Fuck it, I love you!

By Beatriz20091976

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Rafaella Kalimann, 26 anos, mineira, é modelo, digital influencer e empresária. Bianca Andrade, conhecida co... More

1. Aproximação
2. Discórdia | Paredão
3. Esquece que eu existo
4. Azar no jogo e no amor
5. O quarto
6. Tudo por ela
7. Dengo
8. Fica
9. Até a Jenyfer se rendeu
10. Quarto do líder
11. Desestabilizar
12. Monstro
13. O número cinco
14. A final
15. Caso indefinido
17. Ainda não
18. Fuck it, I love you | Praia de Pipa
19. Praia do amor | I'm Yours
20. Epílogo: Do caos ao Nirvana

16. Paris 6

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By Beatriz20091976


POV's Bianca

– Rafa – sussurro tão baixo que não sei se ela conseguiu me ouvir.

– Oi Bi – ela diz com um sorriso tímido.

Eu estava em choque, mil perguntas explodiam em minha mente, e apesar de tantas dúvidas, nada saia da minha boca, permaneci calada pelo que me pareceu horas apenas olhando a mineira que estava sentada a minha frente.

Um garçom se aproximou trazendo a garrafa de vinho que eu pedi quando cheguei, e questionou se já havíamos escolhido nossos pedidos. Rafaella me olhou, mas eu continuava imóvel.

– Ainda estamos decidindo – Rafa respondeu de forma educada.

O garçom se retirou da mesa e ela ficou me encarando, se antes ela tinha um sorriso tímido nos lábios, agora eu podia ver medo no seu olhar.

– Bia, fala comigo – ela pede – você não gostou de me ver, é isso? Quer que eu vá embora? – sua voz era puro nervosismo.

– Não – eu disse imediatamente – não é isso, eu só... – tentei formular uma frase, mas não conseguia.

Sua expressão suavizou um pouco quando eu respondi, mas ela permaneceu calada, estava respeitando meu espaço. Isso era uma das coisas que eu gostava em Rafaella, ela sabia quando eu precisava de espaço para organizar as coisas dentro da minha cabeça e apenas respeitava o meu momento.

– Eu fui pega de surpresa – eu disse depois de um tempo – eu estava esperando a Manu e... – parei de repente – aliás, cadê a Manu? – perguntei desconfiada.

– Deve estar chegando no restaurante onde ela tinha marcado com o Igor – ela responde com um sorriso culpado.

– Aquela safada me enganou direitinho com aquelas mensagens – pensei alto.

– Culpa minha – ela disse – eu cheguei em São Paulo hoje cedo, e fui direto para o apartamento dela. Primeiro ela ficou em choque ao me ver, depois brigou comigo por ter demorado tanto, e só depois me deixou explicar o que eu pretendia fazer – Rafa começou a explicar – então eu pedi para ela convencer você a sair para jantar – percebi que estava envergonhada ao falar.

– Por que aqui? Por que você não foi até a minha casa? – perguntei curiosa.

– Primeiro porque eu estava com medo, eu sei que te machuquei ao ficar longe, e eu estava com medo de você ter desistido nesse tempo que eu estive fora – ainda era possível ver o fundo de medo em seus olhos enquanto ela falava – e segundo, porque você estava certa – ela tinha um pequeno sorriso nos lábios.

– Certa em quê? – perguntei confusa.

– Nossa história não começou no programa, começou aqui, naquela festa que causou tanta coisa entre nós – ela diz sorrindo e percebo que eu também estou sorrindo.

– Eu demorei um pouco para entender que tudo tinha começado aqui, acho que você também – ela concorda com a cabeça – mas depois que pensei sobre isso, todo o resto começou a fazer sentido – falei me referindo aqueles atritos sem motivos.

Nossa conversa foi momentaneamente interrompida pelo garçom, dessa vez eu tomei a frente e fiz nossos pedidos. Após ele se retirar, volto minha atenção para a mineira que me encara como se quisesse falar alguma coisa, então decido esperar. Não demora muito o silêncio é quebrado por ela.

