Iceland {SM}

By mendesperfectt

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Sonho (s.m) É a semente mais querida do jardim da nossa vida, e a mais difícil de fazer florescer. Tem que re... More

Prólogo
A ficha não caiu
O melhor um mês e meio da vida de vocês
E eu já superei sim
Nunca estive tão bem
O destino parecia estar pregando uma peça
Você precisa urgentemente aprender a patinar
Certas coisas não são como parecem ser
É quando a minha alma beija a de outra pessoa
Pode ter certeza que eu pesquisei
Olha se não é o seu garoto ali
Qualquer um poderia ser aquele cara
A verdade é que você não faz a mínima ideia do que está fazendo
Você só vai se tocar de novo quando ela for embora?
Nosso destino está selado então
Você que tá se intrometendo no meu passeio
Perdeu alguma coisa?
Obrigada por perguntar antes
O que vocês dois tem a dizer sobre isso?
Caso esta seja a última coisa que eu veja
Dane-se, dane-se e dane-se
Todos os advérbios de modo possíveis
Tudo significava nada
Cem bilhões de galáxias

Queridinha da América

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By mendesperfectt

- Um dia ainda vou descobrir como você consegue estudar e treinar ao mesmo tempo - disse Madison bufando ao sair da sala de aula de matemática após a entrega do simulado surpresa da semana passada.

- Depois da bronca histórica que levei da mamãe quando tirei a minha primeira nota baixa por não ter tempo para estudar, arranjei na hora - brinquei na tentativa de deixar o clima mais leve e ela sorriu, continuando o nosso caminho até o refeitório, dando uma parada para pegar os nossos almoços em nossos armários.

No meu último ano da escola, uma das minhas metas era tentar fazer novas amizades com pessoas que conheço desde a educação média, mas nunca tive contato direito. Felizmente tal tentativa deu certo, e de quebra, Madison topou e arranjou um namorado também.

- Olha se não é a minha patinadora favorita - disse Nicolas ao abraçar Madison por trás e se sentando na mesa em que estávamos almoçando - Sem ofensas Hana.

- Tudo bem, eu vou tentar superar isso - fingi estar decepcionada enquanto respirava fundo a cada garfada na berinjela de forno, que com todas as forças eu não gostava.

- Tenho um convite pra vocês - disse com um sorriso de quem estava prestes a aprontar - Os pais da Bee estão viajando e só voltam semana que vem, e ela resolveu dar uma festa hoje e disse que era pra convidar vocês, o que acham?

- Não - disse assim que ele terminou a pergunta. Com a minha viagem marcada para daqui duas semanas já, a minha mãe não deixaria e eu entenderia, visto que sei a complexidade da competição e que não posso fazer besteiras e atrapalhar o meu psicológico - Com certeza não, e não.

- Nós vamos pensar no assunto e depois te damos uma resposta - disse Madison me repreendendo com o olhar e eu fingi que não era comigo.

- Pensem com carinho, estamos no último ano já e eu te vi em três festas nesses quatro anos Hana, às vezes é bom se arriscar e sair da zona de conforto - Nicolas estava certo e sabia disso, então decidi dar ombros e mudar de assunto.

Outros dois amigos de Nicolas, Alec e Christian, sentaram-se na mesa e começamos a jogar conversa fora enquanto não dava o horário da próxima aula. A cada vez que eles mencionavam a festa mais tarde e o que levariam, Madison me olhava pelo canto dos olhos e novamente eu fingia que não era comigo. Certamente ela conversaria comigo depois sobre isso, a morena quase todo final de semana saia com o seu namorado e os amigos dele, e geralmente eu inventava alguma desculpa para não ir, mas eu sabia que dessa vez ela estaria prevenida contra qualquer mentira que eu inventasse.

