ENFIM ATUALIZEI! Demorei muito, mil desculpas. Esse capítulo ficou horroroso gostaria de ter feito melhor, mas enfim, é isso. Não se esqueçam de comentar e votar! Espero que gostem.
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Eleanor Calder.
Esse era o nome que não tinha saído da mente de Harry Styles nas últimas vinte e quatro horas. Ele a vira por apenas meia fração de segundos, mas pareceu o suficiente para odiá-la a primeira vista. O pouco que tinha visto da garota era mais que o bastante para saber que ela não era boa o suficiente para namorar um cara como Louis Tomlinson. Harry passara as últimas horas importunando Tristan sobre os acontecimentos anteriores.
Depois de Louis deixar o bar, Noah não havia parado de se jogar para cima de Harry. Gemma fingiu não notar, porém assim que chegou em casa fez questão de passar um sermão para Harry sobre o quanto ela não tinha gostado daquele garoto. Tristan, obviamente, não dera sua opinião, mas tinha tirado suas próprias conclusões sobre Noah. Apesar de tê-lo achado um grande oferecido, ele tinha ficado com um pouco de pena do garoto, talvez ele só quisesse um pouco de atenção.
No dia seguinte, a última coisa que Harry queria pensar era em Eleanor Calder, o que parecia meio impossível, já que Noah continuava enchendo seu celular de mensagens desesperadas, as quais Harry já estava cansado de responder.
Harry era completamente gay.
Ele sempre tivera certeza disso, desde pequeno. Claro que ele já havia experimentado ficar com algumas mulheres, mas elas nunca o satisfaziam tão bem quanto os homens. Ele nunca teve vergonha de admitir para ninguém do que ele gostava de verdade.
E por ser gay, ele sabia reconhecer outro gay. E se tinha algo de que ele tinha mais certeza na vida do que sua própria sexualidade, esse algo se tornara a sexualidade de Louis Tomlinson. Para Harry, Louis era tão gay quanto Noah.
Harry e Tristan acordaram devido ao barulho que as mensagens de Noah reproduziam no celular de Harry.
- Por que essa coisa está tocando? – resmungou Tristan – É sábado de manhã. Isso não é dia pra levantar cedo e ir para aquele inferno de escola cheio de gente fazendo cosplay de demônio.
Apesar de suas pálpebras ainda estarem pesadas, Harry tentou abrir os olhos.
- É o Noah. – falou ele
- Isso poderia ser uma observação interessante se não estivesse interrompendo meu sono em pleno fim de semana. – Tristan grunhiu
- Vamos, Tristan. – Harry o cutucou – Precisamos levantar.
- Qual a parte do sábado não é dia de acordar cedo você não entendeu? – ele reclamou
- A parte em que a mamãe nos inscreveu numa palestra estúpida pra tentarmos lidar com os nossos problemas. – falou Harry – Vamos, levanta logo dessa cama. Acredite ou não, passar metade do dia com você não é meu passatempo favorito.
- Claro, até porque seu passatempo favorito é passar o dia inteiro imaginando um ménage com gêmeos que você conhece há menos de dois dias. – Tristan revirou os olhos.
Harry sorriu sarcasticamente.
- Pelo visto essa palestra está ajudando em alguma coisa. – falou irônico – Não é que você realmente está me conhecendo melhor?
[...]
O segundo dia de palestra foi um tanto inesperado. Assim que chegaram no Plaza, Harry e Tristan entraram na livraria que ficava ao lado do auditório. Desde que tinha terminado O Grande Gatsby no dia anterior, Tristan procurara uma nova distração. Ele foi direto para a prateleira de clássicos e bateu os olhos em um livroque ficava na terceira prateleira. Puxou o livro e folheou algumas páginas. Harry observou o título com as mãos nos casacos.
- Os Três Mosqueteiros. – leu – Três? Aposto em ménage. – brincou
- Sete bilhões de pessoas no mundo. Sete. – disse Tristan – E eu nasci seu irmão.
- Sabe o que é interessante? – perguntou Harry – Isso.
