O Professor - Volume 2

By marujas0921

338K 23K 6.4K

Após Dylan receber uma proposta para trabalhar em outro estado, a dúvida lhe consome. Uma proposta que irá aj... More

Sinopse
Capítulo 1
Capítulo 2
*Bônus Anne*
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
AVISO
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
COMUNICADO
*Bônus Mike*
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Bônus
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Mídias
Aviso
Epílogo
Agradecimentos
Personagens

Capítulo 5

12.1K 673 334
By marujas0921

Alguns dias depois....

Duas semanas passaram se arrastando, mesmo nos falando por ligação/chamada de vídeo todas as noites não é a mesma coisa. Relacionamento distância é bem pior do que eu pensava, sei lá, na minha cabeça ficar falando por vídeo ou então por telefone matava um pouco a saudade, mas me enganei como nunca tinha me enganado antes.

Hoje é dia 16 de fevereiro, sexta-feira, amanhã já faço exatas 22 semana de gestação, estou surpresa em como passa rápido.

- Eu espero que você puxe a mamãe, porque sou eu que vou te carregar até nove meses. - digo olhando para a minha barriga e acariciando a mesma. Acabo rindo. - Mas se você puxar seu pai, você vai ser linda tanto por dentro, quanto por fora. Ele é um ser humano incrível, sério... quer dizer, acho que você já viu isso aí de dentro.

- Você não sabe como é bom chegar em casa e ouvir isso. - ouço a voz do Dylan ecoando pelo quarto e direciono meus olhos para a porta rapidamente.

Lhe vejo escorado no umbrais da porta com um sorriso no rosto. Sorrio automaticamente. Ele abre os braços e corro em direção ao mesmo, segundos depois já sinto seus braços ao meu redor e as batidas do meu coração se acelerando, como na primeira vez que nos beijamos. Deito minha cabeça em seu ombro e ele acaricia minhas costas.

- Estava com saudades. - lhe olho e ele me dá um selinho.

- Eu também estava. - diz acariciando meu rosto.

- Não sabia que você iria vir hoje, pra mim viria só amanhã.

- Quis fazer surpresa. - ele sorri e eu retribuo. - Comentei com o Gregori sobre vocês, que minha família estava toda aqui e você estava grávida, então ele trocou o meu horário integral da sexta e colocou na quarta, porque se eu trabalhasse o dia inteiro na sexta, só viria no sábado de manhã e teria que voltar no domingo, iria ser maior correria.

- Já simpatizei com esse Gregori. Ele é o diretor? - ele afirma com a cabeça.

- Ele parece ser gente boa.

- E aí... conta as novidades, está gostando de lá? - me sento na cama e ele se senta do meu lado.

- Ainda estou me adaptando, mas por enquanto não tenho nada do que reclamar, o pessoal é bem legal. - diz rindo. - Cismaram de sair sexta que vem e me chamaram.

- Sair pra onde? - pergunto arqueando uma das sobrancelhas.

- Ciúmes o nome disso? - ele pergunta rindo.

- Não, que isso, longe de mim ter ciúmes. - ele continua rindo.

- Eles ainda não decidiram o lugar, mas fica tranquila, você mais do que ninguém deveria saber que não tem motivo pra ter ciúmes. - diz acariciando meu rosto.

- Eu sei que não, mas tem vezes que não dá pra controlar, ainda mais agora que estamos longe um do outro, comigo perto já ficam te azarando, imagina você sozinho.

- E você acha que eu vou ficar como quando você inventar de ir pra algum lugar?

- Pelo amor de Deus, Dylan, ninguém vai querer uma grávida. - reviro os olhos.

- Prazer, ninguém. - acabo rindo. - Você é a única pessoa que eu quero. - ele se aproxima e me puxa para um beijo.

Jogo meu corpo para trás fazendo com que eu deite sobre a cama e ele fica por cima de mim sem colocar peso. Coloco minha mão na sua nuca, o trazendo mais para mim. Como eu senti falta disso...