Na maior parte das vezes, não era nem que eu não quisesse ir, mas a minha mãe não gostava que eu saísse assim. Por ser só nós duas, eu entendo a preocupação dela, visto que se algo acontecesse comigo a culpa seria dela, e também tem o fato de que eu sou uma pessoa pública, qualquer deslize que eu desse na minha vida pessoal teria impacto na minha carreira. Apesar dos pesares, no fundo eu queria sair hoje, pelo menos uma vez antes de ficar totalmente focada na última semana de treinos.

• ❖ •

- Não acredito que você vai mentir para sua mãe - disse Jenna rindo do outro lado da linha.

- Se eu pedir ela não vai deixar Jen, mas eu to com medo de ficar com peso na consciência e não faço a mínima ideia do que dizer - respondi nervosa enquanto andava de um lado para o outro no meu quarto.

- Falando assim nem parece que você já tem dezoito anos nas costas, mimadinha da mamãe - como se eu fosse motivo de piada, Jenna ria cada vez mais.

- Obrigada pelos conselhos - disse irônica e frustrada por ela não estar me levando a sério.

- Desculpa amorzinho. Vamos fazer assim, eu to saindo daqui da universidade agora e eu passo aí com você e te pego pra você dormir em casa e chamo Alyssa e Madison também. Deixo vocês na sua festinha de criança e vou pra festa de adulto com Alyssa e o pessoal da universidade, depois pego vocês lá e vamos lá pra casa e vai dar tudo certo, topa? - propôs, e até agora aquela tinha sido a saída mais viável para aquela situação.

- Topo - respondi quase surtando. Eu ia mentir pra minha mãe e não estava sabendo lidar com a minha consciência que estava começando a ficar pesada.

- Me espera aí embaixo daqui quinze minutos, vou ligar pra Alyssa agora avisando que vamos sair, beijos e não muda de ideia até eu chegar - disse e desligou antes que eu pudesse responder.

Estava tudo certo e era só eu pedir para a minha mãe, coisa que seria fácil. Minha mãe confiava demais em Alyssa e Jenna, visto que sempre viajávamos juntas e elas sempre "cuidavam" de mim, mal sabia ela que o que acontecia no exterior era exatamente o contrário. No entanto, eu nunca contaria para minha mãe o que elas aprontavam, era bom ter uma carta na manga, por exemplo agora, em que a figura responsável das minhas amigas me ajudaria.

Mandei mensagem para a minha mãe pedindo para dormir na casa da Jen e avisei que Alyssa e Madison também iriam. Bloqueei o celular com medo da resposta e aproveitei para arrumar as minhas coisas. Assim, peguei uma mochila vazia e entrei no meu closet atrás de algo que me agradasse, escolhi uma blusa de mangas compridas preta e uma saia quadriculada vermelha e azul, junto com um all star branco e coloquei dentro da mochila, bem como um pijama e a minha necessaire com meus pertences íntimos e de higiene.

Ao escutar o meu celular vibrando, meu coração disparou, e o piorou quando vi o nome da minha mãe no visor me ligando.

- Que história é essa de dormir na casa da Jenna e me avisar em cima da hora, Hana? E o treino de hoje? - perguntou.

- Desculpa ter avisado em cima da hora mãe, as meninas marcaram agorinha. Achamos que seria uma boa ideia relaxar um pouco e assistir um filminho... - disse com a voz mais triste que consegui - E a senhora sabe que essa semana vou treinar mais do que nunca, queria espairecer um pouco, minha rotina é escola, casa e centro. E o treino de hoje foi adiado, a pista está em manutenção.

- Vai começar o drama - disse e mesmo estando muito longe dela, sabia que ela estava revirando os olhos nesse exato momento - Tá Hana Maree eu deixo, se cuida viu? Mamãe te ama.

- E eu te amo mais! - gritei de felicidade e desliguei o telefone. Eu ia sair e até agora nada tinha dado errado.