– Bia, em primeiro lugar eu queria te pedir desculpas – ela faz uma pausa e respira fundo – desculpa por ter demorado tanto, por ter feito você sofrer todos esses dias. Quero que saiba que não foi fácil para mim também, todos os dias eu era atormentada pela dor da saudade que eu sentia, pelo medo de não conseguir fazer dar certo. Mas eu sei que não deve ter chegado aos pés do que você sentiu ao ter que passar todos esses dias sentindo não só saudade, mas também cercada de medo e incertezas, e tudo isso por minha causa. – uma lágrima escorre por seu rosto – por isso eu pedi para te encontrar aqui hoje, no lugar onde tudo começou, para perguntar se você deixa eu voltar para a sua vida, saber se você ainda está disposta a dar uma chance para nós. – agora quem chora sou eu – Esses dias longe só me confirmaram que é com você que eu quero estar, e mesmo demorando eu cumpri minha promessa Bia, eu voltei, e preciso saber, você ainda me quer? – ela pergunta sorrindo em meio as lágrimas.

Eu não acreditava que depois de quase três semanas desejando ter Rafaella de volta, ela finalmente estava na minha frente. Eu sentia as lágrimas que molhavam meu rosto enquanto ela me pedia desculpas, e no exato momento em que ela disse "eu cumpri minha pressa", eu senti que meu coração poderia parar a qualquer momento.


POV's Rafa.

Era isso, eu havia dito a Bianca o que eu sentia e o que eu queria, agora só me restava saber se ela ainda me queria. Eu estava começando a ficar nervosa com sua demora para responder, e fiquei ainda mais quando ela se levantou, dando a volta a mesa e parando na minha frente. Eu levantei ainda tremendo, o medo de ouvir ela me mandar embora estava me consumindo. Mas ao invés de me mandar embora, ela se aproximou ainda mais e me abraçou.

– Eu sempre vou querer você, Rafaella Kalimann – ela disse próximo ao meu ouvido.

Ficamos alguns segundos nesse abraço, e eu inspirava profundamente o cheiro dela, que sem dúvidas era o meu favorito no mundo. Eu não me importava que todos as pessoas do local estivessem nos olhando, naquele momento existia apenas eu e Bianca. O abraço foi enfim quebrado, mas antes de voltarmos para os nossos lugares, eu me aproximei lentamente e selei nossos lábios, percebi que assim como eu, ela sorria após esse contato.

– Eu ainda não consigo acreditar que você está aqui – seu olhar estava preso no meu – por Deus, eu tinha até esquecido o quanto você consegue ser linda – sinto meu rosto ficar extremamente vermelho ao ouvir isso, eu nunca iria me acostumar com ela me elogiando.

– Assim você me deixa com vergonha, Bia – falei ainda evitando o seu olhar – e você está linda, muito linda mesmo – eu disse e vi ela sorrir.

– Você sabe que quero saber de tudo o que aconteceu durante esses dias né? – ela pergunta arqueando a sobrancelha.

– Não se preocupe que vou contar tudo para você – eu falei enquanto pegava sua mão sobre a mesa – mas antes preciso avisar uma coisa para você – eu disse séria .

– Meu Deus, fala logo que você está me deixando nervosa – ela fala apertando a minha mão.

– Minha mãe está louca para te conhecer, e quer que você vá comigo para Goiânia quando eu voltar – eu digo e ela fica paralisada novamente – Bia? – pergunto preocupada – meu Deus, estou indo rápido demais? Sabia que devia ter deixado para falar essa parte depois, ai que burra Rafaella – eu começava a brigar em voz alta comigo mesma, já arrependida de ter ido tão rápido e assustado Bianca.

– Eu não acredito que sua mãe quer me conhecer – ela falou me olhando ainda em estado de choque – então ela apoia a gente? – sua pergunta me faz rir.

– Bia, apoiar é pouco – eu falo ainda rindo – ela falava de você direto, perguntava coisas sobre você, e vivia me aconselhando a vir aqui logo – Bianca estava com uma cara de quem iria morrer a qualquer momento.

– Meu Deus, eu já amo a sua mãe – ela fala animada – e o seu pai? – pergunta desconfiada.

