Na manhã de viagens, quando Oliver e Adhara acordaram, Peter já havia partido para o Ministério. Ao que parecia as coisas estavam uma bagunça por lá.
— Bom dia queridos. — disse Melina quando os dois estrearam na cozinha.
— Bom dia! — responderam os dois entre bocejos.
Adhara ajudou a preparar o café da manhã, mesmo que Melina houvesse insistido que ela era visita, e visitas não precisam ajudar.
Os três fizeram o desejum e depois Oliver lavou as louças como sempre fizera quando ele e a irmã preparavam alguma coisa escondido, e fora de hora.
— Bom, como vamos fazer? Eu levo Oliver primeiro ou você querida? — Melina perguntou.
— Podemos levar ela primeiro, eu sempre gostei de ver ela sumir naquela parede. — Oli comentou sorrindo.
— Por mim tudo bem. — Adhie concordou.
— Então, coloquem a bagagem no carro meninos, vou fechar a casa.
Assim que os dois abriram a porta viram a chuva forte que estava caindo.
— Lembra quando a gente corria pelo jardim na chuva? — perguntou Oli.
— Meu cabelo ficou cheio de lama. — Adhie disse rindo da lembrança. — e mamãe ficou uma fera.
— Mais com papai que com a gente, lembra o tombo que ele caiu?
Os dois riram e se olharam por um segundo. Era tão bom estarem juntos e lembrarem dos velhos tempos, mas isso ia acabar em menos de uma hora.
— Promete que você nunca vai me abandonar? — Adhara perguntou com os olhos marejados.
— Jamais faria isso maninha. Não importa o que haja, sempre vamos contar um com o outro! — Ele a abraçou.
— Acho melhor pegarmos logo nossas coisas ou vamos perder nossas viagens. — disse dando um beijo na bochecha do irmão.
Logo, eles estavam a caminho da estação King's Cross, Melina dirigia bem rápido, e os irmãos estavam achando muito divertido.
Oliver ia no banco de trás com Niett numa gaiola, a gata estava num tom de vermelho rubi, Adhie achava que significava raiva, raiva por estar presa.
Ao chegarem na estação, Adhara se despediu do irmão e de Melina. Agradeceu pela hospitalidade e seguiu para a barreira.
Ela encostou na barreira, discretamente, olhou para Oli que sorria para ela com seu novo estilo de garoto rebelde, cabelos bagunçado, as pernas da calça dobradas deixando as canelas a mostra, sem falar nos botões da camisa abertos e a gravata vermelha frouxa e torta. Ele realmente era o irmão mais bonito.
Ele pensava o mesmo dela, a irmã mais bela de todas, seus cabelos ondulados com o volume de sempre que ela passou a aceitar, e ao invés de sobretudo vermelho cobrindo o uniforme e cara limpa, dessa vez ela estava com um jeans preto rasgado nos joelhos, uma bota vermelha como a camiseta por baixo da jaqueta de couro preto, e uma maquiagem que Oliver julgou, forte para uma manhã, ainda assim, a irmã mais linda.
Ele acenou e ela também, então, enquanto ele sorria ela deslizou de costas pela barreira... e,
ao fazer isso, a plataforma 9¾ se materializou diante dela.
O Expresso de Hogwarts, uma reluzente locomotiva vermelha, já estava aguardando,
soltando nuvens repolhudas de fumaça, através das quais os muitos alunos de Hogwarts e seus pais parados na plataforma pareciam fantasmas escuros.
Ela entrou na locomotiva e deixou suas coisas na penúltima cabine, onde combinou com as gêmeas que ficariam.
Olhou pela janela e viu Hydra, se lembrou da carta que Jorge lhe mandou na noite anterior, Hydra havia desabafado com eles e com a Sra Weasley, sobre as sete vezes que Lúcio Malfoy a havia machucado, e mais uma que aconteceu depois final da Copa Mundial de Quadribol.
Ela decidiu cumprimentar a prima lá fora e seu namorado também. Hydra sorriu assim que viu Adhara descer do trem.