Não demora muito para eu sentir a sua mão passeando pelo meu corpo, me arrepio com o seu toque. Sem pensar duas vezes pego a barra de sua blusa e com a ajuda do mesmo tiro do seu corpo. Ele faz o mesmo com a minha e aos poucos nos despimos. Seu membro me penetra e eu solto um gemido baixo. Nossos corpos se movimentam em ritmo sincronizado e apenas ouço eles se chocando um contra o outro e alguns gemidos que saem das nossas bocas.

******

Nos deitamos ofegantes um ao lado do outro, Dylan me envolve num abraço e eu repouso minha cabeça sobre seu peito.

- Como é bom ter você de volta. - digo enquanto acaricio a sua mão.

- E como é bom estar de volta. - sorrio e ele deposita um beijo em minha cabeça. - Estava pensando em ir na casa do meu pai mais tarde, vamos?

- Vamos sim, estou com saudades dele, fico sem jeito de ir lá sem você.

- Sem jeito por quê?

- Também não sei, eu sou doida. - rimos.

- Nisso eu tenho que concordar. - lhe olho séria, mas logo depois começo a ri de novo. - E como está essa nenis aí? - pergunta acariciando a minha barriga.

- Ela está bem, mas continua preguiçosa, não se mexe de jeito nenhum.

- Teve a quem puxar, né amor? - dou um tapa de leve nele e o mesmo ri.

- Eu nem sou tão preguiçosa assim, só gosto muito de dormir. - ele arqueia uma das sobrancelhas.

- Vou até ficar na minha. - rio e reviro os olhos. - Vou preparar a banheira para tomarmos um banho. - sorrio.

- Ok, vou ficar deitada esperando porque eu mereço. - ele ri.

- Quase seis da tarde e você aí. O que você fez no resto do dia?

- Continuei aqui. - digo rindo, ele balança a cabeça negativamente e também ri. - Me respeita que eu estou grávida e estou aproveitando que Nick não precisou de mim para fazer nada hoje.

- Vou relevar só por causa disso. - reviro os olhos. - Já volto.

Fomos para a banheira assim que ela acabou de encher. Me sentei entre as pernas as suas pernas e me aconcheguei em seu peito. Suas mãos massageiam meus ombros e eu fecho os olhos para relaxar.

- Hm... isso era tudo que eu precisava, e eu estou falando de você, a massagem é só um bônus. - ele deposita um beijo em meu ombro.

- Você me perguntou como eu estou indo lá, mas eu não perguntei como está sua vida aqui.

- Ah... está normal, quer dizer, mais parada que o normal já que Nick por enquanto está trabalhando em casa e muito dificilmente precisa de mim para fazer algo, aí fica eu e Rose conversando, quer dizer, eu falo sozinha né, porque ela não me responde. - rimos. - Aposto que ela vai ser antisocial.

- Vai nada, ela só tava esperando o papai voltar pra se mexer pra mim primeiro. - ele desce suas mãos que estavam nos meus ombros e passeia com elas pela minha barriga. - Fala pra ela, filha.

- Ela não vai mexer pra você, nem vem. - digo rindo.

- Não dê ouvidos à sua mãe, filha, ela está com ciúmes que tem outra mulher para ela disputar meu amor. - rimos.

- Você é ridículo. - digo ainda rindo.

******

Terminamos de tomar nosso banho e fui ver até o armário pegar uma roupa. Como sempre, fiquei quase 10 minutos só olhando para o armário sem pegar nada. Sinto movimentos em minha barriga e pressiono no exato lugar para ver se sinto Rose ali, ela se mexe novamente e desse vez tenho certeza que é ela. Sorrio e meus olhos marejam automaticamente.

- DYLAN, VEM AQUI, RÁPIDO. - grito desesperadamente e em questão de segundos ele aparece.

- O que aconteceu? Você está bem? É algo com a Rose? - ele pergunta desesperado.

- Me dá sua mão. - ele franze a sobrancelha e faz uma cara de desentendido.

Pego em sua mão e pressiono de leve em minha barriga, alguns segundos depois pude senti-la se mexer novamente, ele arregala os olhos e fica com a boca entreaberta. Acabo sorrindo.