– Bom, meu pai demorou um pouco mais para entender, e para falar a verdade ainda está nesse processo – eu disse enquanto a olhava – em partes foi por isso que eu demorei um pouco para voltar, eu precisava conversar com ele, mas não sabia como. Nós só conversamos quando viajamos no final de semana – comecei a explicar – eu entendo que seja difícil para ele, pois eu sempre me relacionei com homens, mas ele está lidando com isso, e o mais importante de tudo é que ele me apoia, e sabe que eu gosto muito de você – ela sorrir ao ouvir minhas últimas palavras.

– É tão bom ouvir isso, eu sei o quanto o apoio da sua família é importante para você – ela fala enquanto faz carinho na minha mão – mas e a ong? eu sei que isso também preocupava você – ela perguntou.

– Bom, a visibilidade que o programa me deu realmente foi incrível, e com isso a ong começou a receber cada vez mais doações, não só o meu projeto como todos os outros – eu falava animada e podia ver admiração no seu olhar – e ai eu conversei com o Fernando, que é o diretor de lá, e ele disse que não tinha motivos nenhum para eu me preocupar, pois o apoio que a ong estava ganhando continuava fortíssimo, o que foi muito bom porque eu não queria ter que me afastar da ong, e também eu... – Bianca não me deixou terminar de falar.

– Rafaella – ela quase gritou e eu me assustei – você pensou em se afastar da Ong caso nosso relacionamento atrapalhasse? – o seu olhar era de choque.

– Bom, eu não iria conseguir me afastar totalmente, pois eu amo demais aquele projeto e tudo o que ele representa – comecei a explicar – mas se para continuar com você eu tivesse que me afastar um pouco, diminuir minha visibilidade ali dentro, e realizar ações de forma mais discreta, eu iria fazer isso – minha voz é firme enquanto eu falo.

– Não acredito que você faria tudo isso apenas para não se afastar de mim – Bianca disse olhando para nossas mãos que estavam juntas sobre a mesa.

– Bia, no final eu faria qualquer coisa para ficar com você – falo enquanto a olho – eu saí daquela casa e fui tomada pelo medo, medo de não ser aceita por minha família, pelo público. E eu pedi um tempo para resolver essas pendencias, mas também para encarar esse medo e chegar aqui totalmente livre e sem barreiras nenhuma para me entregar a você – ela finalmente me olhava agora – mas, se eu não tivesse sido aceita, se o medo permanecesse, ainda assim uma hora ou outra eu acabaria voltando, porque o meu sentimento por você iria se mostrar maior que o medo ou qualquer outra coisa. A saudade estava doendo demais Bia, e chegaria uma hora que eu não iria aguentar. – seu olhos estavam marejados, e eu levantei a sua mão que segurava e dei um beijo suave.

– Você realmente me deixou sem palavras agora – ela disse enquanto tentava impedir novas lágrimas – isso só me faz ter certeza que valeu a pena esperar por você – o meu sorriso era enorme ao ouvir ela dizer isso.

Não demorou muito e nossos pratos chegaram, servimos o vinho e começamos a comer, aproveitando o clima leve que já estava surgindo entre nós.

– Eu esqueci de perguntar, e sua assessora, o que achou de tudo isso? – ela perguntou antes de tomar um pouco do vinho.

– A Renata? – perguntei e logo recebi um aceno positivo com a cabeça – bom, ela foi contra isso, por isso que agora minha assessora é a Fernanda – falei sorrindo tranquilamente.

– Rafaella, você demitiu a Renata? – sua voz era de pura descrença.

– Eu não ia manter uma pessoa que não apoia minha felicidade cuidando da minha imagem, além disso, o trabalho da Fernanda também é incrível – falei e voltei a comer.

– Você é inacreditável – ela disse ainda me olhando e riu.

Ficamos alguns minutos em silêncio enquanto terminávamos de comer, mas as palavras não eram necessárias quando nossos olhares se cruzavam e conversavam de maneira íntima, o que me fazia sorrir a todo instante.

– Vamos pedir uma sobremesa? – Bianca perguntou quando terminamos de jantar, ela parecia uma criança quando se tratava de doces.

– Não sendo a Bárbara Labres... – falo provocando.

– Ciúmes, Rafaella? – ela pergunta sorrindo – Não quero essa – seu olhar percorria o cardápio – que tal o Manu Gavassi? – sorrio com a pergunta.