— Oi prima.
Adhara nem respondeu, apenas a abraçou forte. Não disse nada e nem precisou, o abraço passou toda a intenção que ela tinha de dar apoio a loirinha.
— Está bem? — perguntou.
— Estou sim, não se preocupe. — Hydra respondeu já certa de que ela sabia, e de quem tinha contado também.
— Oi pra você também senhorita. — Peter MacMillan disse.
— Ah, oi. — disse dando um rápido abraço no namorado da prima. — Priminho, posso te chamar assim?
— Vai chamar de qualquer jeito. — disse ele rindo.
— Vou mesmo! — sorriu ela. — Vocês devem ser os pais do Peter?
— Ah sim, mãe, pai, essa é Annabeth, prima da Hydra.
— É um prazer querida. — disse a senhora MacMillan
— Certamente. — disse o pai de Peter.
— O prazer é meu — disse apertando as mãos dos dois —, realmente um prazer e adoraria conversar, mas tenho que me despedir de mais umas pessoas.
Ela saiu correndo e saltitando em direção aos cabelos flamejantes, inconfundível que se viam de longe.
— Acharam mesmo que iam partir sem se despedir da cunhada mais incrível de vocês? — brincou cutucando Gui e Carlinhos.
— Estávamos esperando você aparecer querida. — disse Molly abraçando ela.
— Obrigado, por cuidar de mim. — Adhara disse retribuindo o abraço.
— É, foi muito bom conhecer você baixinha. — disse Gui.
— Digo mesmo, senhor descolado. — eles fizeram um tipo de cumprimento com batidas secretas que deixou a Sra Weasley confusa.
— Até muito breve cunhada. — disse Carlinhos.
— Muito breve é? — Adhie arqueou uma sobrancelha e apertou a mão dele. — Não vai mesmo me dizer o que é? — ela puxou a mão dele e semicerrou os olhos.
— Prometo que conto na próxima vez que nos virmos.
— Solta, solta — Jorge chegou e puxou a mão dela pra ele —, muito legal você se dar bem com ela mas, não precisa ficar tocando.
— Me ama mesmo. — Adhie abraçou ele que não disse nada, apenas retribuiu o abraço.
— Do que estavam falando? — Gina perguntou abraçando Carlinhos.
— Talvez eu volte a ver vocês mais cedo do que pensam — disse Carlinhos, rindo, ao dar um abraço de despedida em Gina.
— Por quê? — perguntou Fred interessado.
— Você verá — respondeu Carlinhos. — Só não diga a Percy que eu falei isso... “porque afinal é informação privilegiada, até o Ministério resolver divulgá-la”.
Adhara sorriu e olhou para o lado onde viu quem mais odiava no momento, Lúcio Malfoy estava com uma mão sobre o ombro de Draco e Narcisa pomposa ao lado.
— É, eu até sinto vontade de estar estudando em Hogwarts este ano — disse Gui, as mãos enfiadas nos bolsos, contemplando com um ar quase saudoso o trem.
— Por quê? — perguntou Jorge impaciente.
Adhara queria descobrir também, mas não no momento. Naquele momento tudo que ela sentia era ódio.
Caminhou em direção a eles e nem percebeu quando Jorge a chamou. Sorriu falsamente para Narcisa quando se aproximou, ela estava falando com Draco e abaixou um pouco para dar um abraço no filho.
— Podemos falar a sós? — questionou Lucio que a olhou desconfiado. — Acredite, não vai querer que mais alguem ouça.
— Claro! — ele recuou alguns passo e ela o seguiu. — Então, do que se...
— Ouça bem, eu não vou repetir. Eu sei o que você fez à Hydra, e eu não vou permitir que se repita!
— Ela... O que ela disse? — questionou odioso entre dentes.
