Loki - A Profecia Do Infinito

By adri_bertolin

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Uma das poucas boas ações, sem segundas intenções, de Loki, o deus das travessuras, o levou direto ao maior t... More

Olá, senhor Loki...
Você está horrível
Humanos são tão tolos
Você não recebe ordens de ninguém
Você não tem ideia de como ela é preciosa
Essa parte de mim tem muitos nomes
Boom diia
Você confia em mim?
Ela é incrível
Ela parece quebrada
Eu era muito bobo e inocente
Eternidade vai nos destruir
A humana do Loki
Mas é claro, princesa!
O que sabemos sobre ela afinal?
Que a caça ao tesouro comece.
Vocês demoraram muito para vir me buscar
Você está além das barreiras que impomos
Asgard está sempre nos surpreendendo
O nome dele... és Loki.
Quem é Lin?
Amanhã será um longo dia.
Nós tínhamos um acordo
Ninguém aqui está fugindo.
Vai se foder...
Nemesis
Multiverso
Behkimo...?
Eu sou inevitável
Você não está mais sozinha
Parte da jornada é o fim...
Você deu um susto bem grande em todos nós.
Cena extra 1
Cena extra 2
Opa opa

Talvez você entenda um dia

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By adri_bertolin

Jean Grey não se afastou da formação, como lhe foi pedido, nem todos poderiam de fato se prejudicar arriscando ir mais longe e não era nenhuma surpresa para ela que eventualmente precisaria trazer os pedaços do Wolverine de volta para a área que conseguiam manter. A regeneração do homem sempre foi formidável e aquelas coisas que o inimigo criou não eram fortes o bastante para mata-lo, pelo menos não antes que a telepata o trouxesse de volta.

Os X-mens em geral estavam se saindo muito bem, eram o grupo que mais conseguia se aproximar, porém a cada passo que conquistavam, mais longe ficavam de qualquer auxilio que poderiam necessitar. Tempestade e Anjo ofereciam o suporte aéreo, o Homem de Gelo, Scott e a própria Jean eram quem mantinham o ataque a longa distância, Wolverine e Fera não deixavam que qualquer um se aproximasse demais, enquanto Vampira no momento possuía uma cópia dos poderes do próprio Logan e se mantinha pronta para agir no lugar do primeiro a cair.

Atualmente, haviam conquistado a atenção de Nemesis e, se nada os parasse, seriam os próximos seres interessantes a morrerem diretamente pelas mãos dela.

Longe dali, relutantemente liberados para lutarem, estavam os atores que nunca haviam se deparado com algo assim em toda a vida que possuíram fora das filmagens. Robert, Chris Evans, Scarlett e Mark Ruffalo ganharam armaduras para não morrerem muito rápido (palavras da própria Natasha Stark), Jeremy ganhou um arco de seu próprio correspondente, Elizabeth possuía os poderes da Wanda (isso era o suficiente para não precisar de qualquer tipo de arma) e Chris Hemsworth junto de Tom Hiddleston tiveram suas armas convocadas pelos poderes do deus trapaceiro. Não era nem um pouco reconfortante estar no meio de tantos super-heróis, muito menos quando se está equipado somente com arcos e flechas, mas aquelas criaturas não os aterrorizavam como deveriam fazer. Conforme se juntavam aos outros, mais próximos se sentiam daquela personalidade poderosa que incorporavam em seus filmes, a diferença desta vez é que cada vez mais deixavam de serem pessoas comuns na frente de câmeras e verdadeiramente se tornavam heróis. Não podiam negar como se acostumavam rapidamente ao caos e percebiam que poderiam fazer coisas assim o dia todo. Tudo se tornou inegavelmente real.

- Vingadores...- Começou o Capitão América, convocando um escudo. - Avante!

Uns reviraram os olhos, outros sorriram como se esperassem ouvir isso, mas ninguém esperou outro sinal para de fato avançarem. Cada um deles sabia muito bem o que fazer.

(...)

Magia não era algo com a qual Benedict estava muito acostumado, mas ela veio até ele tão naturalmente que em nenhum momento conseguiu realmente se impressionar. Seus instintos o levaram até o topo de um monte que não conhecia e lá seu corpo respondeu em reconhecimento pelo poder emanado por sua imagem espelhada. Definitivamente o universo não estava acostumado com encontros como esse e, por isso, momentaneamente, lhe foi possível sentir a energia do mago entrelaçar com a sua como se fosse um extensão de si.