- Sentiu? - ele afirma com a cabeça ainda com a boca entreaberta.

- Ela se mexeu. - concordo com a cabeça e ele sorri. - Oi meu amor, você quis esperar o papai chegar pra poder fazer a festa aí dentro né? - ele se abaixa ficando em direção a minha barriga, rio. Como pode ser tão convencido?

- Concorda, filha, porque discordar de maluco nunca é uma boa opção. - ele olha para o meu rosto e levanta uma das sobrancelhas, gargalho. - Brincadeira, amor. - lhe dou um selinho.

- Sua mãe é muito ciumenta, fala para ela que eu estou certo. - diz ainda agachado. - Fala que tu ama o papai. - sinto ela se mexendo de novo e ele deposita um beijo na minha barriga. - Também te amo, filhota.

Sorrio igual uma idiota vendo a cena.

- Por que a senhorita não está pronta ainda?

- Não tenho roupa.

- E isso tudo aí é o quê? - pergunta apontando para o armário.

- Roupa que eu não estou a fim de usar.

- Mulheres são todas iguais mesmo, Rachel vive falando que não tem roupa mas cada dia que passa tá com uma peça diferente. - arqueio uma das sobrancelhas.

- Quem é Rachel? - pergunto lhe encarando.

- Ninguém de interessante... - cruzo os braços esperando uma resposta plausível. - É uma conhecida minha, nem sabia que ela trabalhava lá, aí acabamos nos encontrando, apenas isso.

- Hm... como vocês se conheceram?

- Na faculdade. - diz rápido.

- Última pergunta. - ele revira os olhos. - Que foi? Todo mundo tem direito a três perguntas.

- Para de enrolar e faz a pergunta logo.

- Vocês já tiveram alguma relação além da amizade?

- Não, não mesmo, eu não seria capaz de fazer isso. - franzo a sobrancelha.

- Ué, por quê? Dylan, Dylan, você está se enrolando.

- Você não tinha direito só a três perguntas?

- Vou ter um bônus cada vez que você ficar querendo me enganar, fala logo por que caralhos você não iria fazer isso. - digo controlando a minha voz.

Respiro fundo tentando não sair do sério.

- Porque ela namorava um amigo meu na época e eu nunca me interessei por ela. E mesmo se eu me interessasse, eu não iria fazer isso porque ela namorava meu amigo, simples.

- Eu não estou engolindo essa história toda, mas vou parar por aqui antes que eu me estresse mais.

- Agora eu que vou fazer uma pergunta. Se eu tivesse ficado com ela, ou algo do tipo, o que você iria falar? - engulo à seco. - Fala.

- Você está me perguntando isso por causa do Patrick, né?

- Não mencionei Patrick nenhum na conversa, você escutou eu falando "Patrick" em algum momento?

- Ai Dylan, aproveita que você fala que é o diabo e vai pro inferno. - dou as costas para ele, vou em direção a cama e me jogo nela.

- E você iria até lá para sentar no colo do capeta que eu sei. - prendo o riso e lhe mostro o dedo do meio.

- Eu que ia ou sua amiga Rachel? - ele ri.

- Para de bobeira.

- Você jura que tudo o que falou é verdade?

- Sério que eu vou ter que jurar pra você acreditar em mim? - bufo.

- Eu não queria estar assim, só que sei lá, com você longe eu sinto que a qualquer momento você vai achar alguém por lá e me esquecer, e esses hormônios me deixam mais sentimental que o normal, eu odeio me sentir assim. - ele se senta na beira da cama e repousa sua mão na minha perna.

- Seu lugar é difícil de preencher, você já se tornou grande parte da minha vida, então não precisa ter medo. - sorrio e me sento ao seu lado.

- Te amo. - lhe dou um selinho.

- Também te amo, muito. - ele acaricia meu rosto. - Já decidiu sua roupa?

- Não, vê lá alguma coisa que eu visto porque eu sei que se eu for ver, vou só ficar olhando para as roupas, igual antes.

