Fuck it, I love you!

By Beatriz20091976

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Rafaella Kalimann, 26 anos, mineira, é modelo, digital influencer e empresária. Bianca Andrade, conhecida co... More

1. Aproximação
2. Discórdia | Paredão
3. Esquece que eu existo
4. Azar no jogo e no amor
5. O quarto
6. Tudo por ela
7. Dengo
8. Fica
10. Quarto do líder
11. Desestabilizar
12. Monstro
13. O número cinco
14. A final
15. Caso indefinido
16. Paris 6
17. Ainda não
18. Fuck it, I love you | Praia de Pipa
19. Praia do amor | I'm Yours
20. Epílogo: Do caos ao Nirvana

9. Até a Jenyfer se rendeu

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By Beatriz20091976


POV's Bianca

Acordei feliz da vida hoje, afinal, era quarta-feira, dia fexxxxta. É claro que eu tinha motivos de sobra para comemorar, um desses motivos estava dormindo ao meu lado, com um braço me prendendo junto ao seu corpo.

Depois da eliminação de ontem eu estava tão feliz por conta da Rafa, e essa felicidade só aumentou quando eu senti ela selando nossos lábios. Foi um ato leve e inocente, mas que significava tanto para mim, e eu tinha certeza que para ela também. Há muito tempo eu não sentia as sensações que senti ontem, e acho que nunca vou consigo expressar tudo isso.

Como combinado, Rafa e Mari estavam no quarto do líder comigo. Mari até tentou inventar uma desculpa para não vir dormir aqui, mas a Rafaella ficou tão nervosa que eu pensei que ela iria arrastar a baiana pelos cabelos, o que me fez rir bastante na hora. Elas ainda dormiam tranquilamente, e eu aproveitei o silêncio para ficar pensando e fazendo carinho na mais velha, mas não durou muito, já que pouco tempo depois o despertador tocou acordando a todos na casa.

– BOM DIA, MEUS AMORES – falei animada pulando na cama.

– Meu Deus do céu, que felicidade é essa? – Mari perguntou ainda com uma carinha de sono.

– Bom dia, Bia – Rafa disse sorrindo para mim.

Me joguei por cima dela e comecei a encher ela de beijos, e depois fiz o mesmo com Mariana.

– Estou feliz! Hoje é dia de fextinha – sorri maliciosa – e o que mais tenho é motivos para comemorar não é mesmo? – falei olhando para a Rafa, que ficou corada.

– Aliás, você não me disse o tema da festa – Mari disse fazendo bico.

– Me deixa adivinhar – Rafa fez uma cara de concentrada, o que me fez rir – pediu para ser baile funk? – perguntou arqueando a sobrancelha.

– Sou tão óbvia assim? – perguntei fazendo biquinho, o que fez as duas mulheres caírem na gargalhada.

– Não, amiga – foi Mari quem respondeu – mas nada é mais a sua cara do quê um verdadeiro baile funk – ela disse e eu não pude discordar.

Ficamos mais alguns minutos conversando, e a Rafa disse que iria fazer o raio-x e ir começando a preparar o almoço, já que Manu e Flay estavam encarregadas do café. Mari disse que já chegava lá para ajudar e ela saiu, mas não sem antes de dar um abraço.

– Amiga – Mari chamou minha atenção – o que é tudo isso entre você e a Rafa? – seu olhar era profundo.

– Amiga, eu não sei o que está acontecendo de verdade – respondo sincera – mas sei que quando eu estou perto dela, parece que tudo se alinha na minha vida sabe, ela me transmite uma paz, um sensação de que tudo vai dar certo, eu não sinto a mínima vontade de me afastar. Eu sinto uma necessidade do seu toque, e isso vem desde quando brigávamos, meu subconsciente sempre procurar fazer com que pelo menos um centímetro da minha pele esteja em contato com a dela, e isso está se intensificando a cada dia – suspiro profundamente – e eu sei que aqui dentro é tudo mil vezes mais intenso, mas eu sinto que se estivéssemos lá fora seria do mesmo jeito – olho para ela meio envergonhada – você acha que eu estou louca? – pergunto para ela.