Stephen se encontrava tão pálido por conta do frio que não se surpreenderia se ele entrasse em estado de hipotermia em instantes, mas de alguma forma o homem se mantinha em tamanho estado de determinada concentração que não estranharia se ele de fato não estivesse consciente de sua atual condição. O manto se enroscava ao redor de seu portador, como se estivesse se esforçando para segurar o pouco calor que o mantinha consciente e, no entanto, demonstrou um confuso interesse com relação a cópia de seu mestre que acabou de aparecer.

Havia uma infinidade de possibilidades diante de como obteria sucesso em trazer seu correspondente de volta a suas devidas faculdades mentais, porém o ator fez sua primeira ação como se já soubesse exatamente o que fazer. Não que ele realmente possuísse alguma noção do que era necessário para inutilizar o feitiço de Strange, mas quando pensou sobre isso, instantaneamente o comportamento correto apareceu em sua memória. Sentando-se no chão diante do outro homem uma posição de meditação foi formada e suas mãos repetiram uma serie e movimento que lhe pareceram muito familiares, mesmo que soubesse que nunca os havia executado. Finalizou mantendo-se paralisado no ultimo gesto e aguardou para descobrir o que aconteceria em seguida.

Nos minutos que se seguiram, Cumberbatch reparou em algo que possivelmente mudaria o rumo da batalha que era travada no continente Americano. Quando ele pensou nas HQs do auge de seu personagem e na forma com que Doutor Estranho evoluiu em cada uma delas algumas memorias futurísticas surgiram em sua mente, ele se viu capaz de repetir os feitos mais extraordinários daquele mago mesmo sabendo que o ser em sua frente ainda não estava nem perto de aprende-los. Talvez essa fosse a vantagem que qualquer um dos atores possuía.

Um alto estrondo foi ouvido e, olhando para cima, foi possível notar as ramificações magicas que formavam o escudo se romperem, o que também pareceu provocar uma reação em seu correspondente já que ele agora franzia o cenho como se estivesse sentindo uma profunda dor física. Não era muito prejudicial, no entanto, esse incomodo se refletiu no ator e mesmo assim não foi nada agradável.

Quando Stephen voltou a abrir seus próprios olhos ele não percebeu de imediato o que estava acontecendo, mas pareceu tão doente na percepção de Benedict que surgiu a possibilidade de o mago já estar lutando contra o intruso em seu sistema ou de simplesmente seu núcleo magico estar se esgotando. Sua íris se encontrava parcialmente dourada, seu cabelo bagunçado e havia uma expressão tão cansada em seu rosto que foi uma tentação para seu correspondente lhe oferecer uma xícara de chá e uma cama para repousar. Parecia um terrível resfriado, mesmo que o ser em questão não fosse capaz de contrair esse tipo de coisa.

- Eu estou em algum tipo de lapso temporal? - Strange perguntou enquanto voltava para o chão e tentava focalizar de melhor forma o seu outro eu.

- É um pouco mais complicado que isso. - Cumberbatch encolheu seus ombros, defensivamente. - Uma criatura monstruosa está tentando destruir a raça humana em qualquer alternativa de existência, vocês receberam ajuda do multiverso e eu fui mandado para traze-lo de volta. - Algo próximo ao pavor passou pelas feições do mestre das artes místicas.

- O escudo deveria conter Eternidade... Como percebo que você acabou de desativa-lo presumo que não deu tão certo quanto eu esperava. - Embora notasse a decepção alheia, também lhe parecia palpável a sensação de que o personagem estava se esforçando para achar uma solução que ainda fosse realizável para salvar seu mundo.

- Eternidade não é nosso inimigo. - Em seu rosto ele tentou transmitir o máximo de calma que conseguiu. - Ele estava tentando nos proteger de algo pior.

- Você está começando a perder o sentido. - Desconfiança apareceu pela primeira vez em seu correspondente, talvez anteriormente ele estivesse se apoiando na ligação que claramente possuíam, mas agora havia um motivo para hesitar e para ele não parecia mais seguro abrir brechas para sua versão de algum lugar em um multiverso. Normalmente o Doutor Estranho nunca teria abaixado a guarda por minutos preciosos para um estranho, o que não tornava exatamente ruim seu afastamento.

- Considerando o que sei nesse momento, a entidade está morta ou inativa em algum lugar do espaço, ela não é a principal preocupação por agora. - O comando do outro fez com que seu manto o puxasse para trás. - Você entregou as joias do infinito diretamente para a garota que possuía o Original, agora essa forma está de volta e nem um pouco contente com a nossa espécie. - Essa informação não parecia se encaixar no raciocino do outro, o que provocava mais de sua incredibilidade.