O garçom se aproxima e Bianca faz o pedido enquanto eu a observava.

– Agora eu quero saber de você – falei – quero saber como anda a empresa, e claro, sobre o seu novo lançamento, já que você apenas soltou o número cinco e sumiu – ela rir com isso.

– É para fazer o suspense – ela fala ainda sorrindo – mas a empresa está ótima, eu fiquei muito surpresa com o alto índice de vendas quando sai, e isso só vem crescendo a cada dia – é possível ver o brilho em seu olhar ao falar sobre o assunto – claro que por um lado é cansativo tudo isso, eu tenho trabalhado muito por conta disso, mas é o que eu amo fazer, e depois desse lançamento, já tenho outros dois projetos em mente – parou para tomar um pouco de vinho.

– Fico tão feliz por isso, Bia – sorrio para ela – você é sem dúvidas uma empresária incrível. É admirável ver o quanto você já cresceu e ainda continua crescendo em tão pouco tempo, e tenho certeza que a visibilidade do programa vai te fazer chegar ainda mais longe – falo de forma sincera.

– Obrigada, linda – fala segurando minha mão – e sobre meu novo lançamento, na verdade são cinco lançamentos em cinco meses – ela diz animada – o produto desse mês vai ser lançado essa semana, mas quero que seja surpresa para você também, então não direi mais nada sobre isso – seu sorriso era de quem aprontava algo.

– Não acredito que vou ter que esperar também – falo fazendo um biquinho – você não vai nem me dar uma dica? – peço.

– Sem dicas – ela fala rindo da minha cara emburrada – mas você percebeu uma coisa nesse meu lançamento? – ela pergunta enquanto mantem um sorrisinho no canto dos lábios.

– O número cinco? – pergunto meio incerta.

– Sim – ela começa a explicar – eu estava precisando fazer algo novo para a marca após o fim do programa, mas eu não conseguia pensar em mais nada além de você, então eu pensei "por que não fazer algo que me lembra a Rafaella?". O número cinco é uma das muitas coisas que me lembra você, pois sempre era o seu número em todas as provas, e claro, você foi a quinta eliminada. Então, a partir disso começou a criação do hot 5, com você sendo minha inspiração – meu sorriso não poderia ser maior ao ouvir isso.

– Bianca Andrade, você me surpreende de tantas formas que eu não consigo nem explicar – falo ainda tentando acreditar em tudo isso.

Continuamos conversando e não demorou muito para a sobremesa chegar, comemos enquanto Bianca terminava de me contar sobre a reação da sua família e dos seus amigos diante do seu envolvimento comigo. Não gostei muito de saber que a Bárbara Labres tinha ido atrás dela assim que soube que ainda não tínhamos conversado, mas sabia que não era culpa da Bianca.

– Acho melhor eu ligar para Manu para saber se ela já chegou em casa, se não vou ficar do lado de fora – falei suspirando.

– Como assim? Você não vai ficar comigo? – Bianca me encarava.

– Você quer que eu fique com você? – perguntei receosa.

– É claro que quero – ela disse imediatamente – eu já passei tanto tempo longe, de maneira alguma você vai ficar em outro lugar que não seja comigo – ela fala determinada.

– Então eu vou ficar com você – falei sorrindo – mas de todo jeito preciso pegar minhas coisas na casa da Manu – ela logo interrompeu.

– Amanhã a gente vai lá, estou mesmo querendo ver aquela baixinha – ela disse sorrindo – hoje eu te empresto roupas e tudo o que você precisar – me disse enquanto chamava o garçom para pedir a conta.

Não demorou muito para o garçom voltar e entregar a conta para Bianca. Perguntei o valor e ela simplesmente me ignorou, fiquei insistindo para dividirmos, mas novamente ela me ignorou e pagou sozinha.

– Bia, você sabe que não gosto disso, eu gosto de dividir a conta – falei levantando da mesa junto com ela.

– Sei, mas hoje eu queria pagar sozinha – ela dar de ombros e segura minha mão enquanto começamos a sair.

– Acabou de ganhar meio milhão e já quer gastar tudo é? – pergunto brincando.

– Já gastei esse dinheiro, bobinha – ela responde distraída enquanto procura o carro que pedimos pelo aplicativo.

