Estava andando entre as árvores, e de repente escuto um barulho.
Fico um tempo pensando se devo ou não ir até o barulho, pois afinal de contas estou na floresta sozinha. No final decido ir, a curiosidade é maior que o extinto de sobrevivência.
Ando por um tempo.
Estava distraída quando dei de cara com um homem. Eu conheço ele de algum lugar... AH!
Acho que é o pai da Hope.
O que ele está fazendo aqui?
O mesmo me olha surpreso, e vem em minha direção.
"Você não deveria estar na escola? " - perguntou.
" Sim, mas resolvi sair pra pensar " - digo suspirando.
" Dia difícil? " -
" Difícil é pouco" -
" Quer conversar? " - pergunta, se aproximando.
" Olha, não me leve a mal senhor...? " -
"Me chame só de Klaus" -
"Então Klaus, não é do meu feitio conversar com estranhos. Ainda mais se encontro ele na floresta " - ele dá risada.
" Eu não sou um estranho, sou o pai da Hope " -
Isso erá para me passar confiança?
"O pai da novata, que guarda muitos segredos" - falo sem querer.
"Tinha que falar o que não devia né" - grita o meu subconsciente.
Klaus me olha sério.
É agora que ele me mata e esconde o meu corpo.
"Que tipo de seres sobrenaturais vocês são? " - falo na lata.
"Você está pedindo pra morrer" -diz subconsciente.
Saiu sem querer! Além do mais, quero saber a verdade.
O Klaus olha nos meus olhos. Parece que não sabe o que dizer.
Pelo menos parece que não vai me matar.
Ele fica em silêncio, por bastante tempo, até dizer.
" O que você sabe sobre seres sobrenaturais? " - me perguntou.
" Não tente mudar de assunto " -
Me olha com um sorriso.
" Responda a minha pergunta, que irei responder a sua " -
" Eu perguntei primeiro " - digo.
" Mas preciso saber sobre o que você sabe " - argumentou.
Levantei as minhas sobrancelhas.
" Não sei muita coisa. Só que tem vários seres sobrenaturais que não conheço " - falo.
Ficamos em silêncio por alguns segundos.
" Acredita em vampiros? " - me pergunta. Arregalei os olhos.
" Não, lógico que não " -
" Você acredita em lobisomens, mas não acredita em vampiros? " - perguntou divertido.
" É diferente " -
" Diferente como? " -
" Eu já vi lobisomens, mas vampiros não" - falei.
"Só porque você não ver, não quer dizer que não exista " - falou se levantando.
" Pra onde você vai? " - pergunto.
" Só me segue " -
" Não vou te seguir, você pode estar querendo me sequestrar, ou me matar " -
" Se fosse pra fazer alguma coisa, eu já teria feito " - diz.
" E se não me seguir, não vai saber o que somos " - continuou.
Ele tem razão.
" Ok, então vamos " -
" Vai Vale, segue o estranho pela floresta. Depois ainda reclama dos personagens dos filmes de terror " -
Revirei os olhos automaticamente.
Ignoro completamente o meu subconsciente e começo a andar com o Klaus.
" Não se assuste " - pede.
" Vou tentar " -
Ele se transformou em uma coisa, não sei o que é.
Fiquei parada.
O que é isso?
Não estou com medo. Sei que ele não iria me machucar, pois como o mesmo disse se ele quisesse isso já teria feito. Sem contar que estranhamente me sinto protegida perto dele.
"Está com medo?" - perguntou.
"Não " -
" Por que não está? " -
" Porque sei que não me faria nenhum mal " - falo o que estou sentindo.
Klaus sorrir pra mim, um sorriso de alegria.
" Que bom que sabe " - falou voltando ao normal.
" Então...o que você é? " -
" Sou um híbrido " - disse sorrindo de lado.
" Híbrido? " -
" Sim, lobo e vampiro. Sou o primeiro híbrido da história" -
UOU!
Acho que fiquei branca que nem um papel agora.
" E sua família? " - perguntei ainda tentando digerir tudo.
Não sei o motivo de eu ainda ficar surpresa com os seres sobrenaturais novos que aparecem
" Minha família é a primeira família de vampiros. Temos mais de mil anos " - fico de boca aberta.
MIL ANOS!
" Mil anos? Nossa!" -
" Estamos a muito tempo vagando nesse mundo " - disse olhando para longe.
" A Hope, ela é uma vampira? " - falei.
" Uma parte dela sim " -
"Então ela é igual a você?" -
"Não, ela é triíbida " - disse.
" Uau, o que é isso? " -
" Bruxa, vampira e loba" - falou.
"O lado dela vampiro só irá ser despertado após a morte. O lado bruxa sempre esteve acordado. O lado loba, esse ela teve que matar um ser inocente, mas isso foi culpa minha " - continuou com uma certa tristeza.
Olhei surpresa para ele.
" Por que é culpa sua? " - pergunto.
Klaus me conta tudo. O que aconteceu naquele dia, e como aprisionou o espírito maligno - dentro de um pote, uma relíquia da família Mikaelson -
Me sinto culpada por ter chamado Hope de assassina.
Ela não merecia.
" Por que está me contado essas coisas? " - perguntei.
" Porque é importante você saber " -
" Por qual motivo? " - falo.
" Irá saber no momento certo " - fala, fazendo mistério.
" Você fala que nem a sua filha " - digo rindo.
Ele rir.
"Você vai descobrir que ela é um pouco parecida com você também. Dariam ótimas amigas" -
"Não sei se ela vai querer ser minha amiga depois de hoje..." - olho para o chão.
Klaus toca no meu ombro, me olhando preocupado.
"O que houve? Se estiver disposta a me contar" -
Expliquei para ele tudo o que aconteceu, só não citei o Harry nisso tudo.
"A Hope não guarda rancor de ninguém, na verdade guarda só do Kol quando ele rouba os doces dela, porém ela se vinga depois e tudo fica certo. Fique tranquila que a Hope não irá se vingar de você, ou algo referente. Desde que te conheceu ela só fala de você e no quanto quer ser sua amiga " - fiquei animada.
"Se você é o pai e a conhece... Vou acreditar no senhor!" - Klaus sorri.
"Acho melhor você ir embora, está ficando tarde " - diz ao olhar o relógio em seu pulso.
" Verdade, eu nem percebi o tempo passar... Tchau Klaus, foi bom conversar com você"- falo sorrindo.
"Digo o mesmo Valentine. Já ia me esquecendo, fale pros seus amigos que não somos uma ameaça " - falou me olhando nos olhos.
" Irei falar " -
•••🌹•••
Voltei pra escola, encontrando a Hope na frente da mesma.
Tenho que pedir desculpas.