Senti que apenas uma coisa era certa a se fazer naquele momento. E foi a única coisa que eu quis fazer.
Os lábios de Harry chocaram-se nos meus e meu corpo, mesmo embaixo d'água, se arrepiou. Ele me segurou pela cintura enquanto sua língua travava uma guerra com a minha. Minhas mãos bagunçavam seu cabelo e minhas pernas entrelaçaram sua cintura.
Ele sorriu durante o beijo. E ali, naquele momento, eu me senti completa. Senti que minha vida estava completa.
Ele me deu leves selinhos no fim e beijou minha testa.
- Você não sabe como eu senti falta disso. - disse de olhos fechados com a sua testa encostada na minha.
- Eu também. Muita.
Resolvemos subir de volta para o iate. E quando subimos, ele começou a se movimentar novamente.
- Vamos comer?
- Sim, estou morrendo de fome.
Harry preparou um tipo de peixe que eu não conhecia. E pela cara, parecia estar delicioso. Eu o ajudei fazendo uma salada. Conversávamos sobre tudo um pouco e o som da nossa risada, provavelmente era o que Carter mais ouvia. Entre nós dois a conversa sempre fluía espontânea. Ele falava um pouco, eu prestava atenção, e depois chegava a minha vez. Nosso diálogo era sempre assim, simples, sem esforço nenhum. Parecia que tínhamos segredos em comum.
Colocamos a mesa e sentamos. E realmente, o peixe de Harry estava divino. Harry sempre foi um ótimo cozinheiro, e por mim, sempre comeríamos a comida dele ao invés da minha.
- Gostou?
- Sim... - passei o guardanapo na boca. - É muito bom mesmo.
Terminamos de comer e sentamos na sala da área interna pois o sol estava muito forte. Coloquei minha saída de praia novamente e Harry colocou um filme, um ao lado do outro começamos a ver. Coloquei minhas pernas em cima da sua e ele a acariciava.
Acabamos dormindo. E foi o melhor sono da tarde da minha vida.
- Hey... - senti beijo pelos meu rosto e sorri sem abrir os olhos. - Quero mostrar uma coisa para você.
- Está tão bom aqui. - gemi ainda de olhos fechados.
- Eu sei, mas quero muito que você veja. - abri os olhos e o vi sorrindo. Seus lábios encostaram no meu em um selinho demorado e ele me puxou para levantar.
- Você é cheio de mistérios. - ainda de mãos dadas eu seguia ele para a frente do iate. E então perdi o fôlego.
Estávamos diante do por do sol mais lindo que eu havia presenciado na vida. O céu estava com cores como roxo e rosa mescladas e o sol, estava quase rosa. Eu nunca havia visto nada igual.
Fui mais para ponta do iate e observei tudo deslumbrada, senti Harry me abraçar por trás.
- Lindo, não é? - disse baixo.
- É perfeito. Nunca vi algo assim.
- É, realmente é perfeito. - murmurou no meu ouvi pousando sua cabeça no meu ombro. - Liza...
- Oi.
- Eu só queria que você soubesse que... Você é o meu porto seguro. Porque eu sei que vai estar aqui por mim. Sempre me espera. Sempre me acalma. Não leva tudo o que eu digo a sério e me perdoa se eu erro. Você está aqui, até quando eu não mereço ou não espero. Eu não sei exatamente o porquê você sempre volta, mas eu gostei de todas as vezes que você voltou. Acho que o "pra sempre" é o que eu quero. Eu te juro, de todas as coisas do mundo, eu só queria olhar pra você. Eu escolheria você. Se me dessem um último pedido, eu escolheria você.
- Harry... - me virei para ele. - Eu...
- Eu sei. - ele colocou uma mecha atrás da minha orelha. - Eu só peço hoje. Por favor, seja minha só hoje.
Seus olhos suplicantes me derreteram assim como suas palavras. E incapaz de esperar um segundo mais para devorar seus lábios, me aproximei para beijá-lo. Dessa vez, me entreguei inteiramente ao beijo porque sabia que aqueles lábios eram meus. Seu sabor era todo meu.
Ele interrompeu o beijo e falou com os lábios tocando os meus:
— Você é perfeita para mim, Elizabeth. Eu sempre soube, nunca duvidei disso.
Harry me levantou e acomodou minhas pernas em torno de sua cintura. E me guiou até a sala. Me encostando na parede. Ele fez isso sem esforço, como se tivesse feito a mesma coisa cem vezes antes. Em seus braços fortes, me senti sem peso.