Antes de descer, coloquei ração e água para o Snow que olhada desconfiado para a minha animação. Quando os exatos quinze minutos que Jenna disse passaram, eu já estava na calçada em frente ao meu prédio a esperando. Depois de alguns minutos, avistei o seu carro na esquina e logo ele estava parado na minha frente. Eu estava tão nervosa que parecia que era a primeira vez que mentia para a minha mãe para sair.

- Olha se não é a nossa fugitiva - brincou Alyssa que estava no banco do passageiro. Eu a abracei por trás e dei um beijo na bochecha de Jenna antes dela dar partida.

No caminho até o apartamento em que Jenna morava, passamos na casa de Madison e assim estavam todas no veículo, prontas para se arrumar para a festa. No trajeto, assunto era o que não faltava, Alyssa era solteira e fazia jus ao seu estado civil, o que rendia muitas histórias que nunca perdiam a graça.

Ao chegarmos na casa de Jenna, fomos direto para o seu quarto começar os trabalhos, já que eram sete horas da noite. Enquanto Madison tomava banho no banheiro do quarto de hóspedes e Alyssa no banheiro de Jen, eu tentava me distrair fazendo carinho na Lagostinha, a gata de Jen.

Em alguns momentos eu realmente me sentia sufocada pela minha mãe, e chegava a ser cômico eu ter dezoito anos e ela me tratar como se eu tivesse treze. Sempre compreendi o motivo de sua superproteção, ela sofreu muito quando eu me mudei para o Canadá, mas isso não justificava certas atitudes, essa fase da nossa vida ficou para trás e estamos em outra realidade. As vezes, eu sinto vontade de me inscrever em alguma universidade do outro lado do país, só para ter um pouquinho de liberdade e sair da bolha em que vivo, só que eu já fui embora uma vez, e não teria coragem de deixar minha mãe de novo.

Mesmo não tendo sido os melhores anos da minha vida, morar com o meu pai foi uma boa experiência. Ele não me sufocava como a minha mãe, aliás, ele me deixava solta até demais. Só que era coisa demais para digerir, a separação, país novo, e eu não soube lidar com essas mudanças. Assim que me mudei, a primeira pessoa com a qual tive contato foi com o meu vizinho na cidade em que morava, Pickering. E por meses ele foi o meu melhor amigo, mas quando o meu pai decidiu que era a minha hora de voltar para Boston, o meu amigo estava viajando com a família para uma casa do lago de familiares, e eu não tive tempo de me despedir pessoalmente. E infelizmente, a última vez que nos falamos foi pelo telefone, ele parecia chateado comigo por ter voltado, e nunca mais nos falamos.

Ano passado, em um dos jogos da Liga Nacional de Hóquei em Boston, que é composta por times do Canadá e dos Estados Unidos, em um jogo clássico entre Toronto Maple Leafs e Boston Bruins, eu e as meninas fomos assistir com a nossa família e torcer pelo time da casa. E durante o jogo, um dos jogadores de centro do time canadense parecia familiar, mas todo o equipamento de proteção inviabilizava a vista completa da pessoa.

Boston Bruins perdeu em casa. E enquanto minha mãe praguejou o time adversário por ter virado o placar, a minha atenção estava completa no jogador número 8. Eu o observei sair da pista, e logo ele tirou todo o equipamento de proteção e foi até a área da arquibancada em que estava a sua torcida para comemorar. Como eu era curiosa, disse para a minha mãe e Jenna que iria ao banheiro rapidinho, mas ao invés disso me aproximei do jogador número 8.

E mesmo com metros de distância, ao vê-lo ali na minha frente pessoalmente eu gelei e senti um calafrio enorme percorrer todo o meu corpo. Mesmo tendo se passado alguns anos, ele tinha mudado muito, mas eu o reconheceria de qualquer jeito. Com a blusa do amarela e preta do Boston Bruins, a torcida azul do time adversário me olhou como se fosse uma inimiga em terreno proibido. Então, eu só guardei na mente aquela última visão dele e reencontrei a minha mãe na saída da pista.

