O Décimo Domínio

By CFernandes_

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| HISTÓRIA CONCLUÍDA | TRILOGIA DOMÍNIOS | LIVRO 03 Caso você não estiver lendo essa história pelo Wattpad, s... More

O nascimento de uma trilogia
Sinopse
...
Capítulo 01 - Enfim, uma.
Capítulo 02 - De volta ao campo de batalha
Capítulo 03 - Tobias, Tobias, onde está você?
Capítulo 04 - Sem mais desculpas
Capítulo 05 - Seguida por uma sombra
Capítulo 06 - Problemas à vista!
Capítulo 07 - Se não falarem por bem...
Capítulo 08 - ...Então falarão por mal?
Capítulo 09 - Sangue amargo
Capítulo 10 - Sede de poder
Capítulo 11 - Rebelião
Capítulo 12 - Descompassos
Capítulo 13 - Aquelas palavras...
Capítulo 14 - Sobre Barreiras
Capítulo 15 - Uma escolha do coração
Capítulo 16 - A primeira rachadura na armadura
Capítulo 17 - Um vislumbre de algo mais em seus olhos
Capítulo 18 - E a rachadura aumenta
Capítulo 19 - Sentimentos
Capítulo 20 - Violência
Capítulo 21 - ag·​a·​tho·​kak·​o·​log·​i·​cal
Capítulo 22 - Perigos do coração
Capítulo 23 - Vingança...?!
Capítulo 24 - A última barreira
Capítulo 25 - Ela me destruiu
Capítulo 27 - Preparativos finais
Capítulo 28 - Ruína
Capítulo 29 - O que eu fiz...
Capítulo 30.1 - O Décimo Domínio
Capítulo 30.2 - O Décimo Domínio
E antes do fim...
Epílogo

Capítulo 26 - Ele me construiu

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By CFernandes_

~Megan~


Desperto antes de abrir os olhos e permaneço assim por um momento, sem me mexer, apenas absorvendo o cheiro tranquilo dele.

Dormimos abraçados e estou aconchegada em seu corpo como se Adam fosse uma almofada gigante e moldada para o meu corpo. Seu peito é quente e mexe com suavidade enquanto ele respira calmamente.

Ao abrir os olhos, estou encarando a barriga lisa dele. Um lençol nos cobre parcialmente e eu me permito estar dentro daquele abraço caloroso por mais alguns momentos.

Não consigo ver a janela, e nem levanto a cabeça para conferir, mas pelo silêncio que nos cerca, imagino que a chuva já passou. As velas já não queimam mais, mas já não está escuro. O amanhecer já me fornecia iluminação suficiente para discernir formas.

Ergo a cabeça com cuidado para não acordá-lo, e tenho sucesso.

Adam tem cílios longos e o ar sai baixo do seu nariz. A boca está levemente aberta e um ronco leve treme o peito. Os músculos tão relaxados mas ainda sim me abraçam com firmeza.

A noite passada foi além de tudo o que eu esperava. Muito além do que eu já li, senti. A experiência fluiu de maneira tão natural, ele foi tão atencioso, nos encaixamos tão bem que até mesmo agora, sinto a conexão quase como um elo físico. Algo se encaixou dentro de mim, e não no sentido literal, mas algo figurativo que agora me parece bem mais significativo.

Tenho que me soltar dele, já que minha bexiga parece estar acordada tem um bom tempo e está gritando pra ser esvaziada. Estico meus músculos ao redor dele e consigo ficar de pé, sem perturbar o seu sono.

Ele é bom demais para ser verdade. Tão perfeito para mim que assusta. Ele me transborda, completa e brilha.

Mesmo com as minhas reservas, meu coração não teve a menor chance. Quis me manter distante, quis tanta coisa, mas agora só quero que ele continue na minha vida. De certa forma, com a distância e as conversas que tivemos, a nossa ligação ficou ainda mais forte.

Cubro o seu corpo e me afasto, indo até as janelas, apenas para perceber que todas as cortinas estão fechadas. Me visto, pra poder sair da cabana para ir ao banheiro.

Dou o meu melhor para abrir a porta silenciosamente, e como a cabana é nova, tenho a sorte de conseguir sair silenciosamente. Sei que o dia já raiou pelos pequenos relances de iluminação que passam pelas nuvens grossas e ainda pesadas.

Mas não está chovendo, e a floresta na minha frente está num silêncio que me gelou a alma.

A pequena cabana com o banheiro está ao lado da principal e depois de esvaziar a bexiga e lavar as mãos, fico um pouco ali na varanda, sentada na madeira fria, apenas descansando a mente e tentando preparar a mente para os desafios que ainda vou enfrentar.

