Humberto Narrando
Meu nome é Humberto Hanz, tenho 35 anos e nasci na Alemanha, meus pais eram alemães, mas a minha mãe tinha descendentes portugueses, tanto que meu nome Humberto é um homagem a um bisavô meu e a fazenda de café vem a gerações na família da minha mãe, mas antes de morrer ele comprou toda a fazenda de café, tornando ela ainda maior e nosso café passou a ser exportado pro mundo todo. Quando a minha mãe faleceu eu tinha 23 anos e tinha acabado de terminar a faculdade de economia e então meu pai também morreu 6 anos depois, me deixando toda a fazenda, eu já tinha amplo conhecimento em administração e negócios, falava cinco idiomas alemão, português, inglês, francês e italiano, estava mais do que pronto pra assumir a fazenda, mas aí havia um porém, pra herdar toda a fazenda e todos os bens do meu pai que fariam de mim um homem muito rico eu teria que me casar.
Foi então que eu conheci Damião, ele era 5 anos apenas mais novo que eu e vinha de uma boa família portuguesa, mas eu nunca o amei, nosso casamento foi apenas para que eu pudesse herdar os bens do meu pai e pra que eu tivesse filhos futuramente, já que eu sempre quis ter uma casa cheia de crianças, meus filhos seriam a alegria do meu casamento, já que eu nem me sentia muito atraído fisicamente pelo Damião, ele é muito branco, alto e magro, eu sempre preferi os negros e morenos de preferência mais baixinhos e com curvas fartas, mas mesmo estando casado com Damião eu não deixei de dar minhas escapadas, ele sabia disso, mas fechava os olhos.
Os anos foram se passando e o Damião não conseguia me dar nem um filho se quer e o problema não era comigo, pois ele até ficou prenho algumas vezes, mas as gestações nunca passavam do primeiro mês e isso afetava ainda mais o nosso casamento, fazendo com que tivéssemos discussões constantes. O divórcio ainda não era permitido no Brasil que foi onde nos casamos, mas o marido podia pedir a anulação do casamento caso sua ou seu parceiro não lhe desse filhos no prazo de 5 anos e eu já estava conversando com o meu advogado pronto para pedir a anulação do casamento quando Damião me vem com a notícia.
Damião - Amor, estou esperando um filho seu. Disse sorrindo e pondo a mão na barriga, mas isso não causou nenhum ânimo em mim.
Damião - Mercê não tá feliz?
Humberto - E porque eu haveria de estar feliz? Vai ser como das outras vezes, apenas mais sofrimento pra nós.
Damião - Dessa vez eu vou conseguir ir até o final amor.
Humberto - Hum...duvido muito.
Damião - Dessa vez eu irei conseguir ir até o final, irei ter esse filho.
As semanas foram passando e realmente Damião estava conseguindo levar a gestação a diante daquela vez, mas eu teria que me afastar por alguns meses, pois tinha negócios muito importantes para tratar nos Estados Unidos e que me trariam muito dinheiro.
Damião - Poxa amor, passarás praticamente toda a minha gestação fora?
Humberto - Vosmicê não gosta de dinheiro? Eu vou ganhar e muito com esse tempo fora.
Mariana - Não vamos exataltar os ânimos. Disse a minha sogra.
Humberto - Eu não posso desmarcar essa viagem, já me comprometi.
Mariana - Eu tive uma ideia, Damião e eu poderíamos ir junto, é até bom, lá nos Estados Unidos a medicina é mais avançada e poderemos acompanhar a gestação do Damião com mais segurança, vocês não ficaram longe um do outro e quando você estiver ocupado com os negócios eu faço companhia a ele. Que tal?
Humberto - Pode ser.
E assim ficou decidido, eu comprei mais duas passagens e minha sogra Mariana e meu esposo Damião iriam comigo. Mas agora eu tinha um outro compromisso pra ir, Baltazar o senhor da fazenda de milho estava leiloando um escravo, já fazia tempos que eu não ia nesses leilões, mas por alguma razão que nem eu mesmo sei qual eu acabei comparecendo ao leilão. Antes de sair eu dei uma ajeitada no meu cabelo olhando no espelho, eu me considero um homem bonito, tenho cabelo loiro que eu deixo cortado baixinho, barba por fazer, olhos azuis, 1,90 de altura e um corpo com músculos fortes devido ao exército que eu servi durante alguns anos e a prática de exercícios que eu faço até hoje.
Baltazar - Senhor Hanz, seja bem vindo. Disse apertando a minha mão com seu sorriso de dentes amarelados.
Humberto - Obrigado.
Eu me sentei e esperei pela entrada do escravo e me surpreendi com o que ví, ele era baixinho, com longos cabelos cacheados, era delicado demais pra ser um escravo, logo de cara todos se desinteressaram, pois claramente aquele menino não tinha força física para o trabalho pesado, mas por alguma razão eu me encantei com ele e ví que eu estava certo ao ouvir Humberto dizer que ele era um homem especial com capacidade de engravidar.
Baltazar - Não quer olhar mais de perto senhor Hanz?
Eu me levantei pra vê-lo mais de perto, ele tinha uma pele linda e brilhosa, tinha um cheirinho bom de canela, seus cabelos eram pretos e cacheados e iam até metade das costas, lindos olhos castanhos, lábios carnudos que atiçavam a minha imaginação, eu desci meu olhar pros mamilos dele que eram pontudos e grandes, sua cintura era fininha e as coxas bem grossas, seus pezinhos eram pequenos e delicados, nem pareciam pés de um escravo, eu o olhei por trás também e pude ver sua bunda grande no pequeno short branco e suas ancas largas. Eu estava encantado pelo jovem moço, iria compra-lo de qualquer jeito.