E essa foi a última vez que vi Shawn Mendes.

- Sua vez já, amorzinho - disse Jenna enquanto tirava o seu gato do meu colo - A tia Hana cuidou bem de você, Lagostinha?

No banheiro, não lavei o meu cabelo pois ele já estava limpo, visto que hoje eu não treinei. Depois do banho, vesti a roupa que tinha separado em casa e fui para o quarto terminar de me produzir com as meninas. Madison usava uma calça jeans rasgada cintura alta e um top faixa vermelho, já Alyssa vestia um vestido de cetim branco colado e Jenna usava uma saia vinil vermelha e uma blusa branca larga da Gucci. Todas estavam lindas, inclusive eu. O meu cabelo há algumas semanas ganhou uma nova coloração, sendo caramelo nas pontas, assim, enrolei as pontas com babyliss para finalizar. E por ter manchas de espinha no rosto, era impossível sair para uma festa sem passar no mínimo uma base ou corretivo. Logo, fiz um delineado de gatinho e corrigi a sobrancelha também.

- Eu estou um pecado - disse Alyssa enquanto desfilava pelo quarto, e ela realmente estava linda.

- Prontas? - perguntou Jenna e eu assenti - E vamos de fuga da Hana.

• ❖ •

- Se cuidem, não bebam nada em copo de estranhos, e também não bebam demais que eu não vou limpar o vômito de ninguém - disse Jenna assim que estacionou na frente da casa de Beatrice - Me liguem quando for pra buscá-las, se não eu vou esquecer de vocês.

- Beijos, nós também te amamos Jen - disse e fechei a porta do carro, caminhando até a porta da casa que já estava cheia de gente, com "Still Here" do Drake no volume no máximo.

Ao chegar na festa, Madison fez questão que nós duas cumprimentássemos todo mundo que passasse pela gente na nossa caminhada até Nicolas e seu grupo de amigos. Felizmente, o grupo estava reunido onde estava o sofá, e assim que chegamos, Nicolas e Alec se levantaram para que nós duas ficássemos sentadas. Eu não era acostumada a beber, e nem o meu organismo, visto que eu sou muito fraca para bebidas, mas quando Nicolas colocou um copo nas minhas mãos com um líquido rosa eu não recusei, seria falta de educação. No entanto, enrolei tanto tempo com o copo nas mãos que quando dei o último gole, Madison e Nicolas já não estavam entre nós.

- Mais um drink feito por mim especialmente para a queridinha da América - disse Alec sorrindo colocando outro copo nas minhas mãos e se sentando ao meu lado no lugar em que Madison estava.

- Quando eu for a queridinha da América eu te aviso - respondi no seu ouvido para que ele escutasse, uma vez que a música estava muito alta.

- Prova aí pra ver se eu tenho algum talento como barman - disse apontando para o copo e eu dei um gole, e foi inevitável fazer uma careta, pois estava muito mais forte do que o outro que estava tomando - Eu acho que isso foi uma resposta, toma o meu, tá mais fraco - disse e me deu o seu copo, ficando com o meu.

- Obrigada - agradeci sem graça.

- Alguém tem uma garrafa pra girar? - gritou Luna, uma conhecida da aula da biologia e amiga de Nicolas, e todos gritaram em sinal de aprovação e logo uma garrafa estava na mesa de centro na minha frente.

Eu definitivamente não estava no clima de beijar pessoas aleatoriamente, muito menos na frente de todo mundo, mas eu não tinha pra onde fugir. As pessoas que eu conhecia naquele ambiente estavam na roda que estava se formando, e logo mais pessoas começaram a se juntar, e Madison sumiu com Nicolas e eu sabia que eles não voltariam tão cedo.

- Quer sair daqui? - perguntou Alec como se tivesse lido os meus pensamentos e eu assenti.