- Não, você está enlouquecendo. - Seu corpo tremia, mas ele não sabia se era pelo frio ou por algum colapso nervo. O homem não se parecia nem um pouco com o mago que conhecia. - Loki... - Ele se lembrou de algo e sussurrou baixinho. - Sim... O deus irritante e trapaceiro... - Stephen voltou a olhar para sua imagem espelhada, forçando uma risada. - Loki, idiota, por um momento você quase me fez acreditar que havia falhado.

- Loki? Não, ele provavelmente foi submetido completamente a Original, principalmente agora que Thor está morto. - O ator franziu o cenho exatamente como o outro fez antes. - Está pensando que isso é uma brincadeira?

- E porque não seria? Uma desculpa perfeita, não é? Você poderia ficar com as joias e com a sua amante horrorosa e poderosa, além de conquistar o cargo de Mago Supremo que gostou tanto de esfregar na minha cara de que é digno! - Strange agora se colocava em posição de combate, ele estava com raiva e claramente perturbado.

- Faça o mínimo esforço para olhar a sua volta! Sinta o poder esmagador dela ao seu redor, você não é tolo, sabe que isso não é normal! - Defensivamente Cumberbatch também se colou em posição de ataque.

- Eu não sinto nada. - Por instantes ele pareceu procurar por qualquer coisa que indicasse que ele não estava mentindo. - Eu sempre soube que não deveria confiar em você...

Não houve espaço para mais conversas, mesmo fraco e de certa forma descontrolado Stephen reuniu forças para lutar e em instantes Raios de Balthak partiram para destruir seu agora inimigo. A primeira coisa que veio à mente de Benedict foi que seria aconselhável correr por sua vida, mas em seguida ele se sentiu capaz de ler as intenções do personagem e mais calmo do que alguém normal estaria, ele ergueu a mão para receber a descarga elétrica, apenas para imediatamente transforma-la em uma porção de borboletas.

Ambos tornaram a realidade um plano mudável e avançaram distorcendo o mundo ao redor. Os esforços pareciam cobrar um preço alto para o mago, enquanto o outro ainda não estava nem perto de se esgotar. Desta vez, era o adversário do Doutor Estranho que lutava evitando matar enquanto ele recorria aos ataques mais letais que conhecia. O ator lhe deu vantagem, mais defendendo do que revidando. Sua ideia era arrancar a influência do ser divino de dentro dele, mas para isso era necessário que sobrevivesse a crise enfurecida de seu correspondente e sua falta de costume com confrontos mágicos letais pesava para que não fosse tão bem sucedido quanto pensou que poderia ser.

Eventualmente, Strange conseguiu acertar e envolveu sua perna com tamanha força que Cumberbatch percebeu seus ossos partindo, porém a dor não veio e grito ouvido partiu do próprio mago, conforme a tíbia e a fíbula dele, embora não rompidas, reclamaram pelo golpe. A locomoção foi prejudicada, mas para o mestre das artes místicas isso não era um empecilho já que com o manto voar não era um problema.

Chamas conjuradas foram lançadas diretamente para destruir seu inimigo, porem esse a tempo foi capaz de se proteger com um escudo próprio. Os Vapores de Valtorr obscureceram o campo de visão e deram vantagem a aquele que os conjurou mesmo que permanecesse no chão. Enquanto o ator tentava se esconder para traçar uma estratégia o outro se concentrava em localiza-lo. Não era nem um pouco confortável andar com ossos quebrados, por mais que não sentisse dor com isso, mas mesmo com esse estranho incomodo e a visão de seu osso para fora da pele, foi possível que uma ideia promissora se formasse em sua mente. Logo os Ventos de Watoomb convocados por Strange vieram arrastando-o para longe e levando a neblina embora, mas isso não lhe desfavoreceu de nenhuma forma.

A realidade alterou-se mais uma vez a vontade de ambos os envolvidos no confronto, fazendo com que fossem forçados a manterem a luta a pouca distância. Aproximando-se mais do que normalmente faria, o mago chocou uma longa lâmina, criada a partir da energia, com o escudo formado apressadamente pelo outro e agiu novamente para imobiliza-lo, mas não foi rápido o bastante para evitar os planos do ator.