- Vai vestir a primeira peça que eu pegar!

- Tá. - ele vai em direção ao guarda-roupa e eu fico rindo.

- Eu estou falando sério. - ele olha pra trás e paro de ri.

- Tá bom, amor.

- Aqui. - ele joga em cima de mim. - Tão simples escolher roupa.

- Mas Dylan, isso é roupa que eu uso em casa. - digo enquanto vejo uma legging e um moletom.

- Para de mentira que você nem roupa usa em casa. - acabo rindo. - E de qualquer forma nós vamos ficar em casa mesmo, só que na casa do meu pai.

- Eu uso roupa quando está frio, ué.

- Vamos logo, Emily, para de enrolar. - reviro os olhos e começo a me vestir.

Assim que fico pronta saímos de casa. Chegamos na casa do Joseph em menos de 30 minutos, nem senti o tempo passar, fomos conversando por todo o caminho e entre uma conversa e outra, Rose participava também. Parece que agora ela não vai dormir nem tão cedo. Tocamos a campainha e Joseph nos recebeu com um sorriso enorme no rosto.

- Como o senhor está? Estava com saudades. - Dylan diz lhe abraçando enquanto ele retribui.

- Estou bem e você? Como está sendo lá no emprego?

- Bem, mas sinto falta de casa.

- Isso você já estava ciente de que ia acontecer, mas se Deus quiser vai ser por pouco tempo.

- Vai sim. - Dylan diz concordando.

- Quem é vivo sempre aparece né? - Joseph diz se referindo a mim e eu fico rindo.

- Ah para, não faz assim. - digo rindo.

- Ela falou que fica sem jeito de vir aqui, acredita pai? - Dylan diz e eu dou um tapa de leve nele.

- Cala boca. - eles riem.

- Sem jeito por quê? Eu pensei que se sentisse a vontade comigo.

- Eu me sinto, mas fico com medo de estar incomodando.

- Que incomodando o quê... só Dylan que me incomoda. - rimos.

- Que horror, pai.

- Brincadeira. - Joseph diz ainda rindo. - Mas é sério, Emily, você pode vir aqui quando quiser, vai ser um prazer te receber. Como está minha netinha?

- Pode deixar então, vou vir e o senhor vai ter que me aturar. - rio. - Ela está bem, já está se mexendo. - digo animada.

- Sério? Posso sentir?

- Claro, vamos ver se ela se mexe pra você.

- Pai, eu estava falando com ela que Rose só esperou eu chegar em casa pra começar a se mexer. - Dylan diz, reviro os olhos e Joseph fica rindo.

- Não se iluda, ela ficou alegre porque sabia que iria ver o vovô, né meu amor? - Joseph diz acariciando minha barriga e eu fico rindo.

- Sai dessa, pai. - Dylan diz rindo.

Joseph só tirou a mão da minha barriga quando Rose se mexeu, o que não demorou muito. Eu espero que ela só fique agitada assim dentro da barriga porque senão já sei que vou penar nas madrugadas.

- Pai, o senhor está tirando carteira de motorista? - Dylan pergunta mexendo em alguma coisa em cima da mesa.

- Estou, comecei tem três dias.

- Ai que legal! - digo. - Também quero. Como funciona?

- Já vou ligar para o prefeito falando para colocar tudo de plástico pelas ruas. - Dylan diz e me seguro para não lhe dá sinal feio.

- Se não colocaram com você no volante até hoje, não vão ter por que colocar agora. - Joseph diz e eu gargalho da cara que Dylan faz.

- Eu te amo. - digo me referindo ao Joseph ainda rindo e ele me acompanha.

- Isso é um complô? - afirmo com a cabeça. - Nem meu pai me trata bem, estou perdido mesmo.

- Ah meu Deus, quanto drama. - digo. - Traz essa folha da autoescola aí.

- Eu não, levanta e pega você. - diz rindo e eu arqueio uma das sobrancelhas. - Ou então pede a sua dupla dinâmica aí. - ele diz se referindo ao Joseph e nós começamos a ri.

