THE CAR - H.S PT

By stylesrl

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- Eu não tenho casa. Moro no meu carro. - É, eu realmente estava fazendo isso. E falar isso em voz alta fez e... More

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XLI
XLII
XLIII (Penúltimo)
XLIV (Último)
AVISO

XXXIII

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By stylesrl


- Hey! - cheguei largando as sacolas na mesa. - Como se sente?

- Estou bem. - deu um sorriso me abraçando.

- Pensei em preparar uma lasanha, o que acha?

- Acho uma ótima ideia. - Dougie deu um beijo na minha testa e começou a retirar as compras das sacolas.

Haviam se passado duas semanas desde que ele teve alta do hospital. Ele estava quase 100% e isso me deixava muito feliz. Quis dar a ele esse tempo para se recuperar. Por mais que me corroesse por dentro cada minuto estando com ele sem lhe falar o que aconteceu, eu não iria mais ser a pessoa egoísta que eu fui. Mas eu havia decidido que seria hoje.

Depois de preparar a lasanha, logo já estávamos na mesa comendo. Ele me contou sobre o seu dia e como foi o primeiro ensaio desde que havia parado. Eu contei sobre o meu, as coisas estavam uma loucura com o lançamento do álbum de Harry. Eu não parava um minuto sequer.

- Eu ouvi algumas músicas. - ele disse largando o garfo depois de terminar o prato. - Está muito bom.

- É, está mesmo. - mordi os lábios nervosa. - Doug...

- Precisamos conversar. - falamos juntos.

- Vem, vamos para sala. - ele pegou minha mão e sentamos juntos no sofá. Ele colocou minhas pernas sobre as dele e fez um carinho no meu rosto.

Eu me odiava pra caralho nesse momento.

Meus olhos se encheram de lágrimas. Ótimo.

- Então... - comecei. Pigarreei tentando disfarçar a minha voz embargada. Peguei sua mão e segurei firme. - Aquele dia... na verdade o dia anterior ao acidente. - Respirei fundo. - Eu e Harry... - respirei fundo mais uma vez e fechei os olhos sentido as lágrimas rolarem sobre meu rosto. Eu não conseguia olhá-lo. Simplesmente não conseguia admitir que fiz um mal tão grande para uma pessoa tão boa. - Então, naquele dia ele descobriu que o bebê não era dele, eu fui fazer o teste com ele em LA. - isso ele já sabia pois a nota de Candice já havia saído e foi um dos assuntos mais comentados durante dias. Um caos. - Ele estava um caco.

Fiquei em silencio tentando criar coragem. E ele também não disse nada.

- Então, no outro dia... - pigarreei e limpei as lágrimas com a palma da mão. - Sugeri que fôssemos na praia, e ele fez uma surpresa me levando em seu iate.

Coloquei as mãos sobre o rosto tentando me acalmar.

- Sinto muito. - choraminguei. - Ele... ele disse que me amava e nós... nós... - meus soluços eram altos e eu não tinha coragem de olhar para Dougie.

- Liza...

- E então eu acordei com a ligação do hospital. E vim direto pra cá. - respirei fundo tentando controlar minha respiração. - Eu queria contar para você, eu não aguentava esconder isso. Mas eu precisava que você melhorasse.

- Liza...

- Sinto muito. E-eu não sei onde estava com a cabeça.

Ficamos em silêncio. Longos minutos de puro silêncio. Na verdade, o único som era as fungadas que eu dava. Finalmente tomei coragem e olhei para ele. Sua expressão estava suave, como sempre. E isso fez eu me sentir pior ainda.

- Liza... - ele pegou minha mão novamente. - Eu sei.

- O que? - o olhei confusa.

Ele fechou os olhos e respirou fundo.

- Esse colar. - ele apontou para o colar que eu nunca tirava. - Ele que deu para você? - balancei a cabeça concordando. Ele deu um leve sorriso. - Eu nunca vi alguém tão apegada a algo como você é com esse colar. Todos os momentos, bons ou ruins você agarra esse anel. - ele pegou o anel e o observou, depois levantou seu olhar para meu rosto. - Quando você chegou no hospital, você usava uma camisa dele. - fechei os olhos liberando mais lágrimas pelo meu rosto. - Impossível não saber que era dele, você sabe como é o estilo de Harry. - ele deu uma risadinha. - Quando você disse que me amava... Ele estava na porta, e no momento que você disse aquelas palavras, foi como se... algo tivesse quebrado dentro dele. E então eu entendi. Entendi tudo.

- Eu... - eu não sabia o que falar. Minha cabeça estava a milhão.

- Eu quis dar um tempo para você também. Elizabeth, você é a pessoa mais pura e boa que eu conheço, você nunca faria mal a alguém. E sabia que você estava sofrendo com isso mais do que qualquer um.

- Mas eu fiz mal.

- Eu sei.

- Sinto muito. De verdade, se eu pudesse voltar...

Ele balançou a cabeça e sorriu. Sua mão tocou meu rosto e limpou minhas lágrimas.

