THE CAR - H.S PT

By stylesrl

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- Eu não tenho casa. Moro no meu carro. - É, eu realmente estava fazendo isso. E falar isso em voz alta fez e... More

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XLII
XLIII (Penúltimo)
XLIV (Último)
AVISO

XXVI

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By stylesrl


- Estava com saudades. - fiquei na ponta dos pés para tocar seus lábios.

- Eu também. Um dia longe de você parece uma eternidade. - ele me apertou contra seu corpo. - Como ficou as coisas? Conseguiram resolver?

- Sim, vai ficar tudo bem.

- Que bom. Você é incrível até no trabalho. Você tem algum defeito Elizabeth Thompson? - Dougie passou a mão pelo meu cabelo.

Depois de tomarmos café da tarde, acabamos por cochilar juntos no sofá do seu enorme apartamento.

As estradas foram liberadas apenas ontem de manhã, quando eu e Harry conseguirmos sair da casa. Passamos a noite inteira conversando sobre assuntos que não fossem relacionados a bebês e relacionamentos. Vimos alguns filmes e comemos bastante porcarias. Como nos velhos tempos.

- Eu estava pensando... - Dougie começou enquanto brincava com meus dedos entrelaçados nos seus. - Você gostaria de ir para Corringham comigo esse final de semana?

Levantei as sobrancelhas.

- Não é a casa dos seus pais?

- É... acho que eles iriam adorar conhecer você.

- Eu não sei... - mordi os lábios.

- Apenas pense, ok? Não quero apressar nada. - ele me deu um selinho. - Mas iria amar que você fosse.

- Vou pensar. - sorri contra seus lábios. - Prometo.

- Sign of the times está oficialmente pronta. - sorri e todos ao redor da mesa bateram palmas.

Hoje foi a reunião da escolha do primeiro single a ser lançado. As gravações do vídeo já haviam finalizado assim como a edição. A maioria das músicas já estavam prontas, e havia algumas que estavam em processo de aperfeiçoamento. Pelo menos umas três eu não tinha escutado ainda.

- E então? Como se sente? - perguntei me aproximando de Harry.

- Muito feliz, não vejo a hora de voltar. - seu sorriso era enorme. - Apenas receoso se irão gostar.

- Ah, nem vem com essa. O álbum é brilhante. Não há nada para não gostarem. - empurrei seu ombro tentando o tranquilizar.

- Obrigado, pequena. Nada disso seria possível sem você. - sua mão segurou a minha e ele sorriu.

- Você tem razão, Styles. Nada seria possível sem a nossa estrela. - Nate colocou as mãos nos meus ombros e senti um vazio enorme quando a mão de Harry soltou a minha. - Inclusive, gostaria de marcar uma reunião com você, Eliza. Coisas boas estão por vir. - eu sorri. - Bom, nos vemos na sexta feira para o lançamento.

Depois de alguns papéis para serem lidos, relidos e assinados eu fui até o meu quarto. A maioria ainda estava lá embaixo criando alguma batida a qual eu não estava escutando muito bem. Me deitei na grande cama e me espreguicei. Estava exausta. Havia acordado antes das 7h para estar aqui e já se passavam das 19h. Cogitei seriamente a ideia de apenas tomar um banho e ficar por aqui mesmo.

"Querida, como está? Vou ter que ir mais cedo para Corringham, partirei amanhã a noite. Você pensou se quer ir?"

Sim, eu havia pensado na proposta de Dougie, e eu não estava pronta. Eu sentia que ele estava sendo muito mais do que eu merecia nessa relação. Sentia que eu não era o suficiente para o incrível homem que Dougie era. E eu sabia porque. Eu sentia que não era o suficiente simplesmente pelo fato de que havia outro homem nos meus pensamentos. E eu não conseguia ser completamente dele. Mas eu estava me esforçando para mudar isso.

"Doug, sinto muito, mas o lançamento do single será na sexta, não consigo sair da cidade pelo menos até a outra semana. "

"Tudo bem, gatinha. Não se preocupe. Podemos fazer algo amanhã antes de eu ir?"

"Claro que sim. Vou sentir sua falta..."

Depois de trocar algumas mensagens com ele, o sorriso estampado no meu rosto estava nítido. Dougie tinha esse efeito sobre mim.

- Liza? - levantei me apoiando na cama pelos cotovelos e vi a porta entreaberta estar aberta. - Você ainda está aqui.

- É, acho que sim. - eu ri. - No que posso ajudar, H? - sentei na cama largando o celular.

- Você vai ficar aqui essa noite?

- Não sei, estou morrendo de preguiça de ir pra casa.

- Esse é o mau da casa, você já está com preguiça de ir embora, aí sabe que tem uma cama quentinha no mesmo lugar. Como resistir?