– Bianca – falo alto chamando sua atenção – como você gastou meio milhão em duas semanas? Você mesma falou que não é de gastar tanto – pergunto ainda em choque, e parece que só então ela se deu conta do que falou.

– É, incrível né – ela fala nervosa – ali o carro, vamos linda – começa a me puxar em direção ao carro.

Assim que entro no carro, ela se aconchega junto ao meu corpo enquanto faz um carinho na minha perna que está um pouco exposta por conta do vestido. Ela engata em uma conversa com o motorista sobre alguma coisa que não procuro saber o que é, estava perdida em meus pensamentos.

Pouco tempo depois estávamos em frente ao prédio de Bianca, pagamos ao motorista e descemos, eu estava um pouco nervosa por estar aqui.

Chegamos no apartamento de Bianca e ela me deixou entrar primeiro, o lugar era simplesmente encantador. Era confortável e mostrava muito sobre a personalidade de Bianca, tudo ali gritava ela.

– Bia, é incrível – eu olhava alguns dos quadros que tinha na parede da sala – e claro, é a sua cara – falo sorrindo.

– Obrigada – ela fala tímida – está um pouco bagunçado porque eu não esperava visita hoje – explica.

– Para de besteira – falo sorrindo enquanto olhava em sua direção, mas logo minha atenção é desviada para o sofá.

– E essa é a Lua – ela fala indo em direção ao sofá pegando a gatinha nos braços – oi filha – ela diz fazendo uma voz extremamente fofa – olha aqui a moça de quem eu sempre falava, olha como ela é linda – continuava falando para a gatinha que me olhava curiosa.

– Eu acho que vou morrer com tanta fofura – falo olhando para elas.

– Rafa, senta aqui no sofá que ela precisa te conhecer – falou e eu obedeci imediatamente – só fica paradinha – ela disse enquanto colocava Lua ao meu lado no sofá.

A pequena gatinha me olhava desconfiada, mas aos poucos foi se aproximando e não demorou muito para ela se acomodar em meu colo. Bianca sorria com a cena.

– Ela gostou de você – ela disse sorrindo e enquanto eu fazia carinho naquele serzinho fofo.

Fiquei assim por um tempinho enquanto Bianca mandava uma mensagem para sua família avisando que estava bem, e avisando a Manu que eu iria dormir lá, mas amanhã passaríamos na casa dela.

– Luete, vem cá filha, você já está tempo demais com ela, agora é minha vez de ficar – Bianca fala vindo em minha direção e pegando a Lua – vou colocar comida para ela, já venho – ela fala sorrindo e vai em direção a cozinha.

Levantei do sofá e fui em direção a um pequeno quadro que estava no canto da sala, era um desenho onde aparecia eu e Bianca no jardim conversando, parecia ter sido no dia em que conversamos no jardim e começamos a melhorar nossa convivência. Não sei quanto tempo fiquei olhando aquele quadro e lembrando daquele dia, apenas me dei conta de que estava perdida nos meus pensamentos quando senti Bianca me abraçando por trás.

– Dos vários presentes que já recebi dos fãs, esse é sem dúvidas o meu favorito – ela disse também olhando para o quadro.

– Ele é lindo – falei olhando mais um pouco para o quadro antes de me virar para ela.

– Eu ainda custo a acredita que isso é real, que você realmente está aqui comigo – seu olhar era intenso.

– Eu estou aqui, linda – falei enquanto abraçava ela – estou aqui e não pretendo ir para lugar nenhum – eu sentia meu corpo arrepiando enquanto sua respiração batia em meu pescoço.

– Deus, como eu senti sua falta Rafaella – falou enquanto se afastava um pouco, colando nossas testas – falta do seu cheiro, do seu abraço, do seu beijo – ela suspirou

Eu conseguia sentir seu hálito quente batendo contra meu rosto, a distância entre nossas bocas era mínima. Após alguns segundos de um simples roçar de pele, Bianca selou nossos lábios com calma, e não demorei a aprofundar o beijo. Minha língua se encontrava com a de Bianca em um ritmo já conhecido por nós, e em um misto de desejo e saudade o beijo se intensificava, assim como o ritmo de nossos corações. Aos poucos o beijo foi se encerrando com alguns selinhos, e eu podia sentir o sorriso de Bianca aumentando a cada beijo que eu dava nela.

