente.

— Ainda aquele livro?

— É. Avancei bastante hoje, já passei da metade. - Respondi.

— Você lê com um dicionário?

— Sim. - Pela milionésima vez, corei. Minha mania de corar na frente dele já estava ficando irritante. - Tem algumas palavras... Sabe, difíceis. Eu não entendo, aí eu procuro no dicionário, e então posso continuar lendo.

— Isso mostra uma grande força de vontade sua, sabia? A maioria das pessoas, quando leem algo que não entendem, simplesmente deixam pra lá. Preferem não entender o trecho de um livro a se mexerem e irem procurar o significado da palavra.

— Bom, eu entendo menos palavras do que a maioria das pessoas.

— Hm... Você... Não estudou?

— Ah, estudei sim. Eu era uma aluna mediana no colégio que estudava. Mas aí eu tive que sair. - Olhei para as mãos.

— Por quê?

Encarei-o novamente. Sua expressão me encorajava a continuar, e pela primeira vez eu pude ver alguém, além de Anajú, genuinamente interessado no que eu tinha a dizer.

— Bom, eu... Eu tinha dez anos quando meu pai morreu. Levou dois tiros em um assalto. Minha mãe era dona de casa, nunca trabalhou, e nos sustentávamos com dinheiro do meu pai. Ele era policial.
"Quando ele morreu minha mãe teve que procurar um emprego. Como ela não sabia fazer muita coisa, arranjou um emprego de garçonete. Pagava pouco e exigia muitas horas do dia dela. Então eu tive que sair da escola pra tomar conta da casa. Essas coisas."

— Eu lamento.

Pude ver que ele realmente lamentava.

— E sua mãe... - Ele continuou.

— Morreu há pouco mais de 3 anos. Drogas, álcool, depressão. Essas coisas.
Tudo por causa de um infeliz que ela conheceu...

Suspirei. Falar dela e do meu pai doía. Eu podia sentir a dor com clareza naquele momento, porque era a primeira vez que realmente conversava sobre aquele assunto com alguém.

– Ela era linda, sabe? Minha mãe. Tinha olhos claros e muito vivos, antes de conhecer aquele filho da puta. E mesmo quando estava triste você podia ver que algo nela iluminava a sua vida. Era como se dentro dela existisse algum tipo de sol. E ela era diferente das outras pessoas. Ela era bonita, bonita por dentro e por fora.

— Deve haver uma ou duas coisas dela em você.

Encarei-o e, sem nem saber porquê, sorri. Ele retribuiu o sorriso.

— O sorriso dela era tão bonito quanto o seu?

— Era muito mais bonito. - Falei envergonhada. - Ela não devia ter morrido assim tão jovem. Ainda havia muitas pessoas pra ela iluminar.

Enxuguei uma lágrima que escorreu pelo meu rosto, me pegando de surpresa.

— Talvez esse seja o seu papel agora. - Shawn concluiu.

Dei um riso triste e abafado.

— Não acho que possa desempenhar esse papel. Não sou a metade da mulher que ela foi...

— Você me ilumina.

Ele disse isso calmamente, e continuou me olhando como se tivesse acabado de me dar bom dia.

— Há algo em você. Eu notei isso no primeiro dia que te vi. Você é muito diferente de grande parte das mulheres, Mila.

— Não sou. É impressão sua. Ninguém é diferente de ninguém.

— É sim. Todo mundo é diferente. Existem pessoas ordinárias e existem pessoas especiais. É uma pena que você não veja isso.

— No meu mundo existem apenas pessoas. Elas só se aproximam de você porque têm algum interesse. Ninguém está lá pura e simplesmente pra te ajudar. Você precisa dar algo em troca.

— Talvez o que elas peçam em troca não seja muito. Talvez seja só uma amizade.

– Shawn... - Falei, minha voz embargada com uma tristeza que não estava nos meus planos para aquela tarde - Ninguém nunca me pediu só amizade.

Ele ficou calado. Eu vi em sua expressão que ele não tinha nada que pudesse ser dito para me fazer sentir melhor. Mas isso não era novidade.

— Você odeia essa vida, não é? - Finalmente perguntou.

— Você não faz ideia.

Pela primeira vez ele desviou o olhar, fitando agora suas mãos molhadas.

— As outras garotas... Elas não ligam. Mas pra você é um castigo.

Permaneci em silêncio, fitando minhas próprias mãos.

— Você ganhou minha simpatia de graça, sabe? - Ele continuou - Eu acho você uma pessoa bacana, e conforme o tempo passa, me sinto gostando mais de você.

Olhei para ele um pouco eufórica.

— Eu não quero fazer parte disso, Mila. Não sabia que era assim.

– Eu... - Comecei, mas não sabia o que dizer.

— Não sei de todos os pecados que você cometeu na vida, mas posso ver que você é uma pessoa boa. E pessoas boas não merecem sofrer. Pelo menos eu gosto de pensar que eu não estou ajudando a tornar a vida delas mais miserável. - Ele me olhou novamente - Não vou fazer mais isso com você. Não vou mais te usar pra tapar os buracos da minha própria vida. Não é justo, e sinto muito ter feito isso até agora.

Sim, ele devia se desculpar. Sim, ele fazia parte da mediocridade da minha vida, e ajudava a torná-la mais miserável. Ele era um cliente, uma pessoa que me fazia lembrar a cada dia por que eu odiava a minha vida. Mas, ao mesmo tempo, ele era a pessoa que me fazia sentir, a cada dia que passava, um pouco menos infeliz. Uma pessoa que se destacava, que se diferenciava das outras simplesmente por ser do jeito que era, mas também porque se importava comigo. Se importava de verdade.