Ele ergueu uma revista para Tristan, que arregalou os olhos e o encarou com desprezo.
- Guarde suas revistas pornôs pra você. Eu não preciso disso.
Harry direcionou seu olhar para as mesas do lado de fora da livraria. Em uma delas estavam sentados não apenas Louis e Noah Tomlinson, mas também a mesma garota que ele tinha odiado em uma fração de segundos: Eleanor Calder.
Talvez seja complicado para algumas pessoas entenderem como é possível odiar alguém a primeira vista. Assim como muita gente não acredita em amor à primeira vista. O problema é que ambos existem, e Harry Styles havia sentido as duas coisas no dia anterior, só que se tratava de duas pessoas diferentes. Ele já sabia que havia odiado Eleanor Calder desde a primeira vez que a viu, porém Harry não tinha se dado conta de que tinha amado Louis Tomlinson desde que ele lhe acertara com um soco no dia anterior.
Seja como for, a rixa de Harry com Eleanor sempre foi por causa do amor que os dois compartilhavam pela mesma pessoa, mesmo que ele ainda não tivesse se dado conta do que estava acontecendo.
Pode parecer um tanto clichê falar sobre amor à primeira vista, mas quando se tratou da primeira formação de nomes Stylinson, ele realmente aconteceu.
Noah viu Harry os encarando do lado de dentro da loja. Imediatamente um sorriso apareceu em seu rosto, ele chamou Harry com as mãos, ansioso para poder dar em cima dele mais uma vez. Ele se dirigiu até os Tomlinson e Eleanor, enquanto Tristan pagava pelo livro.
- Harry! – gritou Noah. Louis recusou-se a virar-se para olhar, já que sabia bem o quanto Styles o irritava – Você recebeu minhas mensagens?
- Sim.
- Por que você não me respondeu? – perguntou incrédulo – Eu gostaria que você não me ignorasse, Harry. Você poderia ser um pouquinho mais gentil. Venha, sente aqui! – ele puxou um banco para que Harry sentasse ao seu lado – Eu vi sua foto do perfil. Você está tão lindo nela, sério. Aquela sua câmera parece cara. Você faz curso de fotografia? Você podia me fotografar um dia desse...
- Noah. – resmungou Louis – Já chega. Podemos dar uma volta? Quero dar uma palavrinha com você.
- Mas eu estou conversando com Harry agora. – Noah revirou os olhos – Não é, Harry?
- Tudo bem. – Harry respondeu – Garanto que não vou sair do lugar até vocês voltarem. – ele sorriu cínico para Louis, que ficou vermelho de raiva.
Louis deu um selinho rápido e desfocado em Eleanor, o que fez Harry sentir certa vontade de vomitar. Em seguida puxou Noah consigo para longe da mesa, colocou as mãos nos bolsos e começou a sussurrar baixo para que ninguém os ouvisse. Harry e Eleanor ficaram sozinhos na mesa.
Eleanor ainda não havia sido devidamente apresentada a Harry. Ele sabia exatamente quem ela era, mas a garota não fazia a menor ideia de que buraco ele havia saído.
- Vocês sempre se beijam assim? – Harry ironizou
- Assim como? – perguntou a garota
- No queixo. – ele respondeu – Meio sem graça. Eu não beijaria alguém assim. Há quanto tempo vocês dois namoram?
- Dois anos e meio. – ela sorriu – E não, não nos beijamos assim sempre. Normalmente nossos beijos são mais apaixonados, mais intensos. Nós nos amamos muito.
- Tenho certeza que sim. – Harry deu um sorriso forçado, estava se controlando para não parecer tão ignorante quanto ele queria ser.
Eleanor levou o café até a boca e deu um gole grande.
