BELO, CONNOR.

By Tamaragonc

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3° livro dos irmãos James. Os opostos realmente se atraí ou é tudo uma farsa para enganar a mente daquela... More

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E p í l o g o
D e s p e d i d a
NOTA DA AUTORA

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By Tamaragonc

Anelise Evans

Foram duas malditas horas para chegar até a cidade "grande" onde estava acontecendo o evento.

Me sinto horrível por estar usando vestido justamente nessa época do ano. Me sinto melhor ao lembrar o quão gostosa estou.

Sr. Waldir foi conversando conosco, parece que ele gostou do Connor e ao olhar para o jeito tranquilo de Connor, posso dizer que é recíproco.

O que é bom, por que não sei se ele vai gostar da minha família. Ou de qualquer coisa que ele possa ouvir lá.

Sobre mim.

Pensar em tudo que tem potencial para acontecer me deixa nervosa de uma maneira que nunca fiquei. Eu nunca preocuparia com isso, mas a razão da minha preocupação está do meu lado no carro fechado e escuro.

Conversando com Sr. Waldir, enquanto seu braço me cerca.

Sinto as batidas do meu coração acelerar de uma maneira indescritível assim que Sr. Waldir anuncia nossa chegada.

Se concentra em outra coisa, Anne.

Se concentra em outra coisa, rápido.

Connor abre a porta e sai, eu saio atrás dele e então o observo novamente. Em pé. Nesse terno que nem de longe é mais perfeito, mas nele é perfeito.

Nele tudo é perfeito.

Ele percebe meu olhar, descendo por seu corpo, admirando, observando.

E eu sinto pela segunda vez em menos de duas horas minhas bochechas vermelhas. É estranho.

Estranho sentir essas coisas.

E pensar nisso tudo torna nossa troca de olhar mais intensa. Mais envolvente. Mais quente.

Eu sinto meu peito arfar com a sensação. Com as sensações.

- Srta. Evans? Sr. James? estão prontos? - Sr. Waldir chama, dessa vez formal como seu trabalho o obriga ser.

Assentimos, ainda com os olhos fixos um no outro. Parece que perder esse contato por um segundo pode levar qualquer coisa por água abaixo.

Sr. Waldir coça a garganta chamando nossa atenção. Eu estendo o braço para Connor, mas ele age de outra maneira.

Connor James simplesmente ignora meu braço estendido e foca na minha mão. Ele pega minha mão e aperta.

Forte.

E não solta. Nem por um segundo.

E é então que entendo que ele percebe minha tensão e está disposto a mostrar que está aqui comigo não só fisicamente.

Nunca percebi o quanto precisava segurar sua mão grande para entender que precisava disso.

Eu realmente precisava disso.

Então começamos a andar em direção a grande e enorme casa que ocorre o evento. As portas são abertas por seguranças permitindo nossa entrada assim que Sr. Waldir anuncia que somos: "Evans".

A gente entra, nós três mas parece que é só nós dois.

Eu e ele.

Eu e Connor.

Vemos a quantidade de pessoas vestidas elegantemente.

Mulheres com vestidos caros e com expressões de superioridade. Homens vestidos com ternos de linha, pretos, azuis, caríssimos, carregados de confianças.

Mal sabe eles que o homem mais gostoso dessa noite está andando ao meu lado segurando firme minha mão.

Todo mundo carrega um drink em mãos, todo mundo conversa com sorrisos uns falsos outros até que sinceros. O que obviamente são poucos.

Aqui se encontra advogados, juízes, políticos, entre outras profissões que ganha muito bem. Bem até demais.

- Evento beneficente para qual fim? - Connor me pergunta

- Orfanatos, em grande maioria.

Ele assente observando o local, enquanto claramente, muitas mulheres nos observa. Ele, especificamente.

Eu não julgo, Connor James está lindo de morrer.

- Mas não caia no papinho deles - Eu sussurro fazendo ele abaixar um pouco o rosto pra me ouvir - Alguns aqui roubam na cara dura.

Ele assente

- Já estava me sentindo culpado por não ter dinheiro nenhum no momento.

Eu ri, e então fechei o sorriso ao ver a elegante mulher, vestida de preto, refinada, com uma taça de champanhe na mão, cabelos loiros presos em um coque e um sorriso falso.

Ao seu lado, uma adolescente de dezessete vestida de vermelho e com meus saltos favoritos. Não pire, Anelise.

Olhei feio para Sr. Waldir, ele disse que ia convencer ela a não usar mas parece que não deu certo.

Ele deu de ombros formalmente, na frente da minha mãe até um espirro tem que ser elegante.

Logo atrás vem meu pai, um dos poucos com sorriso sincero aqui. E ao seu lado meus dois irmãos adolescentes, Miguel e Richard.

- Anelise - Minha mãe diz me olhando de cima a baixo então abre um sorriso de aprovação - Você está linda, querida.

- Obrigada - agradeço observando Miguel sair de fininho.

Ao lado da minha mãe, Clarice observa Connor com um olhar malicioso e eu sei bem que se eu virar as costas por um segundo ela com certeza vai dar em cima dele.

- Ane! - Meu pai me abraça, solto a mão de Connor por um segundo - A faculdade te fez bem, filha.

- Você não me vê tem meses pai, não anos.

- Mesmo assim.

- Anelise - Diz Richard, claramente entediado. Os cabelos loiros de todos estão reluzentes.

Minha mãe olha frio para Richard

- Melhora essa expressão, não vou avisar de novo. Cadê o Miguel?

- Foi atrás da minha amiga do colégio - Clarice cruza os braços olhando para algum lugar, mas logo em seguida volta a secar Connor.

- É bom ver você, Clarice - digo de sobrancelha erguida, ela me encara

- Digo o mesmo, irmãzinha - estende os braços pra mim e me abraça rapidamente

Meus pais então notam Connor, que está parado, sério, do jeito dele de sempre.

- E quem é este? - Minha mãe observa seu terno, sei bem que ela está vendo a condição financeira dele neste momento

- Eu sou o Connor - Estende a mão para ela que aperta com uma expressão de insignificante, mas meu pai aperta com um certo entusiasmo.

- Eu sou o pai da garota. Vocês são namorados, ou algo do tipo?

Abro a boca para falar mas minha mãe me interrompe

- E sua filha namora, querido? sabe bem que só sabe abrir as pernas.

Meu pai fica desconfortável, mas ela não. Pra ela falar essas coisas é quase como dizer bom dia, boa tarde, boa noite.

Clarice riu.

Connor trava a mandibula, eu o vejo apertando os dentes tão forte que quase posso senti-los doer.

Volto a pegar na sua mão que eu soltei para abraçar meu pai.

Calma, Connor.

Calma.

Não é nada que eu não esteja acostumada.

Quero dizer pra ele.

- Vamos nos sentar, às doações já vão começar. - Minha mãe diz, e caminha na frente. Meu pai como seu perfeito cachorrinho, vai atrás. Clarice olha uma última vez para Connor antes de ir atrás.

Eu olho para Connor, ele respira fundo, e vamos logo em seguida.

Já começo a me arrepender de ter trazido ele aqui.

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