- Se você pudesse voltar, você não faria nada diferente. Sabe por que? Você ama ele. E ele a ama. Está claro para o mundo todo isso. Eu que deveria ter percebido antes.

- Eu amo você. - murmurei. - De verdade. Eu amo.

- Eu sei. Só não do jeito que você ama ele. - sorriu triste. - Não sinto nenhuma amargura pelo que aconteceu. Pelo contrário. Tenho certeza absoluta de que o que nós tivemos foi real, e fico feliz por termos tido a chance de ficar juntos, mesmo que tenha sido por um breve período. E se, em algum lugar distante do futuro, voltarmos a nos encontrar eu vou ficar muito feliz.

Meu choro se intensificou. Dougie não estava brabo. Ele me entendia. Dougie Poynter estava tentando fazer eu me sentir melhor por algo que fiz a ele.

- Sinto muito. - o abracei. E ele não hesitou em retribuir. - Quero que você saiba que sempre será parte de mim. No tempo que passamos juntos, você conquistou um lugar especial no meu coração, que eu vou levar comigo para sempre e ninguém pode substituir... Mas, acima de tudo, você é o primeiro homem que realmente me fez feliz. E não importa o que o futuro traga, você sempre será, e sei que minha vida é melhor por causa disso.

- Eu também amo você. - ele sussurrou no meu ouvido antes de dar um beijo no meu rosto.

Um caco. Era como eu estava há três dias. Não saia do meu apartamento por nada. E nem sentia vontade. Recebia mensagens de Perrie e Louis quase todos os dias. Ignorava todas.

Meus dias eram vendo série e comendo pizza de café, almoço e janta.

Términos eram uma merda.

Não ouvi mais de Dougie. E eu morria de saudade dele. Depois da nossa conversa ele disse que talvez um dia pudéssemos voltar a ser amigos ou algo do tipo. Que ele realmente tinha um carinho enorme por mim, mas que por agora, ele queria um tempo para ele colocar as coisas em ordem. E eu entendia. Eu fui a imbecil que as tirei de ordem.

Se passavam das 21h e depois de tomar um belo de um banho eu estava esticada no sofá com um balde de pipoca assistindo a greys anatomy. O paraíso. Até a minha campainha começar a tocar.

- O que você está fazendo aqui? - olhei Harry de cima abaixo.

- Vim verificar se você estava viva. - rolou os olhos. - Louis e Perrie não param de encher a porra do meu saco atrás de você. - ele entrou passando por mim. Ele deu uma olhada no caos que estava meu apartamento. - O que aconteceu? - ele começou a recolher as embalagens vazias de comida.

- Dougie e eu terminamos. - suspirei fechando a porta. Ele parou e me olhou.

- Quando?

- Há três dias. - mordi os lábios.

- Ah... - então ele voltou a recolher.

- Você não... não precisa fazer isso. - fui até ele. Ele me ignorou e continuou. - Harry!

- Deixe-me ajudar. Tá bom? - ele disse suave e deu um beijo na minha testa indo até o lixo da cozinha.

Depois de alguns minutos ele havia organizado tudo. E eu apenas o observava sentada na bancada.

- Você já jantou? - se virou para mim secando suas mãos em um pano. Olhei para o meu balde de pipoca e encolhi os ombros. - Posso fazer algo. - ele começou a abrir os armários. - Que tal risoto?

- Risoto está bom.

Harry começou a cozinhar e eu observava em silêncio. Estava sem vontade alguma de falar qualquer coisa. Ou fazer qualquer coisa.

Depois de alguns minutos, ele colocou caprichosamente a mesa, e sorriu satisfeito.

- Venha. - me chamou para sentar ao seu lado. Me arrastei até a cadeira e sente. Só de ver a comida meu estômago roncou. Parecia estar uma delícia. Ele nos serviu, e realmente, Harry sabia o que fazia na cozinha.

- Estava muito bom, obrigada. - murmurei levando nossos pratos até a cozinha.

- Sinto muito. - ele disse quando eu voltei a sala. Levantei as sobrancelhas confusa. - Eu não deveria... você estava comprometida e eu basicamente ignorei.

- Harry...

- Me deixe falar, ok? - ele levantou e ficou andando d sim lado para o outro. - Eu estava muito emotivo naqueles dias. Essa merda toda com Candice me deixou uma bagunça. Eu deveria ter esperado a poeira baixar, e principalmente ter respeitado seu relacionamento. Eu me sinto um merda. Sinto muito. Se eu pudesse me desculpar com ele eu me desculparia mas isso seria estranho pra cacete. Só que... - ele colocou a mão nos cabelos o puxando. - Eu não me arrependo. Não me arrependo das coisas que eu disse. Não me arrependo de ter tido você. Não me arrependo de nada.

- Você não fez nada sozinho.

- Eu sei, mas...

- Está tudo bem. - fui até ele. - Agora já passou. Por incrível que pareça Dougie entendeu.

- É mesmo?

- Sim, ele foi o mais compreensível possível. - sorri fraco lembrando.

- Ah... - ele finalmente parou de andar de um lado para outro e ficou na minha frente. - Então... - meu coração começou a bater rápido demais.

- Então...

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