- Anda logo Dylan, para de palhaçada. - digo.

- Toma. - ele me entrega e se senta ao meu lado.

- Você é muito gentil.

- Nada que eu não saiba.

Tirei foto do telefone e do endereço da autoescola, estou pensando seriamente em começar a fazer, já vai ser um adianto na minha vida, não vou gastar tanto quanto eu gasto com táxi e Nick não vai ficar se preocupando de me deixar em casa após o serviço.

Ao decorrer da noite pedimos duas pizzas e ficamos jogando conversa fora. Saímos de lá ia dar 23:00hrs, a hora voou que eu nem vi.

Assim que chegamos em casa, tomamos nosso banho e nos deitamos na cama juntinhos para vermos filme. Hora ou outra eu desgrudava meus olhos da TV e ficava lhe observando. É tão bom tê-lo de volta... parece que passamos anos longe um do outro.

- Por que você está me olhando assim? - pergunta me tirando dos devaneios.

- Não sei... eu estava tão acostumada a te ver todos os dias que está parecendo que eu não te via há séculos, ainda estou averiguando se você realmente está aqui ou se sou eu criando coisas na minha mente. - rimos.

- Posso te garantir que você não está criando nada na sua mente. - ele me belisca e começa a ri. - Viu, isso está acontecendo na realidade. - dou um tapa em seu braço e ele gargalha, acabo rindo junto.

- Vai se foder, seu ruivo de farmácia. - ele me abraça e faz uma trilha de beijos do meu pescoço até a minha boca, depositando um selinho.

- Te amo. - diz ainda com ar de riso.

- Também te amo, seu babaca. - rimos.

******

Peguei no sono antes do filme terminar e pelo visto Dylan também. Acordei com Rose se mexendo e a televisão estava ligada, vejo a hora e são 08:32hrs. Me levanto, faço minhas necessidades e vou até a cozinha preparar o café da manhã. Assim que Dylan acordou comemos juntos e resolvemos ir na casa da Anne, já tem um tempinho que não os vejo, desde o ocorrido com os pais da Anne me sinto insuficiente, pois sei que não posso fazer nada para tirar o que ela está sentindo e ficar forçando a barra para tentar fazê-la sentir bem não faz sentido, já que eu sei que nessas horas nada funciona, apenas dei um tempo para ela, mando mensagens perguntando como ela está, mas sinto que ela não quer muito assunto, aliás, quem quer ficar tagarelando horas e horas depois de perder os pais? Por mais que eles fossem duas aberrações, ela os amava, eu sei disso.

- Seu viado, você já chegou. - Nick diz assim que abre a porta e dá de cara com Dylan.

Eles se abraçam.

- Cheguei ontem à tardinha, não vim aqui porque fui na casa do meu pai.

- Até Emily está sumida. - Nick diz e me abraça. - Como vocês estão? Minha afilhada está bem?

- Estamos bem. - digo. - Rose deve está se sentindo ótima, finalmente deu sinal de vida e está se mexendo que é uma beleza.

- Já falei que foi porque eu voltei. - Dylan diz e eu reviro os olhos.

- Ai Nick... se eu ganhasse um real por cada vez que ele disse isso eu estaria rica, e olha que ele voltou ontem. - rimos.

- Ninguém mandou namorar um narcisista, ele acha que estamos vivendo o Dylancentrismo. - gargalho e Dylan lhe mostra o dedo do meio.

- Cadê Anne? - pergunto.

- Está lá em cima com Angel, vai lá.

Subo as escadas deixando os dois a sós na sala.

- Anne?! - olho no quarto da Angel e não a encontro.

- Estou aqui. - ouço a voz dela vindo do quarto da mesma e vou em sua direção.

- E aí? Como você está? - me sento na cama.

- Melhor, mas sei lá, tem dias que eu fico me culpando ainda, é uma situação difícil.

- Cara, nossa mente é a nossa pior inimiga quando quer, você sabe muito bem que você não tem culpa de nada, você só fez o que tinha que fazer. - ela respira fundo. - Mas tudo bem, não vamos falar desse assunto. - ela apenas assente com a cabeça. - E essa nenis aí? Tá dando muito trabalho?