Benedict não atacou Stephen como era esperado, ao contrário ele fez com que seus próprios encantos repetissem a ação anterior do adversário e quebrou os ossos do próprio braço bem a tempo de obrigar o mestre das artes místicas a cancelar o que convocava para destrui-lo. Forçando seu membro com agora movimentos não tão precisos, ele o golpeou e aproveitou de sua surpresa para expulsar sua essência de seu corpo, desta forma poderia exorcizar a presença parasitaria da Original na alma em que ela havia se acoplado. Deu mais certo do que foi esperado (já que ele nem tinha certeza de que era capaz de exorcizar alguém) e conforme o corpo de Strange caia, o manto da levitação se desprendeu dele para se pendurar em seus ombros.

Sua respiração se tornou ofegante conforme a adrenalina passava e o ator se permitiu relaxar momentaneamente enquanto flutuava com mais familiaridade do que deveria ter. O fôlego recusava a se estabelecer, mas as coisas não lhe pareciam mais tão ruins quanto antes e com a calma de poder pensar sobre o que era capaz, surgiu uma memória útil o suficiente para retroceder o dano de seus respectivos braço e perna quebrados.

Analisando de longe a essência de Doutor Estranho não foi difícil constatar que ele havia conseguido voltar ao que sempre foi, embora agora demonstrasse um tanto de transtorno por ter se deixado corromper e desta forma ter levado a vida de tantas pessoas para um perigo tão extremo. Orgulhoso como era de se esperar ele não pediu desculpas de imediato, mas também não tentou se justificar, ou qualquer outra coisa indicasse que o caos no mundo não era sua culpa. Repetindo seu comportamento de outrora, porém desta vez sem uma influência externa o guiando, o mago claramente buscava por qualquer coisa que pudesse reverter o estrago que havia feito e que pudesse proteger a realidade.

Obrigando-se a voltar a encarar suas responsabilidades Cumberbatch deu sua atenção ao corpo de seu correspondente, curando-o e reabilitando-o para que pudesse voltar ao seu normal, o que causou certa confusão por parte da essência que acreditava que deveria permanecer de tal forma por um tempo como punição por seus feitos já que claramente havia um Mago Supremo tão poderoso quando ele diante de seus olhos e preparado para lutar.

- Não me olhe com essa expressão. - Benedict disse no melhor tom brincalhão que conseguiu. - Você não tem ideia do que ela é. Toda ajuda possível é bem-vinda. - Desfazendo sua ação de expulsar Stephen do próprio corpo, ele permitiu que o homem voltasse sem nenhuma hesitação. Era perceptível em sua própria pele que a ameaça que invalidava os sentidos dele já havia partido.

- Sinto-me envergonhado pelo que fiz... - Mesmo que voltasse a sua forma física o manto se recusou a deixar os ombros de sua imagem espelhada. Além disso, a sensação do poder esmagador vindo diretamente do inimigo o atordoou imensamente por alguns segundos antes de conseguir se estabilizar.

- É claro que se sente. - Sua ligação fazia com que ele também se sentisse assim, mesmo que nada de errado tenha sido feito por suas mãos. - Mas agora temos um multiverso para salvar, a culpa vai ter que ficar para mais tarde. - Sua mão foi estendida como um convite implícito de parceria. - Eu prometo que nenhum roteirista vai te fazer segurar um rio desta vez.

- Roteirista? - Strange não entendeu como isso tornava sua situação melhor e nem sabia do que o outro estava falando.

- Talvez você entenda um dia. - Um sorriso amigável foi oferecido e quando a mão coberta de cicatrizes agarrou a sua ambos sentiram tolamente que talvez houvesse alguma chance de vencerem agora.

(...)

Mark Ruffalo levou um verdadeiro susto quando sentiu duas pessoas se agarrarem a Hulkbuster perto demais da sua cabeça e só relaxou quando viu que se tratava de um dos Homens-Aranha, mesmo que olhar para o outro lado e ver Venom tenha quase feito-o cair.

- Ouvi dizer que você também pode se transformar em Hulk. É verdade? - Aquele Peter Parker perguntou enquanto o alienígena demonstrava interesse demais.

- Todos os meus amigos ganharam os poderes de seus personagens, então eu acho que posso sim. - O sorriso que ele percebeu por trás da máscara não lhe agradou muito, mas a baba da língua do outro era ainda pior.

- Ótimo.

Não houve tempo para pensar no que aquela palavra significava, apenas para entrar em pânico conforme via o simbionte deixar seu portador e entrava pelas aberturas de sua própria arma. Eddie Brock foi amparado pelo aracnídeo enquanto esperavam pelo resultado do experimento arriscado. O ator começou a sentir aquela coisa entrando em seu corpo conforme se sentia expandir desproporcionalmente. O ponto positivo era que foi possível constatar que realmente possuía os poderes do grandão verde e o ponto negativo era que agora ele entendia completamente o porquê de Banner odiar se transformar.