– Louca? – ela me olha fazendo uma cara engraçada – Bianca Andrade, você está é rendida por essa mulher! – ela declara e eu me jogo na cama.

Ela se joga em cima de mim e começa a gritar que eu estava apaixonada, ficamos rindo e eu tentava fazer ela parar, mas pelo visto teria que aguentar isso por muito tempo ainda.

Chegamos na cozinha e Rafa já estava por lá junto com Manu e Flay, elas cantavam alguma música enquanto terminavam de arrumar a mesa. Tomamos café em meio a conversas e novamente voltamos ao assunto da festa.

– Não vejo a hora de chegar a festa, depois desses dias tão tensos, uma festa com vocês aqui agora vai ser tudo de bom – Manu comenta.

– É verdade, a outra festa foi tão morta que eu tive que fazer meu quinto enterro nela – Flay diz e eu quase cuspi o café na hora. Essa mulher é louca.

– Não se preocupem que hoje vai ser muitoooo animada – digo sorrindo.

– Você já pode nos contar tudo o que pediu né, dona Bianca – Mari falou, já que eu ainda não tinha dito nada para ninguém.

– Então, eu tentei agradar todas vocês ok? – avisei logo para que nenhuma ficasse com ciúmes – Pedi saquê e sushi, pois sei que a Manuzinha gosta – digo dá um gritinho alegre – Pedi aquela cascata de chocolate e o bolo igual o da primeira festa, que vocês duas amaram, além de claro, muita vodka com limão – disse para Mari e Flay.

– Meu Deus – Flay gritou toda animada – se você não estivesse tão apaixonada pela Rafa, e eu não fosse hétero, eu ia te beijar agora mesmo de tão feliz que estou – ela falou e eu fiquei tão vermelha que eu tinha certeza que poderia morrer agora mesmo de vergonha.

– Voltando – eu disse tentando ignorar a risada das meninas – apesar do tema se baile de favela, eu pedi para tocar sertanejo porque a Rafa ama, e pedi chopp e doce de leite que sei que ela também gosta – disse sentindo que minhas bochechas voltavam a esquentar.

– Meu deus, não acredito que vai ter doce de leite – ela disse toda feliz – obrigada por lembrar disso Bi – ela disse sorrindo e sorri para ela em resposta.

– Essa festa vai ser tudo de bom, estou tão animada – Manu falou.

– Nem me diga, hoje eu vou me acabar naquela pista de dança – falo animada.

– Eitaa, que é hoje que a Jenyfer vem – Flay fala rindo – boa sorte para aguentar viu, Rafa – agora foi a vez da Rafa corar.

A tarde passou tranquila, passamos a maior parte dela descansando para a festa, e eu e Rafaella não nos desgrudamos quase em nenhum momento, estávamos sempre perto uma da outra, trocando olhares e carinhos, e minha vontade de beijar ela só estava aumentando ainda mais.

– Meninas, as roupas já estão na despensa – Marcela apareceu gritando na sala e todas nós corremos para começar a produção.

Eu estava na sala junto com Mari e Flay, terminando de fazer o delineado que Mari tinha me pedido para fazer nela, e Flay estava sentada ao lado da Mari, comentando o quanto tinha amado a sua roupa.

– Caralho em Rafaella – ouço Flay falando assim que termino com Mari, mas não entendi o motivo de sua fala.

Olho para trás e tenho que respirar três vezes para não desmaiar, Rafaella está parada ao lado de Manu, está com um vestido preto que marcava muito bem suas curvas, uma maquiagem leve, mas um batom marcante nos lábios. Eu estava paralisada olhando a mulher a minha frente, quando notei ela ficava vermelha.