- Come o tempo inteiro, você não tem noção. - rio.

- Teve a quem puxar né, vamos combinar.

- Realmente, ao Nick. - rimos. - Como você e Rose estão?

- Bem, só tenho sentido uma puta saudades do Dylan né.

- É foda essa vida, mas vai acrescentar na carreira dele. Quando ele comentou isso com você, você apoiou ou foi contra?

- Cara, eu sinceramente não queria que ele fosse, mas eu não iria privá-lo disso, sabe? Tinha que ser escolha dele, falei para ele decidir.

- Isso é... mas fica tranquila, é temporário, daqui a pouco ele vai estar de volta pra sempre. - afirmo com a cabeça. - O que você tem feito nesse tempo que não está trabalhando?

- Estou fazendo nada, já estou de saco cheio de ficar em casa o tempo inteiro, mas acho que vou entrar na autoescola.

- Sério? - pergunta animada. - Tira mesmo, já quero apostar corrida com você. - gargalho.

- Tá pensando que a vida é um vídeo game?

- Ah, mas seria legal, aposto que Rose ia gostar da adrenalina. - diz rindo. - Né meu amor? Fala pra sua mãe chata que quando você crescer vamos apostar corrida. - ela diz falando e passando a mão na minha barriga e eu fico rindo.

- Daqui a pouco ela começa a se mexer.

- Já está conseguindo sentir? - afirmo com a cabeça. - Que vagabunda, nem me contou nada.

- Começou ontem, tinha que ver ela com Joseph, eu e Dylan fomos lá na casa dele.

- Aaah eu quero que ela se mexa pra mim.

- Chama Dylan aqui, segundo ele, ela só começou a se mexer porque ele estava em casa, vai que ela se mexe na presença dele.

- Dylan é um narcisista. - rimos.

- Amiga. - James diz empolgado. - Até que enfim apareceu. - ele se joga na cama, fazendo Angel acordar num pulo.

- 3, 2, 1. - Anne diz e Angel começa a chorar. Rio.

- Ai meu Deus, me desculpa, Angelzinha, não queria fazer isso com você. - James diz e eu gargalho.

- Esse moço malvado te acordou? - digo pegando-a no colo. - Ele é muito mau né?

- Para, Emily, ela vai acreditar. - Anne fica rindo.

Fico lhe sacudindo no meu colo e lhe acalmando, aos poucos o choro diminui.

- Quem estava batendo na minha filha? Nick pergunta entrando no quarto e Dylan entra logo em seguida. - Você né, Emily? Que maldade.

- Aí oh, a criança estava dormindo, ele se jogou na cama e assustou a menina. - digo rindo da cara que James faz.

- Mas não foi por querer, tá? Sou um pouco desligado.

- James James, vigia em. - Nick diz.

- Senão vai acontecer o que? Você vai pular na minha cama quando eu estiver dormindo? Porque se for, me avisa que dormirei sem roupa. - eles gargalham e eu controlo minha risada para não acordar Angel de novo.

- Aí cabeção, vai deixar? - Dylan pergunta. - Caraca, quanto tempo eu não te vejo, sentiu saudades de mim?

- Não. - Anne diz e eu rio.

- Tá bom, impossível. - ele diz se sentando na beirada da cama.

- Como está lá no emprego? - ela pergunta. - Vai voltar quando?

- Está tudo ótimo, mas ainda não tem previsão de quando eu vou voltar não.

- O que o professor que você está substituindo tem? - James pergunta.

- Nem sei ao certo, só sei que está internado.

- Tomara que não seja nada grave pra você voltar logo. - Nick diz.

- Assim espero. - Dylan diz.

Assim esperamos... nesses últimos dias eu vi o quanto é ruim está acostumada com a pessoa sempre com você, a hora que eu mais sentia e sinto falta dele é na hora de dormir, ultimamente tive que ficar dormindo abraçando um travesseiro, não é a mesma coisa, mas é melhor que nada.