Eu acabei vencendo o leilão com 40 contos de réis e fui pra fazenda com o Anastácio na charrete, ele seria útil pra ajudar Joana nos serviços da casa e poderia ser babá do meu filho depois que ele nascesse. Eu dei meu paletó pra ele vestir antes que ele descesse da charrete, eu não queria que outro homem visse aquele lindo corpo além de mim.
Eu chamei o Dr Marco pra ver se estava tudo certo com a saúde de Anastácio, isso já é um costume meu, mas no dia que Marco veio eu estava na capital da cidade tratando de negócios e depois de ter encerrado meus compromissos a noite eu fui até um bar, não era nada da alta classe, mas era um lugar bem aconchegante e não estava muito cheio, então eu poderia beber com tranquilidade e acabei me surpreendendo ao encontrar o Dr Marco lá.
Dr Marco - Ora ora, não sabia que a alta classe frequentava esse tipo de bar haha.
Humberto - Haha, como se vosmicê também não fosse da alta classe.
Dr Marco - Um dia eu chego lá, falando em riqueza eu estive na sua fazenda hoje, as plantações de café estão cada vez melhores.
Humberto - Estamos pegando o jeito. Foi consultar o Anastácio?
Dr Marco - Sim e aliás fiquei impressionado com a beleza do rapaz, vai acabar por causar ciúmes em Damião, com um escravo tão jovem e bonito dentro de casa.
Humberto - Hum...não é preciso muito esforço pra causar ciúmes no Damião. O Anastácio está bem?
Dr Marco - Bem...sobre isso tem algo que eu tenho que te contar.
Humberto - Ele está com algum problema?
Dr Marco - Não, ele está prenho, seu filho não será a única criança correndo pela casa grande, Anastácio também espera um bebê.
Humberto - Hum...por essa eu não esperava. Digo pensativo.
Dr Marco - Sortudo é o homem que teve a oportunidade de o possuir o Anastácio, o garoto é espetacular. Disse com um sorriso sacana.
Humberto - É... muito sortudo mesmo. Digo com ciúmes do modo com o qual o Marco se referia ao Anastácio, nem eu mesmo estava me reconhecendo.
Depois que eu já estava farto de beber, eu saí do bar e voltei para a fazenda. Eu fui até a cozinha onde eu bebi um copo d'água e então eu decidi ir até o quarto do Anastácio, eu bati na porta dele que atendeu rapidamente, ele se assustou ao me ver ali, ele vestia apenas uma bata branca que deixava as suas lindas coxas grossas e lisinhas de fora e dava pra ver o comecinho da curva do seu quadril largo.
Ele não queria ter contato com o pai do seu bebê, com certeza o sujeito devia ser algum babaca, mas eu me sentia aliviado com isso, não queria Anastácio tendo contato com outro homem que não fosse eu. Ele esquentou o jantar pra mim depois da nossa conversa e eu fui dormir.
No dia seguinte era o dia da minha viagem com Damião e Mariana e também o dia que o meu primo Frederich viria para tomar conta da fazenda, enquanto eu estivesse fora. Os únicos parentes vivos com o qual eu tenho contato são meu primo Frederich, sua esposa e seus dois filhos que são meus parentes por parte de pai e por parte de mãe tinha a tia Emília que morava em Portugal, era a famosa tia fofoqueira da família.
Depois do café da manhã, eu tinha ido até a cozinha beber uma água e ví o Anastácio lá novamente e ele me deu um bolo delicioso pra que eu levasse para a viagem e depois eu fui pra sala de visitas receber o meu primo Frederich.
Humberto - Guten morgen Frederich/Bom dia Frederich. Digo apertando a mão dele.
Frederich - Guten morgen cousin/Bom dia primo.
Nós nos sentamos no sofá e começamos a conversar.
Humberto - Não trouxe sua esposa e as crianças?
Frederich - Eles virão depois. O que planeja com essa ida aos Estados Unidos?
Humberto - Convencer os magnatas da indústria a investirem no café brasileiro ou melhor no café da minha fazenda Ouro Verde.
Frederich - Muito bem, vosmicê já é o barão de café mais rico de Minas Gerais, se continuar assim será o maior do Brasil.
Humberto - Obrigado, estarei confiando a minha fazenda a você durante esses meses.
Frederich - Pode ficar tranquilo meu primo, posso ser um simples advogado, mas sei cuidar de uma fazenda.
Logo o Anastácio nos trouxe um pouco de chá e Damião e Mariana desceram pra conversar com Frederich também. Alguns minutos depois a charrete já estava pronta para nos levar até o porto onde embarcaríamos no navio rumo aos Estados Unidos.
Antes de ir embora eu conversei com Joana para que não delegasse nenhuma tarefa muito pesada ao Anastácio por causa de sua gravidez, não sei porque, mas eu me preocupava com o jovem e antes de sair orientei o Frederich quanto a isso também e Damião acabou ouvindo.
Frederich - Fique tranquilo Humberto, irei poupar seu protegido.
Humberto - Anastácio não é meu protegido.
Dentro da charrete Mariana disse.
Mariana - Incrível como esse povo pega barriga rápido, o menino nem deve ter 18 anos e já tá prenho.
Humberto - Pelo menor ele é fértil.
Damião - Meu marido Humberto sempre defendendo os mais fracos. Disse com ironia.
Depois que eu já estava no meu quarto dentro do navio, eu comi um pedaço do bolo que Anastácio me deu e me deliciei com ele.
Humberto - Vou sentir tua falta Anastácio. Digo pensando alto.
CONTINUA...
Espero que tenham gostado da capa temporária com a foto do primeiro filho do Anastácio.
Muito obrigado a todos e não se esqueçam de deixar seu voto e comentário. Um beijão a todos e até o próximo capítulo.
😘😘😘