BELO, CONNOR.

By Tamaragonc

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3° livro dos irmãos James. Os opostos realmente se atraí ou é tudo uma farsa para enganar a mente daquela... More

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E p í l o g o
D e s p e d i d a
NOTA DA AUTORA

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By Tamaragonc


Connor James

Eu assisti sentado inúmeras pessoas milionárias levantando de seus lugares e indo falar no microfone o quanto estavam doando.

Recebiam uma salva de palmas, e logo em seguida outro rico assumia o microfone.

Não faço ideia de quanto tempo fiquei sentado, cercado pelos Evans. Me sinto um filho da puta ao assumir que o único que gosto aqui é Sr. Waldir, que nem da família é mas pra Anelise é como se fosse.

Não entendi o porquê ela me chamou para vir para cá no segundo que pisamos nesse lugar. Não combina comigo.

Eu sei disso.

Ela sabe disso.

Todo mundo sabe disso. Basta olhar pra mim.

Mas no segundo que a vi nervosa, e peguei na sua mão exatamente como estou fazendo agora, eu entendi.

Ela não quer se sentir sozinha. E ela não está.

Noto os sorrisos falsos da mãe dela diante das pessoas. Noto os olhares maliciosos de sua irmã. Noto o desdém dos irmãos de Anelise diante dela.

Pelo que entendi estão todos a meses sem se ver. E é como se não fosse nada. Absolutamente nada.

Eu posso perceber em seu olhar que está acostumada. Mas não é certo, ninguém e muito menos ela deveria se acostumar com a falta de amor e afeto que sua família tem.

Isso me deixa furioso. Bastante, furioso.

Está errado.


- Connor - Ela segura minha perna que mexe ansiosamente, depois de aplaudir a decima quinta pessoa a subir naquele palco - Se você continuar assim vai furar o chão.

- Talvez essa seja minha intenção - respondo

Ela sorriu, ligeira

- Quer ir tomar um ar? isso aqui realmente está entediante - sussurra


- Seria bom.

- Ok, eu vou com você - disse ja se levantando

- Anelise - Sua mãe rosna, baixo - Seu pai será o próximo a ser chamado, é importante toda a família reunida, fica. - ordena, baixo

Anelise respira fundo, e concorda.

- Eu vou buscar mais uma bebida - Falo, querendo levantar. Ficar parado assistindo uma coisa sem sentido não combina comigo.

Preciso urgentemente me movimentar

- Os garçons podem trazer - murmura a mãe dela

- E eu posso buscar - respondo já levantando. Não é minha intenção, nem de longe ser grosseiro com os pais de Anelise ou qualquer outra pessoa aqui, mas não.

Ver tudo isso, ver a maneira que tratam ela me deixa irritantemente incomodado.

Anelise morde o lábio evitando um sorriso ao observar o olhos da sua mãe me queimando. Solto o nó da maldita gravata e começo a me distanciar para longe da mesa. No minuto seguinte me tornei alvo de olhares femininos e masculinos, curiosos.


- Uma bebida, por favor - digo assim que chego no balcão

- Qual o senhor prefere? - O homem pergunta já pegando o copo

- Tem cerveja? - Pergunto esperançoso

Ele nega me olhando esquisito

- Tequila?

- Não, senhor.

- Quais as opções? - Pergunto impaciente

- Champanhe, vinho tinto, vinho branco, Martini clássico e...

- O último, por favor.

- Martini clássico?

- Sim.

- Muito bem, só um instante - Ele disse, preparando gelo, copos e bebidas para a mistura.

Enquanto eu espero ser preparado, alguém para ao meu lado. Sua aparência me lembra muito o da sua irmã, entretanto, seu tamanho e suas expressões são diferentes.

- Connor James, certo? - Clarice pergunta, jogando seus fios loiros para trás

Assinto, aceitando minha bebida já pronta

- Obrigado.

- As ordens. - respondeu indo limpar os outros copos

Virei meu corpo para ver o que acontecia no evento. Todos sentados. Pessoas em pé. Sr. Evans falando no microfone.

- Não deveria estar lá? - Pergunto de sobrancelha erguida, já que sua mãe exigiu a presença de Anelise para observar o pai.

- Eu disse que iria no banheiro - deu de ombros com desdém - E então, você tem alguma coisa com minha irmã?

Tirei a azeitona da bebida e comi, voltando a beber gole por gole.

- Anelise é enrolada mesmo, não esperava nada diferente - Disse Clarice, chamando o garçom para pedir uma bebida qualquer

- O que quer dizer com isso? - Pergunto

- Você não sabe? - Perguntou, e riu com um ar de ironia - Achei que já tinha descoberto.

Respiro fundo, eu realmente não tenho paciência para joguinhos.

- O quê?

O garçom trás sua bebida e logo se distância, então Clarice vira pra frente como eu e aponta para sua irmã, sentada observando o pai no palco

- Tá vendo esses garotos filhos dos ricaços aqui? - pergunta - A maioria deles já esteve entre as pernas da minha irmã, e agora, você para entrar na conta.

Apertei os dentes, sentindo a raiva encher minhas veias

- Eu vi sua cara quando minha mãe falou algo assim quando vocês chegaram - deu risada - Sra. Evans só fala a verdade.

- Chega, Clarice. Chega. - Rosno, deixando minha bebida de lado

- Sim, Connor. Chega mesmo, pois eu quero conversar algo mais interessante - ignorou minha expressão furiosa, deixou sua bebida de lado, colocou sua mão em meu ombro e aproximou o rosto para sussurrar em meu ouvido: - Que tal a gente se conhecer melhor?

Eu estava prestes a afastar ela, então uma voz a chama

- Clarice - Anelise rosna, chamando nossa atenção. Clarice se afasta de mim, rindo - Para de ser ridícula.

Anelise para na nossa frente de braços cruzados, olha minha expressão e percebe algo

- O que ela te disse?

- O que foi, maninha? está preocupada de eu ter falado sobre...

Anelise aperta suas bochechas e sente seu bafo, se afasta fazendo careta

- Você bebeu? você só tem dezessete anos!

- E daí? nessa idade você já fazia milhões de coisas!

- Não bebia igual maluca!

- Ah, Anelise. Não enche, inferno!

- Não enche? - Anelise exclama também irritada, então respira fundo e olha pra mim - O que ela te disse, Connor?

- Olha quem estão aqui, as Evans - Um cara se aproxima, vestido de terno e com um sorriso de convencido

- Oi - Clarice diz sorrindo grande e voltando a beber, Anelise tira o copo de suas mãos

- Leva isso por favor - pede pro garçom que assente e leva

- Que porra, Anelise! por que não vai cuidar da sua vida?

- Pode acreditar, eu estou cuidando bem.

- vendo. Por que não volta pra sua maldita universidade e vai arregaçar as pernas, já que é só o que sabe fazer?

Anelise levantou a mão e acertou o rosto de Clarice que virou o rosto com o impacto forte e ardente.

Essa é a segunda vez na vida que vejo Anelise Evans, furiosa.



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