Como Se Declarar Para o Paque...

Von luvcress

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Midoriya já não podia mais esconder a paixão que nutria por Todoroki, seu colega de classe; então numa noite... Mehr

01. Escreva um bilhete!
02. Apresente a ideia sem dizer nada.
03. Peça ajuda com algo.
04. Preste atenção.
05. Mantenha a calma.
06. Tenha coragem!
08. Bônus: Independente do medo, fale.

07. Enfim, boa sorte!

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Von luvcress

Como Se Declarar Para o Paquera

Enfim, boa sorte!

Todoroki Shouto podia afirmar com toda certeza do mundo que estava apaixonado.

A palavra soava estranha em seus pensamentos, visto que paixão ou amor nunca foram coisas tão presentes ou importantes em sua vida. Mas sim, ele estava caindo de amores pelo garoto baixinho de cabelo verde.

Foi um processo um tanto lento para se apaixonar, perceber e então aceitar seus sentimentos por Midoriya. Quando percebeu, aquele garoto já tomava grande parte de seus pensamentos.

A aceitação foi uma fase difícil pra caramba. Ora, Midoriya era um garoto, e Todoroki nunca havia parado para pensar em sua orientação sexual; também não gostava de se rotular, então apenas ignorava tudo e aguardava o dia que se apaixonaria por alguém – independente do sexo. Ou, quem sabe, talvez nunca se apaixonasse, o que também não era um problema.

Bom, o dia tinha chegado, finalmente. No início, não sabia dizer se aquilo era algo bom ou não. Midoriya Izuku parecia ser seu completo oposto – um pouco extrovertido, gentil e bastante fofo. Shouto não via como alguém como Izuku poderia acabar se apaixonando por ele, um cara tão reservado. Sua autoestima não o ajudava muito também; parecia que ela diminuía a cada dia.

Mas também percebia os olhares nada discretos que Midoriya lhe dava. Muitas vezes pegava o menor lhe encarando, para logo desviar o olhar rapidamente, o que era bem engraçado, até. Ele não sabia disfarçar.

Mas talvez fosse tudo imaginação sua.

Todoroki estava decidido a apenas ignorar aqueles sentimentos bobos, afinal, Midoriya nem gostava dele. Não daria certo. Apesar de estarem na mesma sala, no mesmo grupo de amigos, ele tentava não prestar muita atenção em Izuku, o evitava com a intenção de esquecê-lo.

Enfim, foi num dia chuvoso que essa máscara caiu de forma bem repentina. Dividiram o guarda chuva, ele pôde ficar perto de Midoriya, apreciar o som de sua risada e admirar sua face ruborizada. Após esse dia, tudo aconteceu rápido demais – selinhos, corações acelerados e declarações –, e essa sequência de acontecimentos tão inesperados o levara até ali.

Parado em frente a porta da casa de Midoriya Izuku, receava em bater na superfície de madeira. Suas mãos tremiam de nervosismo – o que era raro de acontecer – e ele precisou respirar fundo algumas vezes para se acalmar.

Bateu três vezes, ouvindo a voz conhecida do outro lado gritar um "já vai!" e o barulho de coisas caindo. Riu internamente, seu namorado era tão desajeitado…

Sim, namorado.

Até mesmo essa palavra soava estranha em sua mente, pois nunca tinha se imaginado em um relacionamento sério; tudo era novo para ele.

Midoriya lhe dava a oportunidade de vivenciar coisas novas todos os dias, sentimentos, sensações… Porra, ele estava muito apaixonado.

A porta foi aberta pelo menor, que logo deu passagem para que Todoroki entrasse.

– Não repara na bagunça não, eu tava arrumando umas coisas aqui e acabei derrubando tudo – Midoriya disse enquanto fechava novamente a porta, rindo envergonhado. – Fica a vontade, quer comer alguma coisa?

– Não, obrigado.

Todoroki se sentou no sofá e Midoriya apenas o olhou por um momento, antes de perguntar:

– Tudo bem?

– Sim… Só estou um pouco nervoso.

O esverdeado se sentou ao seu lado e o fitou com curiosidade.

– É pela minha mãe? – perguntou com um sorriso compreensivo.

Todoroki assentiu com vergonha.

Inko Midoriya era uma mulher incrível em todos os aspectos. Era gentil e rígida na medida certa, criou seu filho sozinha e era super compreensiva. Mas apesar disso tudo, Todoroki não podia evitar o nervosismo que sentia ao pensar que em algumas horas, seria apresentado a ela como namorado de seu filho único.

– Não se preocupa, ela vai adorar você – Midoriya disse. – N-não tem como ela não gostar de você – corou.

Mesmo após dois meses de relacionamento, Izuku ainda ficava tímido perto de Shouto, principalmente quando se tratava de elogios ou demonstrações de afeto.

– Será que ela vai ficar brava…? – comentou, pensativo. – Não demoramos muito para contar?

– Ela vai entender. Eu espero.