Adam senta ao meu lado e não parece saber o que falar. Eu resolvo tomar as rédeas e me aproximo dele, descansando a cabeça em seu ombro.

— Bom dia pra você — minha voz parece alta demais para quietude.

— Bom dia Meg — ele ergue o braço, fazendo com que eu me encoste completamente em seu peito, me abraçando.

— Esse silêncio me perturba muito mais do que os trovões e relâmpagos de fogo. Mas você me deixa mais calma.

— Não sei se calma é uma coisa que eu quero que você fique nesse momento. Estou aceitando um estômago com borboletas, ou pelo menos um coração minimamente acelerado! — ele brinca e dá uma risada.

— Nunca saberá! — devolvo a brincadeira e ele faz um carinho em meu cabelo.

— As coisas assim que nos reunimos com a sua avó vão ficar aceleradas, não é mesmo?

— Além.

— Não nego que tem um pedaço de mim que só quer fugir de tudo isso. Deixar para trás os problemas, fingir que podemos simplesmente ignorar tudo isso que nos cerca e ir pra um lugar remoto, longe de toda essa confusão. Egoísta e totalmente fora da realidade.

— Seria um sonho... — me aconchego mais nele. — Já pensou, uma casa isolada... Saindo só pra comprar o que for necessário... Podemos fazer companhia uma ao outro.

— Adoraria — ele dá um beijo em meus cabelos.

— Se você quiser... Quando tudo isso terminar, podemos dar uma chance a isso... Sabe, não precisa ser agora, se você achar que ainda somos jovens, mas acho uma ideia maravilhosa demais para deixar pra lá.

— Você está falando sério? — pergunto, deixando minha coluna mais reta, e me sentando para conseguir olhar em seus olhos.

— Sim — e por um momento eu quis dizer sim também, mas algo naquela situação me fez frear a língua. Mordo os lábios sem saber o que dizer.

Adam ergue a mão, e com muita delicadeza aperta meu queixo, fazendo com que meu lábio se liberte. Ele tem um sorriso tranquilo conformado no rosto.

— Ei, não precisa fazer essa cara Meg. Nem precisa responder, na verdade nem precisa pensar sobre o assunto se não quiser. Deixe a sua mente onde ela precisa estar agora.

— Obrigada... Por não pressionar.

— Disponha — ele dá de ombros e relaxa os ombros.

— Mas eu quero que você saiba que sim, eu penso em você, e que sim, eu pensarei no nosso futuro — seguro sua mão e aperto.

— Já é muito mais do que eu poderia esperar...

Estava começando a ficar confortável, quando um raio imbuído de fogo desce dos céus. Solto um suspiro. Já estava passando da hora. Tenho um lugar para ir e não há motivos para postergar.

A caminhada até o acampamento não é nada fácil. Tivemos que usar nossos domínios para permanecer na direção correta e não havia tempo para descansar. É exaustivo ser furtivo para não disparar armadilhas.

Adam chama a minha atenção e aponta para a minha direita. Impressionante como um exército daquele tamanho pode ser tão silencioso. Vejo Laura na linha de frente, olhando o terreno e analisando tudo ao seu redor.

Um aparato alto que exala poder está sendo transportado por alguns dominadores e nem preciso pensar demais para adivinhar que aquilo é o cristal com o poder das barreiras.

Nos aproximamos com cuidado redobrado, e mesmo assim temos de desviar de uma enxurrada de elementos e ataques que vem na nossa direção.

— Calma Laura, somos nós! — grito e vejo a mulher piscar muitas vezes antes de levantar as mãos e os ataques diminuírem.

— Jovens! — ela sorri e se aproxima. — Desculpem os ataques, mas é que sofremos algumas tentativas de furto durante o transporte... — o suspiro que ela solta é cansado.

— Sinto muito. Mas é claro que Tobias ia querer recuperar isso... — a magia que emana é quase como um localizador.

— É, e ainda bem que estamos quase chegando...

— Não vamos diminuir o passo — digo e já retomamos a caminhada. Com a ajuda de Laura para perceber e desviar das armadilhas, o percurso ficou mais rápido e fácil.

E quando eu vi os limites de um grande acampamento, meu coração veio bater na garganta.

O acampamento é bem improvisado, e a quantidade de dominadores reunidos ali me fez arregalar os olhos. Lanças de todos os elementos são forjadas. Pessoas treinam e jogam domínios para cima e são instruídas por outras pessoas.