Segurei na sua blusa para que não me perdesse dele, afinal, eu não tinha a mínima intimidade para segurar na sua mão ou coisa do tipo. Ele parecia conhecer muito bem a casa e me guiou até a área externa da casa, onde estava menos movimentado e até o volume estava mais baixo. Nos sentamos em um sofá perto de outras pessoas que estavam só conversando normalmente. Na hora do desespero em fugir daquela brincadeira, eu nem pensei na possibilidade e como seria ficar sozinha com Alec, já que todas as vezes que conversávamos era porque estávamos com nossos amigos em comum.

- Não precisa ficar assim estranha, eu só não queria brincar de girar a garrafa e você estava petrificada e eu te salvei - disse rindo de novo, como se soubesse tudo o que se passava pela minha cabeça.

- Por que você não queria brincar? Pensei que essa fosse a sua praia - respondi me referindo à festas e coisas do tipo.

- E qual você acha que é minha praia? - perguntou com um sorriso de canto de boca.

- De quem sai sempre, tem muitos amigos, muitas meninas - disse e ele desviou o olhar para o copo em sua mão.

Com certeza Alec Rizzi não era o típico galã de filme norte-americano chefe do time da escola, mas ele continuava sendo muito bonito. Olhos castanhos e o o seu cabelo não via uma barbearia desde o segundo ano do ensino médio, e já estávamos no quarto.

- Essa é a primeira vez que saio depois de 4 meses - respondeu depois de um longo período de silêncio, como se tivesse pensando na resposta arqueada - Meus amigos são Nicolas e Christian, o resto só falo em eventos como o de hoje.

- Falta a última justificativa - brinquei enquanto virava todo o líquido que estava dentro do copo, respirando fundo após sentir a queimação no meu esôfago.

- Eu não fico com várias meninas como você pensa, os boatos são só boatos - ele disse e logo depois virou todo o copo, igual como eu fiz - Na verdade, se eu te contar que tem uma menina eu acho muito bonita, mas acho que ela nunca ficaria comigo, você acredita? - perguntou sorrindo ao mesmo tempo em que mordia a parte inferior do seu lábio.

- E porque você acha isso? - perguntei depois de uns segundos em silêncio, a bebida estava começando a fazer efeito e eu sabia onde essa conversa iria terminar.

- Por que ela é muito ocupada sendo a queridinha da América.

- Acho que você teria chance com ela sim, é só parar de ficar chamando-a de queridinha - respondi piscando para ele que sorriu.

Com certeza me arrependeria disso no dia seguinte, segurei o seu rosto com as duas mãos e selei os nossos lábios por uns segundos. Nos separamos e eu ri, pois ele parecia assustado com a minha atitude.

- Satisfeito? - perguntei rindo.

- Nem um pouco - respondeu me puxando novamente para beijo, só que dessa vez era um beijo de verdade.

Suas mãos me puxaram para o seu colo, de modo que cada perna ficasse de um lado do seu quadril, encaixando perfeitamente. E enquanto ele explorava cada canto da minha boca em um beijo lento, eu puxava de leve o seu cabelo com uma das mãos. Nunca tinha pensado em Alec dessa forma, mas estávamos ali, provavelmente um pouco alterados, e eu estava gostando muito.

Quando terminamos, decidimos que era hora já de voltar para onde nossos amigos estavam. Dessa vez nós já tínhamos o mínimo de intimidade e eu segurei na sua mão para não nos perdermos. Madison e Nicolas estavam de volta, e dançavam OG Beeper do A$AP Rocky. Alec soltou a minha mão e deu uma piscada antes de ir em direção à cozinha, certamente para pegar mais bebida.

- Eu vi, sabia? - disse Madison perto do meu ouvido - Eu e Nicolas shippamos e fizemos todo o trabalho sujo por trás.

- É verdade - ele disse enquanto davam um high five.

- Vocês são impossíveis - revirei os olhos e eles continuaram comemorando a vitória da dupla.