A armadura expulsou o corpo que sofria estranhas mutações e aceitou que o jornalista ocupasse seu lugar. Não era muito inteligente ficar para descobrir se deu certo, mas mesmo assim eles o fizeram e o resultado foi o surgimento de uma das mais assombrosas formas que aquele monstro poderia apresentar.

Esmagar. A irracionalidade começou a toma-lo mesmo que ele tentasse resistir. Dor. A raiva veio com sua angustia e não ajudou melhora-la. Esmagar. Seus sentidos o levavam ao seu limite e Mark sentia que estava deixando de ser humano. Medo. Ele queria gritar e expulsar aquela coisa, mas não era capaz de dizer se conseguia fazer isso. Esmagar. Ele percebeu a ameaça viva ao seu redor. Reconhecimento. Também haviam pessoinhas fracas. Esmagar. Longe dali havia alguém mais forte que o provocava com sua existência. Desafio. Venom ganha, Hulk destrói, Venom devora, Hulk esmaga.

Coisinhas fracas se afastaram com pavor quando o monstro se levantou e rugiu, eles não sabiam dizer se aquilo os salvaria ou mataria, mas na visão dele, a mulher roxa era seu único objetivo e lhe parecia inteligente que os heróis se afastassem pelo simples fato de que não haveria nenhum remorso caso aqueles que estivessem em seu caminho morressem. O amigo de metal não foi embora e eles não se incomodaram, o inseto se agarrou nas suas costas e eles gostaram, seu sol apareceu para lutar consigo e eles bufaram para mostrarem que estavam felizes. Quando estiverem destroçando seus inimigos, tentariam ter o cuidado de não machucarem muito aqueles três.

Feras deixaram seus adversários com o chamado do pior entre eles e todos rugiram em resposta, furiosos por se sentirem ameaçados. O exército perdeu sua formação para eliminarem o novo inimigo e, com isso, seus antigos alvos ganharam uma passagem livre para chegarem a quem realmente interessava.

Nemesis sorriu, eles não possuíam a menor chance.

(...)

Já haviam muitos anos desde que Wade deixou de tentar entender o rumo que sua existência tomava. Ele foi morto, por mais estranho que isso pareça, encontrou sua antiga amante Morte e transaram da mesma forma louca que costumavam fazer. Até aí tudo bem, mas então o namorado, ou seja lá o que o Senhor Beterraba ele for dela, passou para fazer uma visita e os encontrou no meio da diversão. Deadpool lembrava de ter broxado com aquela cara horrorosa olhando-o, porém depois disso ele já não podia dizer o que aconteceu e só sabia que agora estava dentro de um carro voltando para quem o matou anteriormente. Para si o universo (ou autores cujo não era uma boa ideia ofender a mãe) não fazia muito sentido.

Dirigindo com as pernas despreocupadamente e recarregando as armas que ocasionalmente encontrou no porta malas, ao som de Led Zeppelin, ele se percebeu ansioso para voltar a batalha mais injusta em que já havia participado.

(...)

Aproveitando-se da vantagem ganhada, as peças mais preciosas do jogo deixaram de esperar e se juntaram ao combate. Não foi uma escolha deles permanecer ali, mas ninguém queria arriscar que seus mais fortes heróis fossem perdidos, sem que pudessem fazer uma verdadeira diferença. O escudo foi abaixado, quem estava do lado de fora também viria.

O mjolnir passou voando pelos céus do confronto e Chris parou de repente, fazendo com que sua dupla também interrompesse a própria corrida em confusão. Ele podia sentir os trovões em suas veias, Thor vivia em si mesmo que não conseguisse sentir sua consciência e nada lhe parecia mais justo que a arma dele respondesse a si de agora em diante. Ele estendeu a mão, como um idiota (na visão dos habitantes de diferentes realidades que não possuíam a noção do que ele estava fazendo), e aguardou sem muita paciência enquanto observava o caos ao seu redor.

- Você só pensou nisso agora, gênio? - Loki falou do corpo do Hiddleston.

Tom torcia para que o martelo respondesse. Embora conseguisse passar por cada criatura, poder tacado em sua direção, poeira, ou golpe, como se estivesse sendo protegido, seu parceiro não ganhou a mesma sorte e se encontrava ferido enquanto em seu próprio corpo não contava com um único arranhão. Ele precisava realmente se tornar um deus se quisesse sobreviver.