- Sabia que beber café em excesso pode causar distúrbios mentais? – ele falou pegando o cardápio e correndo os dedos por ele – Li isso em uma revista. É comprovado cientificamente. Talvez você devesse parar um pouco. – uma expressão ofendida tomou o rosto de Eleanor – É só um conselho. Você não precisa seguir – ele deu de ombros
- Se você me der licença, eu vou ao banheiro. – falou Eleanor
- Sinta-se a vontade. – respondeu Harry
Tristan saiu da livraria com o livro em mãos e os olhos brilhando para começar a lê-lo. Harry revirou os olhos. Já houvera uma época que Tristan era menos antissocial, mas isso era passado. Agora ele era um garoto completamente fechado a novas experiências e a contato social. Ele tinha aversão a esse tipo de coisa.
O mal das pessoas era pensar que Harry era um garoto aberto. Ele não era nem de longe tão extrovertido quanto todos pensavam que ele era. Ele gostava de passar a imagem de divertido para esconder a verdade, e a verdade era que Harry Styles era ainda mais fechado que Tristan Styles. Depois de experiências passadas, Harry nunca mais se abriu novamente com ninguém. Até mesmo porque quando se abria, as coisas davam erradas e todos se voltavam contra ele. Tristan não era o mais injustiçado da família, como parecia. Harry era.
- Quem era aquela garota? – perguntou Tristan
- A namorada de Louis. – a palavra “namorada” foi praticamente cuspida da boca de Harry – Eu não entendo. Meu radar não falha. Louis Tomlinson é gay. Eu tenho cem por cento de certeza.
- Bom, parece que ele é de fato hétero. – supôs Tristan
- De fato gay. – Harry retrucou – Assim como você.
- Eu não sou gay. – o segundo irmão parecia revoltado – Quantas vezes vou ter que repetir isso?
- Você pode enganar a todos, Tristan. – Harry piscou – Mas a mim você não engana.
- Vamos, Harry? – Noah apareceu por trás de Tristan fazendo os dois romperem a briga para encarar os Tomlinson.
[...]
A palestra conseguira ser mais irritante que o dia anterior, em especial para Harry. O fato é que, no dia anterior, ele pudera olhar para os Tomlinson sem se sentir culpado. Ele pudera ter pensamentos impuros, pudera pensar em como seria estar com os dois ao mesmo tempo. Harry se deliciava com esse tipo de pensamento. A questão é que no dia que se seguiu lá estava Eleanor Calder para atrapalhar todos os pensamentos dele. Toda vez que ele pensava em olhar para Louis Tomlinson, a imagem da garota-cafeína o abraçando ou recebendo um beijo no queixo vindo de Louis o atormentava. Era desconfortável pensar nisso.
Enquanto Harry tentava não parecer entediado demais, Noah ficava passando as mãos pelas suas pernas. Ele claramente não tinha as melhores intenções. Louis olhava incomodado, pensando no que levava seu irmão a sentir tanta atração por Harry Styles. Talvez fosse seu corpo, sua pele macia. Talvez fossem suas mãos, os seus braços que pareciam tão acolhedores. Talvez fossem seus cachos que viviam saltados sobre seu rosto, ou quem sabe até mesmo as covinhas que afundavam em suas bochechas. Talvez fosse a maneira que ele sabia exatamente para onde direcionar seus brilhantes olhos verdes.
Lá no fundo, Louis Tomlinson sabia exatamente por que Noah se sentira tão atraído por Harry Styles.
Quando eles foram liberados da palestra, Louis chamou Noah.
- Temos que ir. Tenho ensaio.
- Por que não convidamos Harry para o ensaio? – Noah sugeriu. Ele olhou para a figura isolada no canto: Tristan – Você pode vir também.
- Não, obrigado. – disse Louis – Não preciso dele no ensaio. Tudo o que eu preciso é me concentrar.
Harry estampou um sorriso safado no rosto.
- E por que eu tiraria sua concentração? – perguntou – Eu não faço barulho, Louis. A menos que você me peça para fazer.
Eleanor estreitou os olhos. Louis corou.
- Por favor, Louis! – Noah implorou
Louis revirou os olhos.
- Tudo bem. – ele se rendeu – Vocês dois podem ir ao ensaio. Mas por favor, tentem ficar quietos. – ele olhou para Harry – Especialmente você.
- Não se preocupe. – Harry mordeu os lábios – Eu não farei nada que você não queira.