– Bianca do céu, desse jeito você vai matar minha amiga de tanto que está secando ela – Manu disse, mas eu nem consegui dar importância.

– Caralho – é a única coisa que sai da minha boca – Eu... puta merda – eu definitivamente não conseguia formar uma frase.

As meninas começam a rir da minha reação, e depois de uns dois minutos é que eu finalmente consigo falar algo coerente.

– Você é com toda certeza a mulher mais linda que eu já vi – falo baixo para que apenas ela ouça, já que Manu tinha ido se sentar com as meninas no sofá e eu estava em pé na sua frente.

– Obrigada Bi – ela diz envergonhada – mas vou ter que discordar com você, pois a mais linda com toda certeza é você – ela diz e desce o seu olhar pelo meu corpo, suspirando.


[...]


A festa tinha iniciado com várias músicas sertanejas, e aproveitamos para cantar e comer antes de nos jogarmos na pista. Eu podia ver a felicidade de Rafaella aproveitando as músicas que gostava e eu não podia deixar de sorrir com a cena.

Minha mente já estava sendo invadida pelo álcool, e nesse momento tocava funk, eu estava na pista rebolando muito junto com Mari, Flay, Thelminha, Marcela, Gabi e Gizelly. Manu, Rafa e Pyong estavam sentados conversando sobre algo, enquanto Guilherme e Prior estavam em outro lugar conversando.

Foi avisado que um novo cooler tinha sido liberado, e eu saí gritando junto com Mari e Flay para pegar. Voltamos para a pista dessa vez com os copos abastecidos, e eu estava me divertindo muito com todo mundo, mas estava sentindo falta de algo, ou melhor, de alguém.

Começou a tocar vai menina do Pedro Sampaio, e eu comecei a rebolar loucamente, quanto mais a bebida entrava, mais leve o meu corpo ficava. Comecei a senti um olhar sobre mim, e logo identifiquei a dona dele, sorri em sua direção e comecei a rebolar ainda mais, mas, dessa vez minha intenção não era apenas dançar, eu queria provocar Rafaella.

Flay se aproximou de mim com uma garrafa de vodka e começou a derramar o conteúdo na minha boca, eu sentia o líquido queimando, mas a essa altura a sensação já era boa.

– Jenyfer hoje está com tuuuuudo – Gizelly começou a gritar quando viu – sangue, fogo e labareda senhor – disse me fazendo rir.

Voltei a dançar e olhei para Rafaella com um sorriso malicioso nos lábios, ela me olhava profundamente e parecia um pouco nervosa, Manu e Pyong tinham ido correndo para a pista de dança acompanhar o resto da casa em uma coreografia. Decidi que precisava agir, então fui em sua direção, sentei em seu colo, colocando uma perna de cada lado do seu corpo, imediatamente sinto suas mãos indo até minha cintura e sorrio para ela antes de abraçar o seu corpo.

– Estou sentindo sua falta na pista comigo – falo baixinho em seu ouvido, e percebo que ela ficou arrepiada.

– Preferi ficar aqui observando você dançar – ela disse e sua voz vacilou um pouco, o que me fez sorrir.

– Gostou do que viu? – pergunto me afastando um pouco e olhando em seus olhos.

– Impossível não gostar – ela fala suspirando.

– Vem dançar comigo – peço enquanto arranho de leve sua nuca causando outro arrepio nela.

– Vou – ela diz enquanto aperta levemente minha cintura – vou só pegar uma bebida, quer algo? – ela me pergunta.

– Quero você – digo em seu ouvido e deixo um beijo em seu pescoço – e aceito vodka com limão também – digo sorrindo e saindo de seu colo.

Rafaella ainda está paralisada e eu me afasto sorrindo vitoriosa, volto a rebolar na pista e Mari ao passar por mim sorrir.

– Pega leve com a Rafa se não você vai matar ela do coração – as palavras de Mari me fazem sorrir – até eu fico com pena dela tentando resistir a Jenyfer – se afasta rindo.