- Eu achei que ainda havia alguma chance de o Thor estar vivo. Ele precisaria de sua arma apesar de tudo. - Como asgardiano e gigante de gelo seus sentidos estavam melhores do que o normal, não foi muito difícil notar a barreira do som sendo quebrada conforme se aproximava.

Quando o cabo tocou sua mão uma onda relativamente alta de poder formigou por todo o seu corpo. Olhando para o mundo novamente ele percebeu como era para seu correspondente viver entre os humanos, ele viu tudo da perspectiva de um deus do trovão e se espantou como as coisas pareciam ser tão pequenas e frágeis na visão do filho de Odin. A percepção de como a Terra poderia ser destruída pelas suas mãos, se assim quisesse, lhe pareceu ser tão assustadora quando estimuladora, mesmo que sua única vontade fosse proteger tais vermezinhos. Tudo era mais encantador do que estava acostumado.

- Você está me olhando de uma forma muito estranha... - Não era normal ver seu amigo, de repente mais divino, encarando-o com diversão enquanto pessoas morriam não muito longe de onde estavam.

- Você vai ser o meu escudo! - Constatou o reflexo de Thor, como se fosse uma das ideias mais brilhantes que já formou em toda a sua vida. Chris também parecia um tanto mais burro aos olhos do parceiro, mas este não sabia se isso era um fato ou se era apenas o seu lado jotun falando mais alto.

- Como é? - Tom franziu os olhos em descrença.

- Pensa comigo, alguma coisa está te protegendo desde que chegamos aqui, se você ficar na forma de um escudo você me protegeria também, além de é claro ser mais eficiente em derrotar coisas que preferem fingir que você não existe.

- Isso seria humilhante.

- Seria muito legal!

- Eu não vou ser seu escudo.

(...)

O nosso Peter Parker também notou a clara tendência a não ser ferido e começou a procurar outras pessoas que poderiam possuir a mesma vantagem que ele, mas o único que conseguiu repetir seus próprios feitos, até onde conseguia ver, era o Homem de Ferro ator. Ele começou a sustentar a ideia de que talvez, apenas talvez, havia a possibilidade de uma certa Stark estar interferindo diretamente no comportamento da inimiga. Essa de longe era a melhor chance de sobrevivência que possuiriam caso se mostrasse algo verídico. Lançando suas teias em pessoas/criaturas muito altas que estavam relativamente próximas ele tentou chegar até o correspondente de Tony para que pudessem unir suas próprias vantagens e não morrerem ao encarrarem o Original frente a frente.

Com tudo antes que pudesse de fato ficar relativamente próximo ao Senhor Sta... Downey a primeira pessoa chegou até Nemesis e isso desviou sua atenção. Nunca seria normal para si que alguém tratasse uma vida com tamanha superioridade quanto aquela mulher fazia, mas haviam indivíduos entre seus adversários que pareciam não lhe causarem tanta indiferença quanto os outros e existia uma quase certeza de que o pirralho estava entre eles. Ela não desejava machuca-los, suas vidas lhe eram preciosas e, considerando que nem todos os que estava evitando matar possuíam alguma ligação com sua irmã de consideração, podia-se se esperar que não era tão fácil para ela exterminar a vida na Terra como deu a entender que seria.

- Harley! - Peter chamou pelo comunicador, apesar de ainda não estar completamente preparado para viver sua vida como um protetor deste mundo o garoto já havia desenvolvido tecnologias poderosas o suficiente para estar ali. - Riri! - Uma parceira jovem demais, porém mesmo assim genial e capaz, que conheceu a poucos meses, ela surpreendeu todos mais cedo naquele mesmo dia, quando apareceu com sua própria versão da armadura do Homem de Ferro, alegando não ser de outra realidade e tê-la feito em seu próprio quarto, sendo o aracnídeo um dos poucos que conheciam sua história coube a ele a função de apresenta-la. - Eu tenho uma ideia que pode me matar ou pode salvar todos nós, o que vocês acham?

- Eu acho que você é louco, mas isso nunca nos impediu antes. - A voz do Rapaz de Ferro respondeu.

- É só dizer o que temos que fazer. - Coração de Ferro comentou, já haviam se juntado outras vezes para enfrentar pequenas ameaças, ela conhecia seu jeito de agir tão bem quanto o outro.

- Me encontrem e só se aproximem do Thanos forte demais e com peitos grandes, ao meu sinal. - Ele mudou sua rota procurando por um lugar estratégico.