A cada passo mais próximo, o ar fica mais denso e não vi ninguém que não estivesse menos do que concentrado. O primeiro rosto conhecido que vejo em meio a multidão é o de Oliver. Ele veio nos receber e indicar o melhor local para que o cristal fosse armazenado. Estava tão concentrado em sua tarefa, que demorou alguns segundos para perceber a minha presença.

O instante que seu cérebro assimilou a minha presença, ele sorriu.

Adam pede licença e se afasta. Fico um pouco incomodada por não ter mais a presença reconfortante dele ali, mas sei que ele enxerga em mim a força necessária para caminhar sozinha em meus passos.

Volto o meu olhar para Oliver, que já não falava mais com Laura e caminhava em minha direção. Então, sem a menor cerimônia, passou os braços ao meu redor e me deu um abraço. Não falou nada, mal conseguia escutar o som da sua respiração próxima a mim. Apenas me abraçou.

Fiquei sem reação. Não sabia ao certo o que estava esperando quando finalmente reencontrasse os meus conhecidos, mas sinceramente estava esperando uma recepção bem diferente.

— Obrigado por se juntar a nós — ele diz por fim, ao me soltar.

— Preferia que não tivesse chegado até esse ponto para voltar a ver vocês, mas infelizmente aconteceu.

— Não há mais tempo para se pensar nos "se" da vida... Alguns aspectos da vida sempre vão fugir dos nossos limites, por mais que batalhemos para evitar. A batalha nos torna mais fortes para enfrentar qualquer resultado.

— Só que no nosso caso não temos como aceitar qualquer resultado.

— Vai ser o nosso — Oliver diz com convicção.

Unsere Königin! — já sei quem é que está me chamando apenas pelo modo como sou chamada.

Moe vem caminhando na nossa direção e assim que chega numa distância aceitável, ele faz uma reverência, que dispenso completamente.

— As coisas saíram do controle, minha senhorita. Mas conseguimos extrair o melhor da situação.

— Você fez muito bem em destruir as informações Moe, Tobias já é perigoso demais com seus espiões e meias verdades. Se ele soubesse de todos os nossos planos e conhecimentos, essa batalha já estaria perdida.

— Mas com você do nosso lado, temos todas as oportunidades de lutar. E vencer.

— Agradeço a confiança.

— Ah, vocês finalmente chegaram! — escuto a voz do Martin e viro de lado para encontrar o meu guardião se aproximando.

Me sinto um pouco mais tranquila agora com a chegada do meu guardião, mas ainda me sentiria melhor se o Adam voltasse.

— Chegamos... — digo e então sinto um olhar poderoso quase queimando minhas costas.

Um trovão cortou o som, ou foi o meu coração que pesou.

Vou girando o corpo lentamente e tudo ao meu redor vira um borrão quando encontro o olhar que senti mais falta do que me permiti admitir.

Mesmo não querendo pensar demais nas consequências das minhas ações, não posso mentir que sempre teve um canto, mesmo que profundo, da minha mente que só podia guardar todas as informações e tentar prever o que aconteceria nesse exato momento.

Os cenários que aconteciam eram os mais diversos, sendo a grande maioria uma realidade que eu gostaria de nunca ter de enfrentar.

Só que não importam as possibilidades, a hora chegou.

Minha avó está a poucos metros de mim. Seus olhos estão arregalados, a boca levemente aberta. Parece que ela está murmurando algo, mas não consigo ouvir.

Se um olhar desatento passeasse por suas feições, provavelmente perderiam os sinais do quanto ela está no limite. Não de força ou algo parecido. Era o seu psicológico que estava sendo levado ao desgaste.

O seu aspecto físico estava ótimo. O cabelo brilhante, os braços bronzeados, a postura reta e tão natural. Parecia que ela estava se alimentando bem e não vi sinais de desgastes em seu rosto. As bochechas levemente coradas.

Mas os seus olhos...

Não tinham brilho e mesmo com essa distância entre nós, vi como estavam apagados e precisando urgentemente de um descanso.

Me doeu vê-la daquele modo.

Tudo ao meu redor pareceu desacelerar. Nem ousei respirar enquanto tudo o que conseguia fazer era sustentar o olhar dessa mulher que amo tanto, tentando ver pelo menos algum resquício dos sentimentos bons que costumava ver ali.

Sei que nem tenho o direito de querer ainda ser amada, mas isso não muda o que sinto.

Deveria ser eu a dar o primeiro passo para ela, já que fui eu que dei o primeiro para longe, mas minhas pernas pareciam pesadas, estavam parafusadas ao chão com o medo de qualquer traço de rejeição que pudesse vir.

Não sei quanto tempo permanecemos assim. Mas nenhuma de nós se moveu.

E então tudo ao nosso redor move.