– Eu definitivamente não sei como eu consegui sobreviver a quase três semanas sem você – eu disse olhando para o seu rosto.

– Eu também não sei como – ela disse – não faz mais isso, não passa mais tanto tempo longe, que eu não sei se aguento – um biquinho se fez presente em seus lábios.

– Não vou mais fazer isso – disse e dei outro beijo nela para desfazer o bico.

Pedi a Bianca para tomar um banho, então ela me levou até seu quarto, mostrou onde tudo ficava e disse que eu poderia pegar o que quisesse. Antes de ir, ela me entregou uma escova de dentes nova e disse que iria me esperar na sala.

Após tomar um banho relaxante, escolhi um de seus hidratantes para passar um pouco, tinha um cheiro ótimo. O clima em São Paulo era bem agradável, então optei por colocar apenas uma calcinha e uma camisa de Bianca.

Sai do quarto e percebi que Bianca estava falando ao telefone com alguém. Ela estava em pé apoiada na bancada da cozinha então não me viu chegando na sala.

– Sim Adriana, estávamos hoje no Paris 6, mas não confirma nem nega nada para a imprensa ainda – ela continuava falando – só vamos fazer qualquer pronunciamento quando a Rafa estiver pronta para isso – pelas palavras de Bianca deduzi o que tinha acontecido.

Após alguns segundos ouvindo a pessoa do outro lado da linha, Bianca provavelmente foi questionada sobre alguma coisa, e começou a responder, mas as palavras morreram em sua boca assim que ela virou em minha direção.

– Ainda estou aqui – ela disse depois de ficar alguns segundos em silêncio apenas me olhando – Adriana, eu te ligo depois pode ser – seu olhar era como brasa sobre meu corpo – apenas permaneça em silêncio e amanhã eu resolvo isso – falou e pouco tempo depois desligou o telefone.

Me aproximei lentamente de Bianca que continuava com as costas apoiadas na bancada, seu olhar acompanhava meus movimentos sem perder nada. Parei na sua frente e apoiei minhas mãos na bancada, deixando Bianca presa entre meus braços.

– Você está bem, linda? – perguntei próximo ao seu ouvido e percebi que sua respiração estava ficando desregulada.

– E-eu estou bem, ó-ótima – ela disse gaguejando – acho que vou tomar banho – ela tentou passar, mas a puxei com o braço colando seu corpo junto ao meu.

– Tudo bem, estarei esperando você aqui – falei depositando um beijo em seu pescoço e me afastando.

Bianca praticamente saiu correndo para o quarto, enquanto eu ia sorrindo em direção ao sofá. Liguei a tv e fiquei procurando alguma coisa, até que encontrei um filme que eu gostava e fiquei assistindo enquanto esperava Bianca.


POV's Bianca

Deplorável. Era assim que minha mente definia o momento que tinha acabado de acontecer. Foi deplorável eu começar a gaguejar só por ter Rafaella tão perto de mim, e falando daquele jeito em meu ouvir, só com as roupas. Meu Deus, eu tenho é que agradecer por ter apenas gaguejado e não desmaiado.

– Se controla, Bianca – eu falava sozinha enquanto tirava a roupa para entrar no banho – não é a primeira vez que nós vamos dormir juntas, não é como se eu precisasse morrer por conta disso – eu me encarava no espelho – mas é a primeira vez que vamos dormir juntas sem câmeras – continuei no meu pequeno monólogo – é isso, eu vou morrer hoje, não sei lidar com aquela mulher – após essa conclusão me encaminhei para o banho.

Tomei um banho gelado para ver se isso diminuía o calor que eu estava sentindo após ver Rafaella usando apenas calcinha e uma blusa minha, mas não estava resolvendo muito. Eu sabia que fazer isso era brincar com fogo, mas optei por vestir o mesmo que Rafaella, apenas uma calcinha e uma blusa que chegava à altura das minhas coxas, e passei o hidratante que era o preferido dela.

Cheguei na sala e me deparei com Rafaella sentada no sofá assistindo algum filme que não reconheci, ela estava tão concentrada no que assistia que não me viu, então apenas fiquei encostada na parede enquanto a olhava.