Pressionando o clitóris contra seu corpo enquanto ele me beijava, movi a língua mais depressa em sua boca enquanto ele gemia na minha.
— Você ainda toma pílula?
Eu assenti.
— Sim.
Não me incomodei em perguntar como ele sabia da minha opção de anticoncepcional. Harry sabia tudo sobre mim.
Ele abriu o velcro da bermuda e ajustou meu corpo contra o dele, posicionando a ponta do membro na minha abertura quando empurrou meu biquíni para o lado. Vi seus olhos se fecharem em êxtase quando ele me penetrou. A circunferência de seu pênis foi um choque. Ele era muito grosso. Minha abertura se distendeu para acomodá-lo até que estivesse todo dentro de mim.
— Ai... meu... porra... Liza. Você é tão apertada. — Ele me preenchia completamente enquanto entrava e saía devagar. — Está sentindo isso?
— Estou.
Ele começou a se mexer mais depressa.
— Está sentindo agora?
— Porra. Sim. — Empurrei o quadril para a frente. — Eu te sinto. Eu te sinto.
— Não consigo acreditar que estou dentro de você. Nunca pensei que sentiria isso. É incrível.
Lágrimas brotavam dos meus olhos. Eu achava que sabia o que era sexo bom, mas isso... isso era insano.
Ele assumia o controle do meu corpo como ninguém, tocando-o como se fosse um instrumento que só ele sabia tocar com perfeição. Até esse momento eu não sabia que tudo que sempre achei ótimo não era perfeito, afinal. Isto era perfeito.
— É muito bom sentir você.
Ainda dentro de mim, ele se abaixou com cuidado e
continuou transando comigo no sofá de couro branco. Com a mão atrás da minha cabeça, ele a protegia para evitar que batesse no braço do sofá cada vez que me penetrava.
Minhas mãos seguravam sua bunda musculosa, apertando enquanto ele entrava e saía. Em um momento, Harry segurou minhas mãos e as imobilizou acima da minha cabeça enquanto me penetrava mais forte. Abri mão do controle com satisfação, sentindo-me sem forças, intoxicada por esse homem.
— Eu nunca vou me cansar disso — ele sussurrou no meu ouvido. — Você está muito ferrada, Elizabeth Thompson, porque eu vou querer ficar dentro de você o tempo todo.
Meu orgasmo causou espasmos que comprimiram seu membro. Quando gritei de repente, senti seu corpo começar a tremer.
— Porra. Liza. Porra. — Seu gemido ecoou na sala
vazia enquanto ele vibrava em cima de mim, dentro de mim. Eu adorava ouvir seu orgasmo. Harry era normalmente tão calmo, contido. Gostei de vê-lo perder o controle e saber que era por minha causa.
Ele continuou dentro de mim e cobriu meu pescoço de beijos suaves, até finalmente sair. Com a boca apoiada em meu pescoço, ele sussurrou contra a minha pele:
— Eu te amo. — E apoiou o dedo indicador na minha boca. — Antes de dizer qualquer coisa, quero que você saiba que eu entendo. Eu entendo que isso tudo é complicado. Mas eu vou esperar por você.
Tomamos banho juntos e depois de jantarmos acabamos nos deitando cedo pois estávamos exaustos. Coloquei uma camisa dele e mais uma vez Harry me deixou exausta, e eu não me importaria de me sentir assim mais e mais vezes.
Dormir com ele era uma das minhas coisas favoritas do mundo, éramos um encaixe perfeito. O sono era perfeito. Estar com ele... era perfeito.
Acordei com o meu celular berrando. Olhei para o lado de fora e o sol começava a nascer. Vi que estávamos de volta, pois meu celular estava com sinal novamente.
- Alô? - perguntei sem ver quem era e Harry se mexeu.
- Elizabeth? Aqui é do Hospital St. Mary. - meu coração acelerou. - você está na lista de contatos de emergência de Dougie Poynter. - Eu levantei rápido da cama tropeçando e fui até a sala.
- Sim? Aconteceu algo? Ele está bem? - instantaneamente meus olhos se encheram de lágrimas. De preocupação. De culpa.
- Ele sofreu um acidente e está prestes a entrar em cirurgia, aconselhamos que você chegue o mais rápido possível, o estado dele é grave.