Continuo dançando até que sinto a mão de Rafaella em minha cintura, colando meu corpo ao seu. Como estou de costas para ela, começo a rebolar lentamente e ela acompanha meus movimentos, nossos corpos permanecem em perfeita sincronia acompanhando a música até que ela acabe.

– Aqui está sua vodka – ela diz com a voz rouca em meu ouvido.

Me viro em sua direção e sua mão ainda permanece em minha cintura. Pego o copo bebendo um pouco do conteúdo dele.

– Não pegou sua bebida? – pergunto logo em seguida e passou meu braço por seu pescoço.

– Já bebi muito chopp – ela fala me olhando – então decidi dividir essa vodka com você – suas palavras me fazem sorrir, e eu dou o copo para ela.

– Vem, quero continuar dançando com você – digo e tomo coragem para selar nossos lábios rapidamente.

Ainda sorrindo, ela me vira de costas para ela e continua a dançar comigo, as meninas já estavam completamente animadas, e dançavam junto com a gente.

Depois de um tempo Rafaella fala em meu ouvido que vai pegar mais bebida, já deve ser o quinto copo que dividimos.

– Tudo bem, vou te esperar ali na mesa enquanto pego alguma coisa para comer – digo e vou até a mesa.

Olho minhas opções e decido comer um morango com chocolate, estou concentrada passando o morango na cascata de chocolate quando sinto os braços de Rafaella abraçando minha cintura, e um beijo sendo depositado em meu pescoço, me fazendo sorrir.

– Acabou a vodka – ela me diz – acho que vamos ter que ficar só no morango mesmo – seu hálito quente batendo em meu pescoço me faz suspirar.

Me viro para ela e ofereço o morango para ela. Ela morde lentamente o morango que eu seguro, e não consigo desviar os olhos da sua boca durante o ato. Como o resto do morango e percebo que ficou um pouco de chocolate, então levo o dedo a boca e olha para ela nesse momento.

– Bia... – ela diz com a voz rouca se aproximando ainda mais de mim.

Nossos olhares estavam cravados um no outro, e inconscientemente nossos rostos iam se aproximando. Fiz um carinho suave no rosto da Rafa e ela fechou os olhos, isso foi a deixa para que eu encostasse meus lábios nos seus. No inicio era só um selinho leve, mas eu não conseguia mais me segurar, e separei suavemente os lábios, recebendo a mesma ação dela, que em pouco tempo pediu passagem para a sua língua. Um choque cruzou meu corpo quando permiti que ela aprofundasse o beijo, e nossas línguas disputavam quem iria dominar. Levei minhas mãos a nuca dela e arranhei levemente o local com minhas unhas, e isso foi o suficiente para que ela se rendesse ao meu domínio durante o beijo. No mesmo instante que Rafaella apertou minha cintura, eu correspondi puxando levemente seus cabelos, fazendo com que ela gemesse ainda enquanto me beijava. O ar começou a faltar, e ela chupou levemente meu lábio inferior me fazendo suspirar, encerrou o beijo com vários selinhos e me abraçou.

– Não sei o que fazer com você, Rafaella – digo ainda contra seu pescoço, e me afasto agora olhando para ela – parece que até a Jenyfer se rendeu ao poder da missionária – suspiro e ela começa a rir.

– Ainda bem, porque eu quero a Bianca e a Jenyfer – ela diz e me dá outro beijo calmo.

– Vamos aproveitar mais um pouco a festa com o pessoal – a chamo – que daqui a pouco vamos aproveitar sozinhas no quarto do líder - sorrio maliciosa e a puxo para ir comigo. 


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Não ia atualizar hoje, mas, o aniversariante do dia me pediu um mimo, então aqui está!
Parabéns ao: Arthur de quarentena (KingstonVastra) 

PS: Estou finalizando um one-shot Rabia e postarei em breve, talvez amanhã, quem se interessar é só ficar de olho. 


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