Alec voltou da cozinha com dois copos nas mãos e me deu um de novo, dançamos juntos e não nos importamos em se beijar na frente dos nossos amigos. Apesar de ter sido totalmente diferente do que eu tinha imaginado, eu estava gostando da minha noite, e gostando mais ainda da companhia.

No resto da minha festa, dancei com Madison e outras meninas, enquanto Alec e Nicolas juntaram-se com outro pessoal para jogar beer pong. Meu último copo tinha sido o que Alec me deu, mas Madison não tinha parado ainda e não demorou muito para que a próxima para na noite fosse no banheiro, em que eu segurava o seu cabelo para que ela vomitasse.

- Quer que eu ligue pra Jenna? - perguntei e olhei no meu celular o horário e marcava uma e meia da manhã.

- Por favor - disse e eu assenti, ligando para a loira vir o mais rápido possível.

Liguei também para Nicolas, avisando que a sua namorada estava colocando o fígado para fora no banheiro do andar de cima. E em alguns minutos ele estava me ajudando a lavar o rosto de Madison na pia, que parecia prestes a entrar em um coma alcoólico. Quando Alyssa e Jenna chegaram, Nicolas a carregou até o carro, no caminho vi Alec de relance, não deu para me despedir corretamente pois estava com pressa.

- Seria a mesma coisa se eu tivesse te mandado encher a cara de cachaça - disse Jenna com raiva, não aguentando fazer cara de braba por mais de 5 segundo e caiu na risada vendo o estado de Madison, que parecia um zumbi murmurando palavras sem sentido.

Ao chegar na casa de Jenna, tivemos que dar um banho gelado em Madison para tirar o cheiro de vômito que estava no seu cabelo. Depois que a colocamos pra dormir, Jenna e Alyssa decidiram fazer um lanchinho da madrugada para nós três.

- E eu jurava que quem iria morrer no rolê seria você - disse Alyssa enquanto dava uma garfada no seu macarrão com queijo.

- Felizmente eu me controlei, e vocês? Como foi lá? - perguntei para as duas que estavam visivelmente sóbrias.

- Foi normal, anjinho, eu não bebi porque estava de motorista, e Alyssa bebeu só um pouquinho pra não fazer desfeita - respondeu Jenna.

- Eu beijei aquele amigo do Nicolas, o Alec - disse e elas não pareciam surpresas.

- Madison comentou que queria que vocês ficassem, ele é muito legal e muito bonito também - disse Alyssa e eu fiquei levemente desconfortável com isso, todas sabiam e não tinham me contado nada.

Continuamos conversando até acabar a comida, e logo eu já estava deitada no quarto de hóspedes ao lado de Madison. Eram três da manhã e eu não estava com sono ainda, o que me fez pensar que o meu sono iria desregular todinho com a aventura de hoje. Fechei os olhos imaginando que daqui duas semanas eu estaria na China, sozinha com as minhas amigas e que seria uma coisa de outro mundo.

E antes de capotar, o meu pensamento estava na medalha de ouro, que parecia estar cada vez mais perto de estar no meu quadro de medalhas...

••••••••••••••••••• ❖ •••••••••••••••••••

Mais um capítulo de Iceland! O que vocês acharam?

Hana contou um pouquinho sobre parte da sua adolescência e falou brevemente sobre o seu melhor amigo...

E temos um novo personagem importante pra a história! Pode entrar... Alec!!

Acho importante falar isso, mas eu não pensei em uma pessoa específica para ser a Hana, só algumas características, então no decorrer na história vou soltando umas descrições para vocês imaginarem ela na cabeça de vocês!

No entanto, as outras personagens eu pensei em pessoas específicas, e vamos lá:

Jenna Carter
(Ester Éxposito)
Madison Evans
(Zendaya)
Alyssa Cooper
(Hailee Steinfeld)
Nicolas Bryant
(Keith Powers)
Alec Rizzi
(Nick Robinson)

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