Ela finalmente se virou para mim e sorriu, me chamando com o dedo. Fui em sua direção e ia me sentar ao seu lado, mas ela foi mais rápida e me puxou para sentar em seu colo, me deixando de frente para ela.

– Eu tenho certeza que você é a mulher mais cheirosa do mundo inteiro – ela disse com o rosto em meu pescoço.

– Vou precisar discorda – falei rindo enquanto abraçava seu corpo.

– Sua assessora ligou para falar sobre o que estou pensando? – ela se afastou um pouco para me olhar.

– Sim – falei enquanto iniciava um carinho em sua nuca – alguém já vazou fotos do nosso jantar hoje, e aparentemente a internet só fala disso – percebi que seu corpo todo estava arrepiado.

– Deixa que falem, amanhã nós resolvemos isso e eu faço algum pronunciamento oficial – ela disse sorrindo – agora eu quero outra coisa – nossos olhares estavam ficando ainda mais intensos.

– E o que você quer? – pergunto ao sentir suas mãos possessivas em minha cintura.

– Eu quero terminar aquilo que começamos no quarto do líder – ela mantém um sorriso safado nos lábios.

Meu corpo fica arrepiado quando minha memória é invadida por lembranças daquela noite pós-festa. Ela nota o meu estado e não demora muito para me puxar para um beijo, eu não luto quando ela começa a dominar o beijo, apenas me entrego e ela sabe que pode fazer o que quiser comigo.

Durante o beijo eu continuo arranhando a nuca de Rafaella, agora com um pouco mais de força, e ela responde apertando ainda mais minha cintura. Ela suga meu lábio inferior, e começa a descer os beijos, primeiro por toda a extensão do meu queixo, até chegar no meu pescoço, onde ela deposita alguns beijos molhados e chupões.

– Se você quiser parar, esse é o momento – ela diz e morde o lóbulo da minha orelha.

– Eu não quero parar, eu quero você, Rafaella – eu falo com a voz rouca.

Isso é o suficiente para ela voltar a me beijar com desejo, e logo eu sinto suas mãos por baixo da minha blusa. Suas unhas passam suavemente por minhas costas, me fazendo arrepiar. O beijo foi cortado de forma bruta para que Rafaella pudesse retirar minha blusa.

Seus olhos estavam fixos em meus seios enquanto ela passava a língua pelos lábios, era notável o desejo que ela sentia. Mas eu já não sabia mais o que era controle, e não ficaria apenas sentada esperando ela me olhar, eu precisava senti-la, então logo a puxei para outro beijo.

Rafaella passou a ponta dos dedos na minha barriga me fazendo gemer, e não demorou para eu sentir suas mãos em meus seios, ela apertava com suavidade, e isso estava me deixando louca.

Dessa vez quem quebrou o beijo fui eu, apenas para tirar a blusa que Rafaella vestia. Seu corpo era um espetáculo, seus seios fartos, sua barriga definida, isso só aumentava ainda mais a vontade de ter ela para mim.

Rafaella voltou a distribuir alguns beijos pela região do meu pescoço, mas logo começou a descer esses beijos. Eu estava de olhos fechados, apenas sentindo sua boca contra a minha pele, e não demorou até que eu sentisse sua língua quente envolvendo meu mamilo, ela estava me levando a loucura com isso de mordiscar, chupar. Já não tinha mais controle sobre o meu corpo, então apenas me permiti rebolar em se colo.

– Rafaella – falei ainda dominada pelo prazer – quarto, agora! – puxei seu cabelo com força quando ela mordiscou meu mamilo me fazendo gemer.

Pouco tempo depois eu já estava na cama com Rafaella por cima de mim, ela me beijava de forma bruta, e isso só me deixava ainda mais excitada. Não demorou muito e eu pude sentir a perna dela pressionando minha intimidade, eu procurei aumentar esse contato, mas ela logo percebeu e se afastou sorrindo.

– O que você está querendo, Bia? – ela me perguntou sorrindo.

– Você sabe – eu disse olhando em seus olhos – por favor, Rafa – falo manhosa.

– Só se você me disser com todas as letras o que você quer – ela parecia uma diaba sorrindo desse jeito.