Senti meu coração derretendo aos poucos enquanto o fitava ali, molhado, parado à minha frente. Meus sentimentos pareciam lutar dentro de mim, travando uma briga que nem eu mesma poderia apartar. Uma mistura de raiva, desejo e loucura me confundiam, e eu não sabia ao certo o que dizer, mas sabia que precisava falar alguma coisa.

Ainda assim, podia sentir meu peito quase explodindo. Ele era pequeno para manter tantas coisas que lutavam entre si pela liderança lá dentro. Senti uma onda repentina de sinceridade se apoderando de mim, e antes que pudesse sair correndo deixando-o com meu silêncio, fechei os olhos e simplesmente falei:

— Você é a melhor coisa que aconteceu comigo durante todo esse tempo. Você é a única pessoa que se preocupa com o fato de eu estar machucada ou não. Você foi a única pessoa que me perguntou sobre a minha vida. Eu sinto muito te dizer isso, sinto muito não conseguir calar a boca agora, mas eu não quero que você vá embora. - Outra lágrima escorreu pelo meu rosto, mas não me importei - Não se assuste comigo, eu só...
Eu só gosto de ter você por perto. Eu me sinto segura. Eu sei que você não quer esse tipo de responsabilidade, e você não precisa ter. Mas só a sua presença já me passa isso.
Você não precisa fazer muito mais do que estar por perto.

Ele me fitava um pouco assustado, mas agora não havia mais como voltar atrás.
Shawn engoliu depois de algum tempo em silêncio. Passou as mãos nos cabelos sem saber muito o que fazer, e finalmente falou:

— É por perto que você me quer?

— Sim. - Respondi sem pestanejar.

Ele sorriu. Aquele sorriso torto.

— Então é por perto que eu vou estar.

Sorri de volta, secando meu rosto.

— Você fica muito mais bonita sorrindo.

— Vou tentar sorrir mais vezes então. - Falei em tom de brincadeira.

— Vou cobrar isso de você.

A chuva agora era uma fina cortina de gotas muito pequenas, tão leves que demoravam a cair. No céu, um sol tímido iluminava fragilmente as nuvens, e a combinação disso pintou um arco-íris tão grande que ocupava toda a parte visível do céu cinzento.

Shawn olhou para mim, apontando para o colorido acima de nós.

— Viu? - Falou calmamente - Quando o tempo bom e o tempo ruim se misturam em um só, o resultado é mais bonito do que se espera.

~~~

Alguns minutos depois o sol já havia se posto, deixando o ambiente gradativamente mais escuro. A chuva havia cessado e algumas pessoas já se arriscavam a passear no parque antes deserto. A conversa entre mim e Shawn tomou um rumo mais agradável, e então falamos de coisas mais banais. Infelizmente ele me perguntava coisas demais, e eu não tinha a oportunidade de saber um pouco da vida dele também.

— É melhor ir embora antes que pegue uma pneumonia. - Falei - Suas roupas estão molhadas a tarde inteira.

— É verdade. - Ele respondeu, e eu olhei para a camisa ainda colada em seu corpo por causa da água, torneando cada músculo definido ali. Obviamente ele não reparou nesse detalhe, mas eu vinha reparando a tarde inteira.

— Você vai ficar? - Perguntou.

De repente notei que se ele estava indo embora, então eu não tinha mais nada para fazer ali. Minha leitura já tinha sido esquecida havia muito tempo, os livros já estavam fechados e guardados dentro da bolsa.

— Não, vou também. Já está escurecendo de qualquer forma.

— Então vamos. Eu te acompanho até o ponto de ônibus.

O caminho até lá foi silencioso. Felizmente não foi um silêncio desagradável, mas sim aquele tipo de silêncio que acontece quando duas pessoas sabem que não precisam preencher aquele espaço com palavras idiotas e conversas descartáveis. Era um silêncio natural, onde a presença do outro era a única coisa a ser compartilhada e apreciada.

O ônibus chegou e eu me vi triste pela despedida. Mas era preciso, então entrei no ônibus de uma vez, olhando para trás e acenando timidamente para ele que retribuiu, ainda me olhando enquanto o veículo acelerava.

A viagem pareceu rápida demais para meus devaneios, e quando cheguei à Casa de Tanya queria apenas ficar sozinha. Neguei o jantar quando me chamaram para descer à cozinha porque, de fato, não sentia fome. Entreguei o dinheiro ainda em cima do móvel para Tanya e me tranquei no meu quarto.

Tomei um bom banho e me deitei na cama. A partir daí nada fiz senão pensar.

Não sei a que horas o sono veio, e também não sei quanto tempo fiquei divagando sozinha no escuro do quarto. A chuva voltou a bater com força no telhado e meus pensamentos teimavam em voar para aquela tarde de sábado, o que deveria ter sido só mais uma tarde de sábado qualquer.

E embora eu não estivesse ciente de muita coisa, embora eu não soubesse o que exatamente me deixava tão perdida ultimamente, eu tinha um palpite. Um palpite que me deixava eufórica e, ao mesmo tempo, em pânico.

Lembro do último pensamento que tive antes de mergulhar na inconsciência outra vez. Se era um pedido ou uma oração, eu não saberia dizer. Mas de qualquer forma meus sentimentos aos poucos começavam a tomar uma forma definida, e eu tentava desesperadamente não ver as coisas como elas pareciam ser. Como elas seriam, a partir daquele momento:

Por favor, POR FAVOR, que eu não esteja me apaixonando por Shawn Mendes.

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