- Emily!? - Anne me chama me tirando dos devaneios. - Se quiser pode colocar ela aqui na cama de novo. Ela já dormiu né? - afirmo com a cabeça.

- Daqui a pouco eu coloco ela ai, estou matando a saudade.

- Poxa, você não me pegou no colo quando eu cheguei. - Dylan cruza os braços, faz uma cara de bravo e ficamos rindo.

- Aposto que foi ela quem ficou no seu colo. - James diz e eu rio sem graça, sinto meu rosto esquentar.

- Hm... ficou vermelha é sinal de que é verdade. - Nick diz rindo e pessoal o acompanha.

- Ai Angel, me desculpe, mas depois dessa vou até te colocar aqui na caminha para você dormir confortável. - Anne continua gargalhando.

- Tadinha, daqui a pouco a pele dela descasca de tão vermelha que está ficando. - Dylan diz rindo.

Ele me puxa pela mão, fazendo com que eu fique em pé ao lado do mesmo. Coloco um dos meus braços em volta do seu ombro e sinto uma de suas mãos repousarem no meu quadril. Ele escota a cabeça na minha barriga e segundos depois sinto Rose da um chutinho.

- Ela te chutou por falar merda. - digo e ele fica rindo.

- Ela está se mexendo? - Anne pergunta empolgada. - Quero sentir, cadê?

- Ahh também quero. - James diz e segundos depois os dois já estavam com as duas mãos na minha barriga.

- Sai Dylan, você está atrapalhando. - Anne diz e ele lhe encara.

- Você é uma abusada. - Dylan diz.

- Não sei como descobriu isso agora. - Nick diz e Anne fuzila ele com os olhos. - Brincadeira, amor. - rio.

- Rose, olha só, se você não se mexer pra mim eu vou ficar chateada, não vou ser mais sua madrinha. - Anne diz e eu continuo rindo.

- Para, Anne, vai assustar a criança. - James diz. - Quem é uma das nenis mais lindas do pamadrinho, em? - ele faz uma voz tão fofa que nem Rose aguentou e se mexeu de novo.

- Anne, ela não quer levar esporro. - digo.

- Ela sabe que eu estou brincando, né, meu amor? - Anne diz e ficamos rindo.

Quando acaba Rose só foi se mexer para ela na parte da tarde, só faltou Anne chorar de felicidade, Nick também ficou todo bobo, mas nada se compara à Anne. Combinamos de ir amanhã logo cedo na casa do Mike, se ele souber que Dylan está por aqui e não foi lá visita-lo, ele vai surtar. Viemos para casa ia dar onze e meia da noite, chegamos, tomamos o nosso banho - que dessa vez não foi só o banho - e nos deitamos. Antes de Dylan deitar de vez, ele falou com Rose e depositou vários beijos na minha barriga - não me canso de ficar vendo essa cena, sempre acho fofo.

- Boa noite para você também. - ele me abraça por trás e deposita um beijo na minha cabeça. - Durma com Deus e sonhe com a gente.

- Durma com Deus e sonhe com a gente. - digo abraçando seu antebraço e depositando um beijo em sua mão. - Te amo.

- Também te amo.

Continue Reading

You'll Also Like

3.2K 839 33
A VIDA DE HANNA E ARTHUR VAI VIRAR DE CABEÇA PRA BAIXO. Hanna Sousa: é uma menina que já passou por altos e baixos da vida,tem um jeitinho que conqui...
749K 49.1K 67
Jeff é frio, obscuro, antissocial, matador cruel.... sempre observava Maya andando pela floresta, ela o intrigava de um jeito que ele mesmo não conse...
484K 28.6K 34
Ana Wentworth é uma garota comum, filha caçula de três irmãs, aluna e filha exemplar. Vive numa pequena cidade do interior do Mississippi, lugar onde...
949K 49.3K 45
Luna Martins, uma menina de 16 anos que usa roupas largas e usa um coque que sempre está coberto por um capuz de seu casaco, ele é apelidada na escol...