Como Se Declarar Para o Paque...

Galing kay luvcress

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Midoriya já não podia mais esconder a paixão que nutria por Todoroki, seu colega de classe; então numa noite... Higit pa

01. Escreva um bilhete!
02. Apresente a ideia sem dizer nada.
03. Peça ajuda com algo.
05. Mantenha a calma.
06. Tenha coragem!
07. Enfim, boa sorte!
08. Bônus: Independente do medo, fale.

04. Preste atenção.

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Galing kay luvcress

04 – Preste atenção.

• Fique atento a linguagem corporal dele quando estiverem juntos.

Midoriya estava muito, muito nervoso.

A sexta feira tinha passado rapidamente, já era sábado, o dia do tão estimado passeio ao parque de diversões. O esverdeado estava parado no ponto de encontro combinado – que era próximo ao parque – esperando impaciente os outros chegarem.

Conferiu a hora em seu relógio de pulso pela terceira vez em cinco minutos. Quando chegou ali, faltavam ainda quinze minutos para o horário marcado, 15h. Agora faltavam dez.

Estava concentrado na música que tocava em alto volume em seus fones, então tomou um leve susto ao sentir uma mão em seu ombro.

– Chegou cedo – disse Katsuki fitando a rua na frente deles.

– Sim…

Izuku não sabia o que falar – não tinha assunto. Gostaria que sua amizade com o loiro voltasse a ser como na infância, mas não conseguia imaginar os dois como bons amigos novamente. Só lhe restava as lembranças.

Pensou em perguntar sobre a tal pessoa que Katsuki estava apaixonado, mas não sabia se seria uma boa ideia tocar no assunto. Além de tudo, não era da sua conta.

Não demorou muito para os outros chegarem. Os primeiros foram Kirishima Eijirou e Kaminari Denki, amigos próximos de Katsuki. Se aproximaram empolgados, como sempre. Midoriya não sabia bem se tinha sido coisa de sua cabeça, mas podia jurar que viu o rosto normalmente carrancudo de Bakugou assumir um semblante mais leve ao ver Kirishima, além de ter ficado levemente corado. Riu internamente. Depois deles, logo o restante começou a chegar: Todoroki, Uraraka, Mina Ashido, Hanta Sero, e, por fim Kyouka Jirou e Yaoyorozu Momo, que chegaram juntas.

Após alguns cumprimentos e piadas idiotas, caminharam até o parque, que não era longe dali. Midoriya percebeu que Uraraka realmente estava empenhada em por em prática o plano entre os dois, de deixar ele e Todoroki sozinhos. Ela deu um jeito de fazer com que ambos andassem um ao lado do outro até chegarem.

Mas de qualquer forma, nenhum dos dois disse algo além de um cumprimento educado

Quando chegaram, Mina Ashido foi a primeira a sugerir algo.

– Vamos na montanha russa? – ela dava pulinhos de empolgação. – Por favoor!

– Melhor comermos alguma coisa antes… – disse Momo.

– Eu tô morto de fome – Denki reclamou, enquanto apoiava o braço no ombro se Sero.

No fim, após uma pequena discussão entre quem queria ir logo para os brinquedos e quem queria comer algo, o grupo acabou se separando.  Uraraka puxou Deku para um canto afastado, antes de ir comer algo com Jirou, Momo, Sero e Denki.

– Vai dar tudo certo, ok? – ela lhe encorajou. – Se tudo der certo, talvez você se declare ainda hoje! Ai, eu fico até emocionada… – passou as mãos abaixo dos olhos, fingindo estar limpando as lágrimas.

– Deixa de ser boba, Uraraka-chan – Izuku riu. – Obrigado.

Como não estava com fome, Izuku decidiu ir se divertir primeiro. Mina foi empolgada para a montanha russa, e o restante a seguiu.

Percebeu que Todoroki estava um tanto quieto naquele dia, mais que o normal, e sentiu uma pontada de preocupação, mas não sabia se devia questiona-lo. E se fosse pessoal, ou ele ficasse desconfortável?

– Esse lugar tá tão cheio… – comentou Kirishima, olhando ao redor.

Realmente, o lugar estava bem movimentado, e o fato de ser final de semana influenciava bastante nisso. As filas para os brinquedos estavam enormes, até mesmo as barraquinhas de comida ou brincadeiras estavam cheias. Deviam ter ido mais cedo.

A fila da montanha russa, então, nem se fala. Ainda assim, eles se dirigiram ao final desta, atrás de uma mulher carrancuda que tentava controlar três crianças super empolgadas de uma vez.