Meus ouvidos captam o barulho alto da explosão que acontece não muito distante. Uma fumaça roxa começa a subir aos céus e bastou piscar os olhos para que estivéssemos cobertos por aquela nuvem.

E quando pisquei novamente, uma chuva igualmente roxa começou a cair dos céus.

A velocidade foi alarmante, que só tive tempo de reagir quando a primeira gota desceu em minha pele e queimou.

Só que não apenas queimou, bastou apenas o contato para que eu não conseguisse mais utilizar os meus domínios para me proteger. A realização aconteceu para todos.

— Atenção todos! Sem pânico pessoal! Se abriguem onde conseguirem! — minha avó grita e todos parecem acordar do torpor e começaram a se movimentar.

Segui cegamente minha avó e tentei não pensar demais na dor que se alastrava em meu corpo enquanto minha pele queimava e coçava recebendo impiedosamente a chuva.

Um alarme começa a soar alto, e segundos depois, uma barreira mágica começa a aparecer acima de nossas cabeças, nos separando das nuvens arroxeadas e chuva ácida. O líquido roxo escorre pela barreira e nos dá o alívio necessário.

Olho em meus braços e vejo que a pele começa a ficar vermelha. Dói, mas não é uma coisa insuportável. O que me preocupa mesmo é com o fato de não conseguir usar nenhum domínio. Vejo que minha avó tem um semblante preocupado, mas percebo o quanto ela tenta parecer calma.

Com toda a confusão e correria, acabamos que nos aproximamos. E agora estávamos lado a lado.

Se eu esticasse minha mão, poderia apoiá-la no braço de minha avó.

Outra explosão faz tremer a barreira e o chão abaixo de nós.

— Escutem — minha avó fala com a voz firme. — Estamos sob ataque. Como perceberam não estamos de posse dos nossos domínios. Mas isso não significa que estamos indefesos. Se nos atacarem nessa chuva, também sofrerão as consequências. Juntos somos fortes!

Sempre com palavras de confiança, com essa força. Mesmo nesse momento tão adverso.

Ao olhar para cima percebo que as nuvens já começam a dispersar. Tão rapidamente as nuvens apareceram, elas foram embora. Aquilo não é um bom sinal...

— Peguem suas armas, fiquem a postos, esperem pelo melhor, mas estejam preparados para o pior! — Oliver diz e as pessoas começam a se dispersar, buscando seus armamentos e proteções.

— Precisaremos de pessoas extras protegendo o cristal... — Laura aparece entre a multidão e diz baixo para minha avó. Depois de um aceno positivo, Laura volta a caminhar entre as pessoas.

Minha avó sem a menor cerimônia segura em meus ombros.

Sinto os dedos apertarem a carne, e machuca por conta dos ferimentos, mas não ouso demonstrar isso. Sigo o conselho que Oliver acabou de dar. Espero o melhor, e tento me preparar para o pior.

Pelo menos ela não está se afastando.

Quando ela me encara da cabeça aos pés, não sei ao certo o que ela está procurando, e o sentimento piora quando seus olhos enchem de lágrimas.

Não sei o que dizer.

Suas mãos largam o meu ombro e não quis reagir quando sua mão ergue e ela dá um tapa em minha testa. Minha cabeça vai para trás e vai um pouco mais quando o segundo tapa é desferido.

— Tão cabeça dura... — a voz dela é baixa.

Abro a boca para retrucar, mas nem consigo, pois braços quentes se apertam em minha volta e sinto um beijo tão carinhoso na lateral de minha cabeça, que começo a chorar.

— Senti sua falta querida — ela assume e eu aperto meus dedos em suas costas e camisa.


֎ ֎ ֎ ֎ ֎ 


Tive que terminar o capítulo assim...

Olá dominadores! Ahhh, que estamos na contagem regressiva para o final do livro!! Já chegamos no cenário final de livro, tudo o que acontecer, vai acontecer aqui, na província do raio!

Já temos também o palco armado: chuva ácida que aprisiona domínios, cristal com poder acumulado de barreira no local, exército de um lado.

Tá chegando pessoal!

Só tenho que agradecer o carinho que sempre recebo aqui nos livros, é com esse carinho de vocês que as palavras tomam forma, e mesmo sem muita cabeça para produzir, ainda sim, o conteúdo tá saindo e do jeito que imagino!

AH, e um adendo aqui, vocês viram como o nome desse capítulo e o do capítulo anterior meio que se complementam? kkkkkkkkk eu fiquei tão apaixonada nos nomes desses capítulos... Mas enfim, vamos que vamos tentar dar continuidade as postagens, que estou vendo a linha de chegada e estou animada.

Beijos e até o próximo capítulo!

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