Como era de se esperar foram os X-mens quem chegaram até Nemesis primeiro, mesmo que fosse previsível que não teriam chance nenhuma de vence-la e que morreriam tentando,  talvez também fosse possível considerar um golpe de sorte para eles que Jean Grey estivesse ali e que o inimigo a considerasse potencialmente forte para ser digna de se tornar um bom entretenimento.

O mundo percebeu quando a mulher reduziu seu nível de poder para se igualar teoricamente a garota, mas seu primeiro ataque provou-se tão desesperador quanto qualquer outro e letal da mesma forma que já haviam visto. Fera foi o primeiro a cair. O único conforto que possuíam era que ela estava usando um potencial que a própria Jean conseguia alcançar então consideravam que conseguiriam sobreviver pelo tempo que a telepata conseguisse resistir. Vampira não foi até o inimigo enquanto Logan e Scott o faziam, com o Homem de Gelo ela se colocou próxima do objeto de interesse da Original e tirou uma das luvas.

- Faça eu não me arrepender disso. - A mutante estendeu a mão como em um cumprimento e não precisou esperar até que recebesse o aperto que desejava. Cada segundo de adaptação que aquilo necessitava para que funcionasse poderia ter custado suas vidas, mas aparentemente o inimigo estava disposto a esperar.

Descontrolada e muito poderosa foi como Vampira voltou, sua força se elevando para patamares que Jean nunca ousou tentar se aproximar e causando mais do que espanto para aqueles que as cercavam. Era por conta daquilo que muitos temiam a telepata, por causa disso que ela era mais de uma simples heroína e aquele poder terrível era o que ela precisava controlar e suprimir dia após dia, porém mesmo com toda essa nova percepção não se passava de uma pequena parcela do que ela realmente estava se desenvolvendo em si. 

Se saísse desse confronto com vida, talvez chegaria um dia em que seu poder se tornaria incomparável. O Ciclope foi afastado e sorriu como se sentisse orgulhoso por sua namorada, enquanto Wolverine ao ter o mesmo tratamento olhou para a companheira de equipe como se estivesse vivendo um de seus mais terríveis pesadelos.

Juntas três mulheres avançaram contra Nemesis, sendo logo seguidas pelo Homem de Gelo, que tentava impedir que a adversária ganhasse vantagem sem elevar os próprios dons, e por Scott que acertava a inimiga em longa distância sempre que encontrava uma brecha. Logan rosnou e correu para tentar alcança-las, mas logo se viu em tanta desvantagem quanto ciclope, já que na batalha não havia um exato limite para a velocidade. Mais e mais heróis foram se aproximando também, ultrapassando-os e se direcionando até a divindade enquanto esta era arrastada para a cidade mais próxima.

A Original parecia sentir prazer em ter o poder dos outros dentando destrui-la, ela não revidou enquanto era atacada inicialmente, nem quando o gelo começou a ameaçar paralisa-la ou quando o fogo do Tocha Humana a cobriu. Nada a afetou, nem mesmo o raio de Visão, as investidas de James Rhodes ou as descargas elétricas da Tempestade. Ela não deixou que o Coisa, Wolverine ou o Homem Elástico a tocassem, mas também não os feriu, segurou o escudo do honroso Sam Wilson e apenas o arremessou longe, ignorou os ataques de Scott, o choque e o veneno de um Homem Aranha assim como os golpes de outro, além de fingir que não sabia de onde eles estavam vindo pela habilidade de invisibilidade alheia. 

Valquíria, Nemor e T'challa se mostraram ótimos combatentes, mas não tão fortes quanto os que ela desejava. Nemesis não fugiu e o pouco que revidou foi com o poder em igualdade ao de Jean. Ninguém entendeu o porquê deste comportamento, ou pelo menos não até que a telepata com autocontrole deslizou sobre as barreiras mentais do inimigo quase como se estivesse sendo puxada para dentro e se viu em um mundo diferente.

Grey não fazia ideia de onde estava, mas era um lugar maravilhoso e ao mesmo tempo um lugar que parecia prestes desmoronar. Haviam formas grandiosas de vida ali, seis aparentemente ou sete se a figura enraizada em uma gigantesca arvore contasse, e uma delas lhe segurava no ombro como se fosse a responsável por ter conseguido entrar ali.

- Olá humana. - Disse a criatura albina de olhos muito amarelos que a segurava, sua voz estava baixa, como se tentasse não interromper alguma coisa.

- Olá? - Haviam muitas perguntas a serem feitas antes que aquela situação se tornasse algo além de desconfortável. As outras criaturas se quer lhe davam atenção, pareciam tentar transmitir apoio para aquela coisa na arvore.