Midoriya não tinha tanta intimidade com Mina nem Kirishima, e não conversava com Bakugou a anos. Então, enquanto os três conversavam animados em sua frente – Katsuki nem tanto –, ele e Todoroki ficaram em silêncio, atrás.

Prestou certa atenção em Todoroki, que se antes aparentava não estar bem, agora havia piorado. O garoto estava pálido, e isso fez com que a preocupação de Izuku subisse a níveis tão altos que ele não se controlou em perguntar.

– Todoroki-kun, tudo bem? – perguntou baixo, para não chamar a atenção dos outros.

Shouto suspirou.

– Tudo, eu só… – hesitou, o rosto ficando um tanto corado – não gosto de montanhas russas.

Ele parecia estar tão envergonhado, mal conseguia encarar Izuku nos olhos. Mas era normal, ora! Ter medo é normal. Midoriya queria dizer isso pra ele, mas apenas soltou uma risadinha e, na intenção de conforta-lo, segurou a mão de Shouto e a apertou levemente.

– Tudo bem, Todoroki-kun. – sorriu. – Eu vou estar do seu lado.

Claro que, depois, quando percebeu o que fizera, morreu de vergonha. Mas naquele momento, apenas queria passar o máximo de conforto para o maior.

E Todoroki também não fez menção de soltar sua mão.

•°O°•

– Nunca mais vou num negócio desses na minha vida – foi a primeira coisa que Shouto disse assim que se recuperou da tontura causada pela montanha russa, após quase vomitar ali no chão mesmo.

Midoriya colocou a mão na boca para abafar a risada.

Os outros três que estavam com eles haviam sumido de repente – saíram correndo ou algo assim – então, convenientemente, estavam apenas ele e Todoroki. Desconfiava que Uraraka tinha feito alguma coisa, mas apenas deixou pra lá e curtiu o momento.

– Onde você pretende ir agora? – perguntou olhando ao redor.

– Não sei. Que tal a casa assombrada?

Midoriya congelou dos pés a cabeça e olhou para o maior como se estivesse indo para a forca.

– S-sério? – forçou um sorriso. – Nossa, ouvi falar que tá em manutenção… que coisa triste, né?

Todoroki o observou por uns segundos.

– Midoriya – disse por fim –, você tem medo de fantasmas?

Claro que Izuku ficou vermelho.

– Ah... eu… – fitou o chão – sim…

Escutou uma risada baixa. Novamente estava ouvindo Todoroki rir, e novamente ficou encantado com aquele som.

– Ah, vamos, você me fez ir na montanha russa – cruzou os braços, mantendo uma face séria. – Eu podia ter morrido.

– Eu não fiz nada! – fez um biquinho e franziu o cenho, emburrado. – Você que quis ir.

Midoriya estava surpreso com a fluidez da conversa, de como Todoroki parecia estar mais aberto, e de como seu nervosismo tinha diminuído se comparado a antes. Se sentia confortável com a presença do maior.

– Eu vou estar do seu lado – Todoroki repetiu a mesma frase que ele tinha dito minutos atrás. – Prometo, Midoriya.

O esverdeado perdeu toda a compostura diante daquilo.

•°O°•

Claro que, se a montanha russa havia sido semelhante ao inferno para Todoroki, a casa assombrada era algo ainda pior que isso para Midoriya, que desde criança odiava fantasmas e histórias de terror.

Quando chegaram, a fila não estava grande, comparada às outras. Claro, pensou, ninguém gosta dessa bosta de brinquedo.

Os dois entraram juntos, e o menor fez o possível para manter a pose de não-tenho-medo-de-nada e sou-o-tal. Mas logo no primeiro susto, ele soltou um gritinho agudo que com certeza não era algo de se orgulhar. Tentou fingir que nada tinha acontecido, e Shouto tentou controlar a vontade de rir.

– Não foi nada – Izuku disse com uma falsa confiança. – Tuudo bem.

Caminhavam lado a lado pelo local. Todoroki, ao seu lado, estava tranquilo, enquanto Midoriya estava prestes a chorar. Se segurava ao máximo para não agarrar o braço do maior – ou bater nele por ter o levado para aquele lugar infernal de desgraça e dor.

No terceiro susto, Midoriya não aguentou. Deu um pulo e automaticamente segurou a mão de Todoroki, este que olhou imediatamente para ele, notando o quão aflito estava. Preocupado, o maior passou o braço nos ombros de Midoriya, num abraço de lado desajeitado.

– Desculpe – foi sincero.

