Preciso de seu feedback. Estão gostando dos gifs colocados? Estão gostando das partes com narrador ou preferem só com narração dos personagens? Querem vídeos editados nos capítulos? Querem um booktrailer? Querem que eu monte um grupo no insta ou Whats para conversamos? Qual nome gostariam de ser chamadas(os)? Por favor, me respondam amores.
Bora ao capítulo...
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Narrador
Os olhos negros de Edmundo analisavam os olhos castanhos de Gleice tentando buscar um resquício apenas de brincadeira. Seus olhos se encheram de lágrimas e seu cenho estava fechado com o tamanho choque.
-Impossível! - exclamou balançando a cabeça tristemente. - Diga por favor, que isso é somente algum tipo de brincadeira sua. - ele engoliu em seco. - Por mais que você não seja de brincar assim. - disse um pouco mais baixo abaixando a cabeça. - Não com uma coisa tão séria. - Seu semblante ao levantar o rosto era de pura dor, puro sofrimento e puro desapontamento. As lágrimas insistiam em cair e ele as secava rapidamente.
-Garoto! - Gleice levantou uma das sobrancelhas desdenhosamente. - Eu nunca sequer lhe vi na vida. - riu abafadamente. - Sua semelhança com o Skandar não me impressiona. - continuou a levantar as sobrancelhas desdenhosamente.
-Me diz, é assim que consegue as garotas? Ahh, por favor. - suspirou ela. - Tem que melhorar nas cantadas hein cara. - riu e deu uma cotovelada em Feh que mal podia acreditar no que a amiga falava.
-Ahhh! - Eddie se abaixou como se tivesse levado um soco no estômago e acredite, ele preferia a dor de um chute na boca do estômago do que ouvir aquilo dela. Ainda agachado ele gemia e chorava raivosamente. Ao se levantar dificilmente ele olhou nos olhos dela novamente. - Não se lembra das vezes que passamos juntos? Da vez que te ensinei a nadar? - Ele encarava os olhos mórbidos da garota sobre ele. - Por favor me diz que se lembra pelo menos da vez que nos conhecemos! - suplicou ele colocando as mãos sobre a boca desesperado tendo somente expressões negativas da garota.
Ele movia os olhos tentando achar pelo menos uma luz que fosse nos olhos dela. - E disso? Será que disso você se lembra? - e em um impulso ele a beijou a força sendo empurrado rapidamente e recebendo logo em seguida um soco em seu rosto. O ardume e a dor em seu maxilar o fez se afastar. Ele tocou no lábio que sangrava e a olhou incrédulo. Aquela não era a garota a qual ele tinha se apaixonado.
-Não se atreva a chegar perto de mim novamente, garoto. Ou eu arranco suas entranhas aqui mesmo. - disse ela desferindo as palavras com tamanha raiva e repulsa.
As conversas aleatórias que estavam sobre a sala cessaram rapidamente e os olhos de todos ao redor encaravam os dois. Alguns olhavam com piedade para o rapaz. Outros olhavam com ar de riso pelo soco levado. E outros ainda caçoavam. Rany olhou em volta com repulsa por aquelas pessoas sem coração.
-O show acabou. Circulando, bando de abutres. - gritou ela furiosa batendo sobre a primeira mesa que viu na frente fazendo um enorme barulho.
Ainda encarando todos ela transparecia que iria voar no pescoço do primeiro que falasse mais alguma coisa. Logo, relutante todos voltaram a suas respectivas conversas.
Eddie olhou em volta e encarou os amigos. Pairou os olhos sobre seu irmão e se virou bruscamente saindo do resisto. Pedro olhou de relance para todos ali e saiu em disparada atrás de seu irmão. Susana deu um impulso para ir atrás deles mas Feh a segurou balançando a cabeça.
-Deixa eles se entenderem! - ela falava desapontada. Susana concordou mas não deixava de olhar furiosa para a garota que antes era a Gleice.
O falatório na sala era imenso mas logo cessaram e o tumulto da sala deu lugar aos olhares espantados de todos com o barulho estrondoso do livro se chocando com a mesa. Os olhos extremamente azuis de Vittório olhava a alma de cada aluno naquela sala.
-Todos sentados! - firmemente falou com as mãos levantadas e apontando os indicadores para baixo. - Agora! - reafirmou depois de encarar muitos ali que pensavam que aquele comportamento era algum tipo de brincadeira. Depois de todos assentados sua expressão suavizou. - Pois bem. - sorriu de canto indo a mesa, pegando um giz branco e se virando para o quadro. Depois de escrever ele se virou para a turma. - Este é meu nome! - ao fundo os olhos de Gleice se dilataram pelo espanto e o riso em sua face era difícil de segurar. Aquele nome para ela era extremamente engraçado.
-Sou o novo professor de matemática. - andando de um lado para o outro, suavemente ele explicava. - Espero que a ficha tenha caído em vocês. Portanto espero encontrar aqui alunos sensatos. - Ele encarou alguns sorrateiramente.
Seu comportamento era parecido com o de um lobo que deseja manter a ordem em sua alcatéia. Ou que esteja preparando o ataque em sua próxima presa.
-Como todos sabem, este é o ultimo ano do Ensino Médio de vocês. E não pensem que eu irei pegar leve ou cantar "atirei o pau no gato." enquanto vocês fazem suas palhaçadas. - ele fazia aspas no ar em tom sério. - Portanto meus ensinamentos serão semelhantes aos de uma faculdade. - deu de ombros. - Sim, eu disse semelhantes. - virou os olhos em desdém. - A faculdade e dez vezes pior. - se inclinando um pouco ele sorriu de canto encarando os olhos de certa garota ao fundo. Gleice o olhava de volta encantada com os olhos daquele professor.
-Mas, professor. - um garoto levantou a mão com certo receio. - Nós não estamos na facu... - antes que ele pudesse terminar o professor o interrompeu.
-Quieto! - seu rosto voltou ao semblante sério de antes. - Eu tenho somente três regras! - fixou os olhos em alguns alunos nas cadeiras a frente.
-Primeira: Não me interrompam quando eu estiver falando. - ele mordeu o lábio inferior e levantou as sobrancelhas juntas mostrando um de seus dedos em contagem - Segundo: Não conversem em hipótese alguma. - disse dando ênfase nas palavras "não" e "hipótese" logo mostrando o segundo dedo. - E terceiro mas não menos importante: Não respirem. - ele disse contraindo o lábio aparentando seriedade, mostrando o terceiro dedo - Mas.. - abriu as mãos sobre o corpo como quem diz "E daí?" e então continuou. - Como isso é meio que praticamente impossível. A terceira regra é uma combo da primeira com a segunda. - Disse suavizando o clima e dando uma pequena risada tirando também algumas risadas nervosas da classe.
Quando todos realmente estavam achando alguma graça e comentavam sobre ele coisas como "gostei dele!" ou alguns "ele é tão gato!" vindo das garotas, ele se dirigiu até a mesa e se sentou.
-Livro 3 de matemática, página 10 até 120! - Abriu o livro em voz grave tirando a atenção de todos. - Sabem a matéria do bimestre todo? - Perguntou retóricamente. - COPIEM! - fechou fortemente o livro sobre a mesa. - Eu disse: Não me interrompam quando eu estiver falando. - fitou todos com os olhos com certa fúria. - Ai está a punição por quebrar a regra número um. - se encostando na cadeira e colocando os pés em cima da mesa ele continuava a encarar todos até que os livros foram abertos com olhares confusos e espantados. Pegando um livro para ler ele esperava para que suas ordens fossem cumpridas.