- Tire seus amigos de perto, sim? Especialmente o Androide. Não vamos conseguir segura-la da forma que estávamos fazendo, a partir de agora. - Algo naquele ser tentava lhe inspirar confiança. - Boa sorte.

Sem mais chances para uma resposta Jean foi arrancada do mundo alternativo e se viu novamente em meio ao caos como se tudo estivesse em câmera lenta, ela percebeu as mãos cerradas e o desconforto do inimigo como se a mulher estivesse tentando suportar uma explosão. Talvez estivesse mesmo fazendo isso. Sem pensar muito sobre, já que não havia tempo, a telepata se impulsionou junto todas as pessoas próximas ou que estavam se aproximando para o mais longe possível daquele monstro. A descarga de poder veio em instante. Uns tiveram mais sorte que outros, porém infelizmente a mutante não foi capaz de salvar todos eles e com Logan como exceção não sobraram nem mesmo corpos para identifica-los.

Johnny e Reed, que, mesmo sem terem feito nada para se protegerem da destruição eminente, estavam vivos e quase intactos, logo que se perceberam afastados, já procuravam ao redor para terem a certeza de que seus companheiros também estavam bem. Ben foi achado um tanto quebrado perto dali, porém quando viram Susan suas pernas fraquejaram e se não fosse pelo apoio do Coisa, teriam caído. Ela estava entre os braços de Nemesis.

Quando se percebeu sendo puxada para trás, a Mulher invisível lutou contra a sensação, já que lhe pareceu ser uma retribuição do inimigo pelos ataques e somente quando veio a dor alucinante, as queimaduras e a vontade de gritar ela percebeu que aquilo era uma tentativa de protege-la. Porém tão rápido quanto veio essa sensação passou e a mulher se percebeu curada, além de muito mais segura do que esteve desde que deixou sua casa para vir salvar o mundo. Não conseguiu nem mesmo sentir medo quando olhou para seu protetor e viu a maior ameaça que o multiverso já conheceu.

- Ela vai ser uma menina muito esperta. - A divindade tocou sua barriga com quase carinho e desapareceu se encaminhando para outro ponto da mesma cidade.

Todos os que estavam conscientes e conseguiam se mexer olharam uns para os outros sem entender a atitude da Original. Braços longos, quentes e rochosos envolveram a mulher deixada para trás ainda viva com uma alegria pouco contida. Sentindo-se repentinamente enjoada como quando soube que seu primeiro filho estava por vir ela entendeu o que aquelas palavras significavam.

- Você quase nos causou um infarto maninha, nunca mais faça isso. - O irmão dela brincou extremamente aliviado, mas seus olhos apenas procuraram pelos do marido conforme se ajeitava no carinho de sua família.

- Eu estou gravida. - Ela disse com tanta certeza e perplexidade que todos eles ficam completamente tensos outra vez.

- Isso é sério? E você me diz agora? - Reed demonstrou um breve tic-nervoso entrando em pânico e olhando ao redor de forma angustiada. - Onde estão aqueles magos quando precisamos deles? Nós vamos voltar para casa imediatamente!

- Reed... - Ben chamou mais perdido do que em qualquer outro momento, seja por seus ferimentos que iam além da proteção de sua pele ou por ter sentido o real significado da existência da inimiga que todos tinham em comum. - Se morrermos aqui ou se fugirmos para o nosso mundo não teremos mais uma casa para voltar.

Suas palavras foram ouvidas por todos que permaneceram por perto durante aqueles segundos de interação familiar e o mesmo peso se estabeleceu sobre suas consciências. Quando aquelas pessoas perceberam que ainda eram capazes de lutar e saíram de suas casas para salvar o multiverso não lhes pareceu que essa seria uma missão tão absurdamente diferente das outras, mas incontáveis vidas estavam depositando suas esperanças em suas mãos e falhar levará ao completo fim. Essa possibilidade já foi apresentada anteriormente, mas nunca foi tão incontestável quanto agora.

Alguns dos sobreviventes perderam a força que os permitia ficar de pé, como foi para quase todos os habitantes do mundo a pressão do poder de Nemesis fez com que se encontrassem com chão e lá permanecessem sem que conseguissem se mexer. Desistir não era uma escolha que desejavam tomar, porém seus próprios corpos já não mais os obedeciam.

O pior de toda a desistência era que essa se tornava uma atitude cada vez mais frequente entre aqueles que conseguiram chegar até aqui. 

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