Todoroki não sabia que era tão grave o medo de Midoriya, se sentiu culpado por convencê-lo a ir naquele lugar, só queria que acabasse logo para que pudesse vê-lo sorrindo novamente.

– Tudo bem – sorriu, mas não foi forçado, já que Todoroki estava, tecnicamente, o abraçando, e aquilo era demais para seu coraçãozinho. Agradeceu pela iluminação da sala ser baixa, pois assim Todoroki não veria o quão vermelho seu rosto estava, ou como suas mãos tremiam, dessa vez não mãos por medo, mas por nervoso.

Todoroki não o soltou até chegarem ao fim. Midoriya não reclamou.

Quando finalmente saíram da sala de tortura, Shouto perguntou se ele não queria comer alguma coisa, e ele aceitou, claro. Foram até uma barraquinha de sorvete ali perto, compraram dois e se sentaram num banco.

– O pessoal sumiu mesmo… – Midoriya decidiu cortar o silêncio.

– É.

Depois, decidiram ir no máximo de brinquedos que pudessem.

•°O°•

Por último, ambos foram a roda gigante. Era final de tarde, o céu estava em tons de laranja e azul perfeitos, e Todoroki sugeriu que seu último brinquedo fosse aquele. Os dois estavam já super cansados, então seria uma forma de descansar enquanto apreciavam a beleza natural do céu.

Midoriya estava feliz e até mesmo desacreditado pelo dia tão maravilhoso que tivera ao lado de Shouto. Não tinha ficado tão nervoso e conseguiu conversar normalmente, sem gaguejar muito ou travar na hora de falar. Era como se naquele dia, Shouto não fosse apenas o seu crush de escola. Mas seu amigo também.

A dica do site havia sido para prestar atenção ao seu paquera. Midoriya podia afirmar que tinha cumprido aquilo, pois tinha observado Shouto o dia inteiro. A maneira como ele ficava apavorado na montanha russa, ou como ele não tinha problemas com coisas assustadoras, ou a maneira como ele conseguia comer o sorvete sem se sujar todo.

Quando Shouto lhe passou segurança e conforto ao abraça-lo, mesmo que de maneira desajeitada, na casa assombrada. Quando os dois foram juntos às barraquinhas de jogos para tentar pegar algum urso de pelúcia – e fracassaram miseravelmente.

O dia passava pela mente de Izuku como num flashback, e ele sabia que guardaria aquelas memórias no fundo de seu coração, e que mesmo que Todoroki lhe rejeitasse, ele sempre se lembraria desse dia como sendo um dos mais felizes que tivera ao lado do bicolor.

– Midoriya. – foi desperto de seus pensamentos ao que o outro lhe chamou a atenção. – Tudo bem?

E então percebeu que estava sorrindo feito um bobo já fazia um tempo.

– É bom estar aqui – com você, completou mentalmente, mas não tinha coragem de dizer em voz alta.

– Sim.

Os olhos de Todoroki não se desviavam dos seus. Midoriya estava hipnotizado pela beleza deles, se perdendo naquela imensidão azul e cinza.

Foi tudo repentino demais, até mesmo pra ele processar direito. Shouto, lentamente, se aproximou dele, seus olhos sem se desviar dos de Izuku, cauteloso como se pedisse permissão para algo. E Midoriya não estava em condições de negar nada, de tão apaixonado e encantado que estava.

Despertou daquele transe quando sentiu os lábios – macios e gelados – de Todoroki contra os seus.

Arregalou os olhos. Aquilo era possível?

Sentiu como se sua mente entrasse em pane, seu coração acelerava de tal forma que ele podia escutar seus próprios batimentos – e se perguntou se Todoroki podia ouvi-los também. Fechou os olhos, decidido a curtir o momento.

Não foi um beijo de língua, foi apenas um selinho demorado e ingênuo. Shouto se separou dele num pulo, parecendo ter se tocado do que havia acabado de fazer.

– Desculpe, Midoriya, eu realmente não sei o que deu em mim, sabe, não é do meu feitio – ele disparou. Foi a primeira vez que Izuku o vira tão nervoso. – Me desc-

Midoriya interrompeu sua fala com outro selinho, para fazê-lo ficar quieto e calmo, na medida do possível.

– Tudo bem, eu gostei – deu um sorriso largo.

Izuku realmente já não entendia mais nada do que estava acontecendo, nem imaginava o que aconteceria a seguir, mas ele tinha uma certeza: ele tinha beijado Todoroki Shouto – mesmo que fosse algo simples.

E estava prestes a explodir de tanta felicidade.









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