— Não terminei! — Adhara disse firme. —Ela não precisou dizer, eu sou clarividente, vi essa vez e vi há quase dois anos na sala da McGonagall. Dentro de Hogwarts, como pôde? Eu não sou como ela, doce e certinha, então não pense que vou me calar e aceitar. Por agora, isso passa. Apenas porque eu não quero chatea-la ainda mais. Mas acredite quando eu digo que você, Lúcio, não me conhece e não sabe do que sou capaz. Ela é minha prima, é família, e eu sou leal aos meus. Faria qualquer coisa para protege-la. Aliás, farei qualquer coisa, não divide disso.
O Som da locomotiva foi tudo que ela ouviu enquanto fazia seu caminho de volta à ela. Adhara não se virou para Narcisa quando passou pela mesma, não olhou para trás para ver qual seria a reação de Lúcio, mas sabia que ele não a atacaria ali, a vista de todos.
Talvez se tivesse olhado se assustasse, ele não estava com raiva, pelo contrario tinha um sorriso maléfico de fazer tremer os ossos e arrepiar os pelos do corpo, um olhar que parecia ser de um louco, aquele brilho sombrio e perfurante... Ainda bem que a Black não olhou.
Foi só quando colocou os pés no expresso de Hogwarts que a ficha caiu, agora seu coração estava acelerado e ela ficou incrivelmente pálida.
"Que droga eu fiz Merlin amado? Por Loki onde eu tava com a cabeça? Espero que ele não disconte na Hydra, ou eu sou capaz de ir pra Azkaban pelo que farei a ele, ou para um túmulo aliás, ele já deve ter matado muitos"
— Você está bem Adhara? — era Draco com seus amigos roliços e enormes.
— Estou — ela se recompôs e forçou um sorriso na cara —, estou ótima priminho.
Passou por ele despenteado seu cabelos que pareciam fios de ouro, e foi em direção a cabine onde estavam os gêmeos.
— Que regras? — perguntaram Harry, Rony, Fred e Jorge juntos, espremidos nas janelas.
— Tenho certeza de que o Prof. Dumbledore vai contar a vocês... agora, comportem-se?
Ouviu bem Fred? E você Jorge!
Os pistões assobiaram e o trem começou a andar.
— Conta para a gente o que vai acontecer em Hogwarts! — berrou Fred pela janela, quando a Sra. Weasley, Gui e Carlinhos foram se distanciando rapidamente. — Que regras é que vão mudar?
Mas a Sra. Weasley apenas sorriu e acenou. Antes que o trem tivesse virado a primeira curva, ela, Gui e Carlinhos tinham desaparatado.
— Vim te buscar naniquinha. — disse para Gina.
— Não vai ficar com a gente de novo? — Jorge perguntou.
— Não vi as meninas o verão todo.
— Deu até saudades delas — Gina disse abraçada em Adhara.
— Quando cansar de ser babá estaremos na cabine com o Lino, a Hydra, a Angelina...
— Tá! — Adhara interrompeu Fred secamente ao ouvir o nome da Angelina.
— Vão indo lá vocês dois. — Jorge disse tirando o braço de Gina de perto da Adhara.
A pequena revirou os olhos e antes de ir disse:
— Até mais Harry. — fechou a cabine onde ficaram Harry, Rony e Hermione, e saiu correndo para o fim do trem.
Fred só foi mais adiante rindo com um sorriso travesso.
Jorge empurrou Adhara contra a parede da cabine e a beijou, um longo beijo que começou suave e foi se intensificando, até que...
— Por favor façam isso longe daqui. — Rony disse enjoado.
— Eu não to afim de vomitar. — disse Harry com a cabeça pra fora encarando Adhara.
— Francamente! — bufou Hermione.
— Nos vemos depois. — Adhara disse rindo dos três, e dando mais um beijo rápido em Jorge.
— Vai lá iluminar aquelas pirralhas, estrelinha.
Ela foi, e ele ficou observando com um brilho nos olhos e um ar de sonhador.
N.A: Oooi bruxinhos do meu coração, peço perdão pelos atrasos, eu estou com um problema de internet, perdoem tbm alguns erros ortográficos, não consegui revisar, mas assim que possível farei isso.
Espero que tenham gostado.
⭐⭐⭐