– Porra, eu quero você me fodendo, Rafaella – falei enquanto sentia sua coxa novamente pressionando minha intimidade.

– Eu posso sentir o quanto você já está molhada – ela diz mordendo o lábio inferior – e estou louca para sentir isso enquanto te chupo – ela fala e ataca meus lábios novamente.

Em poucos segundos a mão de Rafaella estava em minha intimidade estimulando meu ponto mais sensível, eu gemia enquanto puxava seu cabelo com força, e isso só parecia deixar ela com mais vontade.

– Me fode agora – cada palavra dita era interrompida por um gemido. Eu já não aguentava mais, eu precisava dela.

Um gemido alto escapou dos meus lábios quando senti Rafaella penetrando dois dedos em mim. Eu estava tão molhada que seus dedos trabalhavam com facilidade e eu gemia cada vez mais alto, até não aguentar mais e praticamente gritar o seu nome enquanto gozava.

Eu estava ofegante e sentindo meu corpo todo tremer, enquanto assistia ela levando sua mão até a boca e chupando os seus dedos.

– Porra Bianca, você é tão deliciosa, não vou me contentar só com isso – ela falava já se ajoelhando na cama – preciso sentir seu gosto agora – sua mão já ia em direção a minha calcinha.

– Rafa, não, eu ainda estou sensí... caralho Rafaella – praticamente gritei.

Ela simplesmente rasgou minha calcinha e começou a me chupar. Por conta da sensibilidade eu sentia tudo muito mais intenso, então eu praticamente gritava de prazer ao sentir sua língua passando por toda minha intimidade. Foram literalmente minutos no paraíso até meu corpo se render e eu acabar gozando novamente enquanto ela me chupava.

– Eu realmente gostava dessa calcinha – disse após ela me beijar.

– Que pena, o que eu posso fazer para compensar então? – perguntou enquanto beijava meu pescoço.

– Eu tenho uma ideia – falei já puxando seu corpo e invertendo nossas posições.

Eu voltei a beija-la e não demorou para eu me deliciar um pouco em seus seios, passava a língua, mordiscava seu mamilo, e amava quando ela arqueava seu corpo ao sentir tudo isso.

Tirei sua calcinha e deitei na cama também, recebendo um sorriso safado quando ela percebeu minha intenção. Nós tínhamos um encaixe perfeito, e gememos juntas quando nossas intimidades se tocaram.

Seus olhos estavam em um tom mais escuro, totalmente dominados pela luxuria, e eu sabia que não estava diferente. Quando mais prazer sentíamos, mais era a intensidade dos nossos movimentos, e Rafaella gemendo com a voz rouca me deixava em um estado quase que irracional.

Não demorou muito e eu e Rafaella gozamos, juntas, com os olhos fixos uns nos outros, e chamando o nome da outra. Mas eu não estava saciada, eu queria mais, então apenas me posicionei entre suas pernas e comecei a chupar sua intimidade, até que ela gozasse novamente, mas dessa vez me permitindo sentir o sabor delicioso que possuía.

Voltei a me deitar por cima do seu corpo e a beijei enquanto ela passava a ponta dos seus dedos nas minhas costas.

– Está cansada? – ela me perguntou depois que nossas respirações já estavam mais calmas.

– Um pouco para ser sincera – respondi voltando a olhar para ela.

– Vamos descansar um pouco, ainda teremos muito tempo para continuar com o que começamos hoje – sorri para ela.

Ela iniciou outro beijo, mas era diferente, era calmo e carinhoso, sem segundas intenções.

– Boa noite – eu falei sorrindo quando encerrei o beijo e dei outro selinho nela.

– Boa noite, linda – respondeu enquanto me abraçava para dormimos de conchinha.

Com pouco tempo eu senti sua respiração tranquila batendo em meu pescoço e soube que ela já estava dormindo. Depois de quase três semanas eu finalmente dormiria tranquila, sabendo que não precisava mais ter medo de nada, pois Rafaella estava ali comigo.

Ela realmente tinha voltado. 


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Olá boiolas por Rabia, espero que tenham gostado do capítulo. Finalmente um hot para os safados de plantão né. 
Eu só vou postar agora depois do paredão, então até lá, por favor, não desistam de mim! 

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