Sentiu Midoriya apoiar a cabeça em seu ombro, e passou o braço ao redor dele o abraçando. Momentos como aquele estavam se tornando comuns na vida de Todoroki; ficar a sós com seu namorado e sentir seu cheirinho bom, às vezes sem falar nem fazer nada, apenas aproveitando a companhia um do outro. Namorado… ainda não estava acostumado com aquilo tudo.

– Quer fazer alguma coisa? – o esverdeado perguntou o retirando de seu transe. – Até ela chegar.

– Hm… – pensou – que tal assistir algum filme?

– Boa. Vou fazer pipoca, vai escolhendo algo.

Midoriya foi para a cozinha e Todoroki ligou a televisão, procurando algo no catálogo da Netflix. Decidiu colocar um filme de terror qualquer, pois era seu gênero favorito.

Sentiu o cheirinho de pipoca e sua barriga roncou alto, e deu graças a Deus que Izuku não estava do seu lado pra ouvir – seria vergonhoso demais. Quando o menor voltou, se sentou novamente ao seu lado, segurando uma bacia cheia de pipoca e arregalou levemente os olhos ao ver o nome do filme na tela.

– E-então você gosta de terror, é? – riu de nervoso.

Todoroki o olhou meio preocupado.

– Você tem medo? Quer que eu mude?

– Não! – elevou um pouco o tom de voz. – Pff, claro que não, não se preocupa.

Ficaram numa pequena discussão sobre assistir o filme ou procurar outro, e no fim Midoriya venceu; deram play no filme e apagaram a luz da sala – só pra dar aquele clima de terror.

Claro que Todoroki não conseguiu prestar muita atenção no filme já que a cada cena de suspense o menor apertava seu braço com ansiedade, e a cada susto ele dava um pulinho seguido de um gritinho engraçado, para logo se desculpar em seguida, todo envergonhado.

Droga de menino fofo, pensou.

Estavam já na metade do filme quando Inko Midoriya chegou do trabalho, abrindo a porta de repente e assustando os dois garotos – principalmente o pobre Izuku, que já não estava muito bem da cabeça por todo aquele suspense do filme.

Claro que foi ela quem ficou ainda mais surpresa ao ver os dois abraçados no sofá, e os três ficaram se encarando por uns segundos bem constrangedores.

– Boa tarde, rapazes…? – ela cumprimentou educadamente, sem entender muita coisa. Tipo, "quem diabos é aquele garoto bonito abraçando meu filho?!" Algo assim.

– Mãe, oi! – Izuku sorriu e a olhou como se dissesse "por favor não me mate eu juro que posso explicar" enquanto se desvencilhava dos braços de Shouto . – Como foi seu dia?

– Foi bom – franziu o cenho. – Estou interrompendo algo? – perguntou sugestiva.

Todoroki queria chorar de nervoso enquanto observava a mulher entrar dentro de casa e se sentar no sofá ao lado deles, os observando.

– N-não – respondeu Izuku –, mas eu preciso te falar uma coisa.

– Que você é gay eu já sei. – ela afirmou fazendo o menor corar, ficando semelhante a um pimentão. – Esse é seu namorado, é?

– É.

Shouto não sabia o que esperar, não conhecia tão bem a sua sogra, apenas ouvira Midoriya falar dela algumas vezes. Mas sentiu toda a tensão ir embora de seu corpo quando ela lhe deu um sorriso sincero – bastante parecido com o de Izuku, por sinal.

– Prazer, sou Inko Midoriya.

– Todoroki Shouto.

– Então, Todoroki-kun, quer dizer que você conquistou o coração do meu filhinho? – ela perguntou e Midoriya apenas murmurou um "para, mãe" todo envergonhado, coitado. – Cuide bem dele, viu?

– Acho que é ele quem cuida de mim, senhora.

Conversaram bastante, Inko queria saber de tudo sobre os dois e principalmente sobre Todoroki. Foi bem atenciosa em ouvir, deu conselhos sobre absolutamente tudo – tudo mesmo, até assuntos íntimos – e deixou claro que daria todo apoio que precisassem. Shouto se sentiu confortável. Era interessante ver como mãe e filho eram unidos.

Sabia que o que sentia por Izuku era amor; fez questão de deixar isso claro.
Também sabia que se sentiria bem fazendo parte daquela família. E não queria se separar de Midoriya Izuku nunca.

Tinha encontrado o amor, na sua forma mais simples e pura. Encontrou-o no garoto sardento e baixinho de sua sala de aula. No garoto fofo de cabelos macios e verdes.

Não queria perder aquele amor nunca.

💌

MEU DEUS QUE TRISTEZA eu não quero me despedir dessa fanfic. Infelizmente, esse já é o último capítulo.

Bom, não é realmeeente o último, já que eu ainda vou postar um bônus e tal, mas enfim... a

Ah, é isso
Eu não sei o que falar

Vocês gostam de paçoca?

Enfim, obrigada por tudo! ❤️ Até!

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