- Né? Eu disse a mesma coisa para Mitch. - nós rimos. E então um silêncio se instalou.

Harry continuou parado no seu lugar segurando a maçaneta.

- Você... - falamos juntos e rimos. Fiz um gesto para que ele falasse. - Eu pensei em convidar você para comer algo... não sei se está com fome. - Harry deu um sorriso mínimo.

- Eu adoraria comer algo.

- Podemos ir no italiano que tem aqui perto, o que acha?

- Acho perfeito. - disse me levantando e pegando meu casaco. - Você volta para cá depois?

- Não, vou para casa. Posso deixar você na sua se quiser.

- Você pode? Estou indo e vindo de uber, liberei Jake até semana que vem. E emprestei o carro para ele.

- Claro! Não se preocupe. E o azul?

Azul era meu carro. Não a Mercedes que eu andava diariamente. O meu carro. O pequeno e apertado carro. Ele estava em um depósito. Eu decidi guarda-lo depois que ficou pronto, meses depois da batida. Eu percebi que precisava de um tempo das lembranças da minha vida passada naquele veículo. E foi o melhor para mim.

- Ainda está no depósito.

O frio de Londres não havia dado trégua. Já estávamos no final de fevereiro e a neve ainda caia. Nos deixando encharcados de gelo quando entramos no restaurante.

- Posso pedir? - Harry perguntou como de costume.

- Sempre. - trocamos sorrisos. Harry sempre gostava de escolher meu prato, e eu sempre gostei de ser surpreendida.

- Então... - começou logo depois que o garçom saiu com os nossos pedidos. - Como está Dougie?

- Está bem. - tomei um gole de vinho tentando disfarçar o quão desconfortável eu fiquei com apenas uma pergunta. - Vai viajar para a cidade natal amanhã.

- E você vai junto? - ele mordeu um pãozinho.

- Não... tenho muitas coisas para fazer da gravadora.

- Culpado. - nós rimos.

O assunto então mudou para o trabalho, deixando o clima leve e bom. Harry arrancava risadas de mim com as suas palhaçadas de sempre.

Depois do jantar, o caminho até meu apartamento continuou sendo de pura risada e conversa. Era bom. Cantávamos algumas músicas que estavam no rádio e por um momento, só por um momento eu havia esquecido de tudo que tinha acontecido. Éramos só nós.

- Você quer subir? - perguntei virando pra ele enquanto soltava meu cinto. - Posso fazer o chocolate quente que você gosta.

- Eu adoraria, mas realmente preciso ir. Fica para próxima?

- Claro! Boa noite, Harry.

- Boa noite, pequena. - deu um beijo no meu rosto e eu retribui logo descendo do carro.

Larguei minha bolsa e tirei o sapato assim que entrei no apartamento. Peguei meu celular respondendo algumas mensagens e cai no sono no sofá enquanto via um filme qualquer.

- Bom dia, meu amor. - Dougie entrou me abraçando.

- Bom dia. - bocejei. - Eu realmente preciso de um banho. Se importa? - abri um sorriso e ele me deu um beijo concordando.

Depois de colocar uma saia curta rosa com meia calça preta e um blusão de lã também preto, peguei minha bota de cano curto e de salto alto e fino e finalizei o visual.

- Linda, como sempre. - ele me alcançou e suas mãos foram para minha cintura. - Podemos?

- Com certeza, estou morrendo de fome.

Fomos até uma cafeteria no centro da cidade, famosa por seus croissants. Fotógrafos estavam no nosso pé desde que saímos de casa mas ele não parecia se importar.

- Vou sentir sua falta. - colocou seu braço sobre meu ombro.

- Eu também vou sentir a sua. - o olhei. Dougie era lindo. Seus olhos azuis eram cristalino como a água. E se eu pudesse me afundaria neles. Eu adorava como ele se expressava tudo que sentia. Ele não se continha e eu achava isso uma das coisas que o tornavam um homem quase perfeito.

- Tem um pouco de... - ele riu apontando para o canto da minha boca.

- Ai eu sempre faço isso. - disse me limpando com o guardanapo. - Deu? - ele balançou a cabeça concordando e sorriu.

- Posso fazer uma pergunta? - sua feição ficou mais séria.

- Sempre.

- Você e Harry... - senti meu coração acelerar. - Vocês já tiveram algo?

- Eu... - ele me interrompeu.

- É que as notícias... sabe como é. Sei que vocês são amigos. E que ele vai se casar. Só que eu também vejo, a cada foto que sai de vocês dois a maneira que se olham. Ele olha para você como eu a olho, eu notei isso... e a maneira que você olha para ele... - ele suspirou. - É a maneira que eu gostaria que você me olhasse.





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